Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador insanidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador insanidade. Mostrar todas as postagens

sábado, 13 de maio de 2023

PL da censura – a Insanidade está na justificativa

         É espantoso ver os representantes da direita dizer que "todos reconhecem que a Internet tem problemas sérios e precisa de um certo controle, mas não com censura". Por que estão dizendo essa insanidade?

Os cidadãos que extrapolam no uso da Internet já estão sujeitos às mesmas leis de responsabilização individual que são aplicadas em outras áreas da vida.

Por exemplo, a Polícia Federal faz um trabalho honrado e necessário de perseguição e prisão de pedófilos e traficantes que atuam nos ambientes virtuais. 
Delinquentes também são presos por polícias locais por anunciarem nas redes os seus crimes; 
e quem calunia ou injuria por meio de um teclado termina respondendo a processos.

E todas essas ações policiais e embates judiciais entre civis acontecem sem a menor necessidade de projetos de lei totalitários, a exemplo do famigerado PL 2630.

E sabe por que nesses casos citados o estado não precisa de PLs para agir? Por que persegue criminosos de verdade. Porém, quando o estado decide perseguir pessoas pelo "crime" de liberdade de expressão,é preciso criar PLs e outros artifícios legais acabar com a "terra sem lei".

Raciocine: a Internet é tão "terra sem lei" quanto o resto da vida no Brasil. Ou alguém vai me dizer que a Internet tem mais imoralidade, depravação e crime do que a própria política brasileira e nossas instituições? 
Ou do que os morros dominados por narcotraficantes? 
Ou do que os rincões do país, onde crianças se prostituem sem que ninguém faça nada?

Mundo real e virtual devem se sujeitar ao conjunto de leis já existentes, pois defender projetos regulatórios da Internet, seja qual for, é uma maneira de dizer que devemos passar por cima da Constituição, do Código Civil e do Código Penal. Noutras palavras, é jogar fora a democracia e cair, pela milionésima vez, na conversa totalitária dos comunistas.

Marco Frenete - Reproduzido da página do autor no Facebook

 

segunda-feira, 30 de maio de 2022

O enigma da mielite transversa - Revista Oeste

Guilherme Fiuza 

Todos os que estão calados diante dessa atrocidade são cúmplices dela

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Prossegue a insanidade das vacinas experimentais de covid, com a anuência/complacência de autoridades, médicos, jornalistas, milícias checadoras e outros irresponsáveis que terão de responder por sua conivência com essa violência, mais cedo ou mais tarde. Enquanto isso, vamos vendo o que se tornou proibido ver: os efeitos adversos graves pós-“vacina” de covid.

Tratar como seguras substâncias que não têm seus estudos de segurança concluídos é um escândalo. E é o que faz a propaganda dominante, oficial ou não. Mas o delito é ainda mais grave: diante de reações adversas coincidentes com a aplicação da vacina” de covid, cuja investigação seria essencial ao menos para se iniciar o real dimensionamento dos riscos, as autoridades viram as costas.

Duvida? Então veja o depoimento deste cirurgião norte-americano:

“Meu nome é Joel Wallskog. Sou cirurgião ortopédico em Mequon, Wisconsin. Realizo uma média de mais de 5 mil consultas anuais e faço mais de 800 cirurgias por ano. No dia 30 de dezembro de 2020, recebi a primeira dose da vacina Moderna contra covid, no início sem incidentes.

Cerca de uma semana depois, meus pés estavam dormentes, com uma sensação de fisgadas. Também comecei a ter fortes sensações de choques elétricos por toda a coluna vertebral, chegando aos meus pés. Depois de três ou quatro dias, eu estava trabalhando numa sala da clínica, conversando com um paciente. Estava sentado, e, quando tentei me levantar, não consegui. Me apoiei com os braços para ficar de pé, mas caí para trás rapidamente.

Nesse mesmo dia, fiz uma ressonância magnética da coluna torácica e lombar. Dois ou três dias depois, um neurologista me diagnosticou com mielite transversa, uma doença rara que envolve uma lesão desmielinizante da coluna espinhal torácica.

Após o meu diagnóstico, levantei a questão sobre se o meu estado poderia estar relacionado com a vacina da Moderna que eu tinha recebido. Pedi ao meu empregador que reportasse meu caso ao VAERS (o sistema norte-americano de registros de eventos adversos de vacinas), supondo que a FDA (a agência reguladora de medicamentos e alimentos) e o CDC (o centro de controle de doenças) ficariam alarmados com meu diagnóstico. Eu esperava que me contatassem logo após o registro do meu caso no VAERS.

Ninguém me telefonou, nem me contatou de forma alguma. Semanas se passaram e eu mesmo resolvi entrar em contato com o CDC. Lá eles reconheceram a minha notificação no VAERS, mas declararam que a minha reação foi classificada como “não grave”, já que eu não tinha sido hospitalizado, nem tinha morrido.

Não tive mais notícias do CDC. Nenhum contato também da FDA, nem do NIH (o instituto nacional de saúde dos EUA). Uma palavra descreve como me senti nos primeiros meses após o meu diagnóstico: abandonado.

Minha vida mudou completamente após essa reação adversa. Minha carreira de 19 anos, para a qual me formei por quase 14 anos, provavelmente acabou. Quero declarar que tive um evento adverso real. Exijo que o CDC, a FDA, o NIH e todas as agências governamentais envolvidas ouçam as pessoas lesionadas. Seus eventos adversos são reais.

Exijo que todos sejam abertos e transparentes com os dados da vacina contra covid. O sistema VAERS é extremamente inadequado. Peço também ao Congresso que crie uma legislação prevendo ajuda financeira no âmbito do programa de compensação por lesões causadas pelas vacinas de covid-19. Obrigado”.

Agora veja o depoimento da mãe de Aline, que também era perfeitamente saudável antes da “vacina”. E passou a ter a mesma mielite transversa do Dr. Wallskog. Você tem notícia de algum alerta de risco, ou ao menos possível risco ainda indeterminado sobre este mal, aos que continuam se inoculando com essas substâncias? Não, você não tem.

Então acompanhe o relato a seguir e decida se a vacinação de covid, da forma como está sendo feita, é uma ação de saúde pública correta:

“Minha filha Aline Porto Ferreira, de 15 anos, até então era uma jovem saudável e apaixonada por caminhão. Foi inoculada com a 1ª dose de Pfizer em 30/09/2021 e apresentou apenas febre. Entretanto, 29 dias após receber a 2ª dose, em 30/11/2021, estávamos na praia e ela começou a sentir muita dor no pé esquerdo. No decorrer dos dias essa dor foi subindo para a perna, e logo para a outra perna.

No dia 15/01/2022 ela não conseguia mais andar. Sentia as pernas, mas não tinha forças nem para ficar em pé. Fomos ao posto de saúde na minha cidade, e lá a Aline foi medicada. Disseram que poderia ser problema psicológico. Porém na mesma noite ela foi levada ao hospital, na cidade de Tubarão (SC).

Aos 15 anos de idade, Aline teve a chance de comparar os riscos que corria com a doença covid versus os riscos que corria com a vacina de covid?

No dia 18/01/2022, foi internada. Foram dez dias na UTI e no total 27 dias hospitalizada. Fizeram diversos exames, e os médicos nos disseram que todos constatavam que a vacina foi a causadora do problema. Seu diagnóstico: mielite transversa, uma inflamação da medula espinhal.

O hospital emitiu uma nota: “A vigilância sanitária da cidade de Pedras Grandes notificou como um efeito adverso da vacina (…). Alguns exames mais complexos ainda precisam ser feitos, ainda está em investigação (…).”

Enquanto ficou internada, ela fez uso, entre outras medicações, de injeções de imunoglobulina, que tivemos que lutar para que o Estado fornecesse. Alegavam falta de RG (o que não foi empecilho para a vacina). Precisou fazer uso da cadeira de rodas para se locomover e fisioterapia todos os dias.

No dia 18/03/2022 ela voltou para o hospital, pois apresentou um novo sintoma: dormência e dores começando pelos dedos das mãos. Ficou hospitalizada mais 17 dias, foram feitos mais exames, ressonâncias, onde se constatou que a mielite já estava na medula espinhal quase toda, no cérebro e nos nervos dos olhos.

Começou a fazer mais um ciclo de corticoide intravenoso uma vez por dia, durante cinco dias. Isso não resolveu, daí iniciaram outro medicamento intravenoso e quimioterápico: a ciclofosfamida. Após o primeiro ciclo, ela voltou a caminhar, e deixou as fraldas. Depois de um mês, retornou para fazer outro ciclo. A médica resolveu encaminhá-la para Porto Alegre, para consulta com um neurologista especialista em doenças autoimunes.

No dia 09/05/2022 chegamos a Porto Alegre, e o médico confirmou o diagnóstico: mielite transversa autoimune. Prescreveu mais seis ciclos de ciclofosfamida. Agora, uma vez por mês ela é internada para fazer um dos ciclos. Ao final dos seis ciclos, fará novos exames para saber qual será o próximo tratamento. Esse tratamento deixa ela bem debilitada, é de cortar o coração”.

Aos 15 anos de idade, Aline teve a chance de comparar os riscos que corria com a doença covid versus os riscos que corria com a vacina de covid? Claro que não. Nem o Dr. Joel Wallskog, nem ninguém no mundo teve essa chance, porque não estão concluídos os estudos de desenvolvimento desses “imunizantes” que não impedem os “imunizados” de contrair a doença.

No entanto, não há, na prática, liberdade para cada um decidir com seu médico se toma ou não esses produtos. O preço pode ser a exclusão da vida em sociedade, ou a estigmatização. Todos os que estão calados diante dessa atrocidade são cúmplices dela.

Leia também “Jantando a democracia”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O que a revolta popular no Canadá ensina ao mundo que se diz democrático - VOZES

J. R. Guzzo

Pandemia

Canadá

     Protestos no Canadá foram convocados por caminhoneiros e ganharam adesão de críticos a medidas da gestão Justin Trudeau| Foto: Andre Pichette/EFE

As manifestações de massa contra o governo do Canadá, por seu surto de supressão dos direitos individuais em nome do “combate à covid”, são uma lição natural para o mundo – sociedades acostumadas à liberdade, como a canadense, raramente toleram por muito tempo que governantes e funcionários públicos passem a tratá-las como escravos de alguma república bananeira. O que chama a atenção, no caso, é a rapidez com que o governo do Canadá está descendo para a insanidade.

 Invasão de igreja é crime passível de detenção e multa

Um PIB inteiro de dívidas: e a conta recairá sobre nossos filhos e netos

O primeiro-ministro Justin Trudeau, como uma Maria Antonieta desesperada, entregou-se ao tipo de comportamento que normalmente se encontra nos pequenos tiranos: fugiu da população e mantém-se num chilique permanente, amaldiçoando qualquer ser vivo que não concorde com as suas medidas de repressão. Parou de pensar. O chefe de polícia da capital, Ottawa, disse que os protestos populares são uma “insurreição” provocada pela “loucura”. Em nenhum momento, até agora, passou pela cabeça de nenhum dos dois, nem dos demais barões do governo, que a opinião da população pode ter algum valor. Nós estamos certos. Eles estão errados. Fim de conversa.

O primeiro-ministro, como se espera em episódios desta natureza, poderia pensar só pensar um pouco – em negociar alguma coisa com a massa que não está lhe pedindo favor nenhum e sim as suas liberdades básicas. Ou então, como às vezes acontece com líderes que estão certos de suas razões, ele poderia estar agindo como um negociador duro. Mas não acontece nem uma coisa nem outra. Ele está apenas sendo histérico.

Ao chefe de polícia não ocorreu, simplesmente, que quem pode estar louco é ele. É o que acontece sempre que você confunde discordância com demência: se não concordam comigo, só podem ter enlouquecido. Era assim que pensava Stalin na Rússia comunista.

É chocante que os ataques mais venenosos à democracia, por conta da “covid”, da “vacina” e da necessidade de “salvar vidas”, não venham hoje da Rússia, da China ou de Cuba, ditaduras de onde não espera, nunca, o menor gesto em favor da liberdade. Estão vindo de democracias até há pouco exemplares, como Canadá, Austrália, Áustria (que acaba de tornar crime a atitude de não se vacinar) e outros tantos.

Seus governos foram reduzidos a um bando de burocratas em pânico, e afundam cada vez mais depressa na própria covardia – ou, mais exatamente, estão se aproveitando do vírus e de suas desgraças para mandar na sociedade e obrigar as pessoas a aceitarem regras que estão nas suas cabeças e nos seus desejos. Não tem nada a ver com saúde. Tem tudo a ver com ditadura.

J. R. Guzzo,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

O fracasso do ‘lockdown’ - Revista Oeste

Sem base em dados e em prejuízo dos mais pobres, autoridades insistem no fechamento de atividades econômicas

Em março de 2020, para tentar conter o aumento de casos de coronavírus no Brasil, prefeitos e governadores decidiram fechar as escolas, proibir a abertura de bares e restaurantes, impedir o funcionamento de academias de ginástica e salões de beleza e restringir o máximo possível a circulação de pessoas. Passados dez meses, para tentar conter o aumento de casos de coronavírus no Brasil, prefeitos e governadores decidiram fechar as escolas, proibir a abertura de bares e restaurantes, impedir o funcionamento de academias de ginástica e salões de beleza e restringir o máximo possível a circulação de pessoas.

Uma frase atribuída a Albert Einstein diz que “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Nada resume com mais precisão a atitude de governantes que insistem em decretar medidas drásticas de isolamento social — o chamado lockdown — para controlar a expansão da pandemia. A realidade informa que elas não foram bem-sucedidas antes. Também não o serão agora.

Quarentena escolar
No dia 13 de março do ano passado, as escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo receberam a notícia de que, na semana seguinte, teriam de fechar as portas por tempo indeterminado. “Não sei se vai durar uma semana, duas semanas, 30 dias ou mais”, disse na época Rossieli Soares, secretário estadual de Educação, numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Vamos avaliar dia a dia, até que as autoridades de Saúde digam que as aulas poderão ser retomadas.” Assim teve início aquela que se tornaria a quarentena escolar mais longa do planeta.

Um levantamento realizado pela Unesco e divulgado em 24 de janeiro mostrou que, enquanto a maioria dos países fechou suas escolas por pouco mais de 20 semanas, no Brasil, as crianças e adolescentes ficaram longe das salas de aula pelo dobro do tempo: 40 semanas. Nesse recorde, o país só se equipara à Argentina, Chile, Moçambique e Etiópia. De acordo com o estudo, aproximadamente 800 milhões de estudantes no mundo foram afetados e as instituições de ensino passaram, em média, dois terços do ano letivo fechadas.

No Brasil, quase 50 milhões de estudantes ficaram entregues à própria sorte — particularmente os 80% matriculados em escolas públicas. Destes, cerca de 25% não têm acesso à internet. Uma pesquisa do Ibope realizada em agosto mostrou que, em domicílios com renda per capita de até meio salário mínimo, um quarto dos estudantes não teve sequer acesso à educação remota. No mês de outubro, conforme a Pnad Covid19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 6 milhões de alunos de 6 a 29 anos, da educação básica ao ensino superior, não tiveram acesso a atividades escolares. Na educação básica, “inexistência de aulas” e “dificuldade com o acesso remoto” foram as principais causas da evasão escolar. No ano da pandemia, cerca de 4 milhões de jovens abandonaram os estudos, segundo uma pesquisa encomendada pelo banco digital C6 Bank.

Alfabetizar as crianças com aulas remotas é um dos maiores desafios. “Pessoalmente, consigo fazer com que elas sintam o som das letras; a distância, não dá”, lamentou a professora Rizomar Maria de Menezes, numa reportagem publicada na Folha de S.Paulo. “Nenhuma criança do primeiro ano conseguiu se alfabetizar. Normalmente, no final dessa série, a maioria estaria lendo e escrevendo um pouco.” Para Alexandre Schneider, ex-secretário municipal de Educação de São Paulo, as crianças não estão apenas paradas. “Muitas vão andar para trás e, para recuperar, levarão dois, três anos”, constatou na mesma reportagem. “É dramático do ponto de vista pedagógico.”

Um estudo coordenado pelo médico Fabio Jung, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e publicado em setembro de 2020, mostrou que o fechamento das escolas também ameaça a saúde psiquiátrica de crianças e adolescentes, compromete a segurança alimentar e os torna mais expostos a abusos e maus-tratos, a drogas e violência. Cerca de 30% das crianças em confinamento podem passar a sofrer de transtorno do estresse pós-traumático.

“É importante entender que a escola vai muito além da aprendizagem”, lembrou Cláudia Costin, na reportagem “A educação pode ser a maior vítima da epidemia de medo”, publicada em Oeste. “A escola é o espaço de socialização, de vivências, além de oferecer uma rede de proteção social à infância.”

Provas irrefutáveis
Pelo menos desde julho de 2020, o mundo sabe que a volta às aulas não compromete a saúde dos alunos nem acelera a transmissão do vírus. Muito menos suscetíveis à covid-19, crianças representam apenas 2% dos casos confirmados da doença e menos de 1% dos óbitos. Além disso, abaixo dos 11 anos, elas transmitem muito pouco e, quando contaminadas, são assintomáticas ou apresentam sintomas leves. O coronavírus é 4,5 vezes menos agressivo que a gripe (influenza) na faixa etária até 14 anos, por exemplo.

(......)

O economista Luís Artur Nogueira classificou a quarentena escolar como “um crime contra as crianças”. “Neste um ano de pandemia, o número de mortos e contaminados pelo coronavírus aumentou, diminuiu e voltou a crescer mesmo com as escolas fechadas”, observou. “Ou seja, elas não tiveram absolutamente nenhuma influência.” Rossieli Soares, ao lembrar que algumas escolas reabriram para atividades extracurriculares em outubro de 2020, garantiu: “Não registramos uma única contaminação dentro das escolas, nem entre alunos nem entre alunos e professores”.

