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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Os EUA não estão loucos, mas estão fazendo o máximo possível para parecer que são

O Estado de S. Paulo

Banana Republic

“A única diferença entre mim e um louco”, disse num de seus melhores momentos o pintor Salvador Dali, “é que eu não sou louco”. Detalhes assim fazem toda a diferença, não é mesmo? Ainda bem, porque essas espantosas eleições norte-americanas em que todo mundo vota, até por telepatia, mas o resultado não sai nunca, nos levam de volta ao mundo surrealista de Dali. Os Estados Unidos, com toda certeza, não estão loucos, pois nenhum país com o seu currículo de realizações fica louco de um governo para outro. Mas estão fazendo o máximo possível para parecer que são. 


Imaginem se isso tivesse acontecendo no Brasil – o que as classes intelectuais, a imprensa e as celebridades americanas, além do Facebook, que em matéria de democracia se consideram no mesmo nível de perfeição da Santíssima Trindade, iriam falar de nós? O Brasil, como eles dizem a cada cinco minutos, põe fogo sem parar na floresta amazônica, comete genocídio contra os índios, persegue minorias e está acabando com as baleias – sem falar no derretimento da calota polar e no governo fascista etc. Se, além de todos esses delitos, ainda houvesse por aqui uma eleição presidencial como essa que andam fazendo por lá, iriam rebaixar o Brasil da condição de país irrecuperável para alguma categoria logo abaixo, onde a única solução é socar uma bomba de hidrogênio em cima.

Qualquer sistema de apuração de eleições, naturalmente, está sujeito à fraude, por mais moderno que seja – embora, curiosamente, a gente nunca ouça falar em confusão na Inglaterra, no Japão ou na Nova Zelândia. Alguém sabe de fraude eleitoral na Alemanha, ou no Canadá? Mas deixe-se essa discussão para outra hora; o que importa, no caso atual, é a alarmante situação pela qual as eleições nos Estados Unidos – o país número 1 do mundo, com seu PIB de 20 trilhões de dólares e tantos outros etceteras – estão sendo abertamente comparadas com as de uma republiqueta de bananas da América Central ou de algum fim de mundo da África. 

Queriam o quê? O presidente dos Estados Unidos da América, ninguém menos que ele, Donald Trump em pessoa, diz que “as eleições estão sendo roubadas”. Centenas de advogados, dos dois lados, entram com ações judiciais, uns contra os outros – o governo dizendo que a oposição fraudou os resultados, a oposição dizendo que o governo perdeu e quer virar a mesa. A apuração levou mais de quatro dias até que se soubesse quem ganhou – prodígio que não seria aceito nem no Congo Belga. A eleição é uma obra em aberto, na qual se pode votar antes do dia da eleição, no dia seguinte, depois de encerrado o horário de votação, pelo correio, por e-mail. A apuração dos votos é feita no ritmo, no sistema, com as leis e pelos funcionários de cada um dos 50 Estados americanos.

Trump diz que os votos “não-presenciais” – pois é, até em eleição existe agora esse negócio – que vão chegando pouco a pouco e cuja contagem não tem hora para acabar, vão todos para o inimigo Joseph Biden. Os inimigos do presidente dizem que ele quer dar um golpe de Estado. Em suma: deu ruim, como se diz. Talvez a ex-presidente Dilma Rousseff, de quem tanto se ri por causa de seus surtos de esquisitice, não estivesse sendo assim tão exótica quando disse que ninguém ganhou e ninguém perdeu a eleição, pois quem ganhou não perdeu e quem perdeu não ganhou, de modo que todo mundo perdeu e ganhou. 

Parece o Brasil dos anos 50, ou de antes, quando se votava a mão, com caneta Bic, e a apuração só começava ao meio-dia do dia seguinte, para se acertarem as coisas durante a noite – inclusive com o roubo físico das urnas. Um dia eles ainda chegam lá.

J.R. Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo 


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Serial Killer prestativo durante o dia, assassino implacável à noite

'Solícito de dia e matador de noite', diz delegada sobre Monstro da Alba

Polícia Civil ainda não descarta que assassinatos praticados por serial killer tenham sido premeditados e estejam relacionados a drogas

Responsável pela investigação dos assassinatos cometidos pelo serial killer Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41 anos, a delegada do 5º Distrito Policial de São Paulo, Nilze Scapulatiello, afirma que o pintor e ex-presidiário tinha um comportamento duplo. Oliveira confessou à polícia que estrangulou com um fio da rede elétrica seis pessoas desde janeiro deste ano. "Ele era um homem solícito durante o dia e um matador à noite", disse a delegada.

