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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A era da esperança - José Maurício De Barcellos

Bolsonaro será reeleito Presidente da República em 02 de outubro próximo.

A "Nova Ordem Brasileira" prosseguirá por todos os seus segmentos e por todas as suas dimensões, se firmando por décadas a fio, sustentada nos próximos governos que se sucederão nesta nova era.

 

O Brasil que, nas décadas de 1960 a 1970, deu os primeiros passos para se libertar das peias e da pecha de "republiqueta de banana" e de "nação terceiro-mundista", conquanto tenha patinado sob a abominosa influência do social-comunismo durante 35 anos, está vendo seu povo decidir, determinadamente, no sentido de que aqueles tempos de trevas não voltarão a atormentá-lo. Já disse e não perco a oportunidade de repetir para firmar. Não foi o Capitão quem decidiu resgatar nossa gente da sanha dos vermelhos. Foi o povo brasileiro, exausto de tanta destruição e de tanto atraso, que escolheu aquele líder como a ponta da lança de sua cruzada, rumo ao lugar de destaque que bem merece neste mundo a um passo de ser dominado pelo mal universal do comunismo escravagista, ateu e assassino, que acabou por se travestir de algo surreal denominado de "globalismo" ou de outros "ismos" igualmente degradantes.

Um mundo sob o domínio de uma ordem que paire sobre ele ao exclusivo talante de megas financistas da ordem de Jorge Soros, do Banco Morgan, da família Rothschild conquanto já tenha como refém os USA do demente Joe Biden, a Alemanha, a Inglaterra, a França, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia etc, não tem futuro longínquo e seus maléficos efeitos estão arrasando a Europa, por exemplo.

Estou convicto de que, antes do fim da próxima década, estará relegada ao lixo da história, como o foram outras pretensões de dominação do planeta.

Reconheço que existe um enorme desequilíbrio de forças nesta luta travada entre o poder do mal contra os povos que este pretende subjugar, mas não me assusto ou me desespero.

Eles são muitos, são poderosos, por ora estão invisíveis para a grande massa cujo espírito quer para si. Porém, não obstante todo seu poder e potestade esqueceram que a liberdade e a alma dos dominados têm no Criador uma proteção inexpugnável.

Tudo quanto ultrajam em relação aos direitos fundamentais da pessoa humana, tudo quanto roubam dos vitimados e tudo quanto subtraem daqueles que dominam um dia se constituirá no libelo contra seus crimes que, em face da tal inevitável "volta do chicote" de que falavam os antigos, um dia lhes cortará a carne.

Não vou cair na armadilha de discutir as teorias que sustentam as excelências e a inevitabilidade daqueles vieses de dominação, a uma porque elas não conseguem explicar como vão substituir a inclinação natural para felicidade do homem sobre a terra e, a duas, porque o poder que hoje detêm morrerá com os próprios poderosos ou pouco depois do seu passamento, simplesmente porque é o bem e não o mal que perdura para eternidade.

Nem bem o próximo governo dos patriotas chegará ao seu fim e as quadrilhas de FHC a Temer já terão desaparecido tanto quanto seus respectivos chefões, seus asseclas e, com estes, os abastados que as sustentaram, os farsantes da elite sem escrúpulos que as incensam e os intelectuais da impostura que as apoiam.

A ruptura com tudo quanto levou o Brasil a beira do precipício ocorreu muito antes da chegada de Bolsonaro e de sua equipe de patriotas ao Planalto. Foram 35 anos de sofrimento e de decepções, de vergonha perante o mundo, que produziram a maior crise moral, econômica e social e que vitimou mais de 25 milhões de brasileiros. Aí nossa gente disse o seu basta.

Primeiro as ruas, desde 2013. Depois nas urnas em 2018. Agora em 2022, o povo apenas consolidou sua decisão de não mais tolerar a corrupção sistêmica, a incompetência e a dominação daqueles que professam o credo dos traidores e dos vendidos da Pátria.

Tal como o Planalto expurgou a bandidagem da política de dentro de seus muros, assim haverá de ser defenestrada a corja togada dos Tribunais. Da mesma forma como se tem varrido os chupins da máquina governamental e os proxenetas do erário, há que se intensificar o expurgo do restante que ainda a infecta. 

Igualmente como estamos nos livrando das malditas entidades sindicais, ONG'S e associações de classes (ou desclassificadas) sustentadas com o dinheiro público inutilmente, havemos de pôr um fim no empresariado amigo e aliado na roubalheira de outrora.

Na consciência e no imaginário de nossa gente tudo isso vem se formando e se consolidando há quase vinte anos desde o mensalão de Lula, em 2005 – e, posto que a imprensa v.v. (velha e venal) perdeu inteiramente o controle absoluto para influenciar e deformar a opinião pública, o inevitável foi que o poder do povo tradicionalmente usurpado pelos nojentos famosos, hoje passa ao largo destes e os confronta diariamente.

Tenho visto e assistido o desesperado esforço dos deformadores de opinião e suas ferozes partners nas mídias ensandecidas de ódio e vassalas dos Barões das Comunicações, no sentido de fazer desaparecer da face da terra a demonstração de força da ampla maioria do povo hoje muito mais do que os quase 60 milhões que votaram no Capitão em defesa da tríade Deus, Pátria e Família. Um a um ou uma a uma vão caindo em desgraça e se desmoralizando, ou seja, virando lixo aos olhos do Brasil de hoje.

Por isso mesmo pouco acrescenta para o futuro deste Brasil que já exibe sua economia como modelo para um planeta em crise e que ocupa a cobiçada posição de líder do mundo em fornecimento de alimentos – aquilo tudo que se esconde e se distorce, aqui e no exterior, contra nossa gente e, como saltou aos olhos no "Dia da Independência", contra a mais legítima manifestação popular de se manter a "Nova Ordem Brasileira" a qualquer custo.

Nosso País conheceu o caos, a desordem, a dor e o sofrimento que nos foram impingidos pelo social-comunismo dos governos anteriores.

Nossa gente amargou o engodo e a desfaçatez dos tempos de FHC, tanto quanto a roubalheira sistêmica da gentalha de Lula e Dilma, bem como também o roubo, o contrabando e o descaminho de nossas riquezas, tudo consentido pela vermelhada em troca do reconhecimento daqueles desonrados da Pátria por governos de Países que nos sugam desde o ano de 1500, sem falar na entrega do nosso dinheiro suado para "narcoditadores" da "América Latrina" e isto, como disse anteriormente, ao longo de três décadas. Se não fosse um povo pacífico e crente na força da fé religiosa, talvez já tivesse lavado com sangue sua honra ultrajada. Tenham, pois, juízo seus malandros e se eu estivesse na pele de vocês não abusaria da sorte.

Agora se avizinha uma nova era de progresso e de paz. Acho bom que os agentes da dor e da desesperança aceitem isso e não desafiem a força de um povo sofrido e a divina comiseração de um DEUS, que nossa gente chama de brasileiro.

Artigo publicado originalmente no Diário do Poder.

José Mauricio de Barcellos, ex-Consultor Jurídico da CPRM-MME,  é advogado. 

 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e a foto de milhões

Ou... a disputa entre Lula e o atual presidente na qual a primeira-dama será a fiel da balança

Se, de um lado, Lula disse que Bolsonaro está “possuído pelo demônio”, do outro o presidente usou sua principal “arma” para ganhar a simpatia dos evangélicos: a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Até o dia 2 de outubro, o rosto de Michelle será visto com frequência. A imagem dela é muito positiva para a campanha, mas traz consigo um apelo religioso que tenta, a todo custo, humanizar a imagem de Bolsonaro. E aí que está o problema. A encenação dos dois tem um objetivo claro e nenhum deles faz questão de esconder isso. Bolsonaro discursa para os mais pobres. Michelle discursa para os evangélicos e para as mulheres.

A foto de Michelle beijando o rosto do marido é uma clara sinalização às mulheres, parcela do eleitorado que ainda mostra muita resistência em relação ao atual presidente. Segundo a nova rodada Genial/Quaest divulgada nesta quarta, 17, Lula vence Bolsonaro por 46% a 30% no eleitorado feminino. Embora ainda esteja perdendo, os números do presidente vêm melhorando ao longo dos meses: em março de 2022, ele tinha apenas 22% das intenções de voto entre as mulheres. Cresceu oito pontos em cerca de cinco meses.

Uma das estratégias da campanha do presidente é exatamente a presença de Michelle para melhorar a imagem dura e machista que o acompanha.

Brazil's President Jair Bolsonaro gestures next to his wife Michelle Bolsonaro during the launching of his re-election campaign for the upcoming national elections in October, in Juiz de Fora, Minas Gerais state, Brazil, on August 16, 2022. - Bolsonaro, 67, launched his campaign with a rally in Juiz de Fora, the small southeastern city where an attacker stabbed and nearly killed him during his 2018 campaign. The attack cemented Bolsonaro in the minds of die-hard supporters as
Jair ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro Mauro Pimentel/AFP

Em seu discurso em Juiz de Fora, Michelle usou e abusou dos termos religiosos. Ela usou o nome de Deus em vão, mas as palavras foram colocadas de forma proposital. Sempre falando de um “inimigo” que estaria rondando o país, Michelle falou que o marido viveu um milagre ao sobreviver à facada durante sua campanha em 2018. “Deus fez um milagre na vida do meu marido porque aqueles que pregam o amor e a pacificação atentaram contra a vida dele. Mas Deus é maior, e a justiça do senhor será feita. Que Deus dê sabedoria e discernimento ao nosso povo brasileiro para que não entregue a nossa nação aos nossos inimigos”, disse Michelle.

Michelle aceitou o papel que lhe deram. Foi para o “vale-tudo” em busca da reeleição do marido e não hesita em usar o nome de Deus e a fé dos eleitores para alcançar o objetivo final. Embora esteja apenas respondendo aos inúmeros ataques que sofreu dos bolsonaristas, Lula precisa tomar cuidado para não cair no mesmo erro de apelar para o abuso dos termos religiosos em busca de votos. [quando todos sabem que o descondenado é ateu.]

Matheus Leitão - Coluna em VEJA


sábado, 9 de abril de 2022

Bolsonaro ironiza chapa formada por Lula e Alckmin: "Kkkkkkkkkkkkkk"

Presidente compartilhou um tuíte nesta sexta-feira (8/4) em que o petista e o ex-tucano aparecem se cumprimentando, sorridentes, com a legenda: "A partir de agora é companheiro Alckmin e companheiro Lula"

[Chamamos a atenção para o fato do quanto um indivíduo em fim de carreira, rumo ao nada,  é capaz de fazer para receber holofotes.  
Condenado ao ostracismo que o eleitor lhe impôs, ao rejeitar suas candidaturas a presidente, Alckmin que sempre se apresentou como Católico, inclusive como membro da Opus Dei, na sua busca desesperada por holofotes para atenuar o seu ocaso, se associa a um ateu a um individuo que abomina qualquer religião e o único ser com o qual tem afinidade é o coisa ruim, o demônio. 
Tanto que em um dos seus recentes, cansativos e repugnantes vomitórios, o petista se declarou favorável ao aborto.
Alckmin tua escolha infeliz, maldita e sinistra se chama apostasia.
Vade retro, Satana]

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, nesta sexta-feira (8/4), a chapa formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), postulante ao Planalto, e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, como vice
 
(crédito:  Ed Alves/CB/DA.PRESS)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.PRESS)

O chefe do Executivo compartilhou um tuíte hoje em que Lula e Alckmin aparecem se cumprimentando, sorridentes. “Nossa vontade é de reconstruir o Brasil. A partir de agora é companheiro Alckmin e companheiro Lula”, diz o texto da legenda. Bolsonaro então comentou com uma larga risada traduzida por “Kkkkkkkkkkkkkk”.

Política - Correio Braziliense


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

O ESTADO LAICO E O MINISTRO EVANGÉLICO - Percival Puggina

Confundir estado laico com estado ateu é como confundir estado sólido com estado gasoso.

Diz-se laico do estado não religioso. Ateu é o estado totalitário que se faz objeto de culto. Surpreso com saber? Mais ainda ficará quando perceber que há quem queira precisamente essa anomalia para si e para todos nós.

Fiquei pensando nisso ao perceber a estarrecida surpresa de muitos jornalistas brasileiros, primeiro com a indicação e, logo após, com a aprovação de André Mendonça para a vaga existente no STF. Diversos senadores manifestaram-se, também, a respeito da tal suposta incompatibilidade. Não duvido que muitos dos votos contrários tenham sido motivados por ela. Sim, sim, no Senado há gente para todos os desgostos. “Na vida e em casa, a Bíblia; no STF, a Constituição”. 
A frase do ministro só não esclareceu quem, diante da luz da verdade, imediatamente coloca óculos escuros. Fotofobia da razão e da alma.
 
O Brasil estaria bem mais feliz se os dez colegas do novo ministro tivessem a Constituição como Bíblia de suas decisões e não a transformassem no Livro de uma seita muito particular, a serviço de suas próprias opiniões e irmandades.

Bem entendido isso, torna-se oportuno sublinhar que é discriminação e preconceito não admitir opinião ou argumento originário de algum ditame religioso, ou a ele semelhante.

Afirmar em tais ocasiões que “o estado é laico”, como quem passa a tranca na porta e encerra o assunto, é retórica farsante. É usar a palavra para bater a carteira do auditório.

Sabem por quê? Porque a única consequência da aceitação dessa trampolinagem é cassar a palavra da divergência sob uma alegação falsa. Não há o menor sentido em que opiniões com fundamento moral desconhecido ou inexistente, diferentes tradições, chavões jornalísticos, contraditórias referências científicas e até o mero querer de alguém ou de alguns sejam legitimados, mas se declare inadmissível algo inerente ou assemelhado ao saber cristão, amplamente majoritário na sociedade.

Com muita ênfase, os constituintes promulgaram a Constituição “sob a proteção de Deus”. Determinaram ser "inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livro exercício dos cultos" (art. 5, inc. VI). Afirmaram que "ninguém será privado de direitos por motivo de crença" (art. 5, inc. VIII).

Não, não são as opiniões de indivíduos ou, mesmo, de figuras públicas em que se perceba inspiração religiosa que violam a Constituição, mas as tentativas de os silenciar. Foi exatamente contra essa pretensão totalitária que os constituintes ergueram sólidas barreiras constitucionais.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. 


sexta-feira, 23 de julho de 2021

Roberto Jefferson faz ameaças e chama embaixador chinês de 'macaco'

Vídeo do ex-deputado federal e presidente do PTB circula em em grupos de WhatsApp 

O presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, aparece, nesta quinta-feira (22/7), em vídeo postado em grupos de WhatsApp com dois revólveres em punho, se colocando como "parte da resistência e da última trincheira da liberdade".

 Com um discurso cheio de clichês e desconexo com a realidade atual do país, Jefferson – pivô do escândalo do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010) –, aproveitou para enfatizar o discurso bolsonarista, que vê na China o seu alvo preferencial para críticas e ataques.

Jefferson parece estar em um clube de tiro, onde critica o comunismo, chama o embaixador chinês de “chinês malandro” e “macaco” e diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “tem que mandá-lo embora”. Só por cima do nosso cadáver é que vão implantar aqui um regime ateu-marxista-comunista, onde um palhaço, macaco dá ordens às pessoas”, diz o político, fazendo olhar de ensandecido e em tom de ameaça. [Nosso comentário: - será que foi um vírus que atacou o ex-deputado? ou foi o que atacou a deputada Joice Hasselmann? não entendemos a inclusão do macaco no 'desabafo'.

Política - Correio Braziliense


segunda-feira, 23 de março de 2020

Para saber se o sujeito é mesmo ateu, certifique-se de que ele não apela a Deus nas horas extremas - Alon Feuerwerker

E uma conta sobre a “imunidade de rebanho"


Dos grandes países afetados pela pandemia da Covid-19 o Brasil parece ser o mais atolado na guerra política. É um grave fator de risco no enfrentamento do problema. Outra variável fundamental é a rapidez da reação ou, ao contrário, o atraso para cair a ficha. Está matematicamente comprovado que tomar providências ontem em vez de hoje, ou anteontem em vez de ontem, produz efeitos benéficos para lá de significativos.

O atraso nas ações contra o novo coronavírus tem duas raízes principais: a subestimação do problema e o receio de ferir de morte a economia com medidas excessivamente drásticas. A primeira raiz mistura legítimas curvas de aprendizado e wishful thinkings. O pensamento mágico supõe a prevalência da vontade sobre a razão. É humano tender a acreditar nas explicações que minimizam os sacrifícios necessários e projetam o futuro menos doloroso. Aliás esta é uma crise inanalisável, inclusive no aspecto político, sem alguma dissecção da natureza humana.

Nos últimos dias a ficha parece finalmente ter caído.
As ruas das cidades brasileiras esvaziaram-se e o país entrou em forte desaceleração. Na falta de um sistema coerente e centralizado capaz de impor rapidamente a necessária disciplina social, tivemos de esperar pela decantação da consciência coletiva. E adianta pouco reclamar. Assim como as pessoas, países também têm suas naturezas, que precisam enfrentar situações extremas para finalmente mudar.

Uma pergunta ainda não respondida, talvez por não ser mesmo prioritária, é “como vai ser o Brasil quando a Covid-19 passar?”. Os otimistas dirão um país mais solidário, menos tolerante às desigualdades, mais exigente quanto ao padrão dos governantes e mais atento à qualidade dos serviços que o Estado precisa prover para atender às necessidades da sociedade que o financia.

Um aspecto em que talvez os otimistas estejam certos:
a valorização do Sistema Único de Saúde parece ter enveredado por um caminho sem volta. Os governos, em primeiro lugar o federal, precisarão enfrentar para valer a equação do financiamento do SUS. Quando até um governo em que a área econômica é fortemente liberal apresenta, principalmente pelas palavras do ministro da Saúde, o SUS como nosso grande trunfo, fica claro que uma página foi virada.

Mesmo que os otimistas sejam lá na frente frustrados,
sempre a maior probabilidade, outra coisa parece que veio para ficar: a reabilitação do papel do Estado. Na hora da dificuldade extrema, o setor privado aparece bem quando se coloca à disposição para ajudar, mas a sociedade volta-se mesmo, e unanimemente, para os governos. É aquela história: para saber se o sujeito é mesmo ateu, procure verificar se ele não apela a Deus nas horas extremas.

LEIA TAMBÉM: Nova York e São Paulo. E o oportunismo

*

O Reino Unido desistiu de deixar o pessoal se infectar para o coletivo adquirir a “imunidade de rebanho”. 
Mudou de ideia quando lhe contaram que morreriam pelo menos uns 250 mil súditos da rainha. 
Qual seria a conta a pagar aqui se essa opção fosse adotada? 

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político - Análise Política



terça-feira, 12 de junho de 2018

Cúpula petista enlouquece de vez: quer envolver Papa na prisão do condenado Lula

Visita de advogado a Lula não foi em nome do Papa, diz Vaticano

Papa também não enviou terço, ao contrário do que disse o PT; Santa Sé disse que rosário foi apenas 'abençoado'

PT afirmou que emissário do Santo Padre levou terço de presente ao ex-presidente. Santa Sé nega

O Vaticano esclareceu que o advogado argentino Juan Grabois, impedido de encontrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, na tarde desta segunda-feira, fez a visita "a título pessoal" e não em nome do Papa Francisco. Segundo a nota, o terço levado por Grabois ao petista não foi enviado pelo Santo Padre, apenas "abençoado" pelo Papa.


"Em mérito às notícias circuladas sobre o suposto envio de um terço pelo Papa Francisco ao ex-presidente Lula, esclarecemos que o advogado argentino Juan Gabrois, fundador do Movimento dos trabalhadores excluídos tentou fazer uma visita - a título pessoal - ao ex-presidente", diz a nota publicada no site Vatican News.

Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Vatican News é o site de notícias da Santa Sé. A CNBB, por sua vez, também disse desconhecer o envio do terço pelo Papa ao ex-presidente.  Ainda de acordo com a CNBB, o advogado é "ex-consultor" do Pontifício Conselho de Justiça e Paz. O Partido dos Trabalhadores (PT) havia divulgado em seu site oficial que Grabois era um emissário do Papa para assuntos de Justiça e Paz.

Nas redes sociais de Lula, utilizadas pela equipe de campanha do ex-presidente, foram feitas postagens de notícias que diziam que o Papa havia enviado o rosário ao ex-presidente. Após tentar visitar o ex-presidente, Grabois deu entrevistas na porta da PF e não disse ser um emissário do Papa. Apenas lamentou seu impedimento e fez críticas ao judiciário e disse que a democracia brasileira está em risco. [Durante a Bênção Papal, Urbi et Orbi, dada por Sua Santidade, o Papa Francisco, qualquer um que estiver na Praça São Pedro e apresentar um terço, uma imagem de santo, chaves de um carro, de uma casa, o objeto apresentado será abençoado automaticamente - a benção se estende a milhares e milhares de objetos.

Óbvio que um terço abençoado tem um grande valor no sentido religioso - especialmente para os católicos; Lula é ateu.

Mesmo que o terço tivesse sido enviado pelo Papa, seu valor político seria nulo, haja vista que a Santa Sé não interfere em assuntos judiciais; porém  manifestar piedade e perdoar (pecados) estão entre as práticas inerentes ao Catolicismo, especialmente quando se trata do Chefe Supremo da Igreja Católica, o Papa, que é também o vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja.

Mas, no caso do terço que o advogado tentou entregar - um ex-consultor de um dos conselhos da Igreja Católica (condição de ex destacada pela CNBB) - o Santo Padre sequer sabia que naqueles milhares de terços, havia um que o seu portador pretendia entregar a um condenado pela Justiça brasileira.

DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS, O QUE É DE DEUS (Marcos 12-17)
A Igreja ao divulgar uma nota no site Vatican News  e a posição da CNBB, deixam bem claro que para o assunto Lula vale o trecho do Evangelho de Marcos acima destacado.
Falando em português claro: perdoar pecados é assunto da Igreja Católica, cumprindo mandamento de DEUS; 
absolver bandido é assunto da Justiça terrena.]