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sábado, 9 de abril de 2022

'Por favor, case com um branco', disse professor demitido por racismo

O professor disse, em sala de aula,que aconselha a filha: 'quando você for casar, por favor, case com um cara branco, porque senão vai nascer moreno'

Viralizou nas redes sociais um vídeo feito por um aluno da Escola Estadual Ministro Alcindo Bueno de Assis (Eemaba), na cidade de Bragança Paulista, São Paulo, no qual um professor proferia falas racistas e machistas. O docente ainda afirmava que as pessoas de pele branca estão acabando.

Na aula de biologia, o professor explicava que as chances de uma criança nascer “branquinha” ou “moreninha” em relações interracionais. Segundo esse professor, na maioria das vezes, a criança nasce morena. Neste momento, o professor revelou que aconselha a própria filha a casar com um homem branco para não ter filhos morenos. Indignados com a fala do professor, um aluno filmou e divulgou o vídeo com as falas na rede social para denunciá-lo.

“Eu falo para vocês, não sei se vocês vão acreditar no professor de biologia. Pessoas com pele branca estão acabando. A minha menina é branca. A (nome da esposa) que é a mãe dela é branca. Eu sou branco, só pode sair branco. Se saísse de olhinho puxado, moreninho, ia sair cacete lá. Então, eu falo pra ela, já falei pra ela, quando você for casar, por favor, case com um cara branco, se não vai nascer moreno e o branco hoje está acabando”, diz o professor no vídeo.

Brasil - Correio Braziliense


segunda-feira, 10 de maio de 2021

Sem política de inclusão, elite das Forças Armadas não tem diversidade - O Globo

Apenas três dos 228 integrantes do alto escalão da Marinha e da Aeronáutica se declaram pretos; para órgãos há meritocracia [o destaque dado à Marinha e à Aeronáutica, não foi esquecimento e sim para destacar, como se falha fosse ,  uma situação que está mais presente nas  Forças citadas, por especificidades a elas inerentes.]

O topo da carreira nas Forças Armadas reproduz a desigualdade existente em outras instâncias de comando de instituições públicas e empresas privadas no país. Documentos de Marinha e Aeronáutica, obtidos pelo GLOBO via Lei de Acesso à Informação, mostram que apenas três integrantes da elite — todos da Força Aérea — se declaram pretos, em um universo de 228 militares do alto escalão. Os retratos, colocados lado a lado aos dos 172 colegas do Exército — que não dispõe dos dados, o que dificulta inclusive a mudança do quadro, segundo especialistas —evidenciam a falta de diversidade.

[A meritocracia é o mais importante para avaliar a competência das pessoas; a Constituição Federal decreta:  Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
Que sentido tem política de cotas disso e daquilo? 
- o que justifica preterir pessoas que a Constituição considera iguais, apenas por ser o escolhido, digamos, afrodescendente ou ter estudado em escola pública, ou por dezenas de outros motivos que os cotistas sempre arranjam.  Segundo a CF ambos são iguais, sendo o único critério lícito, ético, moral, o do MÉRITO. 
O critério que deve ser o primeiro a diferenciar iguais tem que ser a MERITOCRACIA]

Infográfico: Veja o retrato da desigualdade nas Forças Armadas

A representação de pretos na elite militar é apenas um quinto daquela encontrada na sociedade brasileira como um todo. Entre os oficiais-generais da ativa (nomenclatura que contempla o topo das três Forças), apenas 1,75% são pretos, número que vai a 9,4% na população geral. Como as informações dos dados oficiais nem sempre seguem o padrão de cor definido pelo IBGE — na Marinha, por exemplo, há a possibilidade de se autodefinir como “moreno” —, O GLOBO acrescentou à lista a observação das fotografias de todos os oficiais-generais. A identificação visual incorporou outros quatro oficiais pretos aos três autodeclarados, totalizando sete num universo de 400. Nenhum deles ostenta quatro estrelas, o grau máximo que um oficial da elite pode atingir.  [generais de duas, três ou quatro estrelas, pelo caráter especial da carreira, não podem ser escolhidos por critério que não seja o do MÉRITO.]

Os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica brasileiras estão sob a tutela de 400 generais-oficiais na ativa. No entanto, apenas sete deles são de cor preta, ou 1,75% do total. A constatação parte da análise de documentos e dos retratos de generais de quatro, de três e de duas estrelas, as mais altas patentes das Forças.

Estudo sobre representatividade racial nos espaços decisórios da Aeronáutica, publicado no ano passado pela Escola Nacional de Administração Pública, apontou a ocorrência de “um importante quadro de desigualdade racial” na “distribuição de espaços de poder” da Força Aérea. O trabalho menciona, no entanto, que não se trata de uma particularidade, mas o “retrato fiel do quadro de exclusão social presente no Brasil”.

Em países com debate público sobre igualdade racial nas Forças Armadas, como os Estados Unidos, oficiais de cor preta representam 9% dos comandantes da instituição, percentual mais próximo à representação de pretos na população norte-americana — 13%, segundo o último Censo.

Diretor-executivo do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), o advogado Daniel Silveira ressaltou que a própria ausência de dados sobre militares em postos de comando reduz a capacidade de modificação do cenário: — A negação de discussão se equivale à negação da construção de um país mais inclusivo. Considerando que as Forças Armadas também são instituição pública e empregadora, você não pode simplesmente excluir dos espaços mais empoderados a população negra. Ela também quer se ver refletida neste espaço de decisão.

Silveira diz ser importante reconhecer que os pontos de partida para acesso a oportunidades não apenas no Exército, Marinha e Aeronáutica, mas em toda sociedade, são diferentes para cada grupo. — O próprio STF já afirmou que uma meritocracia que não considera os diferentes pontos de partida equivale a uma espécie de aristocracia velada.
[esqueceram de perguntar???  quantos ministros do STF são negros?
E, nos últimos cem anos quantos eram afrodescendentes?]

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Embora diga nunca ter se sentido vítima de preconceito ao longo da carreira militar, ele avalia que a “falta de oportunidade” e a má qualidade da educação em regiões periféricas contribuem para a baixa diversidade. No Exército, o general-de-brigada André Luiz Aguiar Ribeiro é o único de cor preta entre os 172 da elite. Procurado, ele afirmou que só poderia tratar do tema com autorização do Exército, o que não ocorreu.

Brasil - O Globo

 

sábado, 8 de agosto de 2020

Os progressistas e a marcha da insensatez



O Novo Testamento da Virtude Política é um assombro. 
Mas o bom senso recomenda que se considere a realidade antes de chamar o padre para dar a extrema-unção ao mundo como ele é hoje

Boa parte daquilo que lhe dizem hoje em dia nos meios de comunicação, ou nas conversas do seu círculo social, indica que o mundo está ficando cada vez mais sem noção. A sua lógica recebe tiros por todos os lados. Pela mais recente tábua de mandamentos do feminismo realmente avançado, por exemplo, não se pode mais mencionar a existência de mulheres que menstruam; agora é preciso dizer “pessoas que menstruam”, sob pena de machismo, fascismo e discriminação “contra os transgêneros”.
Mas biologicamente só mulheres podem menstruar; não há nenhuma outra possibilidade, desde que o ser humano surgiu, há cerca de 2 milhões de anos. 

O que poderia haver de errado em dizer isso? Não interessa. É preconceito, pois nega a um homem que se sente “no corpo errado”, e gostaria de ser mulher, o direito de ficar menstruado. Em suma: a menstruação deve ser tratada como um fenômeno fisiológico que pode ser acessado por todas as “pessoas”.

Todo indivíduo de pele branca, seja lá qual for o seu comportamento, é racista; segundo os generais da atual guerra pela canonização imediata e mundial da etnia negra, o equipamento genético dos brancos, ou algo assim, os condena à prática do racismo, ou do crime de “branquitude”. Não se menciona como isso poderia funcionar com as etnias orientais, por exemplo, ou com os esquimós; também não há lugar, na cabeça dos defensores mais agressivos da nova consciência racial, para as pessoas que são fruto de séculos de cruzamento entre brancos e negros. No Brasil, por exemplo, estamos diante de um problema sem solução. Dezenas de milhões de pessoas, na verdade a maioria da população brasileira, não são brancas nem pretas — o que se vai fazer com essa gente toda? Pelo que deu para entender das últimas liminares baixadas na vanguarda intelectual do antirracismo como ele é praticado hoje, o tipo chamado “brasileiro”, ou “moreno”, também é racista — talvez até mais que os brancos. Em suma: ou o cidadão tem o seu tom de pele negra aprovado pelo “campo progressista”, ou não tem salvação possível. A “branquitude”, em si, é um delito. O sujeito não precisa ser da Ku Klux Klan, ou a favor do apartheid, para ser racista; basta ter nascido branco.

É obrigatório, para todo cidadão que queira ter uma ficha politicamente limpa neste mundo, ir à rua, protestar ou manifestar-se em público contra “o fascismo”. Não está disponível a opção de pensar em outra coisa, ou simplesmente de não pensar no assunto; pelo novo catecismo hoje em vigor, o “silêncio” equivale à prática dos delitos de racismo, machismo, exclusão social, negação da “diversidade”, injustiça, promoção da desigualdade e sabe-se lá quantas outras calamidades mais. Também é compulsória a militância ativa por um “planeta sustentável”. Seria muita sorte, para todos, se esse dever se limitasse à preservação da natureza, do ar puro e das geleiras; mas hoje em dia tudo isso está longe de ser suficiente. É indispensável, também, denunciar o excesso de bois, frangos e porcos na população animal.

Sua alimentação (e a dos animais) tem de ser orgânica. É proibido aceitar a mecanização da agricultura, o uso de fertilizantes, a aplicação de defensivos químicos contra pragas, as “grandes propriedades” e, em geral, a presença do capitalismo na atividade rural. O uso de hormônios para apressar o crescimento de frangos, por exemplo, está terminantemente proibido.
(Tem de ser permitido, e até pago pelos serviços sociais do Estado, quando se trata de dar hormônios para bloquear o desenvolvimento natural trazido pela adolescência a crianças “confusas” quanto ao seu sexo, como se diz; mas para frango de granja não pode.) A indústria, como um todo, é ruim. A produção de energia, hidroelétrica ou de qualquer natureza, é pior ainda. E o capital, então? Melhor nem falar.

Pelas novas regras, homens e bichos devem ter direitos iguais
Há dois meses a cidade americana de Portland, com uma população de quase 3 milhões de habitantes na sua área metropolitana, vem sendo destruída, incendiada e violentada por gangues que se descrevem como “antifascistas” — teoricamente, ainda em sinal de protesto contra a morte de um negro por um policial branco. O atual pensamento progressista sustenta que destruir propriedade pública e privada, agredir policiais e impedir o direito de ir e vir dos cidadãos de Portland é um direito dos militantes. O governo local do Estado e do município, controlado pela esquerda do Partido Democrata, acha muito justo. 

Mais que isso: reivindica-se que a cidade ganhe uma espécie de extraterritorialidade, como se fosse uma embaixada estrangeira ou reserva indígena, onde a autoridade pública não poderia ser aplicada e as leis norte-americanas não teriam valor. A mesma coisa é exigida pelo movimento antirracista em Seattle, com cerca de 4 milhões de habitantes e não distante de Portland. Os líderes querem que a polícia seja legalmente proibida de entrar em determinadas áreas dessas cidades, que o orçamento da segurança seja reduzido pela metade, que mais verbas públicas sejam entregues a “projetos de interesse da comunidade negra” e por aí se vai.

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“Julgar as pessoas é visto como uma conduta discriminatória”
O que mais? Mais tudo o que você quiser; a lista completa daria para encher uma Enciclopédia Britânica, e não é preciso chegar a tanto. Já deu para entender, não é mesmo? “Todos os limites que deram significado à experiência humana, por centenas de anos, estão sendo questionados e postos à prova”, disse em entrevista publicada pela Revista Oeste em sua última edição o sociólogo Frank Furedi. Isso é resultado, em sua visão, de uma crise moral — que por sua vez tem origem na crença, muito em voga hoje em dia, de que é errado fazer distinções e julgamentos. “Julgar as pessoas é visto como uma conduta discriminatória”, diz Furedi. “É o que se ensina nas escolas: ‘não julgue o colega’, ‘não existe bom ou ruim’, ‘não há certo ou errado’. Mas, se você começa a destruir os limites morais, cria-se uma mentalidade em que as pessoas se tornam intolerantes com os limites em geral.” Isso, na sua opinião, é estúpido. É mesmo.

A questão, a partir daí, é tentar enxergar para onde essa marcha da insensatez está nos levando. Ou, mais precisamente: o pensamento descrito acima, com todos os seus similares, será ou não será capaz de interromper o progresso das sociedades humanas, tal como ele é entendido hoje? A vida vai realmente mudar? Na prática, são essas as questões que interessam no curto prazo — que, como ensina a experiência, é sempre bem mais interessante que o longo. À primeira vista, a coisa toda está com a pior cara possível. Em sua comemoração do “Dia dos Pais”, a Natura, empresa do ramo de cosméticos, acaba de dar o título de “Pai do Ano” a uma mulher; há pouco tempo, o prêmio de “Miss Espanha” foi dado a um homem. 

Estátuas de Cristóvão Colombo são destruídas nos Estados Unidos, e murais em sua homenagem, fechados na Universidade de Notre Dame, para que ele pague, 500 anos depois, o crime de ter descoberto a América e, com isso, levado ao “genocídio dos povos indígenas”. Multinacionais bilionárias, que até anteontem se achavam exemplos superiores de tudo o que pode haver de bom na liberdade em geral (e econômica em particular), exigem que o Facebook e o Twitter formem comitês de censura para proibir a circulação de mensagens de “de direita/de ódio/extremistas” — algo como obrigar os Correios a examinar o conteúdo das cartas que recebem do público, e só entregar as que forem previamente aprovadas pela sua direção. Jornalistas são postos para fora (do The New York Times, digamos) por não se encaixar no modelo exigido pelo “coletivo” das redações.

