Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador retroescavadeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador retroescavadeira. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Padre Kelmon e o exorcismo dos comunas - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Como já tinha acontecido no debate anterior, o "tal" do Padre Kelmon roubou a cena no debate da Globo esta quinta. Ele foi a grande estrela da noite, desnudando a esquerda hipócrita e tirando Lula do sério, para desespero dos militantes disfarçados de jornalistas.

Para acompanhar o debate, acabei colocando na Globo News antes, o que não fazia há semanas. Lá vi Merval Pereira elogiar Aloysio Mercadante como um economista ortodoxo, responsável. Esse aperitivo foi o tom da noite: o desespero tucano para passar pano e borracha no radicalismo petista, tudo para tentar derrotar Bolsonaro.

A esquerda nutria alguma esperança de que Ciro Gomes fosse pegar leve com o ladrão petista. Em vão! Ciro “Retroescavadeira” Gomes entrou de sola no molusco! 
E a militância foi para as redes sociais detonar Ciro, até ontem um queridinho da turma. Fica a mensagem: quem não adere 100% ao teatro petista só pode ser um golpista!
 
Chamou a atenção também a quantidade de "direito de resposta" concedida ao ex-presidiário. 
Faltava William Bonner usar uma estrela vermelha na lapela. Como a melhor parte do espetáculo são os memes nas redes sociais - lembrando que a esquerda radical é incapaz de humor - Bonner de testemunha de Jeová oferecendo mais direito de resposta a Lula foi uma imagem que viralizou: Em vários momentos, Bolsonaro engoliu lula frita na noite, mastigando o cinismo de quem tentava acusar o atual presidente de corrupção, tendo comandado o maior esquema de desvio de recurso público do planeta
O grau de cinismo do petista é o de um psicopata, não resta dúvidas. Mas não foi uma boa noite para Lula...
 
O candidato do Novo deve ter ignorado sugestões de João Amoedo e levantou a bola para o Ciro Gomes cortar direto na cabeça do larápio! “Lula, só um diretor seu devolveu cem milhões de corrupção aos cofres públicos”, apontou D'Ávila.  
O ladrão tergiversou e fugiu pela tangente demagógica: “O povo quer que eu volte pois eu sei cuidar do povo”. Felipe D'Ávila pode ter pinta de "mauricinho" Leite de Soja, mas até que deu uma ou outra boa bordoada no petista ontem, e merece crédito por isso.

Bolsonaro trouxe o caso do assassinato de Celso Daniel à tona. Simone Tebet saiu pela tangente, mas a vice dela foi quem disse que Lula teria pago milhões pra se livrar da acusação. Como não é tema relevante para o país, senadora? Tebet reclamou que Bolsonaro deveria ter feito a pergunta diretamente ao Lula, ignorando que ele não poderia mais escolher o ex-presidiário no bloco. Não foi, portanto, covardia...

Em momento épico, Bolsonaro soltou essa pérola logo no começo: “Acabei com a mamata da grande mídia, em especial da Globo”. Afirmar isso na própria Globo é simplesmente delicioso para quem está cansado dessa militância podre da velha imprensa.

A "onça" só se enrolou a noite toda, disputando com Tebet quem era a mais patética. Chegou a usar a expressão "maninterruptipng" contra o Padre Kelmon, e depois ainda disse que ele iria para o inferno 
O padre humilhou a senadora Soraya, que dobrou a aposta e chamou o candidato do PTB de "padre de festa junina", além de cabo eleitoral de Bolsonaro. Teve de escutar que ela é cabo eleitoral de Lula!
 
Simone Tebet foi lacrar e levou uma lapada do presidente Bolsonaro sobre ambientalismo. Para ela, enquanto rolava o debate algo como três mil árvores eram cortadas! Já no Ceará de Ciro, todos devem comer a picanha do Lula! É um mundo paralelo inventado, tal como aquele Brasil de Bolsonaro dos mais de 30 milhões de famintos. 
A esquerda não tem qualquer compromisso com os fatos.
 
