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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Bolsonaro faz nova ameaça e diz que 7/9 é ultimato a ministros do STF - Bolsonaro diz que manifestações serão ultimato a ministros do STF

O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta sexta-feira (3) ameaças golpistas e afirmou que as manifestações do próximo dia 7 de setembro serão um "ultimato" para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar nomes, o líder brasileiro falou em "renovação no Supremo e ressaltou que não critica instituições ou Poderes, mas sim pessoas pontuais. Os ataques são destinados aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo em vista que as últimas críticas foram concentradas a ambos. "Nós não criticamos instituições ou Poderes. Somos pontuais. Não podemos admitir que uma ou duas pessoas que usando da força do poder queiram dar novo rumo ao nosso país", disse Bolsonaro.

Segundo ele, "essas uma ou duas pessoas tem que entender o seu lugar" e o recado do "povo brasileiro, nas ruas, na próxima terça-feira(7), será um ultimato para essas duas pessoas". "Curvem-se à Constituição, respeitem a nossa liberdade, entendam que vocês dois estão no caminho errado porque sempre dá tempo para se redimir", alertou.

© Ansa Brasil Bolsonaristas planejam manifestação no próximo dia 7 de setembro 

A nova ameaça golpista foi deita durante discurso para apoiadores em cerimônia em Tanhaçu (BA) para a assinatura de um contrato de concessão da Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol). Os ultimatos de Bolsonaro, porém, não dependem da sua vontade ou das manifestações, já que a única forma dos ministros do sofrerem um impeachment é por meio de uma decisão do Senado.

Recentemente, o presidente chegou até a apresentar um pedido para destituir Moraes, mas a solicitação foi rejeitada pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Inicialmente, o protesto marcado para a próxima semana tinha como bandeira a defesa do voto impresso, ideia defendida por Bolsonaro em meio a alegações infundadas. Porém, nas últimas semanas, ele passou a falar sobre os atos como uma defesa da liberdade. "Nós não precisamos sair da quatro linhas da Constituição, ali tem tudo que precisamos. Mas se alguém quiser jogar fora destas quatro linhas, nós mostraremos que poderemos fazer também", disse Bolsonaro, que prometeu comparecer na mobilização.

Por fim, o presidente ressaltou que quem dá o ultimato sempre é o povo. "Após o 7 de Setembro, que ficará para todos nós com essa demonstração gigante de patriotismo visto em todos os cantos do nosso Brasil, duvido que aqueles um ou dois que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar povo brasileiro, saberá voltar para o seu lugar, Quem dá o ultimato não sou eu, é o povo brasileiro", concluiu. 

ANSA - Brasil

Em nova ameaça, Bolsonaro diz que manifestações serão ultimato a ministros do STF

Em referência indireta aos ministros, presidente citou que "um ou dois" saberiam voltar "ao seu lugar" após atos
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que as manifestações previstas para o dia 7 de setembro serão um ultimato para "um ou dois" ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao falar sobre a renovação da Corte por meio de suas indicações, Bolsonaro disse que o país não poderia admitir que "uma ou duas pessoas" usando da força do poder dessem outro rumo para o Brasil. O presidente, investigado no STF, não citou nomes especificamente, mas já afirmou em outras ocasiões que sua irritação é direcionada a Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso.

Durante discurso realizado durante evento na Bahia, o presidente disse que, embora possa jogar dentro das "quatro linhas da Constituição", também poderia fazer valer "a vontade do povo" se alguém não a obedecesse.

— Essas uma ou duas pessoas têm que entender o seu lugar. E o recado de vocês povo brasileiro na próxima terça-feira será um ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se à Constituição. Respeitem a nossa liberdade. Entendam que vocês dois estão no caminho errado. Porque sempre dá tempo para se redimir — afirmou o presidente.

No mesmo discurso, Bolsonaro afirmou que não precisa "sair das quatro linhas da Constituição Federal", mas fez a ressalva de que poderia tomar outra medida se "alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas".

Nós não precisamos sair das quatro linhas da Constituição. Ali temos tudo que precisamos. Mas se alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas nós mostraremos que poderemos fazer também valer a vontade e a força do seu povo — disse Bolsonaro.

Posteriormente, o presidente disse acreditar que, após os atos de 7 de setembro, "aqueles um ou dois" saberão voltar para o seu lugar.

—  Quem dá esse ultimato não sou eu, é o povo brasileiro, povo esse no qual nós todos políticos devemos lealdade —  afirmou.

Política - O Globo


quarta-feira, 21 de julho de 2021

"Foi vontade do povo triplicar o fundo eleitoral?"

Alexandre Garcia

"Perguntaram ao contribuinte se gostaria que parte de seu imposto fosse para a propaganda eleitoral?"

Deputados e senadores aprovaram a quase triplicação do fundo eleitoral. O presidente diz que vai vetar, sancionando a Lei de Diretrizes Orçamentárias sem esse jabuti. Foi um escárnio; enquanto em 2020 e 2021 a economia vai ter um saldo de crescimento de 1,1% (encolhimento de 4,1% do PIB no ano passado e expansão esperada de 5,2% neste ano) e o salário mínimo previsto na mesma LDO sobe menos de 5%, o dinheiro dos impostos destinado às campanhas eleitorais se multiplica por três.
 
O jabuti foi posto no galho do orçamento da Justiça Eleitoral;
não conseguiram votar em separado e entrou tudo na votação por lideranças, na Câmara;  
no Senado pegou carona com a aprovação da LDO de última hora, pelo placar de 40 a 33. Quem votou diz que não votou, quem conduziu diz que só conduziu, mas o jabuti ficou lá, aprovado pelo Congresso Nacional, que é o responsável por isso, já que não foi o acaso nem jabuti sobe em árvore.

Agora, é fazer a tradicional pergunta: a quem interessa? O campeão de verba nessa enxurrada seria o PT, com R$ 600 milhões — e é o partido que mais deve estar com crise de abstinência, com torneiras fechadas na Petrobras, empreiteiras, ministérios, bancos oficiais… mas a verdade é que isso interessa aos partidos. E não é só. O Senado recriou a propaganda partidária no último dia 14: serão R$ 527 milhões para o ano que vem, antes mesmo das convenções. E tramita um projeto que permite candidaturas de gestores com contas reprovadas, enfraquecendo mais a Lei da Ficha Limpa. Na Câmara, está em regime de urgência um projeto para eximir da cláusula de barreira partidos sem voto.

Será que isso interessa aos milhões de brasileiros que tiveram sua renda, seu emprego, suas lojas, suas indústrias, seus empreendimentos prejudicados pelo vírus? 
Ou só interessa aos políticos e seus partidos, visando à eleição do ano que vem? 
Perguntaram ao contribuinte se gostaria que parte de seu imposto fosse para a propaganda eleitoral? 
O atual presidente se elegeu com tão pouco; por que querem tanto? 
O poder emana do povo e só é legítimo quando reflete a vontade desse mesmo povo. Foi vontade do povo triplicar o fundo eleitoral?

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense