Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A decisão do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM),
de prender o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da
Saúde, Roberto Ferreira Dias, provocou abalos no G7, grupo de senadores
que até aqui joga praticamente fechado. A maioria do grupo foi contra
porque considera que outros mentiram e não tiveram o mesmo tratamento, e
pode levar a comissão de inquérito a ter problemas para ouvir outras
testemunhas.
Aziz quis fazer algo do tipo “que sirva de lição” aos demais. Porém, o
receio agora é que outros servidores da Saúde e empresários chamados ao
colegiado cheguem com umhabeas corpus para evitar que ações desse tipo se repitam. Até aqui, a Justiça tem concedido.
Nem vem/ A ordem no Planalto é “esqueçam as
pesquisas de opinião” que apontam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva muito acima de Bolsonaro na corrida presidencial de 2022. A
avaliação dos parlamentares bolsonaristas é a de que o petista terá
problemas para circular pelo país.
Já estava marcado, mas…/ A visita de Bolsonaro a
Porto Alegre, amanhã, com direito a “motociata” no sábado, é vista como
uma forma de o presidente tentar segurar o eleitorado gaúcho ao seu
lado. Nos bastidores, muitos bolsonaristas dizem que, com o governador
Eduardo Leite se colocando na disputa presidencial, todo o cuidado é
pouco.
Precursora/ Antes de Bolsonaro desembarcar no Rio
Grande do Sul, quem chega é o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de
Freitas, o curinga de Bolsonaro. Há quem diga que o “capi”, como o
Bolsonaro o chama, pode ser até mesmo um vice na chapa presidencial.
Enquanto isso, nos partidos de centro…/ A senadora
Simone Tebet [outra Dilma? assim, o Brasil não aguenta.] (MDB-MS) começa a ser vista como uma opção para colocar na
roda de 2022 uma candidatura pelos partidos de centro. Ela tem sido
destaque na CPI da Covid e também no plenário da Casa.
“A preocupação de Bolsonaro era acabar com os boatos de
que Paulo Guedes estaria desembarcando da equipe, em razão das
divergências com os militares”
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),jogou um
balde de água fria nas articulações para dar inícioa um processo de
impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o que depende dele. Uma de
suas atribuições é aceitar ou arquivar, monocraticamente, os pedidos de
impeachment. “Processos de impeachment e possibilidade de CPIs precisam
ser pensadas e refletidas com muito cuidado. Acredito que o papel da
Câmara dos Deputados neste momento, nos próximos dias, é que a gente
volte a debater, de forma específica, a questão do enfrentamento ao
coronavírus”, afirmou, em entrevista coletiva na Câmara. Nesta semana,
acaba o seu prazo de 10 dias para informar ao ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Celso de Mello sobre os pedidos que já chegaram à
Câmara, que acusam Bolsonaro de crime de responsabilidade, tanto na
demissão de Moro como na postura diante da epidemia de coronavírus. A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar as
denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre tentativas de
interferências indevidas de Bolsonaro na Polícia Federal (PF) está no
telhado. Segundo o ex-ministro, Bolsonaro queria informações sobre
inquéritos policiais e relatórios de inteligência, o que não foi aceito
pelo ex-juiz da Lava-Jato, que se demitiu da pasta fazendo muito
barulho. Nos bastidores da Câmara, a coleta de assinaturas para a
instalação da CPMI já foi iniciada, mas há resistências de parte do
Centrão e dos deputados bolsonaristas. Maia mantém distância
regulamentar da mobilização, não quer tomar partido. Bolsonaro, ontem, também tratou de esvaziar a crise. Continua
decidido a nomear o delegado Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência
Brasileira de Informações (Abin), para a diretoria-geral da Polícia
Federal, no lugar de Maurício Valeixo, que foi exonerado à revelia de
Moro. Entretanto, a indicação do ministro Jorge Oliveira,
secretário-geral da Presidência, para o cargo de ministro da Justiça
também estava no telhado. A mobilização contra as duas indicações,
devido a ligações pessoais de ambos com os filhos do presidente da
República, parece ter levado Bolsonaro a avaliar melhor a situação.