Tanto que o imitador de focas chegou a afirmar que Bolsonaro estava "fora de si, completamente descontrolado, totalmente fora do prumo, gritando e babando". O rapaz devia estar sintonizado em algum outro canal, só pode! No mais, Lula bem que tentou aparentar calma, mas a farsa durou pouco. 
Sua linguagem corporal exalava nervosismo e ódio o tempo todo, e quando o Padre Kelman partiu para o ataque...
 
Chegamos ao melhor momento do show! O padre estava lá pois contra a esquerda radical é necessário um exorcista mesmo. E Kelmon exorcizou Lula em praça pública
Fez o demônio transfigurar o rosto do ator que bancava o pacificador. Jogou duras verdades na cara do ladrão: 
-  não foi inocentado coisa alguma, só descondenado por companheiros supremos; é um bajulador de tiranos assassinos como Fidel Castro; nada diz contra o colega Daniel Ortega que persegue cristãos na Nicarágua; etc. Lula foi moído pela cruz!
 
William Bonner nem sabia o que fazer para impedir o massacre. 
Ele não conseguiu ocultar o desprezo e o ódio que a turma global sente pelo padre anticomunista. 
Nas redes sociais petistas, vários "jornalistas" desesperados com o padre, revoltados com o "deslize" de Lula, que caiu na casca de banana.
 
Já do lado bolsonarista, os memes divertidos enaltecendo o papel do padre no debate, como se fosse o Carluxo disfarçado espancando um Lula perdido e atônito:  Roberto Jefferson tentou ser candidato assumidamente para esse papel de linha auxiliar de Bolsonaro, para bater nos comunas em seu lugar, para defender o presidente dos ataques pérfidos de todos os lados
O sistema não permitiu sua candidatura e já deve estar arrependido. 
Ele encontrou um substituto à altura, um Bob Jeff de batina!

E claro, tendo um presidente zoeiro, que sabe tirar sarro da oposição desesperada, até Bolsonaro embarcou na brincadeira e postou em seu Twitter que, após o exorcismo, Lula pediu voto para o presidente, fazendo o 22 com as mãos...

Essa talvez seja a marca registrada desse embate: a coisa é muito séria, pois a esquerda radical corrupta quer voltar à cena do crime para acabar de destruir o país; não obstante, a direita é capaz de encarar tudo com firmeza, mas leveza, enquanto a esquerda "democrata" só consegue exalar ódio, raiva, sentimento de vingança, autoritarismo.

E a turma sentiu, não resta dúvida. Já tem até gente prometendo perseguição ao padre se o ladrão realmente voltar ao poder...

Pelo bem da nação, isso não vai acontecer! O povo brasileiro não vai permitir a volta do ladrão socialista ao poder. O padre iniciou os trabalhos de exorcismo, e agora cabe ao eleitor mandar o capeta embora de vez: vade retro, Satanás!

Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 7 de março de 2020

O perigo da ambiguidade - Míriam Leitão

O Globo

Entre as anomalias deste tempo está a ambiguidade com que o governo Bolsonaro tratou o motim da Polícia Militar no Ceará. O presidente, seus filhos e seus ministros, inclusive os generais — com raras exceções — não condenaram a ação criminosa dos policiais e usaram o evento para os seus objetivos políticos. O governador Camilo Santana (PT) se comportou de maneira firme e mesmo depois de tudo resolvido evitou as polêmicas, para focar no principal: este tipo de movimento é crime e passar mensagens dúbias em relação a ele é pôr em risco a ordem pública.

[cabe lembrar que os estados possuem sua própria política de 'segurança pública' e as polícias estão subordinadas ao governador do estado.
A operação GLO não foi para acabar com as greves (bombeiros militares e policiais militares) e sim para auxiliar na preservação da ORDEM PÚBLICA, onde a mesma estava ameaçada tendo em conta a redução do efetivo policial, devido o movimento paredista.
O combate à greve, com eventual conflito entre policiais/bombeiros, x militares das FF AA, outras medidas, incluindo o reconhecimento pelo governo estadual de não ter mais o comando sobre os grevistas.
Portanto, não houve leniência por partes dos integrantes das FF AA, já que o comportamento das Forças Auxiliares naquele estado permaneceu  na alçador do governador petista.] 

É espantoso que um governo que tem tantos oficiais generais tenha sido leniente com o comportamento delinquente de servidores públicos armados. Se há um valor que as Forças Armadas costumavam prezar é a hierarquia. Os amotinados a quebraram. Eles usaram as armas compradas com o dinheiro dos nossos impostos contra os cidadãos. Com balaclava no rosto, à moda de bandidos, ameaçaram comerciantes e aterrorizaram cidadãos.

O episódio em que ficou mais claro o apoio implícito do governo federal aos amotinados foi o discurso do coronel Aginaldo Oliveira, comandante da Força Nacional, num palanque, elogiando os amotinados. Eles seriam “gigantes” e “corajosos”. “Os senhores se agigantaram de uma forma que não tem tamanho”, disse ele. “Demonstraram isso ao longo de 10,11,12 dias que estão aqui dentro desse quartel, em busca de melhoria da classe, e vão conseguir. Os covardes nunca tentam, os fracos ficam pelo meio do caminho, só os fortes conseguem atingir seus objetivos”. Era um sinal para policiais de outros estados para fazer o mesmo em busca dos seus “objetivos”.

O mais impressionante não foi o que o coronel disse, mas o silêncio dos seus superiores. Um eloquente silêncio como o do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Semanas antes, Moro fora padrinho no casamento do coronel com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e, no discurso da cerimônia, usou para definir a noiva uma palavra considerada elogiosa: “caveira.” No caso do Ceará, Moro escondeu-se no silêncio. Em outros momentos foi loquaz.

No Twitter ele politizou o caso afirmando que “a crise no Ceará só foi resolvida pela ação do governo federal, Forças Armadas e Força Nacional que protegeram a população e garantiram a segurança”. É falso. O governador Camilo Santana foi bem mais equilibrado. Ele reconheceu, em entrevista à Central Globonews, o papel do governo federal, mas afirmou que o governo estadual foi fundamental para debelar a crise e criar os parâmetros para além das fronteiras do Ceará. 

Santana mandou uma Proposta de Emenda à Constituição do estado proibindo a concessão de anistia a policiais amotinados. Ela já foi aprovada com um adendo feito pelos parlamentares: a própria assembleia fica proibida de analisar aumentos de salários por seis meses após um motim. [o adendo à PEC do governador petista, criado pelos parlamentares,  é um engodo.
Seis meses e um dia e acabou a restrição.
Quanto a PEC aprovada após promulgada pode ser emendada. 
Lembrem-se que o petista governou o Ceará de 2010 a 2014 e naquele período ocorreram greves de policiais.] Se o governador cedesse, o problema se espalharia por outros estados. A tibieza do governo federal tem um motivo conhecido: Bolsonaro fez sua carreira política apoiando motins de policiais. Ele próprio saiu do Exército num caso de insubordinação.

O senador Cid Gomes (PDT-CE) tentou entrar com uma retroescavadeira em um quartel de amotinados. O governo aproveitou esse ataque de insensatez para fazer política. O governador Camilo Santana, por sua vez, não quis criticar o senador porque ele é seu aliado. Disse que ele estava demonstrando indignação. Há muitas formas de demonstrar esse sentimento. Essa não é uma delas. Mas o fato é que hoje Cid Gomes carrega duas balas no corpo. O deputado Eduardo Bolsonaro protocolou denúncia na Procuradoria-Geral da República contra Cid Gomes por “tentativa de homicídio” e “dano ao patrimônio público”. Não houve a mesma preocupação de criticar os amotinados ou quem atirou contra o senador, nem por parte do deputado, nem por parte de integrantes da cúpula do governo. [o deputado se omitiu na tipificação dos crimes cometidos pelo jagunço Gomes = ele invadiu área militar, colocou em risco a vida de terceiros (mulheres e filhos de militares estavam no quartel e correram sério risco de serem esmagados pela escavadeira.)
A denúncia pode ser apresentada por qualquer pessoa e quem apresenta não está obrigado a arrolar todos os envolvidos, o que justifica a 'omissão' do deputado em denunciar os possíveis autores dos disparos contra o invasor.
Sem contar duas dúvidas:
- quem efetuou os disparos? - alguns estavam encapuzados e outros não podem ser identificados,  já que as imagens do momento dos disparos não permitem tal providencia;
- também há dúvidas sobre se os autores dos disparos cometeram crimes - atiraram contra  um invasor de uma área militar e  que também representava perigo para terceiros.

