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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Fidel Castro e Che Guevara, detidos



O Arquivo Geral de México guarda o relatório secreto sobre a captura, em junho de 1956
Foi rápido. A Direção Federal de Segurança sabia o que estava fazendo. Dentro do Packard verde, modelo 1950, estavam cinco homens. Três deles desceram do carro no cruzamento das ruas Mariano Escobedo e Kepler. Um deles era alto e corpulento, de andar firme. À distância percebia-se que era o líder. Quando ele estava prestes a sumir nas sombras, os agentes que o seguiam o agarraram. Ao vê-los chegar, o homem alto agarrou sua arma automática. Mas, antes que pudesse sacá-la, já tinha uma pistola encostada na nuca. Se, naquele instante, o policial tivesse apertado o gatilho, a história da América teria sido outra. Naquela noite de 21 de junho de 1956, naquela esquina da Cidade do México, Fidel Alejandro Castro Ruz acabava de ser detido sem um disparo. Tinha 29 anos e uma revolução por fazer.

A célula cubana tinha caído. Em poucos dias foram presos 22 castristas. O núcleo do complô se localizava na casa de número 49 da rua de Emparán, onde vivia a opositora peruana Hilda Gadea. Seu marido foi quem mais desafiou a polícia e, diferentemente de seus companheiros, declarou-se marxista-leninista. Era asmático, argentino e pobre. Chamava-se Ernesto Guevara de la Serna.

Depois de três dias de interrogatórios, o cérebro da operação, o capitão Fernando Gutiérrez Barrios, redigiu seu relatório sobre o “complô contra o Governo da República de Cuba”. Desde que foi desclassificado, o texto, de cinco folhas datilografadas e guardado no Arquivo Geral do México, se converteu em um documento chave para a compreensão da gênese da revolução castrista, mas também sobre o papel ambivalente desempenhado pelo México na turbulência da época, papel esse que o próprio Gutiérrez Barrios encarnou como ninguém. Ao longo de seu reinado, o capitão, que se tornaria chefe dos serviços de inteligência, conjugou a repressão feroz contra a esquerda cubana com a acolhida de destacados exilados e fugitivos de ditaduras. Algo que, ao final, acabou fazendo com aquele cubano carismático que tinha caído em suas mãos.

Fidel Castro tinha chegado ao México em julho de 1955. Desde que desembarcou do DC-6 bimotor, seu objetivo tinha sido preparar seu regresso a Cuba. Para isso, tinha formado uma rede de 40 seguidores fiéis. Era o núcleo duro de uma revolução. Uma organização secreta que recrutava e treinava para o ataque final. “O objetivo [dos detidos] é capacitarem-se militarmente para integrar comandos que dirijam os insatisfeitos em seu país”, assinala o documento. Os instrutores eram o próprio Fidel Castro e o antigo coronel da República espanhola Alberto Bayo Giraud. As aulas eram dadas na fazenda Santa Rosa, em Chalco, e incluíam “treino de tiro, topografia, tática, guerrilha, explosivos, bombas incendiárias, explosões com dinamite...”.

O relatório, no qual se discerne certa admiração pelo “dirigente máximo” cubano, mostra que Castro era o eixo da máquina toda. Ele classificava os recrutas de acordo com seu rendimento, disciplina e qualidades de comando. E, deixando antever o controle absoluto que praticaria mais tarde em Cuba, Castro regulamentou detalhadamente a vida no interior da “casa residência”. “[Castro os] faz ver que, para estar preparado para uma ação armada, é preciso uma disciplina rígida”.

A advertência de pouco serviu. De um golpe só, Gutiérrez Barrios deixou tudo à descoberta: esconderijos, armamentos, correspondência, chaves, recursos financeiros, contatos, financiadores... —até os incômodos questionários que os revolucionários tinham que cumprir a respeito de seus companheiros. Com esse material em seu poder, o futuro de Fidel Castro e sua revolução dependia do maquiavélico capitão. E este jogou suas cartas. Em suas conclusões, descartou qualquer vínculo com o Partido Comunista, minimizou a importância das armas apreendidas (“poucas e fáceis de adquirir”) e enfatizou que tratava-se de um “grupo opositor independente” que buscava unicamente derrubar Fulgencio Batista: “Dizem que têm o apoio de 90% da população de seu país e que o povo cubano [...] recebeu grande quantidade de armamentos”.

Um mês depois, Fidel Castro e Che Guevara foram libertados. Mais tarde, Gutiérrez Barrios seria seu amigo. O México, também. Na madrugada de 25 de novembro de 1956, sob uma chuva fria, o Granma zarpou de Tuxpan rumo a Cuba. Foi o início da revolução.

Fonte: El País

Manifesto Comunista - um manifesto anticristão



Como tenho dito, o Manifesto Comunista é apenas uma síntese do pensamento marxista. Nele é possível conhecer ao menos em resumo o que pensa o socialismo sobre vários assuntos. Por sua síntese o conhecereis. Logo, não podemos esperar daqueles que o consideram uma exposição de verdades qualquer simpatia com o cristianismo. Nele está escrito:

Mas o comunismo quer abolir estas verdades eternas, quer abolir a religião e a, moral, em lugar de lhes dar uma nova forma e isso contradiz todo o desenvolvimento histórico anterior.

Se uma ideologia diz que quer abolir verdades eternas, religião e moral ela está declarando abertamente uma guerra ao cristianismo, porque ele proclama verdades eternas, é uma religião e apresenta um código moral. Nada mais lógico.  E quando essa ideologia se apossa do Estado e de seus recursos bélicos, com certeza levará esse conflito da esfera do pensamento para esfera da realidade física e social. Em outras palavras, se as ideias do Manifesto se concretizam, o ataque aos cristãos é inevitável. Seria bom se isso fosse apenas uma especulação. No entanto, isto é história. Passada e presente.   

A rejeição de qualquer tipo de religião pelo marxismo é uma necessidade de sua própria natureza. Como definiu James W. Sire em O Universo ao lado, o marxismo é o naturalismo na prática, uma visão do mundo sem espaço para Deus ou para qualquer coisa que não seja matéria. Se o cristianismo está certo, então o marxismo está errado e isso, segundo os seguidores de Marx, seria inconcebível. "Posso entender”, escreveu um pastor que passou anos sendo torturado por sua fé, “Posso entender que os comunistas prendam padres e pastores como contrarrevolucionários. Mas por que os padres foram forçados a dizer a missa sobre excrementos e urina, na prisão romena de Piteshti? Por que cristãos foram torturados para tomarem a comunhão com esses mesmos elementos? Por que a obscena zombaria da religião?" (Era Karl Marx um satanista?, p. 47). Respondo. Porque ele é anticristão em sua essência.

Marx era ateu muito antes de ser comunista. “Numa só palavra: odeio todos os deuses”, escreveu ele em sua tese de doutorado E fez do ateísmo o fundamento para o seu socialismo. Por isso comunismo tornou-se sinônimo de perseguição religiosa e a morte aos cristãos ainda é uma realidade nos países que conservam a ideologia comunista. Todo esse ódio concreto dos governos ao cristianismo tem como fonte o ódio concreto do próprio Marx. “Para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que existe"

Lênin, que pôs em prática o pensamento marxista dizia que “toda ideia religiosa é uma abominação”. E acrescentava:  A guerra contra quaisquer cristão é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo da luta pelo robustecimento da ditadura proletária.

Se a educação foi se tornando cada vez mais antirreligiosa e cada vez mais anticristã, devemos isso, em boa parte, ao marxismo. É quase impossível hoje fazer um curso em uma universidade sem ser inoculado com uma forte dose não de mero ateísmo, mas de um antiteísmo doentio que responsabiliza o cristianismo por todos os males da humanidade. Os detentores das cátedras de história, geografia, direito, sociologia, psicologia, filosofia, política e mesmo matérias aparentemente inócuas, fazem ataques constantes aos cristãos. Não admira o grande número de ateus na faixa etária pós faculdade.

Quer um exemplo de educação marxista antirreligiosa?  A escola soviética, constituindo instrumento para dar educação comunista às gerações, não pode, por princípio, ter outra atitude em face da religião que a de luta intransigente. A base doutrinal da educação comunista é, com efeito, o marxismo, e ele é inimigo irredutível da religião. O marxismo é materialismo, disse-o Lenin; como tal, impiedoso inimigo da religião, à exemplo dos enciclopedistas do século XVIII ou do materialismo de Feuerbach.

O anticristianismo marxista não é acidental. Ele é essencial. Não é um desenvolvimento pós Marx. É o próprio Marx despejando seu ódio anticristão sobre os que acreditam em Deus. “Desejo vingar-me Daquele que governa lá em cima”, escreveu ele em um de seus poemas da juventude. Como muitos ateus, ele dizia não crer em Deus, mas o odiava por via das dúvidas. E esse ódio foi e continua sendo a causa do sangue cristãos, derramado através do mundo e da história.  Para abolir as verdades eternas, a religião e a moral, conforme diz o Manifesto Comunista, o comunismo persegue, prende, tortura e mata desde o primeiro momento em que chegou ao poder. Assim foi, é e será. Não podemos como cristãos esperar nada melhor da parte dele.

Escrito por: Eguinaldo Hélio, pastor.

Marco Aurélio, o filobolivariano, está nervosinho porque um aliado seu foi rejeitado pelo Senado. É? Vai fazer o quê?



Leio que Marco Aurélio TOP TOP  Garcia está magoado com a rejeição pelo Senado ao nome de Guilherme Patriota para representar o Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos). Marco Aurélio diz ao jornalista Clóvis Rossi, da Folha, que se sente pessoalmente atingido. E daí? Lá em Dois Córregos, em situações dessa natureza, quando o caboclo se sente muito ofendido, a gente pergunta: “Vai fazer o quê”, além de espernear? Eu adoraria que ele entrasse em greve de fome, por exemplo.

Marco Aurélio acha que Guilherme Patriota foi rejeitado apenas porque foi um assessor seu. Era, sem dúvida, um bom motivo. Mas não só isso. O palestrante do Foro de São Paulo também tem uma passagem, vamos dizer, algo polêmica como segundo da missão permanente do Brasil na ONU. Poderia, quando estava em Nova York, ter atravessado a ponte e arrumar uma casa aprazível em New Jersey, com grama no quintal e até vaga para estacionar um daqueles carrões da Volvo. Mas preferiu alugar, ao custo de US$ 23 mil por mês, um apartamento de luxo do Upper East Side, na área nobre de Manhattan, e isso quando o Itamaraty já andava contando dinheiro. Havia embaixadas com a conta de luz atrasada.

Como? Marco Aurélio se sente pessoalmente atingido? Então estamos diante da evidência de que, de fato, Guilherme Patriota era apenas a sua extensão, não é mesmo?, e isso prova o acerto do Senado. Mas lembro ao dito professor: não foi só pelos vinte centavos de sua teoria caduca, não. A outra referência intelectual citada pelo candidato rejeitado na sabatina na Comissão de Relações Exteriores foi o intelectual filobolivariano Emir Sader. Não fosse por outra razão, a gramática da língua portuguesa merece mais respeito.

Marco Aurélio acusa o que chama campanha macarthista de setores da imprensa. Quais setores? O único que pegou no pé de Patriota fui eu. Felizmente, muitos senadores estavam, sim, com cópias dos meus posts nas mãos. Eu me orgulho disso. Macarthistas uma ova! Mas, de novo, o pensador de vinte centavos se trai. O senador McCarthy podia até ser uma besta, mas era uma besta anticomunista. Pergunta óbvia: Marco Aurélio e Patriota se assumem como comunistas?

Este senhor deveria ter vergonha de vir a público dar declarações. Ele é um dos responsáveis pela política externa mais estúpida da história brasileira. Foi ele um dos arquitetos da suspensão do Paraguai do Mercosul — e José Mujica, ex-presidente do Uruguai, já narrou a conspirata em que se meteu Dilma Rousseff — e da atração da Venezuela, uma ditadura assassina, para o bloco. É ele o principal teórico da parceria diplomática do Brasil com tudo quanto é tirania do planeta. Marco Aurélio e a linha botocuda do Itamaraty — e ela existe — fizeram o país enveredar por um caminho que o mantém atrelado ao Mercosul, impossibilitando acordos bilaterais. Enquanto o resto do mundo cuidava dos seus interesses, os cretinos continuavam atrelados à tal Rodada Doha, que deu com os jumentos n’água.

Esse cara é um dos conselheiros que levaram Dilma a não censurar o massacre nas ruas de opositores venezuelanos. Esse cara estimula Dilma a silenciar diante das sandices perpetradas por um ditador psicopata como Nicolás Maduro. Esse cara inspirou Dilma a discursar na ONU e pregar diálogo com o Estado Islâmico. É esse senhor que vem exibir ares de ofendido, dizendo-se pessoalmente atingido? Pois saiba, então, que foi isso mesmo. Tenha, sujeito, a hombridade de pedir demissão. Macarthismo? Vamos falar, então, senhor Marco Aurélio, de autoritarismo? Autoritário é condescender com ditaduras que mandam opositores para a cadeia ou os executam com um tiro na cabeça. Autoritário é se negar a receber familiares de presos políticos, como fez recentemente o governo brasileiro. Autoritário é se calar diante da violência política perpetrada por aliados ideológicos. E essa, meu senhor, é sua obra inequívoca. Autoritário é o governo brasileiro não ter reconhecido, até hoje, o caráter terrorista das Farc, companheira, até outro dia, do PT no Foro de São Paulo.

O que Marco Aurélio quer é intimidar o Senado. O que Marco Aurélio quer é vender seus preconceitos ideológicos como se fossem evidências de soberania. O que Marco Aurélio quer é uma política externa de sotaque bolivariano, em nome de uma democracia. Sim, ele está certo! O Senado brasileiro disse “não” a um discípulo seu. O Senado disse “não” a um prosélito de uma política externa que nos envergonha.

Pretensioso, Marco Aurélio sugere que a rejeição pode causar uma crise no Itamaraty. Qual crise? Em que ela consistiria? Pois eu fiquei sabendo do contrário: conversei com vários diplomatas que estão felizes com o resultado. Ao contrário do que afirma o tal professor, eles sustentam que o episódio serve para ilustrar o mal que pessoas como tal professor fizeram e fazem à política externa brasileira. Marco Aurélio, vá chorar na cama que é lugar quente. E que seus sonhos sejam povoados pelos fantasmas de todas as vítimas assassinadas pelos bolivarianos.

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

Investimentos da China no Brasil vão de trem transcontinental a Petrobras - só que tudo, por enquanto, é só projeto = trem bala



Premiê chinês e Dilma anunciam 35 projetos. JBS celebra liberação da exportação de carne

Fazia doze anos que Li Keqiang não vinha ao Brasil e agora, como primeiro ministro, chega em grande estilo para selar 35 acordos bilionários com o Governo Dilma Rousseff. Um dos mais ambiciosos já havia vazado para a imprensa nos últimos dias. O projeto ferroviário transcontinental que deve percorrer o Brasil de leste a oeste, atravessar a cordilheira dos Andes até chegar aos portos peruanos só existe, por ora, como um "estudo de viabilidade" dos três países. Mas, já está bem articulado, com um desenho que pretende facilitar a exportação de matérias-primas do Brasil e do Peru para o mercado chinês. “É uma linha que sairá do Tocantins, da cidade de Campinorte [ferrovia norte sul] vai passar pelo Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, segue pelo Estado do Acre, até chegar ao Peru”, disse Rousseff, que prevê ganhos para os produtores com a redução de custo na logística.

Se este é um projeto embrionário, outros acordos anunciados nesta terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, trarão ganhos imediatos, como o fim do embargo à importação de carne brasileira, que vai beneficiar 26 frigoríficos nacionais, e incrementar em 520 milhões de dólares as exportações brasileiras, que somaram 40 bilhões de dólares no ano passado. Um sorridente Joesley Batista, dono da JBS, assistiu à cerimônia dos acordos vislumbrando que a rota chinesa trará mais negócios a sua empresa.

Outras companhias brasileiras foram beneficiadas pelos acordos chineses, caso da Petrobras que fechou dois acordos de financiamento, num total de 7 bilhões de dólares, assim como a mineradora Vale, que assinou memorandos de financiamento de um projeto de compra de um total de 24 navios de transporte de minério de ferro com duas estatais chinesas, a Cosco e ao Grupo China Merchants.

Os dois países anunciaram ainda um fundo de investimentos de 53 bilhões de dólares, do banco estatal ICBC para assegura investimentos em infraestruturas, que passam por rodovias, ferrovias, linhas de transmissão para o setor elétrico, e projetos de telecomunicações. O Governo chinês assinou ainda o compromisso de investir em um pólo siderúrgico no Estado do Maranhão, e reafirmou o compromisso com o investimento na processadora de milho em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, que deve chegar a meio bilhão de dólares.

Keqiang enfatizou que o comércio bilateral, que foi de 79 bilhões de dólares em 2014, deve chegar rapidamente a 100 bilhões de dólares. “Num cenário de difícil recuperação mundial, esta cooperação mútua vai proporcionar o desenvolvimento de economias emergentes, e da economia mundial”, afirmou o primeiro ministro.  Os dois países assinaram ainda acordos em diversos setores, como o de Defesa, para o sensoriamento conjunto da Amazônia visando a sua preservação, e a confirmação da compra de 80% do banco brasileiro BBM pelo estatal Bank of Communication por 525 milhões de reais.

Outros negócios foram fechados na área de energia, com o acordos na área de energia eólica, além de telefonia, firmado entre a Telefônica Vivo e a Huawei, este último par melhorar a cobertura celular no Rio de Janeiro.  Os acordos firmados entre os dois mandatários fazem parte do chamado plano de ação conjunta 2015-2021 que, segundo Rousseff, “inaugura uma etapa superior em nosso relacionamento”. “Teremos a oportunidade de dialogar com o empresariado dos dois países sobre o importante papel que exercem nesse processo”, disse a presidenta Dilma Rousseff , que tem viagem marcada para a China no próximo ano.

Estabilidade no fornecimento
A mensagem do líder chinês durante o encontro deixa claro que a estratégia da potênca asiática é buscar estabilidade no fornecimento dos itens mais demandados pelo seu país, em especial, soja, minério, açúcar, petróleo e derivados de milho, produtos estes que o Brasil tem em abundância. Keqiang não esconde, ainda, o desejo de erguer mais fábricas chinesas no Brasil em diferentes setores. “Nossa amizade tem uma base sólida e a cooperação mútua traz benefícios a nossos povos e ao mundo”, afirmou ele antes de se despedir.

Se o interesse chinês pelos produtos brasileiros é bem-vindo por um lado, por outro essa dependência preocupa pela qualidade do intercâmbio. O Brasil vende prioritariamente matéria-prima para eles e compra itens industrializados dos chineses. O primeiro ministro chinês garantiu no ato desta terça que a qualidade dessa troca deve melhorar, citando, por exemplo, os aviões da Embraer, requisitados pelas empresas aéreas chinesas. Mas, em outros setores industriais o Brasil carece de competitividade, e não tem um projeto de longo prazo para fortalecer a produção de seus bens industrializados.

A dependência, ainda, do capital asiático preocupa alguns especialistas. “Não sabemos a qualidade desse dinheiro que entra, e se não estamos atraindo outros recursos globais, como o de fundos de pensão internacionais, é porque precisamos melhorar o ambiente de negócios”, avalia o economista Cláudio Frischtack. Para alguns observadores, a China aproveita o momento para comprar o Brasil mais barato, durante a crise econômica que deve ser marcada pela recessão deste ano. A dúvida é se o Governo Rousseff saberá capitalizar esta oportunidade para melhorar a qualidade não só do comércio bilateral, mas do ambiente de negócios para outras parcerias ambiciosas com outros países.