Irrefutáveis, os argumentos a favor das aulas presenciais englobam constatações científicas que mostram que o afastamento do ambiente escolar prejudica, além do rendimento acadêmico, o desenvolvimento das capacidades sociais, o vínculo aluno-professor e a saúde mental. “Não deveríamos de forma alguma estar discutindo se devemos ou não voltar”, disse Rossieli. “Mas como fazemos para voltar o mais rápido possível.”

(.....)
 
Quarentena gastronômica
Não foram apenas as escolas. Bares e restaurantes também se transformaram em bodes expiatórios, responsáveis pelo aumento das contaminações. Solução? Fechá-los. Assim, em quase todo o país, suporta-se uma “quarentena gastronômica” ainda sem prazo para acabar.

“O que está acontecendo com o setor é uma tragédia”, resumiu Percival Maricato, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em São Paulo (Abrasel-SP). “Cerca de 30% dos bares e restaurantes já fecharam as portas. Se houver um segundo lockdown, nem 20% conseguirão permanecer abertos.”

Poucos meses atrás, o governo paulista permitiu que os estabelecimentos voltassem a receber clientes de forma presencial até as 23 horas, com 60% da capacidade. Há uma semana, João Doria e seu “comitê de especialistas” mudaram de ideia. Desde 25 de janeiro, os bares e restaurantes devem encerrar as atividades às 20 horas, de segunda a sexta-feira, e permanecer fechados nos fins de semana.

Esse mesmo comitê de notáveis não enxerga muito contágio nas festas clandestinas e pancadões que proliferam pela cidade, com centenas de pessoas aglomeradas. E nenhum de seus integrantes viu nada de mais durante os eventos de campanha ou nas comemorações de vitória das eleições de 2020. O problema, para eles, são os restaurantes — onde o distanciamento social é cumprido à risca, a temperatura é medida na entrada, o álcool em gel está ao alcance dos clientes, os garçons usam uma proteção de acrílico sobre a máscara e mesas e cadeiras são desinfetadas incontáveis vezes por dia.

“Não são as 15, 20 pessoas sentadas distantes umas das outras nos restaurantes que estão causando essa pandemia”, observou Maricato. “Estão sacrificando um dos setores que mais geram empregos, atraem turistas e podem contribuir muito para a retomada econômica.” Só no Estado de São Paulo, cerca de 300 estabelecimentos entram em falência diariamente, deixando quase 2 mil desempregados. “É como se uma fábrica da Ford fechasse por semana no país”, compara.

Uma pandemia de desemprego
O economista Luís Artur Nogueira estuda justamente as consequências do lockdown no mercado formal de empregos. “No período de março a junho de 2020, quando prefeitos e governadores adotaram severas restrições ao funcionamento das empresas, o saldo entre vagas formais abertas e fechadas foi negativo em 1,6 milhão”, escreveu. “No período seguinte, de julho a dezembro, quando houve um processo de reabertura da economia, o saldo de vagas formais foi positivo em 1,4 milhão.” Ou seja, ainda há um déficit de 200 mil empregos.

Publicado pela revista britânica The Lancet em julho de 2020, outro estudo revelou que, em uma comparação entre 50 países, a covid-19 foi mais mortal em lugares com população mais velha e com maior taxa de obesidade, mas não se observou redução de mortalidade em países que fecharam suas fronteiras ou aplicaram o “bloqueio completo”. Na Universidade de Edimburgo, na Escócia, um pesquisador concluiu que as infecções na Grã-Bretanha já estavam diminuindo antes que o lockdown começasse no fim de março. Uma análise realizada pelo Instituto de Tecnologia de Karlsruhe descobriu que as infecções na Alemanha estavam se reduzindo na maior parte do país antes do início das medidas de confinamento. Também foi provado que o toque de recolher imposto na Baviera e em outros Estados não surtiu efeito. Nos Estados Unidos, menos de 1% da população vive em lares de idosos, mas, em janeiro de 2021, essa pequena fração foi responsável por 36% das mortes por covid-19 no país. Até mesmo quem estava “protegido” entre muros não escapou do contágio.

Leia também o artigo “Os tecnocratas da pandemia”

Revista Oeste - Branca Nunes de Paula Leal - MATÉRIA COMPLETA


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Bomba fiscal: silêncio de candidatos é insanidade

O Congresso deveria entrar em recesso nesta semana. Mas as férias, como de hábito, foram antecipadas. Antes de entregar o Legislativo às moscas, na semana passada, os congressistas enfiaram uma bomba-relógio dentro do Orçamento da União para o ano fiscal de 2019. Eles criaram despesas sem cobertura e anularam fontes de receita. Agiram assim políticos da oposição e também do governo. Ainda não se sabe quem será o próximo presidente da República. Mas uma coisa já está clara: seja quem for, sua prioridade será desarmar a bomba fiscal.

Curiosamente, os principais candidatos ao Planalto reagiram à maluquice dos congressistas com um silêncio insano. Agiram assim porque estão metidos em articulações políticas para atrair aliados. E não querem comprar briga com partidos que podem lhes ceder alguns segundos adicionais no rádio e na TV. Os donos desses segundos são os mesmos partidos que aprovaram a bomba fiscal.

Os presidenciáveis fazem silêncio diante a perspectiva de uma explosão fiscal com potencial para mandar o futuro governo para os ares. E isso é perturbador. Revela que, quando a política atinge a fronteira do bom senso, o país entra no estágio da loucura, como ocorre agora no Brasil. Ironicamente, os candidatos se fingem de malucos justamente para não prejudicar a costura de alianças que aumentarão o tempo da propaganda eleitoral em que cada um exibirá suas credenciais para dirigir o hospício. A loucura, como se vê, tem razões que a sensatez desconhece.

Blog do Josias de Souza 

 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

A insanidade de se repetir o mesmo erro nos combustíveis


Espera-se que a palavra do governo de que não intervirá nos preços seja mantida, porque a realidade tarifária tem a ver com a própria modernização da estatal

O Brasil tem extensa experiência na administração de preços de combustíveis, inexoravelmente dependentes do dólar, queiram ou não governantes, dada a ligação do petróleo e de toda a indústria com a moeda. Não é novidade que variações cambiais e da cotação internacional da matéria-prima podem se refletir nos postos de combustíveis e nos botijões de gás na forma de aumento ou redução de preços. Quando isso ocorre e encarece os produtos nas proximidades de eleições, o nervosismo entre os políticos é maior. E a tentação de intervir nos preços cresce. É o que costuma acontecer. 

Tudo já foi visto no Brasil neste campo. Na ditadura militar, havia a “conta petróleo”, nada transparente, em que débitos e créditos à Petrobras eram supostamente registrados à medida que câmbio e cotações internacionais do barril oscilavam. Nunca se soube ao certo se a conta era mais superavitária ou deficitária. Mas é muito provável que o contribuinte, representado pelo Tesouro, tenha arcado com prejuízos, como sempre. 

O rebuliço atual em torno dos aumentos dos combustíveis, causa de mais um movimento ilegal de caminhoneiros por estradas e cidades do país, se deve à aplicação de uma correta política de preços pela estatal, para acabar com qualquer subsídio ao consumidor. Prática usada de tal forma no governo lulopetista de Dilma Rousseff, para escamotear a inflação e servir de plataforma eleitoral à sua reeleição, que abriu um rombo de R$ 40 bilhões nas finanças da estatal. Junto com os efeitos da corrupção, via superfaturamento de projetos de investimentos, a Petrobras, se fosse privada, teria sido levada a buscar recuperação judicial, para evitar a falência. Como em grandes economias, os preços oscilam com a matéria-prima. Entre o início de maio e terça-feira, a gasolina subiu nas refinarias 15,5% e o diesel, 13,6%

Reclamações gerais. Porém é esquecido que eles também caem, quando câmbio e cotações mudam de sinal. O que foi anunciado ontem pela estatal, para vigorar hoje (redução de 2,08% na gasolina e de 1,54% no diesel). A reação de caminhoneiros vem da típica visão brasileira de um capitalismo de mão única, que só pode favorecer um lado, e, quando isso não acontece, pede-se a intervenção do Estado.  Após reunião realizada ontem em Brasília com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou que a política de preços continuará a mesma. Que a palavra oficial seja mantida. O plano é usar impostos para compensar pressão de custos. A Cide, por exemplo, deixará de incidir sobre o diesel.

É importante preservar o princípio da realidade tarifária. Não apenas para evitar a volta de subsídios ocultos — uma praga que acompanha o populismo —, mas para não impedir a modernização da Petrobras, num ciclo importante de venda de ativos, com o objetivo de se capitalizar e investir no pré-sal, por exemplo. Manter esta política é essencial para atrair interessados na BR distribuidora e investidores em refinarias, por exemplo. Não está em questão, portanto, apenas uma política de preços, mas o futuro da própria estatal. 

Editorial - O Globo


 

domingo, 23 de abril de 2017

Os efeitos da demagogia

Governos do PT entenderam que justiça social é ato de vontade. O resultado da insanidade está aí

Dos perversos efeitos da irresponsabilidade fiscal dos governos lulopetistas, os mais significativos foram a reversão da queda da desigualdade e a estagnação do desenvolvimento humano, constatadas por estudos recém-publicados. Tal cenário indica o grau de deterioração do bem-estar da atual geração de brasileiros e, especialmente, as perspectivas sombrias para as próximas, algo que não pode ser modificado por medidas triviais. Se era preciso alguma prova de que a promessa demagógica de felicidade instantânea e sem sacrifícios pereniza a mediocridade e compromete o futuro do País, a prova aí está.

O mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostrou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, com dados de 2015, ficou estagnado pela primeira vez desde 2004. Isso significa que as políticas de Lula da Silva e, principalmente, de Dilma Rousseff, a título de fazer “justiça social” e “incluir o pobre no Orçamento”, como gostam de alardear os ex-presidentes petistas, na verdade tiveram o efeito exatamente oposto ao pretendido – isto é, em vez de ajudar os mais pobres, interromperam o processo de melhoria da qualidade de vida do conjunto da sociedade.

O IDH leva em conta renda, educação e saúde. Vai de 0 a 1 quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. Em 2015, o Brasil obteve IDH de 0,754, o mesmo de 2014. Entre 188 países, o Brasil ficou estacionado em 79.º lugar, ao lado de Granada. Continua entre os países considerados de “alto desenvolvimento humano”, mas encontra-se abaixo de Cuba (68.º) e Venezuela (71.º).

Quando o índice é ajustado se levando em conta a desigualdade – de renda, de saúde e de educação –, o Brasil cai 19 posições. Pelo Coeficiente de Gini, que mede especificamente a desigualdade de renda, o Brasil aparece como o 10.º mais desigual entre 143 países. Esse aspecto aparece em outro estudo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo o qual em 2016 houve o primeiro aumento da disparidade de renda domiciliar per capita em 22 anos. Isso significa que o ganho proporcionado pela estabilização da economia com o Plano Real, implementado há 23 anos, foi comprometido pelos governos de Lula e Dilma.

A façanha da dupla é espantosa. A partir de meados dos anos 1990 o Brasil começou a caminhar para reduzir a afrontosa desigualdade de renda que marca sua sociedade desde sempre. O controle da inflação deu o primeiro impulso para isso, pois permitiu que os mais pobres parassem de pagar, na forma do chamado “imposto inflacionário”, o custo do endividamento inconsequente do governo. Foi necessário ainda um grande esforço para levar escolaridade às classes mais baixas, aumentando suas possibilidades no mercado de trabalho. Além disso, os programas de transferência condicionada de renda foram importantes para ajudar a mitigar a miséria. Tudo somado, esperava-se que, no ritmo verificado a partir do início dos anos 2000, o Brasil já tivesse erradicado a pobreza extrema por volta de 2016. Mas isso não ocorreu. Ao contrário, em 2015 voltou a crescer o número de famílias com rendimento per capita inferior a 25% do salário mínimo, chegando a 9,2% da população, contra 8% em 2014, de acordo com dados do IBGE. Um ano depois, em 2016, a desigualdade cresceu 1,6% em relação a 2015, conforme o estudo da FGV, anulando os ganhos dos anos anteriores.

Os indicadores de desigualdade são especialmente significativos porque refletem os efeitos de longo prazo das políticas econômicas. A redução da renda dos mais pobres e o consequente aumento do abismo destes em relação aos mais ricos, depois de um período em que essa diferença parecia fadada a diminuir em razão da maturidade econômica e institucional do País, não resultam de erros pontuais, mas sim de decisões que respeitaram uma visão totalmente equivocada do papel do Estado no desenvolvimento. Mas os governos petistas entenderam que justiça social não é o resultado de um processo econômico de longo prazo, e sim um ato de vontade. O resultado dessa insanidade está aí.

Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo 

 