Moro conseguiu a proeza de dar um nó num princípio jurídico. Afirmou que a “paralisação” era ilegal, mas os policiais não podiam ser tratados como criminosos. Para o ex-juiz, descumprir a lei deixou de ser crime. Aliás, é a lei maior, a própria Constituição, que proíbe greve de militares. Por isso, a definição correta não é a palavra “paralisação” que o ministro usou, mas motim. [Moro apenas se curvou a um fato que existe no mundo jurídico - interpretação das leis.
É graças a uma interpretação criativa das leis, que o multicondenado Lula está solto, apesar de uma condenação confirmada em todas as instâncias e uma outra referendada por órgão colegiado.]

Míriam Leitão, colunista - Com Alvaro Gribel, de São Paulo - O Globo


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Bolsonaro: trocas de mensagens no WhatsApp são de ‘cunho pessoal’ - VEJA

O presidente Jair Bolsonaro classificou como “tentativas rasteiras de tumultuar a República” as interpretações sobre ele ter compartilhado um vídeo de apoio aos atos do dia 15 de março a favor do governo e contra o Congresso Nacional. De acordo com Bolsonaro, as mensagens enviadas a seus contatos no WhatsApp são “de cunho pessoal”. Na postagem, Bolsonaro não admitiu nem negou ter compartilhado o vídeo.

“Tenho 35Mi [milhões] de seguidores em minhas mídias sociais, com notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos, onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República, diz o tuíte.


Na terça-feira 25, o presidente Jair Bolsonaro divulgou dois vídeos convocando seus apoiadores para as manifestações de apoio ao seu governo. Em um deles, ele é classificado como “cristão, patriota, capaz, justo e incorruptível”. “Por que esperar pelo futuro se não tomarmos de volta o nosso Brasil?”, diz a abertura do vídeo.
A atitude do mandatário foi criticada por ex-presidentes, governadores, congressistas e lideranças políticas. “Devemos repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país”, escreveu o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “O Brasil lutou muito para resgatar sua democracia”, afirmou o tucano.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o ato como “mais um gesto autoritário de quem agride a liberdade e os direitos todos os dias”. “É urgente que o Congresso Nacional, as instituições e a sociedade se posicionem diante de mais esse ataque para defender a democracia”, posicionou-se pelo Twitter. O também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seguiu o mesmo tom. “Estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar”, tuitou. [o multicondenado Lula será mais espero se ocupar seu tempo calculando quantos dias equivalem a 1/6 das penas as quais foi, e continuará sendo, condenado;
FHC precisa entender que seu tempo já passou e agora o melhor que faz é nos poupar com seu falatório;
Ciro Gomes precisa providenciar uma carteira de habilitação que permita o estrupício do seu irmão Cid, operar retroescavadeira.]

Já o ex-ministro Ciro Gomes qualificou a disseminação da mensagem de criminosa. “Se o próprio presidente da República convoca manifestações contra o Congresso e o STF, não resta dúvida de que todos aqueles que prezam pela democracia devem reagir”, escreveu ele.

VEJA


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

General Heleno tem razão: a sede do Congresso é insaciável - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

O senador Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, fez uma maluquice. Ele entrou em uma retroescavadeira e invadiu um quartel da PM, cujos policiais estavam amotinados querendo aumento.  É inadmissível policial militar estar amotinado, todos têm que ir para a cadeia. Porque isso contraria o básico. Ser policial militar significa que não existe a possibilidade de greve, o que estão fazendo é motim.

Cid Gomes acabou levando um tiro no peito. Pegou meio de lado, no ombro, mas imagina se pega no coração. Inicialmente achavam que era bala de borracha, mas não era. O senador precisou passar por cirurgia. Ele foi impulsivo e os PMs estavam errados.

Veja Também:  Fora do time titular, Osmar Terra dá exemplo de patriotismo

Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia fizeram um bom trabalho. Os dois se juntaram e acertaram que é preciso criar uma comissão mista para estudar o projeto da reforma tributária. A gente está esperando essa reforma para desburocratizar o pagamento de imposto.

Provavelmente vai sair o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que é uma unificação de impostos. A reforma é de interesse de estados e municípios também porque cada representante quer algo diferente. A comissão vai ter 25 deputados e 25 senadores, ou seja, serão 50 pessoas. Mas eles só irão se reunir depois do carnaval. Eita país feliz. Suponho que o povo que gosta disso, suponho. Eu gostaria que fizessem um levantamento para mostrar qual o percentual do povo brasileiro que realmente gosta do carnaval.

A queixa de Heleno
Ficou registrada uma conversa do ministro Augusto Heleno com os ministros Paulo Guedes e general Ramos durante a solenidade de hasteamento da bandeira nacional, pela manhã, na frente do Palácio da Alvorada.

Na conversa, Heleno falou “não se pode aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo”. Depois o ministro lamentou o vazamento – parece que foi a Presidência da República que vazou enquanto filmavam o episódio. Eu ainda preciso entender como essa conversa vazou. O ministro Heleno explicou que falava sobre a insaciável sede de fatias do orçamento que reduz o poder do Executivo e acrescentou: “se desejam parlamentarismo que mudem a Constituição”.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, disse que Heleno é um “radical ideológico” contra a democracia. E o Alcolumbre também disse que não pode aceitar ofensas do Executivo. Heleno não disse exatamente a quem ele se referia, mas o portal de notícias O Antagonista divulgou que Alcolumbre e Maia estão por trás de uma liberação de última hora de R$ 3,8 bilhões.

Além disso, os presidentes estariam com a maior parte da verba do Ministério do Desenvolvimento Regional de interesse deles. Os dois ficaram bravos com a informação, então, talvez seja isso. 
[se deram piti, são eles os beneficiários, estão conspirando em causa própria.]

A verdade é que a Constituição de 1988 tornou o país ingovernável. Foi o que disse José Sarney a mim em uma entrevista que realizei enquanto ainda estava na Globo, logo após a promulgação da carta. Sarney sempre foi um homem do Congresso Nacional. Se a gente olhar a Constituição, queriam tornar o país parlamentarista, mas fizeram uma emenda presidencialista e ficou assim. O presidente, que tem a responsabilidade pelo governo, não tem os poderes para governar. Quem tem os poderes para governar é o Congresso, que não tem a responsabilidade de governo.

Sendo assim, os presidentes que vieram depois de Sarney, para sobreviverem, entraram nisso que se chama de presidencialismo de coalizão, cedendo estatais e ministérios para partidos políticos.  
A Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, a Caixa Econômica Federal, os ministérios do Desenvolvimento Regional, da Previdência, do Trabalho e dos Transportes. Cederam esses órgãos para partidos políticos, meio que de porteira fechada. Os partidos faziam o que queriam. E pegavam dinheiro, dividiam o botim, como a Operação Lava Jato revelou. [e o presidente Bolsonaro que tenta desmontar este esquema é cercado, boicotado, sabotado por todos os lados;
querem derrubá-lo e, caso conseguissem,  estariam livres.]

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


    


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Defesa de deputado preso em Guarulhos quer prescrição da pena

O advogado Marlon Bertol, que defende o deputado João Rodrigues (PSD-SC), preso nesta quinta-feira, 7, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, informou que vai aguardar a publicação do acórdão do julgamento do parlamentar para entrar com Embargo de Declaração. Por meio deste recurso, o defensor poderá questionar “obscuridades” nos votos dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Aguardaremos a publicação do acórdão, que deve ocorrer nos próximos dias. Vamos ingressar com Embargos de declaração dessa decisão e requerer, no julgamento dos embargos, que se decrete a prescrição. Nós já temos dois votos que já dizem que está prescrito. Falta apenas mais um voto. O nosso objetivo nos embargos é analisar bem a questão e tentar convencer pelo menos mais um dos ministros de que a prescrição ocorreu e, então, o caso estará prescrito e o João terá cumprido pena de forma desnecessária”, afirmou o advogado.

João Rodrigues foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a cinco anos e três meses em regime semiaberto em 2009. O deputado foi acusado por fraude e por dispensa irregular de solicitação. Os crimes ocorreram, segundo a Justiça, em 1999, quando o parlamentar era prefeito interino de Pinhalzinho, município do oeste catarinense. Segundo a denúncia Núcleo de Ações Originárias (Naor) da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, houve irregularidade na compra de uma retroescavadeira de R$ 60 mil.

