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segunda-feira, 11 de julho de 2022

STF a serviço da impunidade - Revista Oeste

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Considerado um dos principais narcotraficantes em atuação no Brasil, André do Rap foi posto em liberdade em outubro de 2020, depois de Marco Aurélio conceder um habeas corpus a seu favor. Ele estava preso desde 2019, após investigações da Polícia Civil de São Paulo o apontarem como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Na direção da maior organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios brasileiros, André do Rap era o gerente do envio de grandes remessas de cocaína para a Europa.

A decisão do ministro foi revertida horas depois, primeiro pelo presidente da Corte, Luiz Fux, e na sequência pelos demais ministros da Suprema Corte em plenário.  
Mas o relógio do traficante correu mais rápido. André do Rap fugiu assim que colocou os pés fora da cadeia. 
No endereço fornecido por ele no momento da liberdade, a polícia não encontrou nem as pegadas. 
De lá para cá, são quase dois anos de buscas frustradas da polícia pelo líder do PCC. “Quando a gente atua com a exposição pública, ficamos sujeitos à crítica”, disse Marco Aurélio, que se aposentou da Corte em junho do ano passado, ao afirmar que não se sente culpado pela decisão. “Paciência. As garantias legais não são acionadas por homens comuns, mas pelos que cometem condutas irregulares.”

Enquanto traficantes de grande porte conseguem pagar advogados para reverterem suas prisões, a maior parte dos detidos no sistema carcerário brasileiro não consegue esse tipo de benefício

Apesar de a decisão pela liberdade ter sido monocrática, Marco Aurélio Mello não agiu sozinho. A tinta da caneta com que ele assinou o habeas corpus foi fornecida pelo Congresso Nacional, a quem cabe realizar uma mudança no Código de Processo Penal. Foi com base no artigo 316 da legislação, que prevê que a cada 90 dias o juiz que pediu prisão preventiva deve reavaliar o caso, que o ministro do STF alegou ter tomado a fatídica decisão em favor do narcotraficante. 
Os próprios congressistas admitiram que foram, também, responsáveis pela sucessão de falhas que colocou André do Rap em liberdade, quando autorizaram a medida de revisão da prisão preventiva no Pacote Anticrime. Aprovado pelo Congresso Nacional em 2019 e sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em dezembro do mesmo ano, a alteração legislativa fez o tiro sair pela culatra. “Obviamente que é um texto que deixa lacunas para juízes garantistas proferirem sentenças como essa, beneficiando marginais, beneficiando pessoas que estavam presas e que jamais deveriam estar na sociedade, colocando em risco toda a população”, disse, na época, o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), líder da Bancada da Bala.

Outros beneficiários da canetada suprema
O Primeiro Comando da Capital não foi a única organização criminosa beneficiada com a liberdade de seus integrantes por meio de decisões assinadas enquanto Marco Aurélio compunha a Corte. Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do tráfico no Complexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro, também conseguiu um habeas corpus que lhe garantiu a liberdade, em 2019. 
Considerado uma liderança do Comando Vermelho (CV), ele figura como um dos traficantes mais procurados pela Polícia do Rio de Janeiro. A recompensa de R$ 1 mil, estampada nos cartazes que trazem a foto do traficante, é insuficiente para ajudar os policiais nas buscas. Embora o criminoso continue aterrorizando o Estado do Rio de Janeiro, a consciência do ministro está em paz. “Nossa atuação é vinculada ao direito aprovado pelo Congresso”, disse. “Se eles aprovam, o problema é deles. Tive 55 anos de vida pública e 31 anos no Supremo. Tenho minha consciência tranquila.”

Ainda que os arbítrios dos ministros que colocam integrantes de organizações criminosas em liberdade sejam tomados com embasamentos legais, eles geram divergências, sobretudo por deixar ainda mais fragilizada a estrutura social, ampliando a criminalidade no país. Enquanto traficantes de grande porte conseguem pagar advogados para reverterem suas prisões, a maior parte dos detidos no sistema carcerário brasileiro não consegue esse tipo de benefício.

Até mesmo entre as mulas, como são conhecidas as pessoas presas por transportar drogas, as diferenças são visíveis. Quanto maior o peso da carga, mais acessível fica a saída das pessoas da prisão.

 Dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) revelam que 28% das pessoas detidas no país foram levadas para trás das grades pelo tráfico de drogas. Ainda que a Lei Antidrogas estabeleça que, enquanto a posse de substâncias ilícitas para uso pessoal é considerada um delito ínfimo, com potencial ofensivo, e o tráfico de drogas é um delito passível de punição maior, a proporcionalidade em relação ao peso não costuma ser regra para a liberdade.

Um exemplo ocorreu em fevereiro de 2021, quando a Segunda Turma do STF manteve uma decisão do ministro Gilmar Mendes que substituiu a prisão de um homem preso com 188 quilos de cocaína por medidas cautelares. Na decisão, o ministro alegou que o homem é réu primário e tem bons antecedentes.

“Trata-se de réu primário e com bons antecedentes. Embora efetivamente a quantidade de droga apreendida seja expressiva, nos termos da jurisprudência da Segunda Turma do STF, isso, por si só, não afasta a aplicação do redutor de tráfico privilegiado, se o caso caracterizar uma situação de ‘multa’, o que pode ser a hipótese dos autos”, afirmou Mendes, na decisão. “Assim, resta desproporcional a imposição de prisão preventiva”.

À reportagem, o ministro afirmou que a decisão ocorreu com base em alegações que já haviam sido defendidas também pelo Ministério Público Federal no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O homem chegou a ficar 13 meses detido. “O próprio MPF reconheceu, no STJ, que era uma mula e que não deveria estar preso”, afirmou Mendes.

Outro traficante colocado em liberdade, esse com carga ainda maior, foi o piloto de avião Nélio Alves de Oliveira. Depois de ter sido condenado, em 2014, por tráfico internacional de cocaína, ele foi solto em 2018, por uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski. De volta à ativa, cometeu o mesmo crime. Em 2020, Oliveira foi preso novamente, após caças da Força Aérea Brasileira interceptarem uma aeronave que ele pilotava, com 516 quilos de cocaína, em Mato Grosso do Sul.

Além de piloto e traficante, Nélio foi vereador nos anos 1980, em Ponta Porã, período em que presidiu a Câmara dos Vereadores. Também foi vice-prefeito da cidade. Em 1998, posou em uma foto ao lado do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, hoje pré-candidato do PT à Presidência. Na foto, também aparece o ex-governador do Estado Zeca do PT, que neste ano deve concorrer a deputado estadual pela legenda.

Leia também “A última trincheira”

Iara Lemos, jornalista - Revista Oeste


sábado, 15 de janeiro de 2022

Bolsonaro prepara pacote de bondades para PMs e bombeiros

 O governo do presidente Jair Bolsonaro quer aprovar um projeto que beneficia policiais militares e bombeiros estaduais, em um aceno a duas categorias consideradas estratégicas para o seu plano de reeleição neste ano. Aliados do Palácio do Planalto agem para votar a nova lei orgânica de PMs e bombeiros em março, concedendo um pacote de bondades a essa base no momento em que o presidente enfrenta queda de popularidade.

A nova articulação ocorre após o governo patrocinar um reajuste para policiais federais no Orçamento de 2022, o que provocou pressão dos policiais militares. A proposta, inicialmente, tirava poder dos governadores sobre o comando das polícias, mas deve, agora, se concentrar em um pacote de benefícios para os militares nos estados, que formam o maior contingente de segurança pública no país.[Sendo sucinto no comentário:  não acreditamos que o 'pacote' seja aprovado; alguns itens podem até ser, são de pequena importância e repercussão. Reajuste salarial, dificilmente passa, até os já aprovados correm o risco de serem,digamos, adiados. 
Além do que Bolsonaro deixa de adotar uma medida essencial, que é: - a de retirar dos governadores dos estados o comando das polícias. 
Não tem sentido governador comandando polícia. O certo é que o comando das policiais nos estados seja da competência do presidente da República e a nomeação deve ser sempre de um oficial superior das Forças Armadas. No mínimo, coronel de uma das forças singulares no cargo de Secretário de Segurança Pública - nas principais capitais o aconselhável é que o secretário de seja um oficial general, não, necessariamente, na ativa.]

Números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que só na ativa há 406 mil PMs e 56 mil bombeiros. No pacote em estudo pelo governo para consolidar o apoio das categorias, estão previstas a criação de novas patentes e a possibilidade de policiais e bombeiros que se tornaram parlamentares voltarem à ativa, se não forem reeleitos. Há, ainda, a garantia de nomeação e promoção para investigados pela Justiça e mesmo para os que se tornaram réus.

A movimentação de militares desde que Bolsonaro tomou posse aumentou o temor sobre o uso político das PMs contra governadores. Um exemplo foi a pressão por reajustes salariais em vários estados, em 2020, que desembocou em um motim no Ceará. O controle das polícias militares e dos bombeiros cabe aos gestores estaduais. A lei orgânica pode estabelecer políticas gerais, mas casos como revisão salarial ainda ficam sob o poder dos governadores.

A “bancada da bala” elegeu esse projeto como prioritário para este ano e quer aprovar o texto em março na Câmara e, na sequência, no Senado, a tempo da campanha eleitoral. Relator da proposta, o presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, deputado Capitão Augusto (PL-SP), retirou alguns pontos questionados. O texto ainda deve passar por revisão.

Política - Correio Braziliense


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Bolsonaro e os Militares -Banda podre da polícia quer a cabeça de coronel - O Estado de S. Paulo


domingo, 28 de junho de 2020

População está mais armada, o que gera preocupação a especialistas

Entre janeiro e maio, a Polícia Federal concedeu a maior quantidade de autorizações de posse de armas de fogo para o período na história. A bancada da bala comemora os resultados, mas especialistas alertam para crescimento da violência a médio prazo

Os números de portes de armas de fogo e de novas armas cresceram nos primeiros cinco meses de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Polícia Federal (PF). A bancada da bala no Congresso comemora os resultados, mas especialistas alertam que, a médio prazo, esse crescimento trará mais violência. A segurança pública é dever do Estado, conforme consta na Constituição de 1988. [enquanto o Estado não cumpre esse dever, a solução é a população assumir.
Mais bandidos morrerão e a tendência é os bandidos reduzirem o ímpeto criminoso, já que sempre dão preferência aos que estão desarmados.] Mais importante do que facilitar o acesso a esses instrumentos, segundo os especialistas consultados, é dar melhores condições de trabalho e infraestrutura às polícias.

Para os entrevistados, o fato de o presidente Jair Bolsonaro defender maior acesso a armamentos refletiu, principalmente, no aumento do número de armas novas em circulação, que caiu de 242.774 para 194.870, entre 2018 e 2019, mas voltou a subir de janeiro a maio de 2020. Para se ter uma ideia, enquanto, nos primeiros cinco meses do ano passado, foram 72.044 registros, no mesmo período deste ano, a quantia subiu para 81.074, um acréscimo de 12,5%. Já o número de porte de armas apresentou um crescimento mais constante. De 2018 a 2019, foi de 8.680 para 9.268. E, comparando os cinco primeiros meses de 2019 com o mesmo período de 2020, passou de 3.250 para 3580, o equivalente a 10,1%.

[complicado é que no Brasil o que mais tem é 'especialistas' em nada, mas que aceitam palpitar  conforme a vontade do entrevistador.
O que prova a incompetência indiscutível dos ditos especialistas é que os especialistas desde inicio de março que tentam acertar o pico da pandemia - começou para meados de abril, passou para inicio de maio, meados e agora está para meados de julho.
Acertar a data do pico da pandemia só é um pouco mais difícil que acertar a data de inauguração das obras do Ibaneis - além de atrasar várias datas, quando inaugura é uma parte, a chamada inauguração meia boca.]

Já o presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Capitão Augusto (PL-SP), festejou o aumento no número de armas. “Eu vejo com bons olhos. Já mostra que revertemos a tendência dos governos petistas. É motivo para comemorar. Estamos falando de armas para o cidadão de bem, e não para marginais”, argumentou. “O desarmamento acarretou no aumento de homicídios. O importante é deixarmos a população mais segura. O cidadão de bem vai estar mais seguro. Antes, o marginal tinha certeza de que poderia entrar em uma residência ou roubar um carro. Hoje, existe a dúvida se o cidadão está armado ou não. Então, é uma ação intimidatória”, opina.

Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Funcionalismo: Congresso se articula para derrubar congelamento de salários


quarta-feira, 29 de abril de 2020

Homicídios voltam a crescer - Merval Pereira

O Globo

Situação de 20 estados já indica que deve haver um crescimento entre 7% e 8% nos dois primeiros meses deste ano

No momento em que o presidente Bolsonaro se envolve em mais uma polêmica armamentista, revogando portarias do Exército que instituíam normas mais eficazes para controle e rastreamento de armas e munição, o governo vai se deparar com a notícia de que os homicídios voltaram a crescer em todo o país.  Dados de janeiro e fevereiro analisados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram a tendência de crescimento. Os números não estão fechados ainda, mas a situação de 20 estados já indica que deve haver um crescimento entre 7% e 8% nos dois primeiros meses deste ano.

[Injusto e infundado o entendimento de ser o presidente Bolsonaro o responsável pelo crescimento - por enquanto, estimado - do número de homicídios;
O responsável,  ou responsáveis,  são os que de forma sistemática boicotaram, sabotaram todas as medidas propostas pelo presidente da República buscando combater a criminalidade.
fica dificil  combater a criminalidade no Brasil que tem como norma o favorecimento à impunidade - direitos demais para bandidos e limitações em excesso para as autoridades responsáveis pela Segurança Pública.]

O envolvimento do Exército em questões políticas, pois o presidente Bolsonaro anunciou pelo Twitter a decisão de mandar revogar as portarias, atendendo a pressões da indústria armamentista apoiada pela bancada da bala na Câmara, já incomoda ala de militares, que consideram que o trabalho técnico do Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados interessa à proteção da sociedade como um todo, e não a um grupo especifico, como disse em sua carta de despedida o General de brigada Eugênio Pacelli Vieira Mota, que foi para reserva logo depois do cancelamento das portarias. Rastreamento de armas e marcação de munições para que possam ser identificadas interessa ao Judiciário, para esclarecimento de crimes, interessa ao combate às milícias. Num país em que 80% das mortes são por armas de fogo, é fundamental que o Estado tenha capacidade de rastrear armas e munições. [os opositores do presidente Bolsonaro, para não perderem o hábito de ser contra tudo que o presidente faça, ou pense, estão maximizando um controle que não é dos mais importantes.

FATO: nas investigações de um assassinato ocorrido no Rio, em 2018, foi proclamado aos quatro cantos que tinham identificado  o lote da munição utilizada no crime, onde foi vendida, quem comprou e  que tal identificação permitiria identificar autoria do crime, mandantes, etc.
Hoje, quase dois anos após a descoberta nada foi esclarecido - dois suspeitos estão presos por envolvimento em outros crimes.

Além do mais, consta que a decisão do presidente foi consequência de que as portarias revogadas contrariavam decreto.
Se algo houve de errado, foi a opção do presidente - que tem notória preferência por ser seu porta-voz - de divulgar via twitter.]

Ao mesmo tempo, o Ministério Público Federal quer incluir o caso no inquérito que foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as denúncias do ex-ministro Sergio Moro sobre interferências ilegais do presidente Bolsonaro na Policia Federal. Esse seria um outro exemplo de interferência, desta vez no Exército. Aliás, Bolsonaro acusou Moro de ser “desarmamentista” no seu pronunciamento sobre sua demissão.

O maior problema que os críticos vêem é a repolitização dos quartéis com a chegada ao governo de vários oficiais-generais, alguns inclusive da ativa, como Luiz Eduardo Ramos na Secretaria de Governo e o almirante Flavio Rocha na Secretaria de Assuntos Estratégicos. O fato de oficiais-generais da ativa fazerem parte do governo é simbólico dessa mudança, e grande número de militares em vários escalões do governo, indicam que o Exército voltou ao centro da política.

Recentemente, houve um princípio de desentendimento entre a ala de militares com gabinete no Palácio do Planalto e o ministro da Economia Paulo Guedes, em torno do programa Pró-Brasil, uma proposta incipiente de retomada econômica feita sem a participação da equipe de Guedes. O ministro da economia aparentemente venceu o primeiro round, depois de estar quase fora do governo, mas terá ainda que enfrentar resistências da política. Os partidos que formam o centrão estão interessados no plano dos militares de retomada de obras públicas, e se incomodam com a insistência de Guedes de manter o controle dos gastos dentro do possível na situação de crise social em que vivemos devido à pandemia da Covid-19.

A tese de que o momento é de o governo gastar é tentadora para políticos fisiológicos, e faz sentido para militares com uma visão estatista da economia. A mistura de militares nacionalistas com políticos da estirpe de Roberto Jefferson e Valdemar da Costa Neto é outro estranhamento para os que não vêem com bons olhos a participação de militares na atividade politica. O pragmatismo prevalece na saída de Sergio Moro, que tinha o apoio dos militares.

Há os que consideram que os militares estão desfazendo um trabalho de 30 anos, em que foram “o grande mudo”, granjeando respeito da opinião pública. [foram o 'grande mudo' e o Brasil se tornou a bagunça, o antro de corrupção, o CAOS CAÓTICO que a cada dia afunda mais nossa Pátria Amada.] Inicialmente, os militares que aderiram mais diretamente à candidatura de Bolsonaro achavam que ele, por ser popular, abriria espaço para os militares voltarem à vida pública com um selo de legitimidade da eleição presidencial. O problema é que funções de governo são essencialmente políticas, e as Forças Armadas são instituições de Estado, de acordo com a Constituição. Quando a política entra por uma porta, a hierarquia sai pelo outro.

Merval Pereira, jornalista - O Globo


sábado, 25 de abril de 2020

A saída do ex-juiz - Demissão de Moro: Sai o ministro, entra o candidato - O Globo

Bernardo Mello Franco

Sai o ministro, entra o candidato à Presidência em 2022.





As palavras antecipam uma mudança no papel do ex-juiz da Lava-Jato. 

O presidente Jair Bolsonaro já desconfiava que o ex-ministro tentaria enfrentá-lo nas urnas. Agora ele pode ter certeza disso. A questão é saber como ele fará para se manter em evidência sem a vitrine do ministério e sem a sonhada vaga no Supremo Tribunal Federal. [e sem conseguir provar as acusações que fez contra o presidente Bolsonaro.] 

Daqui para a frente, o ex-juiz e o capitão devem disputar eleitores no campo conservador, onde Moro ainda é visto como símbolo do combate à corrupção. Parlamentares da bancada da bala e do PSL, antigo partido de Bolsonaro, já indicaram que ficarão do lado do agora ex-ministro.

[Presidente Bolsonaro, com as bençãos de DEUS,  o senhor vence mais esta batalha, com a qual seus inimigos - também inimigos do Brasil, tentam lhe vencer.

Nunca aceitaram que o senhor se tornasse presidente da República.
Lembre-se que no dia de sua vitória, quando emocionado se expressou para o povo, deram ao seu pronunciamento uma conotação negativa - até de vingança contra os derrotados.

A esta altura investigações contra Queiroz e seus filhos já estavam em curso - continuam e até agora NADA foi provado.

Após sua posse, além das críticas aos seus menores deslizes - quase sempre causados pela sua inexperiência com a liturgia do cargo - mantiveram o fogo cerrado sobre seus familiares e tentaram tolher sua autonomia.
Ainda hoje continuam esperando que as investigações em curso contra seus familiares, por suposta prática de supostos crimes que tentam associar a uma suposta participação do senhor - só que a Polícia Federal não fabrica provas e sim quando elas existem e são encontradas a PF as apresenta - o que até o momento não ocorreu, já que não se encontra o que não existe.

Tentaram usar a pandemia,  em combinação com a falação do então ministro palanqueiro, para derrubá-lo. NÃO CONSEGUIRAM.

Agora tentam usar a ambição de um ex-juiz e ex-ministro que, quando juiz, realizou grandes ações no combate à corrupção, mas agora se tornou seu adversário, para destruir o senhor. NÃO CONSEGUIRÃO.

Na pior das hipóteses, para que eventual pedido de impeachment que o deputado Maia acolha, cause danos ao senhor eles precisam de 342 votos = dizendo de outra forma,  342 parlamentares presentes e todos votando, em uníssono, contra o Senhor. 171 votos favoráveis ao denunciado,  já arquivam o pedido.] 

O lançamento informal da candidatura não é o único golpe de Moro em Bolsonaro. Ao acusar o presidente de tentar interferir em investigações da Polícia Federal, o ex-juiz narrou práticas que configuram crime de responsabilidade. Isso abre uma nova frente para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e para a apresentação de pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

No pronunciamento, Moro deixou claro que tem munição guardada. Ele sugeriu que fará novas revelações em "outra ocasião".

