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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Polícia Federal vai investigar se houve genocídio de indígenas - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar se houve um genocídio na área Yanomami. 
Já abriram Comissão Parlamentar de Inquérito em 2007 pelo mesmo motivo. Era já o segundo mandato Lula e tudo continua igual. Eu tenho os números. Faz 40 anos que o problema existe. Em primeiro lugar, acusa-se o garimpo desde sempre – e é proibido haver garimpo em área indígena.
 
Mas os garimpeiros fazem acordo com os detentores da área indígena e dão uma parte para eles
Às vezes é troca de comida, troca de qualquer coisa. 
Tem até populações indígenas que exploram diamante, exploram ouro e a gente sabe disso, todo mundo sabe.
 
Problema antigo  
Em 2010, foram 92 crianças mortas por desnutrição durante o governo Dilma. Agora foram 99. Segundo a Veja publicou, entre oitenta e noventa, 1600 yanomamis morreram de malária, que eu acho também uma coisa esquisita, porque a gente não sabe o que existe antes, se é o mosquito da malária ou o Yanomami, eles vivem juntos.  
Em 2003, 900 crianças estavam com desnutrição. 
Entre 2008 e 2014, 490 morreram de subnutrição. O último escândalo 99 crianças
Dizem que são 20 mil índios num território do tamanho de Pernambuco e 20 mil garimpeiros convivendo lá
Aí fica a grande pergunta: o governo anterior entregou 30 mil toneladas de alimentos e um milhão e trezentas mil cestas básicas pra todas as comunidades indígenas. 

Aí eu fico pensando, mas não é o que dizem os ambientalistas, que o índio vive da floresta e vive na floresta e lá protege a floresta e se alimenta. Isolar, manter isolado ou integrar?  
Eles são brasileiros ou pertencem a uma nação que não é brasileira? 
Tudo que nós ocupamos hoje era indígena, que se integraram. 
Hoje se perderam no tempo as raízes étnicas do Brasil, que é uma grande mistura de raças. Fica essa reflexão para a gente pensar a respeito. [OPINIÃO: o que discordamos é do exagero de terra reservado para indígenas, que não tem condições nem interesse de explorar e ficam sempre dependendo de ajuda; 
para se ter uma ideia na reserva yanomani são 30 mil indios ocupando uma área do tamanho de Pernambuco - estado onde moram mais de nove milhões de pessoas, que trabalham, vivem e tiram sua subsistência, inclusive enfrentando problemas de saúde, sem contar com ajuda extraordinária, força-tarefa, etc. Defendemos a igualdade entre indígenas e os demais brasileiros, em todos os aspectos. Entendemos que o tamanho das reservas deve ser reduzido e os indígenas passarem a explorar área condizente com suas necessidades.
TEM QUE HAVER IGUALDADE EM TODOS OS ASPECTOS - DIREITOS E DEVERES IGUAIS PARA INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS.
A permanência dos garimpos deixa a impressão de que há pessoas - entre elas lideranças indígenas - que se beneficiam da situação.]
 
Lula “Más Verde” 
Interessante que nesta quarta, em Montevidéu, a prefeita – a alcaide – deu um prêmio para Lula, Más Verde, um prêmio ambiental. Que ironia! Lula, um dia antes na Argentina, tinha prometido dinheiro do BNDES para financiar um gasoduto que estimula a retirada de gás de xisto no território indígena, o que está revoltando os indígenas
 Porque o sistema de retirada do gás é altamente poluidor do solo, das águas e da atmosfera. E no dia seguinte ele recebe o prêmio.
 
Temer golpista 
Aliás, lá em Montevidéu resolveu falar mal. Ele sempre fala mal de Bolsonaro, e aí resolveu falar mal também de Temer. Chamou Temer de golpista. 
 Temer, como se sabe, é o presidente de um dos maiores partidos desse país. Presidente de honra, que tem dez senadores, a terceira bancada, e tem 42 deputados no novo Congresso.

Resolveu brigar com o MDB, disse também que Temer destruiu tudo o que o PT tinha construído. Temer deu uma resposta, que está no Twitter, dizendo que o que ele destruiu foi o desemprego da Dilma, o PIB negativo da Dilma de 5%, que ele converteu em PIB positivo, as contas públicas, o teto de gastos, as reformas, a reforma trabalhista que ele fez, e disse que se Lula está chamando Temer de golpista, ele está chamando o  Congresso Nacional de golpista, porque foi o Congresso Nacional que votou em impeachment de Dilma.
 

Veja Também:

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    Ministra de Lula andou espalhando mentiras em Davos

E a pacificação? 
 Engraçado, o presidente Lula, num momento em que o país está dividido e dividido com radicais dos dois lados, ele não faz pacificação, parece que fica fazendo provocações. O MDB é um parceiro, uma pedra importante no xadrez da política. 
E resolve chamar o presidente de honra do partido de, um ex-presidente da República de golpista.  
E mais, no exterior, uma questão de uma roupa suja que se lava em casa, ele vai falar lá no exterior, num país amigo, na cara de um presidente amigo, Lacalle Pou, o presidente do Uruguai. 
Uma coisa completamente fora da razoabilidade. [SAIBA MAIS, sobre o quanto o atual presidente NÃO QUER PACIFICAÇÃO e SIM, GUERRA - CLICANDO AQUI.]

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 13 de junho de 2021

JUSTIÇA CARCOMIDA É O PIOR CÂNCER DE UMA SOCIEDADE - John Kirchhofer

Em 1971, ganhei uma bolsa para estudar nos USA. Foi um seminário sobre desenvolvimento econômico na Harvard University.

Em um encontro com um professor, eu propus uma simples pergunta a ele. Qual o principal fator (citando apenas um), para explicar a diferença do desenvolvimento americano e o brasileiro, ao longo dos 500 anos de descobrimento de ambos os países?

O então o mestre sentenciou sem titubear: a justiça!

Explicou ele em poucas palavras:

“A sociedade só existe e se desenvolve fundamentada em suas leis e em sua igualitária execução. A justiça é o solo onde se edifica uma nação e sua cidadania.

Se pétrea, permitirá o soerguimento de grandes nações. Se pantanosa, nada de grande poderá ser construído.

Passados quase 50 anos deste aprendizado, a explicação continua cristalina e sólida como um diamante. Sem lei e justiça, não haverá uma grande nação.

Do pântano florescerão os "direitos adquiridos", a impunidade para os poderosos. Daí se multiplicarão as ervas daninhas da corrupção, que por sua vez sugarão a seiva vital que deveria alimentar todas as folhas que compõem a sociedade.

Como resultado se abrirá o abismo da desigualdade. Este abismo gerará violência e tensão social.

Neste ambiente de pura selvageria, os mais fortes esmagarão os mais fracos. O resultado final: o pântano se tornará praticamente inabitável. As riquezas fugirão sob as barbas gosmentas da justiça paquiderme, para outras nações.

Os mais capazes renunciarão a cidadania em busca de terras onde a justiça garanta o mínimo desejado: que a lei seja igual para todos.

Este é o fato presente e a verdade inegável do pântano chamado Brasil! Minha geração foi se esgotando na idiota discussão entre esquerda e direita.

E ainda continua imbecilizada na disputa entre "nós e eles", criada pelo inculto Lula e o séquito lulista.

Não enxergaram um palmo na frente do nariz da essência da democracia. Foram comprados com pixulecos, carros, sítios e apartamentos.

Não sei quantos jovens lerão este texto e terão capacidade de interpretar e aprofundar a discussão.

Aos meus quase 70 anos, faço o que está ao meu pequeno alcance.”

 Percival Puggina - Transcrito do site


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Bolsonaro diz que é 'falácia dizer que Amazônia é pulmão do mundo', ataca cacique Raoni e diz que não aumentará reservas - O Globo

Na ONU, Bolsonaro não recua sobre Amazônia: 'Falácia dizer que é patrimônio da humanidade'

Presidente afirmou que Brasil é o país que mais protege o meio ambiente e que não vai aumentar demarcações indígenas:

Na abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro sustentou que é uma "falácia" as visões internacionais de que a floresta amazônica é um patrimônio da humanidade e o pulmão do mundo. [confira aqui, revista FORBES as razões pelas quais a Amazônia não é o pulmão do mundo...... uma delas é 'que ela produz e utiliza a mesma quantidade de oxigênio".] Seguindo a tradição brasileira de ser o primeiro país a falar no encontro, Bolsonaro também destacou que não vai aumentar as áreas indígenas: "Acabou o monopólio do senhor Raoni", afirmou. 
O líder indígena Raoni Metuktire, reconhecido internacionalmente e que recentemente esteve reunido com líderes europeus, como o francês Emmanuel Macron,  também foi alvo de críticas de Bolsonaro no discurso da ONU. Ele foi caracterizado pelo presidente como "peça de manobra":
A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.
— Somos um dos países que mais protegem o meio ambiente, nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental, e ela permanece intocada. — disse o presidente. — É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e o pulmão do mundo. 

ONU: 'Vim apresentar o novo Brasil que ressurge após estar à beira do socialismo', destaca Bolsonaro

 
Na íntegra: Discurso de Bolsonaro na ONU

Bolsonaro criticou, sem citar nomes, líderes que se portaram de forma considerada desrespeitosa em relação ao Brasil:
Um ou outro país se portou de forma desrespeitosa e de forma colonialista em relação ao Brasil. Questionando o que nos é mais sagrado, nossa soberania.
Na véspera, o presidente da França, Emmanuel Macron convidou o consórcio dos estados da Amazônia para reunião sobre futuro da floresta.

Sem mais áreas indígenas
Enquanto falava sobre a situação da floresta amazônica, Bolsonaro afirmou que não vai aumentar as demarcações de áreas indígenas. Segundo ele, os organismos internacionais que pedem o aumento dessas áreas estão interessados nas riquezas minerais. — Hoje, 14% do território brasileiro é demarcado por áreas indígenas. Nossos nativos são seres humanos como cada um de nós, eles querem e merecem usufruir de todos os direitos como nós. O Brasil não vai aumentar para 20% as áreas indígenas.


Bolsonaro destacou a abundância de metais preciosos em áreas infígenas, especialmente as terras Yanomami a Reposa Serra do Sol.
— Nossas reservas indígenas são ricas em ouro, diamante, nióbio e terras raras. Esses territórios são enormes. Isso demonstra que os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio, mas sim com a riqueza e a biodiversidade existentes nessas áreas.

O Globo, Sociedade