UATAFAC? Ou a volta dos nove dedos
Quer dizer que isso aí
é isso aí mesmo?
A canalhada quer a volta de ninefingers pelo atalho de um ministério picareta? Quer o nojento-chefe escondido num carguinho
qualquer que lhe garanta a blindagem de um foro privilegiado? Isso aqui só pode
ser o Brasil mesmo. O país da impunidade rampeira. O país dos inimputáveis. O
país dos elogios rasgados a tudo o que é essa pilantragem nojenta que nos
empurram dia sim e dia também por aqui.
Não é para menos que o brasileiro
— qualquer brasileiro — esteja a ponto de explodir. Não é saudável termos no poder gente com essa
índole cortejando uns aos outros numa festinha indecente; siameses na rapinagem do Estado elefante que nos gatuna o
futuro do país. Lembro muito bem das lições que tive de minha advogada —
uma das melhores do país, mas que nunca defendeu bandido — sobre a tal “consciência jurídica” que se forma num
processo. Os caras querem fugir,
dissimular, mentir, provocar, negociar com as autoridades, de modo a continuarem inimputáveis, reincidentes, criminosos
e servidores públicos.
É um escárnio. Em que lugar decente deste planeta um programa de partido
como o de ontem teria voz e vez, escoiceando a plebe rude? O Goebells em compota — mais conhecido como Santanão — bem que tentou dourar o supositório antes de expô-lo ao
mundo. Não colou. Ocupado com minhas panelas, não vi, não li, nem
entendi do que se tratava aquela tramoia. Vendo depois, tudo fica claro.
O PT quer provocar o
país. Quer assustar o cidadão. Quer dissimular. Esconde a roubalheira endêmica
com a peneirona da ideologia rombuda e os eufemismos de quem é mestre na
prestidigitação. Que eu saiba, toda a
história da humanidade está recheada de calhordas que, mais cedo ou mais
tarde, revelaram sua reaL natureza. O que vai por aqui é a tentativa mais torpe
e pusilânime de enganar a plebe rude mais uma vez.
Não há um cretino
agora,
daqueles pagos pela mortadela oficial com o nosso dinheiro público, que venha defender o legado desses bandidos. Estão todos assustados com o banho de imersão que pode matá-los, grudados que foram na bolsa de
gônadas dos chefes de toda essa vigarice. E a mulher-erectus continua lá, grudando velcro no Planalto.
Alheia aos gritos inclementes da nação danada, que pede que a rendição se dê em
condições de civilidade.
O partido vem à público
desafiar a sociedade,
meus
caros. Bem se vê de que forja foram feitas essa fundas picaretas, que atiram no
cidadão comum a pedrada da indecência na política. Ontem foi o dia de muitas lideranças cacarejarem em coro. Foi o dia
de pedir entrevista até com o porteiro do Congresso. Todos juntos e irmanados numa tal de governabilidade, que nada mais é que a senha para roubar mais um pouco,
enquanto ainda há tempo. Pouco tempo.
Não há contemporização
que chegue com essa gente no poder, meus caros. A carta-renúncia da mamulenga já foi escrita. Num país tão louco que a dona
pediu ajuda aos universitários — com
diplomas falsos como o dela — para redigir o documento que ela não pretende
entregar a ninguém. O que ela quer mesmo é se vestir para a guerra, tal qual um
Rambo fora de esquadro, brandindo sua baionetinha velha nos transeuntes, de
modo a mostrar quem ainda manda por aquelas paragens e paredes.
Vá cuidar do netinho superfaturado. Aproveita enquanto a
cabeçona manca ainda se sustenta sobre o pescoço. A do meu sobrinho,
por exemplo, foi abatida a pauladas recentemente. Encara esse país que vocês
governam, uma farsa gigantesca chamada Brasil, agora que ele tá lá fora do
palácio, te esperando.
Por: VLADY
OLIVER