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo

domingo, 29 de março de 2020

Coronavírus: aliados de Bolsonaro defendem diálogo para conter crise - O Globo

Gustavo Schmitt e Guilherme Caetano

Declaração do presidente sobre fim da quarentena foi reprovado por parte da bancada da bala, ruralistas, empresários, evangélicos e caminhoneiros

O tom das declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia do coronavírus em pronunciamento na última terça-feira foi reprovado por aliados de segmentos importantes como a bancada da bala, ruralistas, empresários, evangélicos e caminhoneiros.

Saiba que remédios você pode ou não tomar se tiver a Covid-19 Estudos sugerem relação de medicamentos com o agravamento da doença: o que fazer nestes casos?


 Bolsonaro visita comércio e cumprimenta populares em Brasília: 'Defendo que todo mundo trabalhe'

Atitude do presidente ocorre menos de 24 horas após ministro defender o distanciamento social para evitar um colapso do sistema de saúde por causa do coronavírus 

Contrariando as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), Bolsonaro defendeu o fim da quarentena sob o argumento de que a crise na economia do país poderia ter consequências piores do que a Covid-19. Entre aqueles que elegeram o presidente, ninguém gostou de ouvir a comparação da pandemia, que já matou 114, com uma “gripezinha” ou “resfriado”. Mesmo diante de uma forte reação, Bolsonaro dobrou a aposta numa apresentação ao vivo numa rede social na quinta-feira e voltou a usar as mesmas expressões ao minimizar as consequências da doença e ainda acrescentou que o brasileiro tem a imunidade tão alta que “pula no esgoto e não pega nada”.

[COVID-19 não é assunto para ideologia. É sério, alta capacidade de contágio e letalidade não desprezível.
Assim, sugerimos que leiam " O dilema é real - Tentar preservar a atividade econômica não é preocupação sem sentido". A matéria é da Folha de S. Paulo

Se após ler, você tiver elementos para contestar os argumentos  apresentados pelo jornalista - que não está entre os apoiadores do presidente Bolsonaro -, continue isolacionista.
Caso contrário, pense melhor.

Na última segunda-feira, uma pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostrou que 35% dos entrevistados consideram o desempenho de Bolsonaro ótimo ou bom; 26% acham regular; e outros 33% avaliam como ruim ou péssimo. Cinco por cento não souberam responder. [a pesquisa citada, foi realizada por telefone, e ouviu menos de 2.000 pessoas.
A pesquisa por telefone é mais restritiva quanto ao alcance do que a presencial.] Os governadores, a quem o presidente culpa por prejuízos econômicos provocados pelo isolamento social, tiveram aprovação de 54% dos entrevistados.

Leia mais:Proposta do Ministério da Saúde prevê isolamento de três meses para idosos e abertura de bares com metade da lotação

Embora avaliem que haja equívocos na comunicação, apoiadores de Bolsonaro nesses setores continuam com ele e evitam críticas para “não jogarem mais lenha na fogueira”. Preocupados com o comportamento intempestivo do presidente, dizem que o país precisa de união e diálogo com os demais Poderes e os estados para enfrentar a doença e a crise econômica.

Ainda assim, no conflito com os governadores, aliados estão mais sintonizados com o presidente. Defendem a tese de um isolamento social mais brando, de 15 dias, que seriam suficientes para alcançar o que pesquisadores chamam de “achatamento da curva” — redução nas taxas de transmissão e mortalidade pelo menor número de pessoas circulando. Em seguida, haveria uma reabertura lenta e gradual com o cuidado de manter o isolamento de grupos de risco.

Empresários da indústria e do varejo defendem a necessidade de discutir e definir, agora, a hora certa para reativar os negócios. O prazo de duração da quarentena é questão-chave para avaliar os impactos sobre a economia e as medidas a serem tomadas.
O presidente da Fundação Abrinq, Synesio Batista da Costa, é favorável à retomada gradual dos trabalhos da indústria brasileira: Gripezinha foi desnecessário. Mas é o jeito dele (Bolsonaro), que está  eleito e precisamos respeitar. A gente se aborrece com o jeito de falar, mas é muito bom ter um presidente que entregue a economia para quem  sabe.
E o Paulo Guedes sabe exatamente o que fazer. A indústria não parou. Estamos a 20 por hora. Mas queremos voltar a trabalhar de maneira gradual. Não podemos entrar numa histeria.
[nunca é demais lembrar:
O Presidente Bolsonaro foi claro, claríssimo, quando disse 'QUE PARA ELE, COM UM PASSADO DE ATLETA, O CORONAVÍRUS É UMA GRIPEZINHA.]