 

sábado, 3 de dezembro de 2016

A vendetta do Congresso

No limite da insanidade, parlamentares perpetraram na semana passada uma das maiores aberrações de que se tem notícia dentro da que outrora foi conhecida como a “Casa do Povo”. Numa reversão de papéis inaceitável decidiram por contra própria que não mais representam aqueles que os elegeram. Estão ali tão somente para cuidarem dos próprios interesses. É o que se pode concluir depois da votação na calada da madrugada que desfigurou e, por tabela, sepultou o escopo do projeto anticorrupção – uma iniciativa popular, concebida e apoiada por mais de dois milhões de brasileiros. [um detalhe importantíssimo: com certeza os votos dados aos parlamentares que no legítimo exercício de suas atribuições constitucionais fizeram modificações  ultrapassam os quarenta milhões - o que os torna representantes, para o bem ou para o mal, daqueles eleitores, que representam a maioria do eleitorado brasileiro.
Portanto, cassar aqueles parlamentares do direito de representação apenas por terem efetuado modificações em um texto redigido pelo Ministério Público e assinado por dois milhões de brasileiros, é antidemocrático, é um atentado a própria Constituição. 
O Congresso Nacional não é dos melhores, mas, é o Congresso eleito pelo POVO BRASILEIRO - se, como sabiamente disse Pelé, o 'povo brasileiro não sabe votar', que aprendam ou se abstenham.]
]
Afrontados, os cidadãos promoveram panelaços, gritaram contra a traição, ficaram estupefatos diante do caradurismo dos senhores deputados que aproveitaram a proposta e a converteram, sem a menor cerimônia, num arremedo de repressão fascistóide contra a Justiça. Brasília parece viver mesmo de costas para o Brasil. [não pode ser olvidado que em mais de 500 deputados, Brasília tem apenas 8. Portanto, os parlamentares moram em Brasília, mas, apenas 8 representam a Capital da República, os demais representam os demais Estados. Nada de culpar Brasília por uma decisão de mais 300 parlamentares.] Absoluta temeridade! Das dez medidas, ficaram de pé apenas quatro. Duas parcialmente. Em suma: foi tudo para a latrina do lixo. Os parlamentares fizeram picadinho de artigos que atacavam o enriquecimento ilícito de servidores públicos e condenavam corruptos impunes. Ao mesmo tempo, trataram de colocar um cabresto nas ações de promotores e juízes, tipificando como crime o que consideram abuso de autoridade. Na prática, reduziram a autonomia dos guardiões da Carta Magna. Viraram de ponta-cabeça a agenda levantada pela sociedade e sinalizaram que vão fazer de tudo para escapar das mãos do Ministério Público e dos magistrados. 

Afrontosa maracutaia. Não se pode esquecer jamais que essa turma enxerga eleitores como mera massa de manobra para suas ambições escusas e pessoais. Talvez daí a prepotência com que impõem suas vontades. Senhores desavergonhados, legislam de olho no umbigo, votam de acordo com o que lhes convêm (exclusivamente) e agem tal qual a raposa que vai cuidar do galinheiro e depena tudo. Qualquer brasileiro, se consultado, dirá que já desconfiava, há tempos, das motivações rasteiras e do impulso, digamos, autoprotetor dos políticos (que se sobrepõe a qualquer sentimento altruísta). Mas dessa vez eles foram longe demais. Extrapolaram princípios elementares de dignidade e enxovalharam o que restava de reputação. Fizeram isso, em boa parte, por vingança, uma vendetta contra procuradores e agentes da lei que estão em seu encalço por conta da operação Lava-Jato. 

Ficou dessa forma sacramentada a real intenção por trás de tudo. Naquele recinto do plenário, noite adentro, foi tramado um ardil, um deboche às investigações em curso. Pelos corredores e na plenária ouviram-se durante a votação gargalhadas e galhofas lançadas contra aqueles que protestavam. “Não estou preocupado se vão me esculhambar”, disse o deputado Givaldo Carimbão (PHS). O colega Benedito de Lira (PP), zombou das pressões. “Vocês não têm o que fazer?”. Nesse clima transcorreu a sessão da vergonha, uma página sombria da democracia. Ato contínuo, o Senado (que se imagina um fórum mais qualificado) quis repetir a dose. O presidente Renan Calheiros foi às raias do impensável e numa tentativa tosca – traindo o desespero de ser pego por um dos 12 processos pelos quais responde – buscou votar a toque de caixa, em regime de urgência que nem havia sido pedido, o relatório transfigurado que saíra, fazia poucas horas, da Câmara. Queria dar como fato consumado o insulto ao interesse da maioria da Nação. 

É de se perguntar: Em que País estamos? Esses nobres legisladores não aprenderam nada com as recentes e firmes demonstrações de repúdio da opinião pública a práticas não republicanas? Estão testando a paciência nacional, no limite da irresponsabilidade, e a panela de pressão ameaça explodir a qualquer momento. Não se aceita mais o tipo de política de compadrio e fisiológica que eles exerceram até aqui. Ao brincarem com a democracia, com a força dos eleitores, serão, decerto, os maiores perdedores lá adiante. Ou mudam ou o País muda eles.

Fonte:  Carlos José Marques é diretor editorial da Editora Três - ISTO É