DIA DA INFANTARIA
Salve o Brigadeiro Sampaio! Salve a Infantaria do Exército Brasileiro!!!
Crédito: CCOMSEX
No dia 24 de
maio, data natalícia do Brigadeiro Antônio Sampaio, o Exército Brasileiro
celebra o Dia da Arma de Infantaria, a “Rainha da Armas”, em justa homenagem a
um grande herói nacional. Antônio de Sampaio nasceu no ano de 1810, na povoação
de Tamboril, vale do rio Acaraú, na então província do Ceará, sendo criado e
educado pelos pais no ambiente simples dos sertões. Desde tenra idade, revelou
interesse pela carreira militar, galgando postos graças a inúmeras
demonstrações de bravura, tenacidade e inteligência.
Aos vinte anos, alistou-se
como voluntário nas fileiras do 22º Batalhão de Caçadores (Fortaleza-CE), tendo
recebido seu batismo de sangue em combate travado nas ruas de Icó e S. Miguel
com tropas contrárias à abdicação de Dom Pedro I. Teve destacada atuação em
diversas campanhas de manutenção da integridade territorial brasileira durante
o período imperial, como: Icó (CE), em 1832; Cabanagem (PA), em 1836; Balaiada
(MA), em 1838; Guerra dos Farrapos (RS), em 1844-1845; Praieira (PE), de 1849 a
1850; Combate a Oribe (Uruguai), em 1851; Combate a Monte Caseros (Argentina),
em 1852; e a Tomada de Paissandu (Uruguai), em 1864. Durante a Guerra da
Tríplice Aliança (1865-1870), o já Brigadeiro Antônio de Sampaio comandou a 3ª
Divisão do Exército Imperial, a lendária “Divisão Encouraçada”. Composta pelos
Batalhões “Vanguardeiro”, “Treme-Terra” e “Arranca-Toco”, a “Encouraçada”
destacou-se em muitos combates durante a guerra.
Na Batalha de Tuiuti, no dia
de seu aniversário, o patrono da Infantaria foi ferido três vezes; apenas após
o terceiro ferimento, que o atingiu nas costas, deixou o campo de batalha para,
alguns dias depois, ingressar na eternidade dos heróis da Pátria. Exemplo
notável de bravura, amor à profissão, coragem, patriotismo e lealdade, que o
eternizaram como o “bravo dos bravos” de Tuiuti, tornou-se, por mérito
inconteste, Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro pelo Decreto
nº 51.429, de 13 de março de 1962.
Caracterizada por uma rigorosa disciplina e
organização, originária desde antes dos gregos, com suas falanges, e dos
romanos, com as suas legiões, a Infantaria personifica a essência do combate
terrestre.
Seu brasão, composto por dois fuzis cruzados e uma granada de mão ao
centro, faz referência às principais armas do infante e remonta à época em que
um Batalhão de Infantaria era composto por duas Companhias de Infantaria e duas
de Granadeiros. Tem como missão principal conquistar o terreno, aproveitando a
capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção, com grande
flexibilidade, adaptabilidade e mobilidade táticas, buscando cerrar sobre o inimigo,
inclusive no combate corpo a corpo, para capturá-lo, neutralizá-lo ou
destruí-lo.
Em tempos mais recentes, durante a Segunda Guerra Mundial, a 1ª
Divisão de Infantaria Expedicionária desempenhou um papel fundamental na
conquista dos objetivos no teatro de operações da Itália, particularmente nas
decisivas vitórias de Monte Castello, Castelnuovo e Montese, quando o valor do
infante brasileiro foi evidenciado. Heróis como o Sgt Max Wolff Filho e o
Aspirante Francisco Mega são lembrados e cultuados por seus valores, atributos
e atitudes inerentes ao verdadeiro integrante da “Rainha das Armas”. O General
Cordeiro de Farias, Comandante da Artilharia Divisionária da FEB, afirmou:
“Depois do que assisti em Monte Castello, quando passo por um soldado de Infantaria,
tenho vontade de prestar-lhe continência.”
Nos dias de hoje, os infantes participam de operações de amplo espectro em
âmbito nacional e internacional. No exterior, no período de 2004 a 2016,
integraram as tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti
(MINUSTAH). No território nacional, participaram da segurança de grandes
eventos, como a Jornada Mundial da Juventude (2013), a Copa do Mundo (2014) e
os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, além de contribuírem ativamente na
Intervenção Federal no Rio de Janeiro (2018).
A Infantaria do Exército
Brasileiro continua sendo, em sua essência, a arma apta para o combate a pé em
qualquer terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, comportando, atualmente,
as seguintes especialidades: Polícia do Exército, Guarda, Pantanal, Caatinga,
Selva, Leve, Aeromóvel, Montanha, Paraquedista, Motorizada, Mecanizada e
Blindada. O fogo, o movimento e o combate aproximado são as suas
características básicas e, a despeito dos modernos meios colocados à sua
disposição, a Infantaria continua a depender fundamentalmente do homem, do
valor moral do seu soldado e da capacidade de liderança e do preparo
profissional de seus comandantes.
O combate moderno exige que o indivíduo seja
capaz de atuar com letalidade seletiva e em rede, estando preparado para
comunicar-se praticamente em tempo real. Requer boa proteção individual, que
mantenha sua capacidade operativa, fazendo-o durar na ação, preservando sua
integridade física. O Projeto Sistema Combatente Brasileiro (COBRA), inserido
no Programa Estratégico do Exército Obtenção da Capacidade Operacional Plena
(OCOP), propõe-se a atingir tais requisitos. Nessa mesma linha de modernização
dos meios à disposição da Infantaria do Exército Brasileiro, o Programa
Estratégico GUARANI tem por objetivo transformar as organizações militares de
Infantaria Motorizada em Infantaria Mecanizada, a partir de uma nova família de
viaturas blindadas sobre rodas, a fim de dotar a Força Terrestre de meios para
incrementar o poder de dissuasão e a defesa do território nacional.
Infantes de
Sampaio! Que os exemplos evidenciados por seu insigne patrono nos campos de
batalha, marcados por coragem, disciplina, espírito de corpo, integridade,
patriotismo e fé na missão do Exército, permaneçam vivos em seus corações,
perpetuando as tradições, os valores e o espírito imortal do Brigadeiro
Sampaio.
Salve o Brigadeiro Sampaio! Salve a Infantaria do Exército
Brasileiro!!!
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército