Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A
ação da Polícia Federal ontem atinge o coordenador das redes sociais do
ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
O filho dele, vereador Carlos
Bolsonaro, que está, se não me engano, no sexto mandato. É do
Republicanos.
Ele sempre coordenou as redes do presidente.
Fizeram busca
e apreensão na casa de Jair Bolsonaro, em Angra, na residência de
Carlos, na Barra da Tijuca, no escritório, no gabinete de Carlos na
Câmara de Vereadores, também no endereço em Brasília, em Formosa e em
Salvador. Então atingiu um dos pontos básicos da popularidade de
Bolsonaro através das redes sociais.
E, logo no dia seguinte, a uma live que teve 470.960 pessoas acompanhando ao vivo.
Isso dá muito mais que 10 vezes aquelas lives do presidente Lula, das quais ele acabou desistindo por falta de audiência.[apesar do 'dedo podre' na hora de votar, os brasileiros não conseguem 'engolir' o que o presidente 'da Silva' expele em suas manifestações via redes sociais.
Este link conduz a um vídeo no qualo senhor de todos os males, decreta enfaticamente que não se deve dar aumento para miseráveis,visto que recebendo qualquer tiquinho de aumento eles não votam no pt = perda total.
Expressa sua recomendação que melhorar, ainda que um tiquinho, a vida dos pobres, dos miseráveis = PT perde votos = eles melhorando de vida não votam no PERDA TOTAL = pt.]
Mas atinge também a velha mídia, que começou o dia com duas fake news,
dizendo que quando quando a Polícia Federal chegou, a família Bolsonaro
fugiu de lancha no Oceano Atlântico.
Quando a verdade é que eles tinham
saído muito cedo para ver o sol nascer no mar e quando souberam,
voltaram para casa e ficaram lá com a Polícia Federal até irem embora.
Intimou Carlos Bolsonaro a prestar depoimento, teria levado, segundo o
deputado Eduardo Bolsonaro, o celular de um dos seguranças ou assessores
de Bolsonaro, que não tinha nada a ver com coisa nenhuma. Enfim, a
causa teria sido uma ex-assessora do gabinete da Câmara de Vereadores de
Carlos Bolsonaro, que teria mandado uma mensagem para Alexandre Ramagem
dizendo que estava precisando de ajuda, que era para saber sobre dois
processos, dois inquéritos que envolveriam o presidente e três filhos.
O
que é muito difícil de acontecer, porque para abrir um inquérito, para
ter um inquérito sobre o presidente da República, tem que ter expressa
votação da Câmara dos Deputados. É uma coisa muito, muito grave.
Outra fake news
é de que foi encontrado com Carlos Bolsonaro um computador da Abin.
Não, foi encontrado um computador da Abin com uma funcionária da Abin,
um computador funcional de posse da funcionária, que é mulher do militar
que era da Abin no tempo de Ramagem, e que está morando em Salvador e
que foi objeto de busca e apreensão também. Foi isso que aconteceu.
Bolsonaro deu uma entrevista na Jovem Pan, reclamando das fake news
e dizendo que temem a popularidade dele porque não conseguem descobrir
quem mandou o Adélio Bispo esfaqueá-lo.
E o problema todo é que eles não
conseguiram nada de corrupção, de propina, de desvio, então ficam
tentando alguma coisa.
Itamaraty Como se sabe, o Itamaraty entrou numa fria, a mando do presidente da República, aderindo àquela queixa da África do Sul, querendo demonstrar no Tribunal Internacional de Haia, da ONU, que Israel seria genocida. E o tribunal decidiu que não, e que sim, o Hamas tem que liberar os reféns. Pois agora, o The New York Times publicou a noticia sobre integrantes do Hamas que são funcionários da agência de assistência e obras da ONU, que opera lá na faixa de Gaza. Um deles, por exemplo, sequestrou uma israelense, o outro distribuiu munição, tinha granadas em casa, um terceiro participou do massacre onde foram mortas 97 pessoas. De 12 ou 13 apontados, dois já estão mortos e nove foram demitidos pela ONU. Mas, a consequência, 12 países cortaram a ajuda, inclusive ajuda pesada, como dos Estados Unidos, da Alemanha, do Reino Unido, do Canadá e do Japão. Só o Brasil que está fora dessa, nesse caso envolvendo a agência que existe desde 1948. E ontem, o ministro de Relações Exteriores de Israel, o Israel Katz, recusou-se a receber o Filipe Lazzarino, que é o comissário-geral dessa agência da ONU. Disse que apoiadores de terrorismo não são bem-vindos. E o governo brasileiro?
