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quarta-feira, 14 de julho de 2021

"O regime está reprimindo o povo nas ruas, onde clamam por Cuba libre"

"A explosão, liderada pelos jovens cubanos, derruba as narrativas sobre um regime que acena com igualdade e bem-estar, mas na verdade fracassa em ambos e suprime a liberdade"

Cuba me fala de muito perto. Como repórter radiofônico, passei dois anos na Rádio Independente falando em Fidel na Sierra Maestra, em 1957 e 1958, até a queda do ditador Fulgencio Baptista, no início de 1959. Também fui influenciado pela reportagem de Herbert L. Matthews, do New York Times, de fevereiro de 1957, que mostrava um Fidel democrata, com um Exército pronto para derrubar Batista, quando, na verdade, tinha pouco mais de 20 homens e era um comunista dissimulado. A história daquela narrativa resultou no livro O Homem que Inventou Fidel, de Anthony DePalma, também do NY Times.

Nos anos 1960, Cuba exportava La Revolución para a América Latina, para criar “muitos vietnames” — quase chegou a isso no Chile de Allende. Em Cuba, foi um período de milhares morrendo nas prisões políticas e de um número calculado em até 17 mil fuzilados no paredón. Em 1982, nos céus de Angola, precisei pilotar um bimotor sem ter brevê, porque o piloto apagou, e só estávamos ele e eu. Quando o piloto acordou, constatou que eu havia saído da rota segura e estávamos acima de baterias cubanas. Eles demoraram a perceber, e nos safamos voando baixíssimo. Por fim, Cuba me fala perto, porque prezo muito os cubanos que conheço, refugiados aqui em Brasília; alguns foram apresentados ao vinho em minha casa.

Nos anos 1980, meu companheiro de almoços, o então embaixador de Cuba, Jorge Bolaños, figura importante do regime, me disse, em gracejo, que Fidel aprendera com o carro inglês: “Hace los cambios com la izquierda, pero maneja com la derecha”. Enquanto durou a União Soviética, Cuba teve ajuda econômica; depois de 1989, começou a afundar. Agora, os cubanos chegam ao limite. Por 62 anos privados de liberdade, estão explodindo, mesmo sem armas. O regime está reprimindo o povo nas ruas, onde clamam por Cuba libre, e por Libertad — palavras banidas por seis décadas.

A explosão, liderada pelos jovens cubanos, derruba as narrativas sobre um regime que acena com igualdade e bem-estar, mas na verdade fracassa em ambos e suprime a liberdade. Que cria a burguesia da nomenclatura do partido. 
Uma utopia que vende sonhos e se transforma em pesadelo. Ontem, manifestantes com bandeiras do PCdoB e do PT, diante da Embaixada de Cuba, no Lago Sul, prestaram sonora solidariedade ao regime.
 
Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense
 

 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Cubanos clamam por liberdade em ilha controlada por companheiros de Lula - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino
 
Várias pessoas ficaram feridas ou foram detidas durante os protestos contra o regime comunista de Cuba neste domingo (11), segundo a imprensa independente. Em Havana, jornalistas da Associated Press flagraram pelo menos 20 prisões de manifestantes, que foram levados em carros policiais ou particulares.

Também há relatos de pessoas que ficaram feridas em confrontos com a polícia.
Em Havana, um repórter cinematográfico da AP foi agredido por simpatizantes do regime e um fotógrafo da mesma agência de notícias foi ferido pela polícia. Em Camagüey, moradores denunciaram que a ditadura castrista enviou tropas especiais para reprimir os protestos e relataram ao menos dois feridos em ação das forças de segurança.
 
LEIA TAMBÉM: Análise sobre a prisão arbitrária na CPI da Covid. Abuso de autoridade marca a semana no Senado e ameaça o Estado Democrático de Direito
 

A Anistia Internacional condenou a repressão da ditadura comunista. "Pessoas foram feridas por tiroteios policiais, prisões arbitrárias, ameaças e ataques a jornalistas, incluindo um fotógrafo da agência AP, uma forte presença militar nas ruas e um governo intolerante", disse Erika Guevara Rosas, diretora da Anistia Internacional para as Américas, na noite deste domingo.

Nas redes sociais, o apoio aos cubanos que clamam por liberdade é enorme. Já são quase 2,5 milhões de tweets, a imensa maioria torcendo por uma Cuba livre. Já os comunistas espalhados pelo mundo tomam o partido da tirania assassina criada pela família Castro, o ídolo de Lula. É o caso do MST, o braço armado do PT no campo:  Observem o que se passa em Cuba - ou tentem, pois a tirania comunista cortou a luz e a internet já limitada e capenga - e entendam por que todo totalitário quer desarmar o povo. Arma é liberdade! Milhões de escravos desarmados estão à mercê de milicianos lulistas, sem chance de defesa.

Essa foi a pegada de várias mensagens também. Barbara, do canal TeAtualizei, comentou: "O povo de Cuba desarmado, agora é alvejado pelo 'revolucionários' que protegem a ditadura comunista. Que Deus proteja e livre esse povo". O canal Dama de Ferro sintetizou: "O povo cubano é uma maioria desarmada... Deus os proteja!" A advogada Flavia Ferronato foi direto ao ponto: "O povo cubano está desarmado… Não é sobre armas é sobre liberdade!!"

Yoani Sánchez, líder ativista na ilha-presídio comunista, pediu ajuda ao mundo: "Eles reprimem e censuram. Chegou o dia e eles não querem aceitar que as pessoas já tenham dito 'basta'. Sem internet, sem suprimentos e com as ruas tomadas pela polícia: é assim que a gente está. Pelo menos dois colaboradores do 14ymedio estão desaparecidos. SOSCuba".

O senador republicano da Flórida, Marco Rubio, de origem cubana, explicou: "Os protestos em Cuba não são apenas sobre 'escassez'. O socialismo promete comida, remédios e renda garantidos se você desistir de sua liberdade. Quando, como sempre, falha em entregar, você não tem sua liberdade de volta. É por isso que os manifestantes estão gritando 'Libertad'".

O portal Senso Incomum lembrou quem são os alinhados ao regime opressor cubano no Brasil, aqueles que nos acusam de antidemocráticos na maior inversão cara de pau do planeta: E há, claro, os "isentões", aqueles que garantem defender a democracia, MAS sempre colocam um "mas" depois para justificar atrocidades oriundas da esquerda. A realidade cubana em nada se parece com as falácias repetidas por esquerdistas.

Os bobinhos, vale lembrar, diziam que tudo melhoraria desde Obama, um "paizão" para os Castro, e a morte de Fidel. Apostaram suas fichas numa abertura gradual e voluntária, como se alguma vez na história tiranos comunistas tivessem aberto mão de poder e controle sem forte pressão externa e interna. Cuba só será livre com atos de rebeldia contra a tirania, de preferência com ajuda internacional concreta. Os cubanos merecem respirar ares livres. São escravos há meio século, numa situação e penúria. E pensar que vagabundos comunistas querem importar essa realidade para o Brasil, com apoio até de certos banqueiros...  [fosse só dos banqueiros...] 
 
Rodrigo Constantino, colunista - VOZES - Gazeta do Povo