A PF cumpriu mandado de prisão expedido pela Corte máxima pela manhã. João Rodrigues foi preso no Aeroporto de Guarulhos (SP) após ser barrado no Paraguai. O deputado voltava de uma viagem aos Estados Unidos. Segundo a Polícia Federal, um levantamento feito com apoio de autoridades nos EUA e no Paraguai identificou que o deputado havia modificado seu bilhete de passagem, alterando o destino final do Brasil para o Paraguai. João Rodrigues é o terceiro deputado a cumprir pena. Paulo Maluf (PP-SP) e Celso Jacob (PMDB-RJ) estão presos. [as vezes quando um criminoso acha a polícia 'burra' e tenta ser esperto, termina constatando que o burro foi ele. O ilustre deputado pretendeu deixar a PF esperando sua volta ao Brasil em quatro dias e por via terrestre - achava que voltando dois dias antes e de avião, deixaria a polícia na espera.
Resultado: está em cana.] 

Isto É
 

sábado, 16 de janeiro de 2016

Só no Brasil



O início do ano é um bom momento para refletir sobre nossos males, sem complacência com os culpados 

Esta lista é aberta e uma página de revista não basta para relacionar tudo o que nos choca a cada dia no Brasil. Existe corrupção no mundo inteiro. Desvios, crises, irresponsabilidade e pouca vergonha de políticos não são prerrogativas brasileiras. Mas há coisas que só acontecem aqui – ou em países muito subdesenvolvidos. O início de um ano é um bom momento para refletir sobre os males tupiniquins. E não ser complacente com os culpados.

• Só no Brasil uma quadrilha tira proveito de uma tragédia, como o crime ambiental de Mariana, em Minas Gerais, para furtar uma retroescavadeira e três escavadeiras hidráulicas no valor de R$ 2 milhões.  

Só no Brasil máquinas imensas como essas somem no ar. 

Só no Brasil voluntários” tentam sacar com cheques falsos, da conta da prefeitura, doações às vítimas da calamidade.

• Só no Brasil se demora tanto tempo (mais de dois meses) para indiciar as empresas Samarco e Vale pelo rompimento da barragem em Mariana, o maior da História em volume de rejeitos de mineração despejados num rio.  

Só no Brasil a investigação se embola entre várias polícias. Até agora, os laudos ainda são verificados para investigar as mortes.  

Só no Brasil os moradores desabrigados desde 5 de novembro continuam sem receber as doações de R$ 1 milhão arrecadadas pela prefeitura de Mariana.  

Só no Brasil é preciso quebrar o sigilo da conta bancária da prefeitura para saber para onde foi esse dinheiro.  

Só no Brasil as vítimas continuam ao deus-dará.

• Só no Brasil, cinco anos após a tragédia da enxurrada que deixou 918 mortos e 215 desaparecidos na região serrana do Rio de Janeiro (Petrópolis, Teresópolis e Friburgo), 91 mil pessoas continuam a morar em área de risco 20 mil delas em áreas de altíssimo risco de deslizamento –, como revelou o jornal O Globo em reportagem de Carina Bacelar. 

Só no Brasil a presidente Dilma Rousseff anuncia 6 mil moradias para as vítimas, mas depois “atualiza” os números. 

Só no Brasil a região serrana do Rio tão sensível a desastres naturais – continua a reintegrar prefeitos acusados de corrupção, malfeitos e desvios de verba pública.

Só no Brasil o saneamento básico é tão relegado a último plano que a previsão agora, com base em dados oficiais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é que a rede nacional só esteja concluída em 2053. Um atraso de 20 anos em relação ao plano de Lula e Dilma. A promessa era de universalizar até 2023 a rede de água e até 2033 a coleta de esgoto. 

Só no Brasil a gente sabe que nem em 2053 teremos saneamento básico para todos. O que significa que, em vez de gastar com prevenção de doenças e epidemias, vamos continuar convivendo (ou morrendo) com índices altos de dengue, zika, febre amarela, malária, tuberculose, inadmissíveis no século XXI.

