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sábado, 8 de maio de 2021

Só no Brasil, cujas autoridades nos expõe ao ridículo, é que a Polícia é acusada de uma chacina em que a primeira vítima foi um policial

Reduzir letalidade da polícia precisa ser meta no Rio 

Por mais legítimos que sejam os objetivos de uma incursão policial, ela inevitavelmente é posta em xeque quando resulta na morte de 28 pessoas. Foi o que aconteceu com a operação Exceptis, realizada quinta-feira pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) na comunidade do Jacarezinho, reduto da maior facção criminosa do Rio de Janeiro. [a policia assegura, até agora sem ser contestada com fatos, que foram abatidos 27 bandidos e tombou um policial - uma chacina realizada pela polícia, mas, cuja primeira vítima foi um policial.
Ações desse tipo precisam ser repetidas - os mandado de prisão expedidos pela Justiça precisam ser cumpridos   e cumprir mandado de prisão em uma favela exige uma verdadeira operação de guerra, que a polícia não pode perder. 
Ações dessa natureza, precisam ser repetidas, em pequeno intervalo de tempo, já que são essenciais para quebrar a teimosia dos que insistem em apoiar que favela é lugar para bandido se esconder.
 
Não se discute o objetivo da operação. Pelo que se divulgou, a intenção era cumprir mandados de prisão contra criminosos que aliciam crianças e adolescentes para o tráfico, sequestram trens da SuperVia, agem como grupos terroristas e impõem o terror na comunidade. [no pensar dos pró bandidos discutir objetivo da operação para que?o que importa é impedir o trabalho da polícia, dificultar ao máximo o acesso as áreas em que os criminosos se escondem.]  É dever do Estado proteger os cidadãos e combater essas organizações que há muito usurparam o poder constituído, afrontando o Estado democrático de direito. 
 
[a polícia mata quando é necessário; quem reage a uma abordagem policial - seja no Brasil, Estados Unidos, Portugal, Reino Unido, etc - sabe que está autorizando, tacitamente, a polícia a usar a força necessária.
É fácil propor reduzir a letalidade da polícia - especialmente por bandido morto não ser do interesse da turma dos 'direitos dos manos' - eles se regozijam quando quem tomba é um policial que está cumprindo seu dever. Não podemos esquecer que o primeiro a tombar na suposta chacina da favela do Jacarezinho foi um policial - alvejado covardemente por um bandido em cima de uma laje. Com certeza o bandido estava lá autorizado pelo morador. 
O Brasil, e os brasileiros, precisam criar dignidade, e responder aos gringos que querem se intrometer em nossos ASSUNTOS INTERNOS - somos, apesar do desejo em contrário de muitos maus brasileiros, uma NAÇÃO SOBERANA - ]  com,  no mínimo,  uma solene banana, acompanhada por um sonoro e DAÍ.]

O que se pode discutir é a forma de alcançar o objetivo. As cenas observadas ao longo de quinta-feira sugerem que faltou um mínimo de inteligência e planejamento, fundamentais para que uma operação seja bem-sucedida e que se reduza o número de vítimas. O que se viu no Jacarezinho, ao contrário, foi um tiroteio insano, que matou 28 pessoas, expôs a população da comunidade, os próprios policiais um deles morreu atingido por um tiro na cabeça e pessoas que nada tinham a ver com a situação, como os dois passageiros do metrô baleados num vagão e um morador ferido dentro de casa. Não é preciso ser especialista em segurança pública para perceber que há algo de errado em tudo isso. A ação precisa ser investigada com independência, para que se esclareça se as vítimas foram executadas, como alegam moradores.

A ação fica ainda mais exposta quando se sabe que uma liminar do ministro Edson Fachin, do STF, restringiu em 2020 as operações em comunidades do Rio durante a pandemia. [enquanto uma decisão liminar tiver poderes para impedir que a polícia trabalhe, os bandidos vão se sentir mais fortes, mais policiais e trabalhadores morrerão.

Cumprir mandado de prisão em favelas do Rio é bem mais dificil do que prender deputado boquirroto. Os bandidos contam com o apoio dos moradores das favelas,  - uns apoiam por simpatia, mas a maioria apoia por temer retaliações  - da topografia do local e outros fatores.

Durante o Carnaval, no Vidigal  - a imprensa noticiou, é só conferir - ocorreu um baile com uma super aglomeração em uma residência daquela  região. A fiscalização que atuava contra bailes, aglomerações e correlatos, se limitou a assistir - não podia invadir o baile, por estar a infração ocorrendo em área não sujeita  à jurisdição policial.]

A decisão foi dada após a morte do menino João Pedro, em São Gonçalo. Elas só podem ser feitas em situações excepcionais e sob condições, como a obrigação de informar ao Ministério Público. Fachin analisará se as polícias do Rio vêm descumprindo a determinação. Ele mandou a PGR e o MP do Rio apurarem se são verdadeiros vídeos que apontam indícios de execução.

A operação no Jacarezinho inexoravelmente traz à tona a discussão sobre a letalidade da polícia fluminense. De acordo com dados do Monitor da Violência, do G1, embora o número de civis mortos em ações policiais tenha caído significativamente no Rio em 2020 (32%, contra 3% no Brasil), a verdade é que a polícia do estado ainda se mantém como uma das mais letais do país (7,1 mortes por cem mil habitantes), ficando atrás apenas das de Amapá (12,8), Sergipe (8,5) e Bahia (7,6).[esquecem que a bandidagem do Rio está entre as mais bem armadas do Brasil, o que obriga a policia a também usar  armamento pesado = em sua maioria, com menor poder de fogo que os empregados pelos bandidos. 
Paulo Brossard, ministro da Justiça do Sarney, tentou combater bandidos com flores, desistiu da ideia, que NUNCA mais foi repetida - e notem que os bandidos daquela época eram, comparados aos de agora, eram inofensivos. Afinal, a bandidagem covarde, antipatriótica,  formada por traidores da Pátria, que antecedeu o governo Sarney, já havia sido adequadamente neutralizada.]

O governador Cláudio Castro, que assumiu o governo após o impeachment de Wilson Witzel, precisa ter como meta reduzir essa letalidade. Espera-se que, com a saída de Witzel, tenha ficado para trás a política do “tiro na cabecinha”, que incentivava execuções sumárias. [REPETIMOS: A ÚNICA EXECUÇÃO SUMÁRIA, ocorrida na operação Exceptis foi a de um policial - alvejado  por um bandido emboscado em uma laje.] Ações policiais num estado conflagrado como o Rio são obviamente necessárias.  O crime organizado, que expande seus domínios a cada dia, precisa ser combatido. Mas as forças de segurança deveriam fazer uso da inteligência, de recursos tecnológicos e da integração entre as polícias para realizar ações mais cirúrgicas e menos letais. O Estado não combaterá a violência com mais violência. 

Editorial - O Globo


quarta-feira, 20 de novembro de 2019

VIOLÊNCIA POLICIAL - A polícia que mata e mente - O Globo



Bernardo Mello Franco

Na noite de 20 de setembro, um tiro de fuzil atingiu as costas de Ágatha Félix, de 8 anos. A menina estava com a mãe no banco traseiro de uma Kombi, no Complexo do Alemão. Foi submetida a uma cirurgia de cinco horas, mas morreu no hospital.
Os parentes da vítima disseram que o tiro partiu de um policial militar. O motorista da Kombi confirmou o relato. “Não teve tiroteio, foi só o policial que disparou”, contou. O porta-voz da PM, Mauro Fliess, contestou as testemunhas e disse que os agentes reagiram a um ataque de “marginais”. O coronel aproveitou para fazer propaganda. “Não iremos recuar. O governo está no caminho certo”, discursou.


[Lamentável o ocorrido com a menina Ágatha. Mas, antes de acusar o policial militar de 'homícidio doloso', tem que ser considerando que a inocente criança foi vítima de uma fatalidade.
 
O policial militar não disparou contra ela e o projétil atingiu um poste, ricocheteou e um fragmento atingiu uma placa de ferro que protege o motor da Kombi, novo ricochete, levou o fragmento a atingiu o banco do veículo, perfurou o estofamento e atingiu a criança.
 
Se trata de uma conclusão oficial da perícia que mostra a sequência de fatores totalmente fora do controle do policial.]


A versão de tiroteio foi mantida por 60 dias e sustentada em ao menos duas notas oficiais. Era falsa, informou ontem a Polícia Civil. Responsável pela investigação, o delegado Marcus Drucker concluiu que não houve confronto no local. O PM tentou balear um motociclista, errou o alvo e acertou a menina que sonhava em virar bailarina. “A primeira reação do governo foi dizer que todas as testemunhas estavam mentindo, inclusive a mãe da Ágatha”, critica o advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da OAB. Quem mentiu no caso foi a PM, na tentativa de desacreditar a família e proteger o culpado pelo crime.

Nos primeiros nove meses do ano, a polícia matou 1.402 pessoas no Estado do Rio — uma média superior a cinco mortes por dia. Apesar da estatística macabra, o governador Wilson Witzel insiste na apologia do “tiro na cabecinha”. Sua política de segurança estimula o bangue-bangue, aterroriza as favelas e aumenta o risco de vítimas inocentes.

Ágatha foi uma das seis crianças mortas por bala perdida no Rio em 2019. Todas eram negras, pobres e viviam em bairros periféricos. “Os negros são as principais vítimas da ação letal das polícias e o perfil predominante da população prisional do Brasil”, lembrava uma placa exposta até ontem no Congresso. A peça foi arrancada e pisoteada pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), um dos próceres da bancada da bala.

Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo