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terça-feira, 28 de abril de 2020

Não tem impeachment - O povo saiu para rua pedindo que Bolsonaro fique - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Na segunda-feira (27) de manhã, o presidente Jair Bolsonaro apresentou o Paulo Guedes como o legítimo homem chefe da economia. Ele pediu para chamar o ministro e disse “eu não falo por ele, mas ele fala por mim”. O presidente deu a maior força para ele.  Guedes lembrou 50 mil anônimos que estão sem renda por conta da paralisia econômica por conta do coronavírus. O ministro também falou sobre a grande esperança dele de retomar a economia.

Estava ao lado do presidente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Tanto ela quanto Guedes estavam sob os boatos, já tradicionais, de serem demitidos do governo, já que o mercado e o agro estão temerosos. Gente que não gosta da ministra conversa com jornalista e eles noticiam. Parece que os jornais viraram sites de fofoca. Mas o presidente Jair Bolsonaro já pôs uma água fria nesses boatos.

Nesse encontro, o ministro Tarcísio de Freitas falou sobre investimentos, parcerias e concessões em infraestrutura. Do lado deles também estava o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foi praticamente uma reunião da mini-cúpula da economia do governo. Tudo isso graças ao juiz Sergio Moro, talvez. O ex-ministro alertou o presidente de que ele deveria dar mais força para Guedes e para Teresa Cristina.

Rodrigo Maia vem dizendo sempre que não há ambiente para o impeachment de Bolsonaro e mesmo assim as pessoas insistem em fazer isso. Tem 31 pedidos de impedimento, certamente de pessoas cuja ideologia é totalitária e não aceitam os resultados das urnas.  Não se vê nenhum motivo para tirar o presidente do poder. Maia disse que o cenário não é para isso, porque atrapalha muito fazer um impeachment. Além do fato de o presidente da Câmara saber que não tem voto para isso.

Bolsonaro sairia reforçado de um processo de impedimento, porque basta ter 172 votos contra que o processo acaba. Se pegar as bancadas ruralista, evangélica e de segurança... o impeachment não acontece, nem passa perto. A esquerda também está com um pé atrás porque se Bolsonaro sair quem assume é o general Hamilton Mourão, que em termos ideológicos é mais duro. Além do fato de que o povo não quer isso.

Veja Também:    Escolha de Ramagem para chefiar PF vai parar nos tribunais. STF pode barrar nomeação?

Se o povo apoiasse os ex-presidentes Jânio Quadros, o Collor ou a Dilma, eles não teriam saído do poder. Foi o povo que pediu a derrubada deles. Em relação a Bolsonaro é ao contrário: o povo saiu para rua pedindo que o presidente fique. Agora com a saída de Moro, o presidente pode colocar em cargos importante gente da maior confiança dele. Tem também a trapalhada para a oposição, porque provavelmente agora tem mais um candidato na corrida presidencial, Sergio Moro.

Eu lembro que Golbery uma vez riu e disse “eles não querem uma anistia ampla, geral e irrestrita porque isso permite que Brizola volte e seja candidato a presidente da República e eles [a oposição] não querem concorrência.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo 






quarta-feira, 27 de novembro de 2019

AI-5: Comissão de Anistia tem bate-boca entre general e familiares de 64 - VEJA

Confusão começou depois que militar usou o termo "terroristas"; militante interferiu e disse que "torturadores" também foram anistiados


Em dia tomado por discussão de AI-5, a reunião da Comissão de Anistia nesta terça foi marcada por um bate-boca entre o general Rocha Paiva, integrante do colegiado, com familiares de vítimas da ditadura que acompanham a sessão. O clima esquentou quando o militar se referiu aos opositores do regime como “terroristas”. 

Militantes reagiram.
Rocha Paiva citava que o regime militar não foi tão duro quanto se criticava e que naquele período tinham eleições livres, ocorriam festivais da canção com músicas de protesto e existiam livrarias que vendiam  “livros marxistas”. E que também não se tratou de um regime de exceção e que nem limitou a atuação da oposição. Ele criticou os “grupos armados revolucionários”
“E o resultado do regime militar foi a vitória, com anistia ampla geral e irrestrita para todos”.

Uma militante reagiu. [militante? a reunião era entre familiares de presos políticos e membros da Comissão de Anistia.
Qual o motivo da presença de militantes = desordeiros = ? Falta regras claras que limitem o número de parentes de terroristas em cada reunião - no máximo, um parente por terrorista - e que só se manifestem de forma respeitosa e com após solicitar e ter o pedido para se manifestar deferido.
Esse pessoal parente dos terroristas estão é temerosos de perder a mamata da indústria de pensões e indenizações.]
“Para os torturadores também”.
General:
“Exatamente, para os torturadores e terroristas”
Militante:
“Terroristas, não. Revolucionários”.

A certa altura, os militares são chamados de “tarados”, por cometerem torturas em órgãos genitais de ex-presos políticos. O presidente da comissão, João Henrique Freitas, ameaçou retirar o grupo da sala de reunião se não houvesse ponderação.