Documentos
divulgados pelo Departamento de Justiça dos EUA apontam que a Odebrecht
pagou a fábula de mais de US$ 1 bilhão em propina: US$ 599 milhões
foram distribuídos a patriotas brasileiros, e US$ 439 milhões, a
estrangeiros.
Estrangeiros? Sim, autoridades de Angola,
Moçambique, Venezuela, Equador, Argentina, Colômbia, República
Dominicana, Guatemala, México, Panamá e Peru se deixaram corromper. No
grupo, há ditaduras de esquerda, quase ditaduras, quase democracias,
regimes propriamente democráticos, fazendolas comandadas por milícias
etc. Sem preconceitos!
Só se compra quem está à venda. Só se
vende quando há compradores. "Ah, já sei, isso é que se chama lei do
mercado, né?" Errado, gafanhoto! Essa é a lei universal e atemporal da
canalhice. Afinal, Angola, Moçambique, Venezuela e Equador, por exemplo,
até em razão de seus respectivos regimes políticos, são exemplos não
exatamente do funcionamento das leis da oferta e da procura, mas de seu
colapso.
A Odebrecht e as demais empreiteiras envolvidas no
petrolão, como resta claro a esta altura, pagaram caro, obtendo lucros
fabulosos, para que as regras de mercado não funcionassem. O que
todos esses países têm em comum com o Brasil, ainda que em graus
variados, mas sempre acima da média dos países de institucionalidade
avançada? A resposta é simples: Estado na economia. Em todos eles, é a
arbitragem do governo –ou seu arbítrio– que define as regras do jogo. E a
corrupção é diretamente proporcional à capacidade que tem esse Estado
de definir vencedores e perdedores.
Não tenho aqui as contas, mas
asseguro, por princípio e lógica, que, considerado o tamanho de sua
economia, Angola lideraria o ranking da corrupção entre esses 12. Afinal, é o que fornece as melhores condições estruturais para o
exercício da cleptocracia porque o mais autoritário. O Brasil
tem-se deixado enredar num debate nem sempre esclarecido sobre o que
fazer para combater a corrupção. Com alguma frequência, o moralismo
rombudo e oportunista tem ocupado a cena, com suas respostas estridentes
e sua vocação para disciplinar os costumes com cordas e guilhotinas.
Movimentos assim costumam resultar em cabeças cortadas, pescoços
quebrados e emergência de novos viciados em velhos vícios. Sabemos que,
na revolução de bichos, os porcos aprendem depressa a andar sobre duas
patas...
Não há endurecimento possível da legislação penal ou
reforma do Judiciário capazes de responder a contento ao quadro de
descalabro que há no Brasil –e, certamente, nos demais países da Lista
da Vergonha. Ainda que se proceda a julgamentos sumários, em praça
pública, para que os faltosos sintam a força do exemplo, continuaremos a
produzir corruptos e corruptores, só que com um pouco mais de barbárie.
Precisamos,
em suma, é de mais democracia se queremos menos corrupção. E a tanto só
chegaremos com a diminuição da presença do Estado na economia. No dia
em que não houver estatais para vender dificuldades, haverá menos gente
para pagar por facilidades. Infelizmente, apesar dos descalabros
que vieram à luz, o Estado, o verdadeiro algoz da sociedade, tem saído
incólume. Alguns imbecis têm preferido oferecer como remédio o ataque às
garantias democráticas. Ou por outra: querem é ainda mais arbítrio do
aparelho estatal, o pai de todas as corrupções, a tempo privatizado por
empreiteiras e afins.
Fonte: Folha de SP - Coluna do Reinaldo Azevedo
PS - Este escrevinhador
tira três semanas de folga. Só volta a escrever no dia 20 de janeiro.
Que todos possamos estar, nestes dias e em todos os outros, em espírito
ao menos, perto dos nossos amores. Até a volta.
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sábado, 24 de dezembro de 2016
Só a diminuição do tamanho do Estado pode conter a corrupção
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