A demarcação de espaços entre o Senado e o Supremo, comandada pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, vai sair do discurso e ganhar uma decisão efetiva nesta segunda quinzena de outubro.
O Senado discute hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impõe limites às decisões monocráticas dos ministros do STJ e do STF.
Com o debate realizado nesta quinta-feira, Pacheco vai pautar a votação
em plenário da PEC para a semana que vem. Quem conhece os humores do
Senado, não tem a menor dúvida de que a matéria será aprovada.
Pela proposta, apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR),
não será mais permitido que um ministro tome decisões individuais que
suspendam a eficácia de uma lei ou de um ato normativo com efeito geral
ou ainda que suspenda atos dos presidentes da República, do Senado, da
Câmara ou do Congresso.
A PEC também estabelece que pedidos de vista deverão ser concedidos coletivamente e por prazo máximo de seis meses.
Quem manda no Brasil de hoje não quer que ex-presidente se candidate em pleito nenhum
O
que adianta fazer eleições, e ainda por cima gastar R$ 10 bilhões por
ano com a chamada “Justiça Eleitoral”, mesmo nos anos em que não há
eleição nenhuma, se quem conta não é o eleitor, mas sim uma congregação
de funcionários a serviço do governo, que nunca recebeu um voto na vida –
mas resolve tudo o que realmente tem importância prática?
Esse grupo, o
TSE,
decide quem pode ou não pode ser candidato.Decide o que os candidatos
podem ou não podem falar na campanha eleitoral.
Decide, se assim quiser,
cassar o mandato de quem foi eleito – mesmo deputados federais já
diplomados e no exercício do mandato há quatro meses.
O processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro não é um processo, nem tem alguma coisa a ver com a lei, ou com a noção de que todo cidadão é inocente até o acusador provar a sua culpa. É um ato de repressão política em estado bruto – a atitude que se espera, na verdade, de um regime a caminho de se tornar totalitário. O que conta, no caso do ex-presidente, não é a razão. É a força. Os que mandam no Brasil de hoje não querem que ele dispute nenhuma eleição,porque têm medo de que possa ganhar – é isso, e só isso.
É uma violência que não existe em nenhuma democracia decente.
Bolsonaro pode ter sido um mau presidente; pode ter sido o pior presidente que o Brasil já teve.
Mas isso não lhe tira os direitos que a Constituição garante para qualquer cidadão deste país – a começar pelo direito de ter as suas próprias opiniões políticas. Ele não fez nada contra a lei.
O seu crime é ser de direita, pois o entendimento do alto Poder Judiciário, no Brasil de hoje, é que ser de direita é ilegal.
Bolsonaro
perdeu a eleição e deixou o cargo na hora prevista, sem interferir em
absolutamente nada no processo eleitoral – que “golpe” é esse em que o
“golpista”, em vez de ficar, vai embora?
Ele disse a um grupo de
embaixadores que desconfiava da integridade do sistema eleitoral.
E onde
está escrito que é ilegal duvidar das urnas eletrônicas – ou estudar a
Constituição para ver se ela pode ser aplicada, como está nos
“documentos do golpe”?
Centenas de figuras públicas, e milhões de
brasileiros, também duvidam das urnas – que crime seria esse?
Bolsonaro
não está sendo culpado pelo que fez. Sua culpa é ser quem é.
Os eleitores do Paraná elegeram no ano passadoDeltan Dallagnol e Sergio Moro para a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, achando que tinham exercido o direito constitucional de escolher seus representantes ao Congresso Nacional.
Sua decisão não deixou dúvidas. Deram 350 mil votos a Dallagnol – a
maior votação que qualquer candidato a deputado federal obteve no
Paraná.
Moro também ficou em primeiro lugar na preferência do eleitor;recebeu quase 2 milhões de votos.
Mas
os paranaenses estavam enganados, num caso e no outro. Seu direito ao
voto foi anulado, em Brasília, por um grupinho de burocratas que jamais
recebeu um único voto de ninguém e funciona, hoje, como uma repartição
pública a serviço do governo Lula,a quem presta obediência e oferece a possibilidade de eliminar adversários da vida política brasileira.
O Brasil de hoje tem eleições, mas os eleitores não têm o direito de escolher quem quiserem para os cargos públicos
Para atender os desejos pessoais de vingança do presidente da República, e as exigências de seus senhores, os ministros do Supremo Tribunal Federal, o TSEcassou o mandato de Dallagnol, sem fazer o menor esforço para
justificar a sua decisão com algum motivo legal decente. Prepara-se,
agora, para cassar o mandato de Moro,outro que está no topo da lista
negra do consórcio STF-Lula.
Vão inventar alguma desculpa, como no caso
do deputado, mas a ilegalidade será a mesma.
O Brasil
de hoje tem eleições, mas os eleitores não têm o direito de escolher
quem quiserem para os cargos públicos.O TSE pode, simplesmente, anular
os seus votos quando não gosta do nome que escolheram, como fica provado
nestes dois casos.
Às vezes é o STF, diretamente, quem ordena a
cassação; aconteceu com o governador de Brasília, [o único que merecia e continua merecendo ser cassado, por absoluta e total incompetência administrativa;
o que mais entristece é que os eleitores de Brasilia, em sua maioria possuidores do famigerado 'dedo podre', simplesmente, reelegeram,em primeiro turno, o desastre Ibaneis, vulgo ENGANÊS.] deposto do cargo por
uma portaria do ministroAlexandre de Moraes,
e depois colocado de novo lá, por decisão do mesmo ministro.
Outros
parlamentares estão na mira dos cassadores, a pedido do PT e dos seus
partidos-satélites. É democracia,
isso aí?
O voto do cidadão só tem valor se receber a aprovação do TSE e
do STF; o que adianta, na prática, um direito desses? Não é mais um
direito – é uma concessão de quem manda no governo, e parte de uma
encenação hipócrita que tem a finalidade de dar ao país e ao mundo a
aparência de que há uma democracia no Brasil, com “eleição livre” e
outros adereços.
O TSE é uma deformação legal que não existe em democracia nenhuma
em todo o planeta – o que se tem, lá, são simples serviços que cuidam da parte
operacional das eleições, e não se dão o nome de “justiça eleitoral”, nem escolhem
quem pode ou não pode ser candidato e, muito menos, têm o poder de cassar mandatos.
Eleição, numa democracia de verdade, é considerada um direito do eleitor – não
um caso para a justiça.
No Brasil de hoje é contrário: o mais importante numa eleição
não são os eleitores, nem os candidatos, mas sim o TSE.
É assim antes, durante
e até depois da votação.
Dallagnol já estava diplomado, ou seja, já era
legalmente deputado federal, quando cassaram seu mandato.
Na
Constituição está escrito, de forma indiscutível e sem espaço para
nenhum tipo de dúvida, que só a Câmara pode retirar, com votação em
plenário, o mandato de um deputado –mas e daí? É igual com Moro: estão
querendo cassar o seu mandato de senador seis meses depois da eleição.
Tudo isso, para completar, custa uma fábula para o pagador de impostos –
10 bilhões de reais por ano, mesmo nos anos em que não há eleições,
incluindo-se aí o TSE, os 27 TREs estaduais e o resto da geringonça. É
isso mesmo: 10 bi. É muito dinheiro, para sustentar uma polícia que não
protege ninguém de nada, e só serve para suprimir direitos do cidadão.
Novamente a censura... Vocês devem estar pensando isso e achando chato,
mas nunca esqueçam que a liberdade de expressão é a maior e mais
fundamental das liberdades, sem a qual as outras podem perecer e
esvair-se, por entre os dedos, a própria democracia. Tal aspecto é
reconhecido peladeclaração de princípios sobre liberdade de expressão (leia),
da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ao estabelecer no
artigo 1º: “A liberdade de expressão, em todas as suas formas e
manifestações, é um direito fundamental e inalienável, inerente a todas
as pessoas. É, ademais, um requisito indispensável para a própria
existência de uma sociedade democrática”.
Nos anos da intervenção militar no Brasil, para quem não viveu ou não
lembra, as notícias que seriam publicadas eram submetidas a um CENSOR
(agente do Governo, termo relembrado por editorial
do Estado de São Paulo), o qual lia o texto e liberava ou não a
publicação, quando não concordava com o teor apunha um carimbo na
matéria com o termo “censurado”. Os jornais ou revista, para evitar o
espaço em branco criaram o costume de colocar no lugar uma receita,
normalmente, de bolo.
Embora tardio o protesto do Estadão, mostra como a preocupação deve ser
de todos, inclusive, dos membros da ex-imprensa, pois pau que bate hoje
em Chico pode bater amanhã em Francisco e a história bem o demonstra.
Porém, o que estamos vivenciando no atual momento do Brasil vai além...
O
Censor, segundo o Estadão, está muito mais para “ministro”, do
Ministério da Verdade do seminal “1984”. Na distopia de Orwell, a função
de Wiston, personagem central, não era censurar, mas alterar a verdade,mudando as matérias para ficarem de acordo com o pensamento dos donos
do poder. Em suas palavras:
“Nenhuma notícia ou opinião que conflitasse com as necessidades do
momento poderiam permanecer gravadas. Toda a história era um
palimpsesto, raspado e regravado quantas vezes fossem necessárias. Uma
vez feita a alteração, era impossível provar que qualquer falsificação
fora aplicada”.
Não foi exatamente o que ocorreu com o Telegram? Não bastava censurar. O
aplicativo além de não poder expressar sua opinião sobre tema que
impacta fortemente sua atividade, o PL 2630, foi obrigado a colocar no
lugar – não a receita de bolo, mas como Wiston fazia – a versão oficial
“do censor”, segundo a qual estaria desinformando (mentindo), conceito
que inexiste legalmente no Brasil e será incorporado caso o PL seja
aprovado.
O desespero para aprovar o PL parece a necessidade de
justificar legalmente os atos praticados há algum tempo, ao arrepio da
Lei.
Como diz um dos considerandos da declaração de princípios, acima citada:
“ao se obstaculizar o livre debate de idéias e opiniões, limita-se a
liberdade de expressão e o efetivo desenvolvimento do processo
democrático”.
Suprimida a principal liberdade, não duvidem, muitas outras serão
suprimidas. Vejam, não à toa, já surgiu proposta para regulamentar a
“liberdade de manifestação”,e a filha do autor de tal proposta,“falando em nome da OAB”, sugere a criação de um órgão para fiscalizar as redes sociaise, ao que parece, em breve será proibida a liberdade de oposição
em nossa Pátria.
Na decisão de cassação de um Deputado Federal foi
criada a jurisprudência heptadimensional da bola de cristal, pois
baseada em previsões futurísticas, que se soma, no rol de grandes
novidades do processo penal brasileiroao flagrante perpétuo com
expedição de mandato!.. Pobre Brasil
Será que chegaremos à tão sonhada, por tantos, “democracia” de Partido
único!... Rezo com muito fervor para que o Brasil não seja testemunha
disso!..
“Quando a liberdade de expressão nos é tirada, logo poderemos ser levados, como ovelhas, mudos e silenciosos, para o abate.”George Washington.
A “Justiça Eleitoral” e os seus patrocinadores-parceiros do governo Lula acabam de fazer uma agressão sem precedentes aos eleitores do Paraná – na verdade, é uma agressão aos eleitores de todo o Brasil que acreditam, com base na Constituição, que têm o direito de votar livremente para escolher os candidatos da sua preferência nas eleições.
O TSE acaba de decidir que esse direito não existe mais.
Numa trapaça primitiva da ordem legal, que ficará marcada para sempre pela infâmia, cassou o mandato de Deltan Dallagnol, deputado federal mais votado do Paraná.
Ele não fez nada que pudesse justificar essa punição, nos termos da lei em vigor. Mas cometeu dois pecados mortais na política brasileira de hoje. É uma das vozes mais fortes da nova oposição, eleita em 2022 – e nem o governo, nem o TSE, estão admitindo uma Câmara de Deputados que dê trabalho. Além disso, foi um promotor ativo da Operação Lava Jato e nas condenações de Lula pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro – e isso o transformou, junto com o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro, num objeto da vingança pessoal de Lula.
Eis aí porque foi realmente cassado; o resto é mentira.
O que adianta fazer eleição, neste Brasil de Lula, do TSE e do resto do aparelho judicial, se o governo pode anular o resultado?
O presidente declarou em público que não iria descansar enquanto não conseguisse sua “vingança” contra “essa gente”.
O que mais seria preciso dizer para demonstrar a má fé orgânica de todo o processo de cassação? Está tudo errado com ele.
O juiz que decidiu o caso é aquele que recebeu tapinhas no rosto de Lula, em manifestação aberta de carinho, nas festas para comemorar sua volta à Presidência. É o mesmo que disse “missão dada, missão cumprida” na cerimônia de diplomação.
A sessão do TSE que julgou a cassação durou 1 minuto.
Pior que tudo foi a exibição de desprezo pelo direito de voto.
O mandato de um cidadão eleito pelo povo é um bem jurídico de primeiríssima grandeza.
Não pode ser cassado como se cassa uma carteira de habilitação – a lei exige, para isso, provas exaustivas da prática de delitos pelo portador do mandato.
Com Dellagnol não houve nada disso. Houve exatamente o contrário: acusações de quinta categoria, amarradas com barbante e passíveis de contestação por qualquer advogado de porta de cadeia. É natural: o TSE, Lula e o resto do seu sistema não tinham nenhum interesse em produzir provas de verdade, ou argumentos jurídicos sérios.
Queriam a cassação, só isso. E como têm a força do seu lado, não precisavam do direito;precisavam é de um despacho do TSE, e mais nada. Foi o que conseguiram.
Dallagnol não estava respondendo a nenhum“procedimento administrativo disciplinar”no Ministério Publico quando renunciou a seu cargo para se candidatar a deputado, o que poderia invalidar o registro. E depois disso?Depois disso não foi condenado por absolutamente nada.
O TRE do Paraná, a propósito, já tinha julgado o seu caso; decidiu, por unanimidade, que sua candidatura foi perfeitamente válida.
Mas o TSE julgou que o deputado agiu de forma “capciosa” ao renunciar – segundo o ministro da “missão cumprida”, era “inevitável” que ele viesse a responder a procedimentos no futuro e, portanto, tinha de ser cassado por conta do que poderia acontecer, em nome da “Lei da Ficha Limpa”.
É mais uma novidade da atual Justiça brasileira: a punição por delitos ainda não cometidos, nem investigados e nem julgados.
Ou seja: a ficha de Dellagnol é limpa – muito mais limpa, pelo menos, que a ficha do presidente da República. Mas ele está condenado porque o TSE decidiu que esse tipo de ficha limpa é, no seu entender, ficha suja.
A ação do TSE é um atentado à democracia.É o uso da autoridade e do poder de aplicar a lei para fraudar a vontade popular expressa em eleições – um dos fundamentos mais elementares de qualquer regime democrático do mundo.
O que adianta fazer eleição, neste Brasil de Lula, do TSE e do resto do aparelho judicial, se o governo pode anular o resultado?
Qual será o próximo passo?
A nomeação dos deputados por portarias da Casa Civil ou do Ministério da Justiça?
Padroeiros de bandidos bilionários tentam confiscar o mandato de deputados inocentes
Membros do grupo Prerrogativas | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução/Gabriela Araujo
A humanidade está duas doses (de uísque) abaixo do normal, ensinou nos anos 50 o ator Humphrey Bogart no século passado. E a meia garrafa (de vinho) da revogação do sentimento da vergonha, provaram em 17 de janeiro de 2022 os advogados Alberto Toron e Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. A dupla foi escolhida para saudar, no clímax do jantar organizado por bacharéis em Direito aglomerados no grupo Prerrogativas, a celebração do casamento político que juntou Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. O atraso da programação do evento em curso no restaurante em São Paulo prolongou a fase de aquecimento etílico. Quando a hora da discurseira chegou, os doutores estavam no ponto para matar de inveja o orador oficial do mais detestável clube dos cafajestes.
Toron aproximou-se do microfone sobraçando uma beca, limpou a garganta com um pigarro e, com a expressão deslumbrada de criança que está contemplando uma aparição da Virgem Maria, explicou por que a estrela do jantar merecia vestir aquela prima pobre da toga muito apreciada por sumidades da série B do Campeonato Judiciário. “O presidente Lula é o mais elevado símbolo da Justiça”, caprichou Toron na condecoração retórica. É preciso muito treino para erguer a tais altitudes, sem ficar ruborizado, um condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por nove magistrados de três instâncias distintas.
Não é para qualquer um aposentar a deusa Themis e substituí-la por um larápio que ficaria na gaiola bem mais que 580 dias se uma chicana urdida no Supremo Tribunal Federal não o tivesse devolvido aos palanques. O que fez Toron, portanto, não foi pouca coisa. Mas pareceu quase nada depois da performance de Mariz.
Louvado por seus contemporâneos, incensado pelos jovens discípulos, o veterano criminalista especializou-se em defender o indefensável.
A lista de clientes informa que os serviços de Mariz raramente são requisitados por inocentes.
A galeria dos fregueses famosos é ornamentada por celebridades como o jornalista Antônio Pimenta Neves(que matou a namorada com um tiro nas costas e outro na cabeça) ou Suzane Von Richthofen (que encomendou o assassinato de seus pais ao namorado).
O craque em casos cabeludíssimos conseguiu enxergar uma certa doçura em Suzane e socorreu Pimenta Neves com uma tese audaciosa.
O jornalista homicida não precisava de cadeia, garantia o doutor. É que a dor provocada por uma curta notícia sobre o caso em qualquer página de jornal era muito mais devastadora que cinco anos de isolamento no pior dos presídios.
Doutores que calculam honorários em dólares por minuto encontraram sua Serra Pelada na maior operação anticorrupção da história
Gente assim não nega fogo, sabiam os participantes da noitada no restaurante. Mas nenhum imaginava que o segundo orador fosse tão longe com o que recitou enquanto mirava os olhos de Lula: “Se o crime já aconteceu, de que adianta punir? Pode até punir, mas a corrupção não vai acabar”. Com 18 palavras, duas vírgulas e um ponto de interrogação, Mariz ensinou que a taxa de criminalidade só será reduzida com a absolvição dos bandidos no minuto seguinte à consumação do crime, justificou a soltura de Lula, aplaudiu a agonia da Lava Jato, imortalizou a corrupção, mostrou como se esvaziam sem motins nem rebeliões todos os presídios superlotados e deixou claríssimo que o país só terá jeito quando tratar com carinho e respeito a população fora da lei.
