Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador politicagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador politicagem. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Rebanho x Sputnik 5 - Alon Feuerwerker

Análise Política

Rebanho 
Mais um dado aparece para juntar-se ao debate sobre a "imunização de rebanho" na Covid-19, aquele tanto da população que precisa estar imunizado, por contágio ou vacina, para as curvas de casos e, portanto, de mortes começarem a cair. Na cidade de São Paulo, a porcentagem dos portadores de anticorpo contra o SARS-CoV-2 anda estável (leia), assim como o número de novos óbitos registrados diariamente.


Bem, se a velocidade de evolução da curva diminuiu, é provável que cada infectado esteja infectando em média apenas mais um indivíduo. Mas um detalhe chama a atenção: as projeções iniciais calculavam que pelos menos 50% da população precisariam estar imunizados para chegarmos a esta situação. E chegamos nela, segundo o estudo paulistano, com o número em torno de 18%. [sem pretensões científicas - vamos de chutômetro = recurso que os especialistas em nada, os contadores de cadáveres e os arautos de desgraças, usam e abusam - no inicio da pandemia ocorreu subnotificação, só que os não contados, eram doentes que foram contagiados e contagiavam, o que gerou um percentual acima do resultado do estudo.] 

Caberá aos cientistas decifrar o enigma. Haverá gente imune ao novo coronavírus mesmo sem portar anticorpos? 
Ou gente que já teve anticorpos detectáveis e não tem mais? Especulações à parte, é um alívio notar que taxas de imunidade mais baixas que as inicialmente previstas conseguiram, pelo menos, segurar a escalada da curva de casos e mortes entre nós. Não é tudo, mas já é alguma coisa.

Sputnik 5
E chegou a primeira vacina contra o SARS-CoV-2, a russa Sputnik 5. Com ela veio o ceticismo, real ou forçado, por ela ter pulado etapas. Mas as dúvidas têm prazo de validade. A vacina começa a ser aplicada em massa a partir de janeiro, e aí se saberá quanto ela vale. 
Não só em termos monetários, em capacidade de imunização.

A onda de ceticismo explica-se também por a corrida da vacina ter se tornado uma bateria da disputa entre o Ocidente (conceito geopolítico), liderado pelos Estados Unidos, e a aliança de fato entre China e Rússia. Mas neste caso específico da vacina o cavalo ocidental favorito é britânico, de Oxford.
[Da pandemia surge uma indicação que não está recebendo a devida atenção.

Os regimes fortes, aqueles em que a tomada de decisões é centralizada, não há  transparência excessiva, e palpites e intervenções indevidas são neutralizadas, estão tendo maior êxito, no combate à pandemia e na prevenção.]

Sua excelência, o cidadão comum, não está obviamente nem aí para a política, ou para a politicagem: quer uma vacina que funcione. A seguir todas as etapas religiosamente, só teríamos vacina daqui a anos. E esperar alguns anos não é o cenário mais confortável. Bem longe disso.
Então é razoável supor que todas as vacinas acabarão tomando algum atalho. De que adiantará, inclusive comercialmente, alguém aparecer com "a melhor vacina" daqui a quatro ou cinco anos? Nada, ou muito pouco, se as anteriores tiverem conseguido imunizar, digamos, pelo menos uns 50% dos vacinados.
Até porque, convenhamos, a "imunidade de rebanho" da Covid-19 leva jeito de andar bem abaixo disso. Como vimos ontem (leia).
LEIA TAMBÉM


Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


quarta-feira, 24 de junho de 2020

São João chato para o Presidente mascarado - Alerta Total

24 de junho de 2020. Viva São João! Em Portugal, país que agiu exemplarmente na pandemia, a turma vai comemorar com churrasco de sardinha com bom vinho. Aqui, ainda na reclusão obsequiosa mal flexibilizada, com festa junina de araque, vou festejar com torta de sardinha com batata cozida e bom azeite lusitano. Tempero secreto. Meia hora no forno. Um cálice de bagaceira, porque ninguém é de ferro, e não dá para abusar do coração leviano.

O Presidente Jair Bolsonaro tem agenda cheia de reuniões com seus ministros, o dia inteiro, no Palácio do Planalto. Não fará farra de festança de São João como faziam os antecessores Lula e Dilma, no Palácio da Alvorada ou na Granja do Torto. 
O Presidente está obrigado a usar máscara por ordem de juiz de primeira instância
E hoje deve saber que dia e hora irá depor à Polícia Federal no inquérito tocado pelo supremo ministro Celso de Mello. Que programa chatíssimo...

O Judiciário dita as ordens no Brasil em ritmo de judicialização da política e da politicagem. O Presidente está refém da Turma do Mecanismo. Por sorte, no curto prazo, o golpe não deve prosperar. Não deve dar tempo de tirar o Presidente antes do fim deste ano esquisito. A armação para cassar chapa presidencial não vai prosperar. 
Também é quase nula a chance de passar uma PEC maluca que impediria o vice de assumir, se o titular sair, cair ou for derrubado. A partir de 2021, os bandidos é que não querem que Antônio Hamilton Mourão assuma. Quem tem... Tem medo...

Qual vai ser a treta joanina? Nem vale a pena se preocupar, porque a Turma do Mecanismo dá um jeito de arranjar. Caso não arrume, alguém na equipe do Presidente Mascarado dá um jeito de criar. Enquanto não comprovar que tem base sólida no Congresso Nacional, Bolsonaro será incomodado. 
Enquanto não aprovar a mudança na Lei da Bengala – para fazer cinco trocas de ministros no STF -, Bolsonaro não terá paz para governar. O maior problema do Presidente é o timming. Tudo parece muito lento.
O tempo ruge... A lentidão beneficia o establishment, cujo desejo é mudança zero. A maioria do povo ainda presta grande apoio ao Presidente. A classe média-alta – formadora de opinião – é que ameaça com infidelidade, falta de fé e paciência. A brutal crise econômica, agravada pela burrice de gestão na pandemia, produz tensão no cenário de falta de grana. Felizmente, muito afetada na coronazona, a economia informal reagirá, como sempre acontece, e fará milagres. Por enquanto, o medo, a paranóia e a falta de grana vencem de goleada...


Ditadura Mascarada
O médico João Vaz, flamenguista, fala verdades sobre o uso da máscara.

Três meses de quarentena. O saco já encheu... O saco de grana está vazio... Volta à normalidade? Nunca mais a não ser que a “normalidade” seja a gestão pública incompetente, abuso de autoridade, conflito institucional, corrupção sistêmica e violência se intensificando (da máquina estatal contra as liberdades e da bandidagem rasteira contra o cidadão).
Assim vamos em frente, porque atrás vem a Turma do Mecanismo... O negócio é sobreviver... Haja paciência e coração...

Alerta Total - Jorge Serrão, editor-chefe