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terça-feira, 19 de julho de 2022

Os ecoterroristas - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

Paris, França | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Paris, França | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Com a pandemia arrefecendo e a vida voltando ao normal, é preciso outra “ameaça global”. Embora há décadas estejamos ouvindo as promessas de que o mundo vai acabar nos “próximos dez anos”, parece que agora os ecoterroristas que amam suas guilhotinas estão mais do que nunca de mãos dadas com os jacobinos bilionários globalistas. 
Não basta apenas apontar o dedo e tentar o já velho cancelamento virtual, é preciso mais. E esse “mais” chega com a sigla ESG (Environmental, Social, and Governance), movimento que se refere a investimentos realizados seguindo critérios supostamente mais benéficos para o meio ambiente. O ESG é um novo mantra corporativo que está mudando o capitalismo dos acionistas (shareholders) para o capitalismo dos stakeholders, aqueles que têm interesse no desempenho de uma empresa por outros motivos que não o desempenho ou a valorização das ações.

Nos últimos anos, vimos grandes corporações virarem manchetes por seu ativismo político. Aqui nos Estados Unidos, por exemplo, o PayPal boicotou a Carolina do Norte por causa de um projeto de banheiro transgênero, a Coca-Cola denunciou um projeto de lei eleitoral na Geórgia e, claro, a Disney, que, recentemente, se opôs a uma lei da Flórida que proibia as escolas públicas de instruírem sobre sexualidade e identidade de gênero crianças do jardim de infância até a 3ª série. A explicação que ouvimos com frequência é que funcionários ativistas, os típicos millenials, estão comandando o show. Mas isso não é a história completa. Ativistas e empresas de investimentos também estão impulsionando a tendência ESG nos bastidores.

Historicamente, muitos investidores adicionaram a sobreposição de “valores” às suas preferências de investimento. As duas principais abordagens baseadas em valores são o Socially Responsible Investing (SRI) e o Impact Investing (IR). A estes foi adicionado um novo acrônimo, Environmental, Social, and Governance (ESG), e, embora esses termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, é importante entender algumas diferenças críticas para ver por que o ESG é tão problemático. Muitas pessoas ainda não entendem o ESG, até porque, embora haja um gigantesco pedágio ideológico a ser pago, muitas ações são desenhadas estrategicamente com discrição.

Como alguém pode alegar estar lidando com as “mudanças climáticas” e a “a salvação do planeta” investindo na China, o pior emissor de gases de efeito estufa?

Nos Estados Unidos, as igrejas, por exemplo, usam o SRI. A estratégia de RI já é investir em empresas com potenciais soluções para problemas importantes para um investidor. Tanto o SRI quanto o IR são estratégias legítimas de investimento baseadas em valores que operam dentro dos parâmetros do capitalismo de livre mercado. Eles representam formas construtivas para os investidores expressarem suas opiniões, encontrarem soluções para problemas significativos e participarem do mercado de capitais sem comprometer seus valores.

O famigerado ESG é essencialmente uma pontuação de crédito (credit score) para negócios. Por exemplo, uma empresa pode melhorar sua pontuação ESG comprometendo-se a reduzir as emissões de carbono, contratando um “gerente de diversidade” ou doando para uma causa política. E essa pontuação tem implicações financeiras. A primeira coisa a perceber é que esse movimento é incrivelmente perverso e perturbadoramente incorporado ao sistema financeiro. Já há livros sendo escritos sobre como esse movimento está revolucionando o mundo corporativo. Basicamente, o ESG é uma métrica que pontua as empresas com base em suas posições políticas e suas atividades. Mas esta é a chave do cofre: as chamadas “posições corretas” são quase exclusivamente de esquerda.

E quem emite a pontuação? No momento, isso não é totalmente centralizado. Existem algumas empresas de gestão de fundos muito grandes, como a Black Rock, a maior gestora de ativos do mundo, que têm seus próprios departamentos internos que definem suas prioridades. Mas também existem algumas empresas de analistas financeiros que fornecem pontuações com base em suas próprias prioridades. A maior dessas empresas é a Institutional Shareholder Services (ISS) — algo como “Instituição de serviços aos acionistas”. Mas aqui está o problema: o ISS também é conhecido como um serviço de proxy. Isso significa que qualquer um desses investidores que possuem ações de várias empresas paga a ISS não apenas para fornecer essas pontuações, mas também para votar nas assembleias de acionistas. O que especialistas alertam, no entanto, é que há uma tonelada de conflitos de interesse inerentes. Basicamente, esses scorekeepers de terceiros, aqueles que manipulam as pontuações, que são geralmente inclinados à esquerda, estão decidindo quais prioridades são importantes. Em seguida, votam em nome de seus acionistas. O absurdo é que as pontuações não vêm de um órgão oficial regulamentado, tudo isso está acontecendo fora do processo democrático. E, como eles estão votando no lugar dos investidores, as empresas são colocadas em uma posição em que elas têm de fazer o que essas empresas dizem. Esse movimento está afetando profundamente os rumos da sociedade, e tudo está acontecendo fora de qualquer processo legislativo.

O mais perigoso de tudo, assim como vimos na pandemia, é que as prioridades estão sendo estabelecidas por um pequeno grupo de pessoas agrupadas em um punhado de organizações de elite. Com o ESG, os três maiores gestores de ativos, Black Rock, Vanguard Group e State Street Global, estão usando o movimento para manipular empresas. Nos últimos 20 anos, os três gigantes compraram ações de 20% de quase todas as empresas do S&P 500 (Standard and Poor’s 500, índice do mercado de ações que acompanha o desempenho das ações de 500 grandes empresas listadas em bolsas nos Estados Unidos). E o que eles afirmam é que eles são os acionistas: “Nós diremos à sua empresa o que você precisa fazer”. E isso é falso. Na verdade, o capital não é deles, mas dos acionistas, e está sendo usado para impulsionar a agenda ESG. Muitos desses cidadãos, os reais donos do dinheiro, discordam das posições e das decisões do conselho.

Só para acrescentar alguma perspectiva, a Black Rock sozinha agrupa quase US$ 10 trilhões em ativos de investidores
Isso é mais do que o PIB de todos os países do mundo, exceto os EUA e a China. 
O retrato está tirado e colocado em prática: serviços como ISS ou empresas de investimento como Black Rock podem, por exemplo, votar para que uma instituição bancária não empreste dinheiro a empresas de combustíveis fósseis, como parte de suas prioridades da agenda de “mudança climática”. 
 Para dar um exemplo específico, em junho passado, Black Rock, Vanguard Group e State Street Global uniram forças para expulsar um quarto do conselho da Exxon Mobil. 
O grupo estava no caminho de suas prioridades “para salvar o planeta” e substituí-los por ativistas ambientais não foi difícil. Da mesma forma, a Black Rock pressionou empresas como a Home Depot a não doarem para políticos e organizações políticas antiaborto.

Em nome da salvação da Amazônia, “o pulmão do mundo”, novos tiranos emergirão nos próximos anos

A hipocrisia da falsa agenda ESG é ainda maior quando o assunto é a China, um país comandado pelo Partido Comunista Chinês e recheado de bondades, não é mesmo? 
A Black Rock tem sido extremamente otimista com a China. 
No ano passado, recomendou que os investidores triplicassem sua exposição aos ativos chineses, uma medida que provavelmente está direcionando enormes somas de dinheiro para a economia do país. Também lançou recentemente fundos mútuos baseados na China, o primeiro dos quais levantou rapidamente mais de US$ 1 bilhão. 
E a Black Rock não está sozinha, muitas outras empresas de investimento norte-americanas estão se agrupando na China comunista. 
Da mesma forma, as empresas norte-americanas que professam fidelidade aos ideais ESG, como Nike e Apple, dependem de fábricas que em muitos lugares usam mão de obra escrava ou infantil — e cadeias de suprimentos chinesas em um grau perigoso.
 