Oliveira também estaria reticente sobre mudar de posto. Não será
surpresa se Bolsonaro indicar outro nome para a pasta, com maior
trânsito junto aos tribunais superiores, no caso o ministro André
Mendonça, da Advocacia-geral da União (AGU) A preocupação de Bolsonaro era acabar com os boatos de que o ministro
da Economia, Paulo Guedes, estaria desembarcando da equipe, em razão
das divergências com os militares do Palácio do Planalto, que
apresentaram um plano de retomada da economia que não passou por seu
crivo. Em entrevista coletiva, Bolsonaro garantiu que Guedes continua
dando a linha da política econômica para todo o governo. “Acabei mais
uma reunião, aqui, tratando de economia. E o homem que decide a economia
no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá
recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, disse. Centrão
Ao lado de Bolsonaro, Guedes afirmou que o governo segue firme em sua
política econômica de responsabilidade fiscal e garantiu que os gastos
públicos extraordinários feitos em decorrência da crise do coronavírus
são uma “exceção” na condução da política econômica. “Queremos reafirmar
a todos que acreditam na política econômica que ela segue, é a mesma
política econômica”, ressaltou Guedes. Estavam na entrevista o ministro
da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, um dos autores do Plano
Pró-Brasil; o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que
muitos veem como alternativa para a Economia, e a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, que sofre um ataque especulativo da ala
ideológica do governo e dos ruralistas ligados ao Centrão, que a acusam
de ser aliada da China. As negociações para articular uma base mais robusta para Bolsonaro, a
cargo do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, vão de
vento em popa. Roberto Jefferson (PTB), Valdemar da Costa Neto (PR),
Ciro Nogueira (PP) e Gilberto Kassab (PSD), os caciques do Centrão,
querem garantir a presidência da Câmara, na sucessão de Rodrigo Maia
(DEM-RJ), para o deputado Arthur Lira (PP-AL), com apoio do Palácio do
Planalto. O Banco do Nordeste, a Funasa, o DNOS, o FNDE e o Porto de
Santos estão no balaio do “é dando que se recebe”, mas Kassab pleiteia
também o Ministério da Agricultura. Em troca, Bolsonaro estaria blindado
contra qualquer tentativa de impeachment. Ou seja, a operação política do Palácio do Planalto avançou no
Congresso, amainando a crise política. A postura cautelosa de Rodrigo
Maia e o silêncio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que
estão jogando juntos, refletem isso. Em contraste com a calmaria
política, porém, a epidemia de coronavírus avança, com o ministro da
Saúde, Nelson Teich, ainda “estudando os dados” de sua propagação,
enquanto o novo secretário executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, critica a imprensa(que não levaria em conta a diversidade do país) e
fala em “planejamento centralizado” num sistema tripartite — União,
estados e municípios —, onde qualquer planejamento bem-sucedido precisa
ser situacional e participativo.Já são 4.543 mortes,338 mortes a mais
do que no domingo, com 66.501 casos confirmados, ou seja, 4.613 casos a
mais. Foram mais 1.802 mortes em apenas uma semana, e o general reclama
da imprensa porque noticia o avanço da epidemia. Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo,jornalista - Correio Braziliense
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, garantiu que
a paralisação dos caminhoneiros, prevista para o próximo dia 16 de
dezembro, não vai acontece, e a resolução do Ciot vai ser publicada na
semana que vem, prometeu
“Não vai ter greve. Não vai ter greve”, reiterou. Ele é quem mais
dialoga com a categoria, hoje, no país, disse. “Nós abrimos as portas do
ministério para o diálogo, tornamos o Fórum dos caminhoneiros efetivo e
conversamos muito com lideranças do Brasil inteiro. O que a gente tem
são alguns atos isolado, que não vão ter repercussão, não vão
reverberar”, disse Freitas. Ele prometeu, ainda, que a resolução do
Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot) que deveria ter
sido reeditada até essa quarta-feira (11), será publicada na semana que
vem. Enquanto o ministro fazia essas declarações durante a entrega da
primeira fase da obra do aeroporto de Salvador, os caminhoneiros
conquistavam mais uma importante aliança para a greve.
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga
(Sinditac), Carlos Alberto Litti Dahmer, uma das principais lideranças
da greve de 2017 um dos que ainda acreditava no presidente Jair
Bolsonaro, agora quer cruzar os braços. Ele explicou que tem poucas
esperanças de que a resolução do Ciot seja mesmo reeditada. “Estava
prevista para entrar em vigor nessa quarta-feira (11), assim como a
multa de R$ 5 mil para quem burlasse o sistema. Isso consolidaria o piso
mínimo do frete, mas infelizmente não aconteceu. Governo descumpriu
novamente”, cita Litti. Para Tarcísio Freitas, a maior parte da categoria está acreditando,
com muita maturidade, no diálogo. “Eu até faço meu agradecimento. A
gente sabe da situação difícil dos caminhoneiros, mas eles têm tido toda
a paciência para esperar que as ações que estão sendo tomadas tenham
efetividade. Então, eu presto a eles a minha justa “, disse o ministro.
Ele definiu os caminhoneiros como uma classe de trabalhadores guerreiros
que leva o Brasil nas costas e que têm sabido, no entanto, com muita
altivez e sabedoria, aguardar o desfecho dos diálogos e das negociações.
Para tornar a atividade desses profissionais melhor, uma série de
medidas estão sendo tomadas, destacou Freitas. Entre elas, segundo o ministro da Infraestrutura, “a resolução para
tratar do código de operações (Ciot), vai ser publicada na semana que
vem”, garantiu. “Estamos revendo a questão da pesagem para torna-la mais
justa. Esse ano, tivemos a edição do cartão Petrobras, estamos
trabalhando com o cartão saúde do caminhoneiro com Sest/Senat, as
rodovias agora têm postos de parada. Foram muitos avanços nessa agenda. E
esses avanços são reconhecidos pela maior parte da categoria. Então, é
daí que nasce a minha convicção – e da conversa constante, diuturna, com
grande parte da categoria – de que não vai ter greve”, enfatizou
Freitas. Pautas
Outras reivindicações dos caminhoneiros são a redução do preço do
óleo diesel, da gasolina e do preço do gás de cozinha e em defesa das
refinarias de petróleo. Em vigência desde 2011, o Código Identificador
da Operação de Transportes (Ciot) foi criado para combater as
ineficientes e injustas formas de pagamento de frete aos motoristas de
transporte de cargas, como a carta frete. Desde a publicação da
Resolução nº 3658 de 19/04/2011, o governo pôs em prática uma série de
regras que garantem os direitos dos transportadores autônomos e
equiparados.
O CIOT é feio por cadastramento da operação de transporte no sistema
da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A principal
utilidade é regulamentar o pagamento do frete ao prestador do serviço de
transporte. Por isso, o número único deve constar no Contrato de
Transporte, no CTe ou ainda no MDFe. A resolução estava prevista para
entrar em vigor nesta quarta-feira (11), mas o governo federal não
cumpriu. Blog do Servidor - Correio Braziliense
Bolsonaro tomou café da
manhã com os presidentes dos outros Poderes e todos decidiram apoiar uma
agenda pelas reformas. Isso até uma nova troca de insultos
PorCarlos Brickmann
Não, eles não eram maioria: mas havia, entre os
bolsonaristas que foram às ruas, estridentes grupos radicais, que pediam
o fechamento do Congresso e do Supremo e insultavam Rodrigo Maia, o
articulador das reformas. Bolsonaro elogiou os manifestantes. E qual foi
a consequência de tudo? O amor é lindo: o presidente Bolsonaro tomou café da manhã com
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, Dias Toffoli, presidente do STF,
David Alcolumbre, presidente do Senado, e todos decidiram apoiar uma
agenda conjunta pelas reformas. Maravilha: concórdia, em nome dos
superiores interesses do Brasil (e válida até que ocorra nova troca de
insultos).
Mas que concórdia é essa? Um ministro do Supremo, a quem cabe julgar a
constitucionalidade do que é votado, não pode fingir que não viu nada
de ilegal, se ilegalidade houver. Ou seja, só apoia por apoiar. A Câmara
aprovou a medida provisória que reduziu o número de ministérios de 29
para 22, e manteve o Coaf com Guedes, não com Moro. Bolsonaro se
conformou (se o Senado mudar algo, a MP tem de voltar à Câmara, e talvez
não haja tempo de votá-la até dia 3, quando expira e voltam a existir
29 ministérios). Mas o líder de Bolsonaro no Senado quer o Coaf na
Justiça, e luta para mudar a MP. Ministro de Bolsonaro, Moro também quer
que a MP mude. E ninguém se entende. Alcolumbre não fala, mas presta
muita atenção. Traduzindo, eles concordam apenas em concordar. Talvez
funcione. E seja o que Deus quiser.
Centrão sem centrão
Diante das críticas dos manifestantes ao Centrão, visto como
interessado só na Oração de São Francisco (“é dando que se recebe; é
perdoando que se é perdoado”),Rodrigo Maia, mais Centrão impossível,
convidou deputados para formar uma frente suprapartidária, deixando o
Centrão de lado. Entram na lista desde Kim Kataguiri e Pedro Lupion, do
DEM, até Sílvio Costa, do PRB, partido de Valdemar Costa Neto, e Tábata
Amaral, a musa do pessoal de primeiro mandato, do PDT de Ciro Gomes.
Objetivo: montar uma agenda positiva, seja lá isso o que for. Ou, mais
simples, lutar pelas reformas, ao lado da equipe econômica, que se
reunirá frequentemente com eles. A ver.
(...)
Visão de futuro
De acordo com a pesquisa, se a reforma da Previdência não for
aprovada, a Bolsa cairá 20%, para 75 mil pontos, e o dólar subirá 12%,
para R$ 4,50. Se a reforma trouxer metade da economia proposta, a Bolsa
subirá 7%, para 100 mil pontos, e o dólar ficará em R$ 3,90.Caso a
reforma proposta pelo Governo passe integralmente, a Bolsa subirá 28%,
para 120 mil pontos, e o câmbio irá para R$ 3,60 por dólar. Espera-se
que, em quatro anos, a venda de ativos do Governo, no processo de
privatização, atinja R$ 300 bilhões.
Aliados, mas desafetos
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, tem um
esporte favorito: falar mal do diretor-geral da Agência Nacional de
Transportes Terrestres, Mário Rodrigues, de quem é desafeto. Diz
insistentemente que a ANTT está fragilizada por ter seu diretor citado
em delação premiada, o que é ruim para a imagem e a credibilidade da
agência. Pois é: quando era subordinado ao ministro Moreira Franco,
igualmente citado em delações, Tarcísio não se preocupava ─ tanto que
não pediu para sair. Mas agora, para se livrar do desafeto, pensa até em
mudar a estrutura do Ministério, fundindo a ANTT com a Antaq, Agência
Nacional de Transporte Aquaviário.
O atual Governo parece copiar o PSDB, um partido de amigos composto
100% por inimigos. Os aliados do presidente querem exclusividade: não
conseguem admitir a existência de outros aliados e os combatem com
fervor.
Enquanto o governo patina no desenvolvimento de projetos e segue desarticulado no Congresso para a aceleração das reformas, a caserna trabalha sem alarde e faz a diferença
Os modos lhanos do hoje ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, encantava a todos em seu entorno, desde o período de transição do governo. Dono de um rosto afável, um sorriso amigável e um semblante sereno, não deixava de cumprimentar um a um ao desembarcar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo provisório em Brasília. A imagem contrastava com aquela tradicionalmente exibida por milicos de altíssimo coturno dos tempos da ditadura, não raro sisuda, casmurra e irascível. A ponto de seguranças e servidores do local questionarem: “Ele é mesmo um general?”. Heleno é um dos símbolos da nova safra de generais que ascendeu ao poder a partir da eleição de Jair Bolsonaro. Não só devido ao jeitão despojado, aparentemente informal, pela educação quase suíça ou pela gentileza dispensada a quem o rodeia.
ADNILTON FARIAS
O general –atualmente um dos principais conselheiros de Bolsonaro, papel que no passado foi exercido por Golbery do Couto e Silva, influente mentor dos presidentes militares durante décadas – vem de uma linhagem de integrantes das Forças Armadas democráticos por excelência para os quais os projetos destinados a desenvolver o País devem pairar muito acima de ideologias de ocasião. Augusto Heleno não constitui um caso isolado – muito pelo contrário. Outros militares nomeados para cargos estratégicos do governo Bolsonaro se destacam como vozes eloqüentes de sensatez, equilíbrio e serenidade, quando tudo parece degenerar em caos. Hoje, estima-se que aproximadamente 120 membros da caserna integrem o governo no primeiro, segundo e terceiros escalões. Enquanto, em diversas ocasiões, a gestão se perde em discussões estéreis, enfileirando crises e mais crises sem necessidade, os militares trabalham.
“Palavra” tem sido o principal trunfo de outro general, o vice-presidente Hamilton Mourão – hoje imbuído de um papel moderador. O seu trabalho de mediar crises no governo tem se destacado tanto que ele chegou a desconfiar que o presidente monitorava seus passos, instalando escutas no gabinete no Planalto. Não à toa. Afinal, Mourão tem feito uma coisa que Bolsonaro não faz: dialogar com os políticos de todas as correntes, procurando adeptos aos projetos do governo, sobretudo para a aprovação da reforma da Previdência. A desenvoltura no trabalho do vice-presidente é fruto da experiência que ele adquiriu em 47 anos de Exército, o que, para ele, tem feito a diferença na atual gestão. “Todos nós (generais) somos administradores. Desde o primeiro momento em que a gente entra na carreira”, disse Mourão à ISTOÉ. “Além disso, a gente trabalha com organização. Por exemplo, os generais já comandaram um batalhão, uma brigada ou uma divisão, com muita gente sob seu comando. Então, obviamente, isso dá uma bagagem grande quando chegamos à administração pública”, complementou.
Fim dos ruídos Um dos maiores problemas do governo Bolsonaro tem sido exatamente o da falta de comunicação ou ruídos na interlocução tanto com a sociedade civil, como com a classe política. Pois bem. O cenário está mudando graças ao general Otávio Rêgo Barros, porta-voz da Presidência. Depois dos tropeços no começo do governo, Bolsonaro chamou Rêgo Barros para resolver o fosso existente entre ele e a mídia, principalmente. E a comunicação do governo realmente melhorou de forma clara e indiscutível nos últimos meses. O porta-voz é o homem responsável pelos discursos mais moderados do presidente e por corrigir vários embaraços causados pelo próprio mandatário. Mais recentemente, Barros passou a organizar cafés da manhã com jornalistas, o que tem aproximado o presidente da imprensa. Sempre gentil e disposto a colaborar com os jornalistas, o ex-coordenador de Comunicação do Exército tem tentado mostrar à cúpula do governo que é importante saber conviver com as críticas da mídia – parte integrante do jogo democrático.
A melhoria na articulação do governo advém também da figura do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo. Hoje, vários parlamentares admitem que preferem conversar diretamente com Santos Cruz do que dialogar com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, justamente pelo fato de que o general é considerado mais acessível e maleável. Tem sido de responsabilidade de Cruz também a organização da comunicação institucional do governo Bolsonaro, o que tem lhe provocado alguns dissabores. Até porque, tem contrariado alguns interesses. O general, por exemplo, resolveu auditar todos os contratos de propaganda assinados durante o governo do PT, que vigoraram até o governo Michel Temer (MDB). Ele acredita que possam estar eivados de vícios e vantagens indevidas. Ele quer promover a revisão de contratos antes de efetivar novas contratações. Tudo, segundo ele, “para evitar o desperdício de dinheiro público”. Filosofias como essas têm contribuído para mudar paulatinamente o olhar da sociedade sobre os militares: de ditadores brutais para gestores racionais e, acima de tudo, competentes.
No início do governo, o vice-presidente e general Hamilton Mourão pediu ao presidente Jair Bolsonaro que ele tivesse uma função preponderante no governo, para que não ficasse como mera figura decorativa. Ele queria ser uma espécie de supervisor das ações de todos os ministros na Esplanada, mas acabou se sentindo escanteado. Por isso, criou uma agenda própria. Passou a dialogar tanto com políticos da direita, quanto da esquerda, abrindo uma janela de diálogo mais ampla que a do próprio presidente. Assim, Mourão se transformou no contraponto pragmático do governo, ajudando a estreitar relações com parceiros comerciais históricos como os países árabes e a China, regiões com as quais Bolsonaro criou atrito por conta, sobretudo, da tentativa de transferir a embaixada brasileira de Israel para Jerusalém.
O CONSELHEIRO General Augusto Heleno: ministro do Gabinete de Segurança Institucional
É tido como o principal conselheiro do presidente. Com um estilo calmo e conciliador, vem atuando como bombeiro em várias crises provocadas por integrantes do próprio governo, principalmente a decorrente do episódio das investidas públicas do ideólogo Olavo de Carvalho e dos filhos do presidente contra militares. Lhano no trato, ele é visto por todos como a voz mais ponderada do Palácio do Planalto.
O EMPREITEIRO
O capitão Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura,
por exemplo, é o responsável pelas melhores notícias do governo
Bolsonaro até o momento. Ex-chefe do setor técnico da Companhia de
Engenharia do Brasil na Missão de Paz da Organização das Nações Unidas
(ONU) no Haiti, entre 2005 e 2006, Tarcísio comandou o processo de
concessão de 12 aeroportos, que gerou R$ 2,3 bilhões para os cofres
públicos. A expectativa é que no ano que vem outros 22 venham a ser
privatizados, com o ingresso de mais recursos para o caixa do governo.
O processo de concessão de aeroportos resultou em um ágio de aproximadamente 1.000%
e a expectativa é que os aeroportos do Recife, João Pessoa, Vitória e
Cuiabá comecem a melhorar já nos próximos meses. Além disso, foi ele
quem desenvolveu o projeto de concessão da ferrovia Norte-Sul, travado
desde os tempos do governo Sarney. Com ela, o governo federal obteve R$
2,7 bilhões, com um ágio de 100%. Virou o ministro que destrava
projetos, mas não só. Foi ele quem, por meio do plano de recuperações de
rodovias, prevendo investimentos da ordem de R$ 2 bilhões, motivou o arrefecimento do movimento grevista dos caminhoneiros previsto para o início deste mês. Confiando na palavra do ministro, eles recuaram.
Considerado um dos ministros mais competentes do governo Bolsonaro, o capitão Tarcísio de Freitas tem como principal característica a efetividade do trabalho. A infraestrutura é a pasta de onde estão vindo as principais notícias positivas do governo, com a concessão de 12 aeroportos e a recuperação e reestruturação de rodovias importantes como a BR-163 até Miritituba e a BR-135 (no Maranhão), parada desde o governo Dilma. O ministro destravou também outros leilões de privatizações, como a venda de seis áreas portuárias no Pará, assinou oito contratos de adesão de Terminais de Uso Privado (TUPs) para ampliar a movimentação de cargas em portos, e agilizou outros dois leilões de arrendamento dos Portos de Santos (SP) e Itaqui (MA), tudo para facilitar a concessão da ferrovia Norte-Sul.
O ARTICULADOR General Santos Cruz: ministro da Secretaria de Governo Metódico e direto, o ministro Carlos Alberto Santos Cruz, da Secretaria de Governo, é o grande personagem da articulação política do governo Bolsonaro, avocando para si funções do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Para a tramitação da Reforma da Previdência, por exemplo, Santos Cruz montou um núcleo de acompanhamento político e organizou uma lista de 25 deputados federais que o tem auxiliado na função. Foi ele quem ajudou o PSL a indicar nomes para fazer parte da tropa de choque em defesa do Planalto na Comissão Especial na Câmara. Nos bastidores, é visto como um dos ministros que mais trabalham. Em geral, é o primeiro que chega e último que deixa o Palácio do Planalto. Também tem comandado com pulso firme a comunicação, desautorizando o repasse de verbas publicitárias a blogs, alguns deles alinhados, inclusive, ao bolsonarismo, o que irritou o filho do presidente, o vereador Carlos
O COMUNICADOR General Rêgo Barros: porta-voz da presidência
Se dependesse exclusivamente do general Otávio Rêgo Barros, porta-voz da presidência, o governo não teria entrado nem em 10% das enrascadas provocadas por erros de comunicação. Graças a ele, houve melhorias no diálogo do presidente com a imprensa a partir do final de janeiro. E é ele o responsável por amenizar confusões provocadas pelo governo. Militar formado na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), tem como especialidade o gerenciamento de crises. Indicado pelo general Augusto Heleno, é considerado dentro do núcleo militar como um dos melhores quadros da caserna. Também é respeitado pela ala ideológica do governo, justamente por não emitir opiniões sem antes combiná-las com o presidente Bolsonaro. Prestigiado, passou a integrar o primeiro-time de conselheiros palacianos. Ultimamente, é ele quem dá a tônica moderada das notas oficiais lidas em nome do presidente da República.
Segundo o ministro
da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a categoria pede pouco e o
governo dará o que tem de dar: manutenção e estradas seguras
“Não se trata de ficar refém. Absolutamente. O que eles estão
pedindo? Tão pouco. Querem condição de estrada boa. Temos que prover
isso. Querem poder descansar em um lugar onde tenham segurança. Podemos
prover isso com facilidade. O custa atender esse pleito. É vontade? A
gente tem essa vontade”, destacou Freitas.
[senhor ministro da Infraestrutura, o senhor está sendo considerado a ILHA DE EXCELÊNCIA entre todos os ministros do atual governo, por favor não destrua esse conceito.
O problema das autoridades serem coniventes a que o governo aceite as exigências dos caminhoneiros é que nas primeiras eles chegam arrodeando, cabeça baixa, choramingando, pedindo quase nada e são atendidos;
na próxima já pedem mais, são mais enfáticos e levam;
na terceira já chegam liderando,falando grosso e conseguem.
Ministro, o governo não pode ser refém de nenhuma categoria.
Um exemplo: tem uns 20 anos que os rodoviários do DF não perdem um pleito de reajuste, de aumento de beneficios.
E começaram humildes, pedindo menos do que o governo achava que mereciam; hoje já não pedem, determinam. Fazem duas ou três paralisações relâmpagos, para demonstrar força e dizem o que querem.
O governo, - por enquanto o do DF e o da maioria dos estados se acovardam, cedem - esperamos que o federal não passe a fazer parte desse grupo.; Nos estados os negociadores do governo já entram procurando um local mais mais macio para se ajoelhar;
A Justiça trabalhista manda voltar,
declara a greve ilegal, manda rodar um percentual da frota, e estabelece uma
multa diária caso não seja obedecida – NÃO É OBEDECIDA e NUNCA ESTA MULTA É
PAGA.
Com os caminhoneiros vai ser bem pior. As multas que o Temer diz ter mandado
aplicar, não foram aplicadas e caso tenham sido, não foram pagas, não estão sendo cobradas
nem irão para a dividida ativa.
Jogue duro – apreenda carros em
condições irregulares e só libere se e quando as multas forem pagar (inclusive
diárias de depósitos) Multas mais severas para empresas que
dêem apoio aos caminhoneiros o que caracteriza lockout – crime, com prisão para os proprietários das empresas.
Caminhoneiros tem dívidas com bancos, prestações altas, e se não rodarem não pagam as dívidas e os bancos tomam os veículos.
Além do aperto geral nos caminhoneiros e maus empresários procure se esforçar, ainda que com financiamento a longo prazo e invista no crescimento da malha ferroviária.
Basta pensar quantas dezenas de caminhõesm simples comboio ferroviário substitui - oferecendo rodovias mais livres, menos acidentes, menos poluição, menos rodoviários fazendo chantagem, menor número de empresas transportadoras.
Os grandes países priorizam o transporte ferroviário, só aqui no Brasil é que cada governo que assume, tem o compromisso secreto de desativar alguns milhares de quilômetros de vias férreas - se é que ainda existe quilômetros.
Presidente Bolsonaro, não passe a história como o primeiro presidente brasileiro a ficar de quatro e colocar o Brasil de quatro diante dos chantagistas chamados caminhoneiros.
Jogue duro, os interesses do Brasil estão acima de todos os outros. ]
Segundo ele, as coisas estão sendo feitas com diálogo e método.
“Sem chantagem, nada disso. Acho que ficamos absolutamente tranquilos
para dar os primeiros passos. Outros serão dados e não vamos descansar
enquanto não melhorarmos muito a vida do transportador autônomo. Esses
caras movimentam a riqueza do país. É justo que trabalhemos por eles
também”, ressaltou.
O ministro-chefe da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni disse que o governo está enfrentando problemas que
foram construídos ao longo das últimas cinco décadas. “Tarcísio criou o
fórum e levou tempo para que o diálogo se aprofundasse e a confiança
mútua se estabelecesse. Foi possível estabelecer uma ordem ao longo
desse diálogo. Nesta sequência de pedidos da categoria, estamos
atendendo praticamente 80% a 90% dos gargalos da atividade
deles”,destacou.