• Só no Brasil uma operação da PM encontra num conjunto de favelas, o Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro, 71 veículos roubados, entre eles um caminhão da Cedae e duas retroescavadeiras usadas em assaltos a caixas eletrônicos! Nem a polícia acreditou. 

Só no Brasil o poder público fecha os olhos e até encoraja a proliferação de favelas que se tornam fortalezas de bandidos. Imensas áreas esquecidas pelos governos, escolas do crime para crianças que, só com muita luta materna e paterna, conseguem ser matriculadas em redes públicas e escapar de um destino sombrio.

• Só no Brasil, com a crise instalada na casa de cada família e também no Planalto, a presidente cede à choradeira de partidos políticos e garante para o Fundo Partidário a verba de R$ 819,1 milhões para não deixar os pobrezinhos com pouca grana para as eleições municipais deste ano. O governo federal queria dar só R$ 311 milhões, mas abriu o cofrinho e antecipou o toma lá dá cá. Só no Brasil os 594 parlamentares (para que tanta gente???) não sofrem cortes em suas mordomias e terão direito em 2016 a R$ 9,09 bilhões em emendas individuais. Enquanto isso, a Saúde mata brasileiros que esperam mais de um ano para um simples exame de imagem, ou que só conseguem se internar em hospitais com ordem judicial, às vezes tarde demais.  

Só no Brasil o ano dos parlamentares começa depois do Carnaval

Só no Brasil quem paga a conta da incompetência são sempre os contribuintes.

• Só no Brasil a presidente anuncia oficialmente um Orçamento anual de R$ 3 trilhões que prevê uma receita ainda inexistente: os R$ 10,5 bilhões da defunta CPMF. 

Só no Brasil querem que a gente ainda acredite no “contingenciamento” de recursos para a Saúde e Educação. Palavra horrível e mentirosa.

• Diante dessa realidade, os protestos mais inflamados no país se referem apenas ao preço das passagens em São Paulo. Só no Brasil.

 Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época

 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Casa de pintor serial killer tinha 'cemitério' com 7 corpos



Investigadores e peritos ainda fazem buscas no local, auxiliados por uma equipe do Corpo de Bombeiros com dois cães treinados
A casa do pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41 anos, um ex-presidiário suspeito de ter assassinado uma série de pessoas na Favela Alba, na Zona Sul de São Paulo, era uma espécie de cemitério clandestino. Desde que ele foi preso, na sexta-feira, por ter confessado a morte de um vizinho, sete cadáveres já foram encontrados escondidos no casebre, de acordo com a Polícia Civil.

Os investigadores e peritos fazem buscas no local, auxiliados por uma equipe do Corpo de Bombeiros, com dois cães treinados para localizar corpos e ossadas. Embora ele só tenha confessado um assassinato até agora - Oliveira presta depoimento à Polícia Civil nesta tarde -, os investigadores suspeitam que todos os cadáveres localizados sejam de pessoas mortas pelo "Monstro da Alba", como passou a ser chamado pelos vizinhos da favela.

As buscas começaram por causa da última vítima do pintor, Carlos Neto Alves de Matos Júnior, de 21 anos, enterrado em um dos cômodos da casa, onde também havia manchas de sangue, uma faca e um soco inglês. A vítima era homossexual e surdo-mudo. Depois de começar uma perícia na casa, os policiais descobriram os outros cadáveres. Será necessário encomendar exames de DNA para identificação, mas familiares que se dirigiram ao local reconheceram roupas e pertences, como aparelhos celulares dos desaparecidos.

A casa parcialmente demolida fica em um beco da favela e tinha corpos enterrados sob o piso, ossadas, crânios e pele humana nas paredes. Foram recolhidas roupas de homens, mulheres e crianças, além de objetos. A polícia pediu que a Subprefeitura do Jabaquara, na região da favela, envie um caminhão e uma retroescavadeira para retirar o entulho das escavações.

A Justiça decretou a prisão temporária do pintor por até dez dias. A polícia deve pedir a conversão em prisão preventiva, sem prazo determinado. Oliveira tinha passagens por dois homicídios e cumpriu vinte anos de prisão. Ele também se envolveu em rebeliões com mais de 170 presos em Avaré (SP).

Fonte: Revista VEJA