Alexandre Garcia - VOZES
De concreto, no intestino do presidente eleito - parte do organismo onde ele elabora e guarda suas ideias de governo - só tem uma obsessão: desmanchar, destruir, tudo que foi realizado após o desastre pt = perda total - interrompido com a defenestração da 'engarrafadora de vento'.] Mais de 900 pessoas aparecem como integrantes do governo de transição, e a transição está acabando. Imagino a cabeça de Lula nessa acomodação de tanta gente, ministros e cargos de confiança, na bacia das almas da partilha.
Cada vez que sai um anúncio, aparece um problema. Queixa dos preteridos ou até sustos, como com a futura ministra da Cultura, a cantora Margareth Menezes, que dizem ter sido anunciada. Segundo o TCU, ela tem de pagar por irregularidades num contrato com o próprio Ministério da Cultura, ao tempo de Lula presidente, e deve para a Receita Federal e para a Previdência por impostos e contribuições não recolhidas.
Ou com Aloizio Mercadante, já anunciado presidente do BNDES, mas que, saído da Fundação Perseu Abramo, precisava de um “fura-Lei das Estatais” para ter de esperar só 30 dias antes de assumir o cargo, em vez dos três anos exigidos pela lei. Só que o projeto, aprovado às pressas na Câmara, parece que vai ser derrubado pelo calendário no Senado. Lula dissera que não traria de volta o passado, mas Luiz Marinho, Alexandre Padilha, Mercadante, Fernando Haddad, José Múcio Monteiro e Mauro Vieira desmentem isso. Parece não haver novos talentos na equipe.