(.....)

Decreto contorna insatisfação de evangélicos
O ato veio um dia depois de uma decisão judicial mandar fechar os templos em São Paulo. Os evangélicos recorreram e a decisão acabou derrubada.No pedido, alegaram que a própria OMS considera que as igrejas são importantes para “o bem estar físico, mental, espiritual e social”. Apreensivos com o risco de que uma guerra judicial em vários estados pudesse fechar os templos, eles articularam para que Bolsonaro fizesse o decreto.
(.....)
A medida foi fundamental para que os templos fossem mantidos de portas abertas durante a pandemia, desde que atendam as recomendações do Ministério da Saúde. Líderes das principais denominações dizem que vão fazer cultos online para evitar aglomerações. Sustentam ainda que as igrejas não podem deixar de atender os necessitados e que servem como ponto de assistência em locais pobres e favelas, onde o próprio estado não está presente.

Ruralistas sugerem união
Embora discordem da forma como o presidente Jair Bolsonaro se expressou ao tratar do novo coronavírus, os ruralistas adotam posição pragmática e concordam com os riscos que a quarentena representa para a economia.
Diferentemente de Bolsonaro, avaliam, no entanto, que é preciso união e diálogo para construir um caminho de retomada da economia, sem desacreditar a ciência.

(.....)

Ao tratar da postura de Bolsonaro, ele disse haver “mais erros de comunicação do que de atitudes”.
— Todo mundo conhece o perfil do presidente Bolsonaro. Ele é uma pessoa que não trabalha a comunicação no traquejo normal. Ele diz o que nem sempre as pessoas querem ouvir. Não quero criticar. No fundo, os dois lados (governadores e presidente) têm razão. Pode ser que (a economia) tenha que voltar a funcionar agora. Até então, era importante manter o isolamento.
Dependente das exportações, o agronegócio já vem de um desgaste com o Planalto em razão de uma crise diplomática criada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) com a China, principal parceiro comercial do Brasil. O filho 03 do presidente culpou o país pelo vírus.

O deputado estadual Frederico D’Avila (PSL-SP), representante do setor, disse que foi cobrado a repreender Eduardo. — Falei que, não por ele ser um parlamentar, mas o filho do presidente, não poderia ter tuitado aquilo. Os agricultores ficaram preocupados de estragar relações comerciais. Ninguém quer isso — afirmou.

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Exposição de “direito de resposta” na Câmara trata PM como vítima e herói - VEJA - Blog Radar



Por Evandro Éboli 

Mostra é uma revanche ao quadro exposto ano passado que exibiu um policial executando um jovem negro, e que foi destruído por um deputado

A exposição de “direito de resposta” da Bancada da Bala na Câmara trata os policiais militares como guardiões da democracia, como vítimas e também como heróis. É o que retrata os espaços dedicados a cada uma das PMs do país. Essa expo é uma espécie de revanche a uma similar, instalada no final do ano passado, e que gerou muito polêmica pela presença de um quadro onde um policial aparece tendo executado um jovem negro. Foi organizada pela turma dos direitos humanos da Casa. 
Exposição da Bancada da Bala na Câmara: PM do Rio exibe número de assassinatos de policiais e cenas do dia a dia// Evandro Éboli/VEJA
O “troco da PM vem agora, e será inaugurada na segunda, mas já está sendo montada. No espaço dedicado à Polícia Militar do Rio, considerada uma das mais violentadas do país, o material exibe números de policiais mortos em ações, considerando os civis:
“343 policiais (civis e militares) foram assassinados em 2018”.

Aparecem imagens de PMs em ações de rua que não são de confrontos, como policiais segurando crianças, ajudando num parto, auxiliando um idoso.  A PM do Paraná também optou por imagens semalhentes, com fotos de um policial ajudando uma idosa atravessando a rua. E todos apresentam dados de redução da criminalidade. Mas a polícia paranaense não poupa elogios aos seus homens e mulheres. São apresentados como “Heróis do Paraná”, Bombeiros também aparecem.

O título da exposição é: “Polícias Militares do Brasil: as principais mantenedoras do Estado Democrático de Direito e da Governabilidade”.
Abaixo, o quadro da PM do Paraná.
Evandro Éboli/VEJA

 Blog Radar - Evandro Éboli - VEJA