E como alguém, em sã consciência, pode alegar estar lidando com as “mudanças climáticas” e a “a salvação do planeta” investindo no pior emissor — de longe — de gases de efeito estufa? 
Como um país que explora regiões inteiras em busca de metais raros recebe um fluxo maciço de dinheiro de investidores preocupados com o meio ambiente? 
A China comunista tem sido chamada de “uma catástrofe ambiental” por uma razão — dada a ênfase do regime no crescimento econômico sem fim e sem freios. 
Como uma empresa pode alegar apoiar o progresso social quando essas são as circunstâncias?

Tamanha hipocrisia é estarrecedora, mas também ajuda a apontar para as profundas deficiências do atual sistema ESG. Apesar de todas as suas tentativas de incentivar a ação moral por parte das empresas, o movimento não faz as distinções morais mais importantes de todas: a diferença entre liberdade e tirania, entre uma empresa operando em um mercado livre e uma sujeita a alto grau de controle político e econômico.

Em grande medida, o ESG opera de uma forma que ou assume uma equivalência moral entre países livres e não livres ou que, de fato, aplica padrões diferentes. O nefasto movimento se tornou uma cultura corporativa dos EUA altamente crítica em relação à América, o que sem dúvida está minando o sistema de livre mercado por dentro. Enquanto isso, ao não reconhecer a natureza da China comunista, incentiva empresas e fundos a investirem em um regime que se opõe profundamente ao livre mercado e ao Ocidente. É impossível progredir em questões ambientais, sociais e de governança corporativa quando a liberdade econômica — e a liberdade humana, em geral — é inexistente.

A pandemia talvez tenha apenas mostrado com todas as cores do que o ser humano é capaz pelo poder. Tudo será autorizado para “salvar o planeta”, e, em nome da salvação da Amazônia, “o pulmão do mundo”, novos tiranos emergirão nos próximos anos. Orai e vigiai.

Leia também “Conservadores de araque”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste

 


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Bolsonaro diz que é 'falácia dizer que Amazônia é pulmão do mundo', ataca cacique Raoni e diz que não aumentará reservas - O Globo

Na ONU, Bolsonaro não recua sobre Amazônia: 'Falácia dizer que é patrimônio da humanidade'

Presidente afirmou que Brasil é o país que mais protege o meio ambiente e que não vai aumentar demarcações indígenas:

Na abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro sustentou que é uma "falácia" as visões internacionais de que a floresta amazônica é um patrimônio da humanidade e o pulmão do mundo. [confira aqui, revista FORBES as razões pelas quais a Amazônia não é o pulmão do mundo...... uma delas é 'que ela produz e utiliza a mesma quantidade de oxigênio".] Seguindo a tradição brasileira de ser o primeiro país a falar no encontro, Bolsonaro também destacou que não vai aumentar as áreas indígenas: "Acabou o monopólio do senhor Raoni", afirmou. 
O líder indígena Raoni Metuktire, reconhecido internacionalmente e que recentemente esteve reunido com líderes europeus, como o francês Emmanuel Macron,  também foi alvo de críticas de Bolsonaro no discurso da ONU. Ele foi caracterizado pelo presidente como "peça de manobra":
A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.
— Somos um dos países que mais protegem o meio ambiente, nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental, e ela permanece intocada. — disse o presidente. — É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e o pulmão do mundo. 

ONU: 'Vim apresentar o novo Brasil que ressurge após estar à beira do socialismo', destaca Bolsonaro

 
Na íntegra: Discurso de Bolsonaro na ONU

Bolsonaro criticou, sem citar nomes, líderes que se portaram de forma considerada desrespeitosa em relação ao Brasil:
Um ou outro país se portou de forma desrespeitosa e de forma colonialista em relação ao Brasil. Questionando o que nos é mais sagrado, nossa soberania.
Na véspera, o presidente da França, Emmanuel Macron convidou o consórcio dos estados da Amazônia para reunião sobre futuro da floresta.

Sem mais áreas indígenas
Enquanto falava sobre a situação da floresta amazônica, Bolsonaro afirmou que não vai aumentar as demarcações de áreas indígenas. Segundo ele, os organismos internacionais que pedem o aumento dessas áreas estão interessados nas riquezas minerais. — Hoje, 14% do território brasileiro é demarcado por áreas indígenas. Nossos nativos são seres humanos como cada um de nós, eles querem e merecem usufruir de todos os direitos como nós. O Brasil não vai aumentar para 20% as áreas indígenas.


Bolsonaro destacou a abundância de metais preciosos em áreas infígenas, especialmente as terras Yanomami a Reposa Serra do Sol.
— Nossas reservas indígenas são ricas em ouro, diamante, nióbio e terras raras. Esses territórios são enormes. Isso demonstra que os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio, mas sim com a riqueza e a biodiversidade existentes nessas áreas.

O Globo, Sociedade
 


segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Ongs internacionais financiam o MST - o "exército" de Stédile

Verbas de ONGs da Alemanha e da Noruega iam para o MST ( vídeo abaixo)

Amazônia foi vendida pelos governos anteriores e o dinheiro usado para aparelhar ONGs

Sabe o dinheiro da Alemanha e da Noruega? O líder do MST, João Pedro Stedile, contou, com orgulho, onde e como estava sendo investido: no próprio MST, conforme entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, em junho de 2008.  A realidade é que os governos anteriores já venderam a Amazônia e usaram dinheiro para bancar militância política ou até mesmo colocar no próprio bolso. Agora, Bolsonaro quer fazer valer a soberania brasileira e está encontrando forte resistência, por vários motivos: a questão estratégica do agronegócio, o protecionismo de vários setores da Europa contra o Mercosul, até o controle sobre as riquezas da Amazônia.


 Ongs internacionais financiam o MST

 
Um marco importante dessa operação de venda da Amazônia foi a Eco 92, onde os pressupostos que vinham sendo criados pela ONU desde os anos 70 começaram a sustentar uma tese importante, mas que serviria a fins escusos: o desenvolvimento sustentável. Cem chefes de estado vieram ao Brasil participar do evento, que aconteceu no Rio de Janeiro. Foi ali que começou aquela bobagem de “Amazônia pulmão do mundo”, entre outras. Desde então, começou a chover dinheiro para qualquer projeto que convencesse a população daqui e do mundo que a Amazônia estaria em melhores mãos se tivesse uma gestão internacional. O tema foi alvo de propagandas de TV, produções culturais e ações das mais diversas. A profissão de ambientalista foi fortalecida.


Na época não se falava em globalismo, só em globalização, porque o único ponto vista anti-esquerdista que havia era limitado a uma visão materialista que só se importava com os aspectos econômicos. O interessante é que a esquerda (pelo menos boa parte dela) via a narrativa ambientalista como uma forma dos países desenvolvidos regularem o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos, que ganharam o título de “emergentes” ou “em desenvolvimento”. Mas como não existe esquerdista grátis, aos poucos quase todos foram abraçando as causas “progressistas” patrocinadas pelos mesmos que outrora eram chamados de imperialistas. Até o Stedile.

Ainda nos anos 90, no governo FHC, uma grande parte da Amazônia foi declarada patrimônio da humanidade e o país começou a receber dinheiro internacional para preservar a região. O crescimento no número de ONGs nos últimos anos do tucano foi o maior já registrado. No primeiro ano de Lula, 2003, a área declarada patrimônio da humanidade foi ampliada. Por isso não é coincidência que no período em que houve recorde de queimadas (2003 a 2007) não havia tanto alarde. Afinal, também não existe ambientalista grátis e o dinheiro estava entrando. 
Na educação, a mudança de conteúdo fez com que os pressupostos ecológicos semeados desde a infância passassem a sustentar a idéia de controlar o mercado e a propriedade privada em nome do meio ambiente, quando na verdade isso serve a fins financeiros. É quando os interesses da esquerda e das elites globalistas se encontram. Pode ver que hoje a esquerda do mundo todo é bancada por bilionários.
O estrago na educação foi tão grande que o tema meio ambiente se tornou uma mero gatilho mental que faz muita gente comer fezes se for preciso para salvar ovo de tartaruga enquanto defendem aborto de vidas humanas. O senso de proporções foi destruído, e não será fácil restaurar.

A Verdade Sufocada - Transcrito em 27 agosto 2019