O filme …E o Vento Levou, rodado em 1939, foi recentemente tirado de circulação por “racismo” só voltou ao ar com uma introdução “histórica”, equivalente a um pedido de desculpas, em que uma “ativista” negra faz a denúncia da “injustiça social” e do “desrespeito aos negros” que teriam sido praticados 81 anos atrás pelos produtores, diretor, atores e técnicos responsáveis por essa “narrativa”. Já mudaram o título que John Lennon deu em 1972 a uma de suas canções (Woman Is the Nigger of the World) pela mesma acusação — “racismo”. Fala-se em cotas na distribuição do Oscar; “minorias” deveriam ter um número prefixado de estatuetas. Universidades norte-americanas estão criando cerimônias de formatura separadas para brancos e negros — por exigência de “lideranças” negras. Professores considerados de “direita” são cada vez mais proibidos de dar cursos, ou mesmo fazer uma palestra, no ensino superior. Uma confederação de empresas internacionais ameaça fazer boicote econômico contra os produtos agrícolas e a indústria de alimentos do Brasil caso continue o que descreve como “destruição da Amazônia”. O presidente da França não gosta do agronegócio brasileiro nem o rei da Noruega, o papa Francisco, o Comitê de Diversidade do Conselho da Europa e nove entre dez intelectuais atualmente vivos.

Tendem a dar mais atenção às ideias “corretas” os que menos precisam trabalhar para viver
Tudo bem — mas o futuro vai ser mesmo como essa gente está querendo, ou dizendo que quer? Isso aqui não é uma aula de sociologia; é só um artigo de revista. Em todo caso, a prudência e o bom senso recomendam que se pense um pouco mais nas realidades antes de chamar o padre para dar a extrema-unção ao mundo como ele é hoje. É provável que a resposta mais aproximada a essa pergunta seja a seguinte: depende. O Novo Testamento da Virtude Política deve gerar mais efeitos concretos nos setores da sociedade mais sensíveis à crença de que a vida possa realmente ficar melhor desse jeito; onde essa fé não existir, ou for apenas morna, o essencial não muda.

Os efeitos vão variar, muito possivelmente, de acordo com as classes sociais — quanto mais pobre, ou menos rica, for a classe, menos importância vai se dar à ideia de que um pai pode ser mulher, ou que se deva derrubar as estátuas de Cristóvão Colombo, mesmo porque a maioria nem sabe quem foi Cristóvão Colombo.
Da mesma forma, tendem a dar mais atenção às ideias “corretas” os que menos precisam trabalhar para viver; os que mais trabalham, sobretudo nas ocupações mais modestas, pesadas e mal pagas, devem ser os que menos tempo vão dedicar à igualdade de direitos entre animais e seres humanos, ao desarmamento da polícia ou ao aquecimento da calota polar.

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Da mesma forma, é melhor esperar um pouco antes de marcar uma data para o fim do capitalismo nos Estados Unidos — ou no Japão, na Europa e no resto do mundo. Alguém se lembra do movimento Occupy Wall Street, que ia acabar com a bolsa de valores e os bancos norte-americanos dez anos atrás? Pois é. Há valores diferentes, e muito, conforme o lugar do mundo onde você está. É duvidoso que a China, por exemplo, com o seu 1,4 bilhão de habitantes, esteja interessada nas queixas, exigências e necessidades da etnia negra, ou de qualquer outra. E a Índia? Seria um país negro? Ou sofreria de “branquitude”? Não dá para dizer — e lá se vai mais 1,3 bilhão de cidadãos. As “causas” defendidas nas ruas norte-americanas, europeias ou brasileiras seriam as mesmas dos países da Ásia, ou das sociedades muçulmanas?

Quanta importância se dá aos direitos das mulheres no Paquistão ou na Arábia Saudita? Mais de 3 bilhões de pessoas, incluindo China e Índia (onde não passa pela cabeça de ninguém abolir o sistema de castas, que exige direitos diferentes conforme a definição social do indivíduo), vivem em regimes onde se aceita sem maiores problemas a ausência da liberdade, da igualdade ou da democracia. É gente que não acaba mais; devem saber o que estão fazendo. Os valores defendidos em Seattle não são os que se levam em conta em Xangai. O que as pessoas têm em comum, no mundo de hoje, é muito menos do que aquilo que as separa.
Em suma: quem acredita que não pode mais haver limites para nada neste mundo precisaria combinar isso com os chineses. Além dos russos, é claro.
Leia a entrevista com Frank Furedi
Mais sobre agronegócio na entrevista com Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Territorial

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J.R. Guzzo, jornalista