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terça-feira, 11 de outubro de 2022

Bolsonaro quer eleitores nas seções até o resultado da eleição

Bolsonaro ainda levantou dúvidas sobre os votos obtidos por Lula no primeiro turno das eleições

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), conclamou seus eleitores para que no dia 30, segundo turno da eleição, fiquem nas seções eleitorais até que a Justiça divulgue o resultado final das eleições deste ano. Bolsonaro disputa com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, a preferência do eleitorado para se manter mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto. “No próximo dia 30, de verde e amarelo, vamos votar e mais que isso. Vamos permanecer na região da sessão eleitoral até a apuração do resultado. Tenho certeza que o resultado será aquele que todos nós esperamos, até porque o outro lado não consegue reunir ninguém”, disse o presidente. [um esclarecimento sério e responsável: por óbvio o eleitor após votar, escutando o tinido da inviolável e inauditável urna eletrônica, é obrigado a se retirar da seção e não participar de aglomerações nas proximidades - além de ser uma imposição legal é também questão de bom senso = inviável que as pessoas permaneçam no interior das seções após votarem e/ou nas proximidades.
Após as 17h, encerramento das eleições - só poderão votar os eleitores que estiverem no interior da área de votação e portando senha distribuída pelo secretário da Seção Eleitoral -  os eleitores que já votaram e estiverem no local de votação poderão, de forma ordeira, se dirigir à Seção Eleitoral e aguardarem que os mesários afixem no exterior da Seção Eleitoral uma via do BU, que poderá ser fotografada por quem assim desejar. 
É DESNECESSÁRIO QUE ELEITORES MANTENHAM PLANTÃO EM FRENTE DAS SEÇÕES ELEITORAIS. 
Encerrada a votação o que os mesários mais querem é  preencher a Ata  dos trabalhos, entregar  a mídia com os votos ao administrador, urnas, caderno de votação e tudo o mais e irem para suas casas. 
O normal é que por volta das 19 horas o local já esteja fechado.]

Em um discurso dentro do pavilhão da Fenadoce, em Pelotas (RS), Bolsonaro levantou dúvidas sobre os votos obtidos por Lula no primeiro turno das eleições. O candidato petista teve vantagem na votação do último dia 2. O atual presidente começou a apuração em vantagem, mas Lula conseguiu a virada e terminou na frente: 48,2% a 43,3%. “Todos nós estranhamos como pode aquele cara ter tantos votos se o povo não está ao lado dele”, disse Bolsonaro. O presidente ainda afirmou que quem apoia Lula “continua cada vez mais pobre”.

Bolsonaro cumpriu agendas de campanha no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina nesta terça-feira, véspera de feriado. No Estado catarinense, o candidato esteve com prefeitos apoiadores de sua candidatura.

Relatório de partido de Bolsonaro
Nesta terça-feira, o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, determinou que o Partido Liberal (PL) apresente em até três dias a origem dos recursos usados pela sigla que custearam o relatório que apontou falhas no sistema eleitoral. O PL é o partido a que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro está filiado.

O documento “Resultados da Auditoria de Conformidade do PL” foi divulgado em 28 de agosto deste ano. O texto informa que existe um “quadro de atraso” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em relação a “medidas de segurança da informação”, o que poderia gerar “vulnerabilidades relevantes”.

 Iara Lemos  - Revista Oeste

 


quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Moraes, STF e ‘juízes eleitorais’ não conseguirão mais tirar de Bolsonaro a bandeira verde e amarela - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

O que se viu nas ruas no Sete de Setembro: a bandeira brasileira, definitivamente, passou a ser o grande símbolo do candidato à reeleição – nas costas das pessoas, nas janelas dos prédios, nos vidros dos carros

As ruas falaram, mais uma vez, e sua voz esteve mais forte do que nunca. Multidões se manifestaram, em cidades de todo o País, com um recado óbvio neste dia Sete de Setembro: querem a reeleição do presidente da República nas eleições de outubro
A festa foi da independência, e dos 200 anos de independência do Brasil, mas nunca houve dúvida nenhuma a respeito de que lado está a massa verde-amarela que lotou as principais avenidas e praças brasileiras, numa das maiores manifestações públicas que já se viu em tempo recente. 
Foi um ato político, e a massa declarou que está do lado de Jair Bolsonaro (PL) - por mais incômodo que seja admitir isso
É o exato contrário do que dizem as pesquisas de intenção de voto. 
É o contrário da “Carta aos Brasileiros” do dia “11 de agosto”
É o contrário do que querem as classes intelectuais, a mídia e o STF – ou o seu “tribunal” eleitoral, que faz os mais extraordinários esforços para ganhar a eleição no horário de propaganda política, na repressão às redes sociais e no controle do material de campanha. 
Proíbe o máximo que pode nas ações do candidato que declararam inimigo; permite o máximo que pode nas ações dos seus adversários.

Manifestação de rua é uma coisa. Urna no dia da eleição é outra. Não há, necessariamente, uma relação de causa e efeito entre as duas coisas – o resultado das eleições de outubro será o que for decidido por 156 milhões de eleitores brasileiros com o seu voto, daqui a vinte das. 

Mas é perfeitamente inútil fingir que não aconteceu nada neste dia Sete de Setembro – ou vir com teorias negacionistas para esconder que o único beneficiário das demonstrações que levaram a massa para a rua é o presidente da República, e não os seus adversários. 
Foi inútil, da mesma forma, a campanha de terror dos últimos dias, prevendo ou garantindo que os “bolsonaristas” iriam provocar todo o tipo de violência na rua; 
- era muito mais seguro ficar em casa, mesmo porque, segundo a campanha, quem fosse às manifestações poderia estar violando alguma lei do ministro Alexandre Moraes, ou coisa parecida.
 
Não pegou, também, a espantosa ideia de que comemorar o Sete de Setembro seria um ato “antidemocrático”. 
No fim, centenas de milhares de pessoas foram para a praça pública no Brasil inteiro e não se quebrou uma única vidraça, nem se jogou uma única pedra ou se tocou fogo em nada. 
Para que serviu a palhaçada de colocar atiradores de elite em volta da Praça dos Três Poderes, em Brasília? 
Do que adiantou cercar o prédio do STF com um aparato de segurança ridículo, como se fosse uma casamata sitiada por tropa inimiga? [PARABÉNS ao Guzzo pela brilhante classificação do aparato de segurança colocado cercando o prédio do STF - ridículo é um dos adjetivos mais generosos usados = voz corrente é que o projetista do aparato deve ter se baseado em livros da Primeira Guerra Mundial.]
De que adiantaram as ameaças e as análises dos “cientistas políticos”?

Tanto quanto a massa que esteve presente no Sete de Setembro, chama a atenção os que estiveram ausentes. 
Onde estava o candidato que as pesquisas até outro dia davam como eleito com 150% dos votos? 
Por que ele nunca aparece quando a população vai para a rua? 
Porque fica trancado com as suas plateias de intelectuais, sindicalistas e empresários de esquerda, cercado de seguranças e com ingresso controlado? 
Como se explica que o candidato que se apresenta e é apresentado como o candidato do povo se esconde no dia em que se comemoram os 200 anos de independência do seu próprio País? 
O fato é que Lula, o PT e as forças que o apoiam cometeram o erro trágico de abandonarem para Bolsonaro e a “direita”, de graça, a bandeira do Brasil, as datas nacionais, os símbolos da pátria, o verde e amarelo. 
O resultado é o que se viu nas ruas no Sete de Setembro: a bandeira brasileira, definitivamente, passou a ser o grande símbolo de um dos candidatos – nas costas das pessoas, nas janelas dos prédios, nos vidros dos carros.
 
Não há como, agora, parar com isso. O TSE do ministro Moraes, num momento especialmente insano, quis proibir o governo de divulgar qualquer material sobre a comemoração da independência; depois voltou atrás e permitiu, mas não deixou que ficassem menções à “proteção das nossas famílias” e à “construção de um Brasil melhor”. 
Não surpreende – essa é a imparcialidade do TSE, e vai continuar assim, numa tentativa cada vez mais desesperada para ganhar a eleição na base de despachos judiciais.  
 
O que Moraes, o STF e todos os “juízes eleitorais” não conseguirão mais fazer é tirar de Bolsonaro a bandeira e as cores verde e amarela; passaram a funcionar como o seu cartaz de campanha, ou como uma declaração de voto. 
Teriam, para tirar essa vantagem eleitoral do presidente da República, de declarar “antidemocrático” e, portanto, ilegal e sujeito à inquérito criminal, o uso em público dos símbolos nacionais. 
Se pudessem, fariam isso, sem dúvida. 
O problema é que não sabem se podem. [FATO: nas eleições passadas foi permitido que o eleitor adentrasse à cabine eleitoral com camiseta contendo propaganda eleitoral de candidato; da mesma forma, poderiam permanecer vestindo material publicitário de candidato nas proximidades das seções eleitorais - só os mesários estavam proibidos  de vestir material publicitário de seu candidato = proibição razoável. Imagine o ministro Moraes mandar prender um cidadão por ter comparecido à seção eleitoral portando a Bandeira Nacional! ou vestindo roupa com algum símbolo nacional!]
 
O Sete de Setembro veio para atrapalhar mais um pouco o seu projeto de País.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo 


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Urnas eletrônicas, como são fraudadas e porque países sérios não as adotam

Engenheiro denuncia como são tecnicamente fraudadas as nossas urnas eletrônicas

Amilcar Brunazo Filho é considerado uma das maiores autoridades mundiais em urna eletrônica. É a voz mais altissonante a denunciar que nossas urnas não são nada confiáveis. “O modelo de urna usado no Brasil é ainda de 1ª geração,  conhecida como DRE (Direct Recording Electronic voting machine), onde os votos são gravados apenas em meio digital eletrônico (e regravável) de forma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gravado corretamente e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apurado) corretamente”, disse em entrevista a este blog.

“É um absurdo votar num sistema que não lhe permite conferir para quem seu voto foi gravado”, estabelece. Todos os países que já adotaram o sistema de urna eletrônica empregado aqui no Brasil, nas últimas eleições, já o abandonaram, por seu alto grau de adulteração, explica o engenheiro Amilcar Brunazo Filho.
Confira:
Como começou seu interesse pelo assunto?
Brunazo: Sou engenheiro formado na Poli (1975), e acabei trabalhando na área de segurança de dados .
Em 1996, votei pela primeira vez numa urna eletrônica. Quando ví que o mesário digitava o número do meu título de eleitor no seu terminal que estava conectado com a urna, onde eu iria digitar o meu voto, me ocorreu a dúvida:
"Como posso saber se o programa (software) da urna não vai gravar o meu voto junto com a minha identidade?
E fiz essa pergunta ao mesário (representante oficial da autoridade eleitoral que me oferecia aquele equipamento), que me respondeu:
"Não se preocupe. Eu lhe garanto que seu voto não será identificado", bem no estilo: "La garantia soy Yo"
Logo percebi que não havia garantias concretas e, a partir daí, fui atrás se mais informação sobre o projeto e funcionamento das nossas urnas eletrônicas.
Percorri Cartórios Eleitorais e acabei indo até o TSE . Acabei descobrindo que não só o sigilo do voto, mas também a garantia da justa apuração do meu voto não tinha garantia real e também dependia exclusivamente de dar confiança pessoal aos projetistas, desenvolvedores e administradores da autoridade eleitoral.
A partir daí, iniciei meu périplo na luta por mais transparência do voto eletrônico no Brasil

Quais defeitos aponta em nossas urnas?
Brunazo : O modelo de urna usado no Brasil, é ainda de 1ª geração,  conhecida como DRE (Direct Recording Electronic voting machine) onde os votos são gravados apenas em meio digital eletrônico (e regravável) de forma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gravado corretamente e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apurado) corretamente.
É um sistema que é essencialmente dependente do software instalado no equipamento e a literatura técnica internacional toda condena esse tipo, pois é, na prática, inviável se demonstrar que um software complexo (mais de 17 milhões de linha de código) que esta gravado em cada uma das 450 mil urnas está comprovadamente livre de erro.

