Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador platônico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador platônico. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Gen Ex Maynard Santa Rosa: Poder, Sociedade e Governança

PODER, SOCIEDADE E GOVERNANÇA

Maynard Marques de Santa Rosa
O momento alucinante que enfrentamos incita a mente a formar uma visão menos clássica do tema, livre de compromisso com as abordagens tradicionais.

Nuances do poder
O poder é o instrumento de ação do governo. Constitui uma necessidade antropológica e tem uma expressão arquetípica que emana do povo. Rege-se pela lei natural, que transcende conceitos artificiais, inclusive os da Teoria Geral do Estado.

O desfecho recente da crise do Afeganistão, onde o governo instituído detinha o poder formal, mas o poder real pertencia ao movimento talibã, mostrou que o formalismo legal, o marketing e o apoio externo não são suficientes para legitimar um regime que não consegue atender ao anseio popular.

O dilema social
O conflito entre diferentes visões de mundo, ideias e interesses é inerente à própria natureza da sociedade. A luta entre contrários está na base das relações.

O filósofo Heráclito, já no século VI antes de Cristo, observou que: “Todo acontecimento é manifestação da relação de oposições”. Séculos depois, Hegel acrescentou: “Há uma identidade subjacente de contrários: tese, antítese e síntese constituem a fórmula e o segredo de todo o desenvolvimento e de toda a realidade”.

O filósofo alemão Friedrich Schlegel dizia que: “Todo homem nasce platônico ou aristotélico”. Platônico é o ser que vive no mundo das ideias, enquanto que aristotélico é o que tem os pés no chão da realidade material.

A percepção dos direitos é outro motivo de divergência. A sociedade divide-se em dois grupos de opinião distintos: os liberais, isto é, os que defendem a autonomia do indivíduo, e os coletivistas, que consideram a pessoa como uma peça da coletividade. A mentalidade coletivista foi consagrada pela tradição de poder dos clãs. A luta por liberdade e autonomia só ganhou corpo com o despertar da consciência, após a Renascença europeia.

DefesaNet - MATÉRIA COMPLETA

 

segunda-feira, 16 de março de 2020

‘O Jovem Hitler’ vai da formação política à vida sexual do nazista - VEJA - Brasil - Entretenimento




Na juventude, Adolf Hitler viveu situações de atração e repulsa pelo sexo oposto. Transcorria a primavera de 1906 quando o então adolescente da cidade austríaca de Linz anunciou a um amigo que estava apaixonado. A escolhida era uma garota mais velha, alta e loira. O fato de Stefanie Isak ter sobrenome judeu mostra que, aos 17 anos, o futuro condutor das atrocidades nazistas ainda não exibia nem sinal do ódio que ceifaria 6 milhões de vidas no Holocausto. Ao contrário: por quatro anos, Hitler escreveu róseas cartas de amor para sua paixão judia. Nunca, no entanto, chegou a enviá-las nem a se declarar a Stefanie: o encanto platônico se quebrou quando ela se casou com outro. Mais tarde, nos anos conturbados da I Guerra Mundial (1914-1918), o combatente Hitler revelou-se incomodado com a ideia de fazer sexo com mulheres. Na reta final da fragorosa derrota alemã, aos 29 anos, ele usou de um argumento já bem próximo de suas infames teses racistas para rechaçar o convite para uma noite de prazer em companhia de belas francesas. Deitar-se com estrangeiras no front seria, em sua visão distorcida da realidade, trair a “nacionalidade” alemã.

+ Compre o livro O Jovem Hitler, de Paul Ham

Enquanto os colegas arrasados pela experiência da guerra buscavam válvulas de escape na bebida e nas farras, Hitler era objeto de chacota por manter-se crente na vitória e inquebrantável na vontade de lutar. “Vocês ainda vão ouvir muito sobre mim”, vociferava. Os trechos de O Jovem Hitler, do jornalista e historiador australiano Paul Ham, demonstram que já era possível vislumbrar o homem que o mundo tristemente viria a conhecer nas histórias frugais sobre a descoberta do amor ou nas suas dificuldades em se iniciar sexualmente.

Poucas figuras históricas tiveram a vida tão esquadrinhada quanto o líder nazista. Além das biografias monumentais de autores como o alemão Joachim Fest e o inglês Ian Kershaw, há um sem-número de livros que abordam desde a saúde do ditador da Alemanha até a suposta influência de drogas sobre seu comportamento cruel.
Quem precisa, enfim, de mais uma biografia de Hitler? 
Paul Ham prova que vale insistir na investigação do personagem. Seu livro ilumina fatos obscuros, como a paixonite de Hitler pela moça judia. Com lances desenterrados de sua atuação na I Guerra, põe ainda em evidência uma fase bastante estudada, mas pouco valorizada: os anos de formação do político Hitler. “Nenhum biógrafo até hoje deu a merecida ênfase a seus tempos como soldado no conflito que ele próprio definia como essencial para forjar quem era”, diz Ham.

+ Compre o box Hitler, de Joachim Fest

O JOVEM HITLER,  
de Paul Ham (tradução de Leonardo Alves; Objetiva; 304 páginas; 64,90 reais e 39,90 reais na
versão digital) ./.

Para traçar um retrato de Hitler quando jovem, o autor navega em águas turvas: é preciso separar os fatos de fake news nos relatos de gente disposta a bajular ou difamar o líder nazista. A disposição feroz do Führer em dourar lances de seu passado e apagar detalhes inconvenientes — o que incluía a eliminação de testemunhas e antigos companheiros — é outro complicador. Remando nesse mar de contradições, Ham consegue extrair uma visão palpável do garoto que adorava a mãe, mas temia e desprezava os modos “cosmopolitas” do pai violento; do adolescente que sonhava em ser pintor, mas sobrevivia da venda de cartões-postais de paisagens junto com um amigo trambiqueiro; e dos obscuros dias de juventude em que Hitler, no fundo do poço, vivia como mendigo nas ruas de Viena.

(........)

Em VEJA - Entretenimento, MATÉRIA COMPLETA