Nilze participou do interrogatório do suspeito e disse ter se impressionado com a frieza do pintor, apelidado de "Monstro da Alba", em referência à favela onde morava e matou as vítimas, na Zona Sul de São Paulo. Nilze afirmou nesta quarta-feira que os familiares de Oliveira serão ouvidos para ajudar a traçar o perfil psicológico dele.

As investigações ainda não encontraram a real motivação para os crimes e nenhuma hipótese foi descartada. Oliveira disse que agiu sob efeito de drogas e álcool. A Polícia Civil destacou um delegado e dois investigadores para se dedicarem exclusivamente ao caso.
Oliveira assumiu ter assassinado seis das sete pessoas cujos corpos foram encontrados enterrados na casa dele. Ele admitiu à Polícia Civil ter assassinado Carlos Alves de Matos Junior, de 21 anos, cuja morte deu início às investigações; Andreia Gonçalves Leão, de 20 anos; Paloma Aparecida dos Santos, 21 anos; Renata Christina Pedroso Moreira, de 33 anos; e mais duas mulheres ainda não identificadas. O trabalho depende de laudos do Instituto Médico Legal.

Pela manhã, peritos examinaram a casa de Oliveira e o terreno em que ficavam os usuários de droga na Favela Alba, no Jabaquara. Mas novas buscas podem ser realizadas. "Há a possibilidade de que o número de vítimas cresça", disse Nilze. Nesta tarde, a mãe de um homem que desapareceu na região prestou depoimento. Ela reconheceu uma calça jeans que seria de seu filho, Kelvyn Dondoni, de 23 anos, que não é visto há quatro meses. No entanto, ainda não há indícios que liguem o sumiço de Dondoni aos crimes do "Monstro da Alba".

 Fonte: Veja On Line


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Casa de pintor serial killer tinha 'cemitério' com 7 corpos



Investigadores e peritos ainda fazem buscas no local, auxiliados por uma equipe do Corpo de Bombeiros com dois cães treinados
A casa do pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41 anos, um ex-presidiário suspeito de ter assassinado uma série de pessoas na Favela Alba, na Zona Sul de São Paulo, era uma espécie de cemitério clandestino. Desde que ele foi preso, na sexta-feira, por ter confessado a morte de um vizinho, sete cadáveres já foram encontrados escondidos no casebre, de acordo com a Polícia Civil.

Os investigadores e peritos fazem buscas no local, auxiliados por uma equipe do Corpo de Bombeiros, com dois cães treinados para localizar corpos e ossadas. Embora ele só tenha confessado um assassinato até agora - Oliveira presta depoimento à Polícia Civil nesta tarde -, os investigadores suspeitam que todos os cadáveres localizados sejam de pessoas mortas pelo "Monstro da Alba", como passou a ser chamado pelos vizinhos da favela.

As buscas começaram por causa da última vítima do pintor, Carlos Neto Alves de Matos Júnior, de 21 anos, enterrado em um dos cômodos da casa, onde também havia manchas de sangue, uma faca e um soco inglês. A vítima era homossexual e surdo-mudo. Depois de começar uma perícia na casa, os policiais descobriram os outros cadáveres. Será necessário encomendar exames de DNA para identificação, mas familiares que se dirigiram ao local reconheceram roupas e pertences, como aparelhos celulares dos desaparecidos.

A casa parcialmente demolida fica em um beco da favela e tinha corpos enterrados sob o piso, ossadas, crânios e pele humana nas paredes. Foram recolhidas roupas de homens, mulheres e crianças, além de objetos. A polícia pediu que a Subprefeitura do Jabaquara, na região da favela, envie um caminhão e uma retroescavadeira para retirar o entulho das escavações.

A Justiça decretou a prisão temporária do pintor por até dez dias. A polícia deve pedir a conversão em prisão preventiva, sem prazo determinado. Oliveira tinha passagens por dois homicídios e cumpriu vinte anos de prisão. Ele também se envolveu em rebeliões com mais de 170 presos em Avaré (SP).

Fonte: Revista VEJA