Tais defeitos ocorreram em que grau na ultima eleição?
Brunazo- Ocorreram sim, com certeza. O sistema não gera documentação que possa ser usada numa eventual auditoria contábil (recontagem) dos votos e assim, nem o eleitor teve como saber se seu voto foi gravado corretamente, nem os auditores podem saber se o voto que o eleitor digitou foi contado corretamente.
Em outras palavras, nem quem ganhou tem como provar que ganhou e nem quem perdeu tem como verificar que perdeu de fato. O sistema continua exatamente o mesmo de 1996, onde uma eventual garantia da sua confiabilidade é totalmente dependente da palavras dos administradores, ainda no mesmo tipo: "La garantia soy Yo"

Conhece algum caso de fraude de urna eletrônica no Brasil?
Brunazo: Muitos deles, como a fraude do mesário (que permite a inserção de voto por gente não autorizada), a clonagem de urnas (carregar urnas verdadeiras em duplicidade para inserir votos) e a modificação de votos na totalização poderiam ser detectadas por uma fiscalização eficiente dos Partidos, o que raramente ocorre. Outra modalidade de fraude, a inserção de código malicioso por gente de dentro do corpo de desenvolvedores do software, é praticamente impossível de ser detectada e impedida.

Por que os EUA não adotam nossos sistema de urnas?
Brunazo: Não só os EUA. Todos os países que se usam ou usaram urnas eletrônicas no mundo (como EUA,  Alemanha, Russia, Índia, Bélgica, Holanda, Argentina, Venezuela, Equador, México, etc.), fora o Brasil, já abandonaram o modelo DRE de 1ª geração, substituindo-o por outros modelos de 2ª e até de 3ª geração.
O motivo é exatamente a falta transparência no processamento do voto no modelo DRE.
Na Alemanha, esse modelo de urna foi declarado inconstitucional em 2009 porque não atende o Princípio de Publicidade, já que não permite ao eleitor comum, usando recursos próprios, conferir o destino do seu voto. Nos EUA, em 2007/9 foi emitida a norma técnica “Voluntary Voting System Guidelines” que descredencia máquina do tipo DRE.

Por que nossas urnas não emitem comprovante impresso sobre em quem votamos?
Brunazo: Porque a autoridade eleitoral brasileira, formada, em sua cúpula administrativa, por membros do STF e do STJ, tem poderes excepcionais de legislar, administrar e julgar em causa própria  e não admite adotar um sistema eleitoral eletrônico que permita à sociedade civil conferir se o resultado que eles publicam está correto.
Eles não aceitam terem seu trabalho na área eleitoral submetido a nenhum tipo de “controle externo”, que o voto impresso conferível pelo eleitor permitiria.
A autoridade eleitoral brasileira, agindo nem sempre às claras, já cuidou de derrubar duas leis (de 2002 e de 2009) que previam a adoção do voto impresso conferível pelo eleitor nas urnas eletrônicas e a migração para modelos de 2ª geração.
Enquanto o eleitor brasileiro não compreender que é um absurdo votar num sistema que não lhe permite conferir para quem seu voto foi gravado e será contado e não exigir mudanças concretas nas urnas-e brasileiras, a autoridade eleitoral brasileira vai continuar nos impondo abusivamente esse sistema sem nenhuma transparência efetiva e que já foi abandonado no resto do mundo.

Conheça o 1º Relatório CMind sobre as urnas eletrônicas brasileiras
              o 2º Relatório CMind sobre as máquinas de votar argentinas
            e o 3º Relatório CMind sobre as eleições eletrônicas no Equador - 2014

Transcrito do Blog Claudio Tognolli