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quinta-feira, 8 de julho de 2021

Prisão de Roberto Dias afugentará depoentes na CPI da Covid

A decisão do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), de prender o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, provocou abalos no G7, grupo de senadores que até aqui joga praticamente fechado. A maioria do grupo foi contra porque considera que outros mentiram e não tiveram o mesmo tratamento, e pode levar a comissão de inquérito a ter problemas para ouvir outras testemunhas.

Aziz quis fazer algo do tipo “que sirva de lição” aos demais. Porém, o receio agora é que outros servidores da Saúde e empresários chamados ao colegiado cheguem com um habeas corpus para evitar que ações desse tipo se repitam. Até aqui, a Justiça tem concedido.

Nem vem/ A ordem no Planalto é “esqueçam as pesquisas de opinião” que apontam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva muito acima de Bolsonaro na corrida presidencial de 2022. A avaliação dos parlamentares bolsonaristas é a de que o petista terá problemas para circular pelo país.

Já estava marcado, mas…/ A visita de Bolsonaro a Porto Alegre, amanhã, com direito a “motociata” no sábado, é vista como uma forma de o presidente tentar segurar o eleitorado gaúcho ao seu lado. Nos bastidores, muitos bolsonaristas dizem que, com o governador Eduardo Leite se colocando na disputa presidencial, todo o cuidado é pouco.

Precursora/ Antes de Bolsonaro desembarcar no Rio Grande do Sul, quem chega é o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o curinga de Bolsonaro. Há quem diga que o “capi”, como o Bolsonaro o chama, pode ser até mesmo um vice na chapa presidencial.

Enquanto isso, nos partidos de centro…/ A senadora Simone Tebet [outra Dilma? assim, o Brasil não aguenta.] (MDB-MS) começa a ser vista como uma opção para colocar na roda de 2022 uma candidatura pelos partidos de centro. Ela tem sido destaque na CPI da Covid e também no plenário da Casa.

Blog da Denise - Correio Braziliense 

 

domingo, 15 de março de 2015

Dilma, uma presidente acuada

Sem força na economia, na política e, agora, nas ruas, Dilma Rousseff vive seu pior momento na presidência - e parece apoplética, sem saber como sair dele

O governo acredita que os protestos recentes não são isolados, mas o início de um movimento 

Dilma despreza tanto os nordestinos (que, devido as bolsas, são os principais eleitores dela) que declarou, em reunião ministerial, que o bairro de Aldeota - bairro nobre de Fortaleza, Ceará - fica no Recife, Pernambuco.

Ronald Reagan - presidente dos Estados Unidos e grande estadista - tinha desapreço semelhante  pelo Brasil, tanto que falando sobre Brasília, em Buenos Aires, disse ser Brasília capital da Bolívia.  Mas, Ronald Reagan fazer tal confusão foi algo normal, até mesmo por não ser brasileiro, Dilma, que se diz brasileira e está presidente do Brasil, mostra o quanto ela está desorientada.

A presidente Dilma Rousseff não estava muito confortável naquele momento da conversa com líderes de partidos aliados, ao final da tarde da última segunda-feira. Sentada à frente de uma mesa grande, no Palácio do Planalto, Dilma dizia que os protestos ocorridos durante seu pronunciamento de 15 minutos em cadeia de rádio e TV, na noite anterior, haviam sido “uma coisa concentrada em alguns bairros” de São Paulo, referindo-se a  locais de classe média alta. Acrescentou que, em Brasília, os protestos ocorreram “no Sudoeste e em Águas Claras”, também bairros de classe média. “Em Recife foi só na Aldeota (outro bairro nobre)”, disse. “Aldeota é em Fortaleza, presidenta”, corrigiu o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. Dilma foi então interrompida por um novato nesses encontros, o senador Omar Aziz, do PSD, ex-governador do Amazonas. “Presidenta, no domingo não vai ser assim...”, disse Aziz. Um novato permitia-se contradizer a presidente da República. Aziz prosseguiu: “Eu queria prestar minha solidariedade à senhora porque envolveram a senhora neste roubo na Petrobras, que é o maior roubo da história do Brasil. É uma vergonha fazerem isso com a senhora”. Constrangida e sem paciência, Dilma admoestou Aziz: “Governador (na verdade, Aziz agora é senador), o senhor está equivocado”.


 
 
 
 
 
 
A conversa estava tensa. Em outro momento, Dilma alertou os líderes: “Nós temos de ter cuidado porque a política está muito criminalizada”. Parecia o ex-presidente Lula falando. Ele usa esse argumento sempre que um companheiro é acusado de corrupção. Em tempos de petrolão, é quase todo dia. Dilma, então, narrou os dissabores de quem vive sob a ameaça das vaias dos contribuintes que povoam as ruas do Brasil e enxergam a criminalização na política. Contou aos parlamentares o caso da ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster, sua amiga, que deixou o cargo em fevereiro após uma temporada exposta pelas investigações do petrolão. “Ela não pode sair de casa nem para ir à padaria”, disse Dilma. Graça vive hoje uma vida de aposentada no Rio de Janeiro, mas não tem sossego.

Omar Aziz é um político engraçado, um piadista que usa palavrões para descontrair a conversa e não se prende às mesuras do mundo político. Faria sucesso em reuniões com Lula. Entretanto, o fato de ele e outros terem tido abertura para dizer tanto a Dilma é sinal de que o governo enfrenta tempos difíceis. Sempre avessa a políticos, para seus padrões Dilma já fazia uma grande concessão ao recebê-los; sujeitar-se a ouvir conselhos beirava o inaceitável. Na semana passada, ouviu muitos. “A senhora tem de dialogar com o Congresso, o diálogo está obliterado”, disse o senador Fernando Collor, do PTB, um dos participantes. Collor, quanta ironia, serve às analogias políticas mais simplistas com Dilma: ignorava o diálogo com o Congresso e foi alvo de maciços protestos populares em 1992 – até sofrer o impeachment. “A senhora tem de ter humildade de pedir desculpas pelos seus erros”, disse. Que cena.

Dilma só se sujeitou às perorações dos políticos porque precisa deles para atravessar seu momento mais difícil na Presidência da República. A semana passada foi, provavelmente, a mais tormentosa de seu governo, ameaçado por uma crise econômica grave e uma inoperância política de grandes proporções. Dilma foi acuada por vaias ao visitar uma feira de construção em São Paulo que nem estava aberta ao público. Contrariada e com semblante tenso, discursou para uma plateia semivazia. Comparecer ao evento era parte de uma estratégia traçada há um mês, para tentar recuperar a popularidade de Dilma, em queda livre desde a reeleição. Mas o cenário mudou rapidamente. No final da semana, Dilma cancelou a visita que faria a um evento em Belo Horizonte. O governo afirma que mudou os planos não por medo de vaias, mas porque a mãe da presidente, Dilma Jane, de 90 anos, não passava bem.


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