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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O que a revolta popular no Canadá ensina ao mundo que se diz democrático - VOZES

J. R. Guzzo

Pandemia

Canadá

     Protestos no Canadá foram convocados por caminhoneiros e ganharam adesão de críticos a medidas da gestão Justin Trudeau| Foto: Andre Pichette/EFE

As manifestações de massa contra o governo do Canadá, por seu surto de supressão dos direitos individuais em nome do “combate à covid”, são uma lição natural para o mundo – sociedades acostumadas à liberdade, como a canadense, raramente toleram por muito tempo que governantes e funcionários públicos passem a tratá-las como escravos de alguma república bananeira. O que chama a atenção, no caso, é a rapidez com que o governo do Canadá está descendo para a insanidade.

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O primeiro-ministro Justin Trudeau, como uma Maria Antonieta desesperada, entregou-se ao tipo de comportamento que normalmente se encontra nos pequenos tiranos: fugiu da população e mantém-se num chilique permanente, amaldiçoando qualquer ser vivo que não concorde com as suas medidas de repressão. Parou de pensar. O chefe de polícia da capital, Ottawa, disse que os protestos populares são uma “insurreição” provocada pela “loucura”. Em nenhum momento, até agora, passou pela cabeça de nenhum dos dois, nem dos demais barões do governo, que a opinião da população pode ter algum valor. Nós estamos certos. Eles estão errados. Fim de conversa.

O primeiro-ministro, como se espera em episódios desta natureza, poderia pensar só pensar um pouco – em negociar alguma coisa com a massa que não está lhe pedindo favor nenhum e sim as suas liberdades básicas. Ou então, como às vezes acontece com líderes que estão certos de suas razões, ele poderia estar agindo como um negociador duro. Mas não acontece nem uma coisa nem outra. Ele está apenas sendo histérico.

Ao chefe de polícia não ocorreu, simplesmente, que quem pode estar louco é ele. É o que acontece sempre que você confunde discordância com demência: se não concordam comigo, só podem ter enlouquecido. Era assim que pensava Stalin na Rússia comunista.

É chocante que os ataques mais venenosos à democracia, por conta da “covid”, da “vacina” e da necessidade de “salvar vidas”, não venham hoje da Rússia, da China ou de Cuba, ditaduras de onde não espera, nunca, o menor gesto em favor da liberdade. Estão vindo de democracias até há pouco exemplares, como Canadá, Austrália, Áustria (que acaba de tornar crime a atitude de não se vacinar) e outros tantos.

Seus governos foram reduzidos a um bando de burocratas em pânico, e afundam cada vez mais depressa na própria covardia – ou, mais exatamente, estão se aproveitando do vírus e de suas desgraças para mandar na sociedade e obrigar as pessoas a aceitarem regras que estão nas suas cabeças e nos seus desejos. Não tem nada a ver com saúde. Tem tudo a ver com ditadura.

J. R. Guzzo,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 16 de janeiro de 2021

Eficácia “Você demorou muito a comprar. Eficácia depende de rapidez” - Ricardo Fiuza

Revista Oeste

“Você demorou muito a comprar. Eficácia depende de rapidez”

“Poxa… Se eu soubesse teria comprado mais rápido. Ando muito dispersivo”

— Quanto é?
— Uma é 5, duas é 10.
— Tá. Me vê uma.
— Pra você eu faço duas por 15.
— Tá bom. Obrigado. Me vê duas, então. Funciona mesmo, né?
— Claro. 100%.

— Ótimo. Não posso ter dúvidas.
— Fica tranquilo. Os testes deram mais de 90% de eficácia.

90%? Não era 100?
90 foi nos testes. No mercado real é outra coisa.
— Como assim?
— Já ouviu a frase “treino é treino, jogo é jogo”?
— Já.
— Então é a mesma coisa. Teste é teste, mercado é mercado.
— Não entendi.
Raciocina: se um produto tem mais de 90% de eficácia na fase de testes, que não vale nada, imagina como ele vai performar quando for pra valer?

— É… Faz sentido.
Capaz até de ultrapassar 100%.
— É possível, isso?
— Se o produto for muito bom, sim.
Caso ultrapasse os 100%, posso dar o que sobrar pra um amigo?
— No caso você vai precisar cadastrar esse amigo aqui, e pagar uma taxa extra de titularidade compartilhada.
— OK. Se a eficácia não passar de 100% vocês devolvem o dinheiro da taxa?
Não.

— Por quê?
Porque esse dinheiro já terá sido investido em mais eficácia. Ou seja, você terá ajudado indiretamente outras pessoas.
— Aquele lance de empatia?
— Exatamente.
— Que legal! Eu sempre quis ter empatia!
— Pois é. É mais simples do que parece. Vai pagar em dinheiro ou cartão?
Aceita cheque?
Nem aqui nem na China. Quer dizer, na China aceitamos, mas o cliente tem que deixar uma garantia.
Qual garantia?
Ele mesmo.

Ah, tá. Aí funciona, né?
Inadimplência zero. Mas esse sistema ainda é muito moderno pra ser usado aqui.
— Por quê?
Aqui as pessoas são muito indisciplinadas. Não param quietas, querem andar por aí sozinhas, decidir as coisas por elas mesmas, sem monitoramento. Enfim, gente subdesenvolvida, sem empatia.

Então vou pagar a taxa de empatia em dinheiro e o resto no cartão.
— Perfeito. Isso aqui é seu também.
— O que é isso?
Um brinde do fabricante. Pode pregar na camisa.

“100% ciência”. Que legal! Obrigado. Vou botar agora.
— Esse broche teve 98,3% de eficácia em mesa de bar na fase de testes.
— Uau! Vou sair com ele hoje.
— Vai arrebentar, com certeza.
Somando com 100% de eficácia do produto…
75,8%.

— Como assim? Você acabou de me dizer que…
— Você demorou muito a comprar. Eficácia depende de rapidez.
— Poxa… Se eu soubesse teria comprado mais rápido. Ando muito dispersivo.
— Fica tranquilo. Ainda é uma boa taxa de eficácia, vai por mim.

Tá. Mas com essa taxa eu ainda posso usar o broche “100% ciência”?
— Claro! Em mesa de bar ninguém verifica nada.
— Mas e se eu não for direto pro bar?
— Dá no mesmo. Hoje em dia é tudo bar.
— Como assim?
— Não reparou? O mundo virou uma grande mesa de bar. E tá todo mundo bêbado. Vai com fé.
— Com fé ou com ciência?
— Dá no mesmo, bobo.

Legal! Então… 75,8% de eficácia, né?
Não. 50,5.
— O quê??
Te falei que se demorasse ia caindo…
— Droga. Me distraí de novo. Mas… 50%? Não é arriscado?
— Você não comprou duas?
— Comprei.
Então é só somar: 50,5 + 50,5 = 101%. Você fez um excelente negócio.
— Maravilha! Você teria um broche “101% ciência”?

Ricardo Fiuza, jornalística - Revista Oeste