O Brasil decente demorou um ano para descobrir que a face sórdida do Prerrô, exibida pela dupla Toron e Mariz, não é mais sombria que a outra, escancarada neste janeiro por bucaneiros do grupo. Com uma liminar encaminhada a Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, um punhado de padroeiros de meliantes sem cura tentou suspender a posse de 11 deputados federais eleitos em outubro e já diplomados pelo TSE.
A ofensiva destinada a guilhotinar milhões de votos se ampara numa mentira grosseira: os parlamentares teriam apoiado a erupção de violência registrada na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.
A fantasia camufla o motivo real da agressão à democracia: os 11 alvos não pertencem à seita que vê em Lula seu único deus.
Moraes, desta vez, fez o que a lei e a sensatez determinam: solicitou o parecer da Procuradoria-Geral da República, que demorou poucas horas para recomendar o sepultamento do aleijão jurídico. Com igual agilidade, o ministro comunicou aos estafetas do Prerrogativas — Prerrô, para os íntimos — que houvera um erro de destinatário.
Denúncias do gênero, desde a diplomação, devem ser endereçadas à direção da Câmara dos Deputados e/ou à comissão encarregada de lidar com possíveis atentados ao decoro.
Assim, quem sonha com a liberdade de criminosos juramentados enquanto faz o diabo para confiscar mandatos legitimados pelo voto popular que vá cantar em outra freguesia.
Ou empregue o tempo ocioso na exploração da mais recente jazida localizada no território desmatado pela Lava Jato. Começou a corrida rumo aos tesouros vislumbrados nas dobras e brechas dos acordos de leniência.
As contas bancárias dos cardeais do Prerrô engordaram muitos milhões graças à expansão da clientela composta de poderosos patifes — que se imaginaram condenados à eterna impunidade até começarem a ouvir, sempre às 6 da manhã, pressagas batidas na porta.
Foram para a cadeia diretores da Petrobras nomeados por Lula, executivos do segundo escalão apadrinhados por Lula, empreiteiros e industriais associados a Lula, ministros de Lula, parentes de Lula, tesoureiros do PT escolhidos por Lula, dirigentes de partidos subordinados a Lula, fora o resto.
Essa gente tinha dinheiro de sobra para bancar a incessante procissão de espertezas judiciais, recursos e pedidos de habeas corpusque só começou a minguar quando o STF resolveu estancar a sangria e chegou ao epílogo com a libertação de Sérgio Cabral.
Os bons tempos podem voltar com o tesouro exposto pela suspensão do combate aos corruptos. A vigilância de juízes federais honestos e procuradores sem medo desapareceu.
Por que não interromper o pagamento das parcelas fixadas nos acordos de leniência, que livraram de punições donos de empresas envolvidas na imensa ladroagem, e embolsar o bilionário fruto do calote?
Puxada por Joesley Batista, chefão da J&F, a fila dos espertalhões vai crescendo com a incorporação de negociantes que não vivem sem a companhia de advogados sabidos.
A Justiça parece sem tempo nem paciência para preocupar-se com mais um avanço dos quadrilheiros.
Deve estar ocupada demais com o combate a difusores de fake news, arquitetos de intentonas golpistas e parteiros de atos antidemocráticos. Gente assim precisa ser presa já, antes que aconteçam os crimes que não pretende cometer.
Apesar de o número de candidatos pretos ou pardos superar o de
brancos, dificilmente essa proporção se traduzirá em conquista de
mandatos. Desigualdade na distribuição de recursos e legislação frouxa
contribuem para a exclusão [pela mais simples das razões: NÃO RECEBEM VOTOS SUFICIENTES PARA SEREM ELEITOS - 'os eleitores no momento de votar não estão sujeitos às cotas, em consequência, seus votos também não sofrem nenhuma imposição, seja qual for.
- cotas valem para concursos públicos, podem impor maior parcela do fundo partidário em função do número de candidatos cotistas e uma porção de outras exigências.
Mas são eleitos, independentemente da raça, os que conseguirem convencer o eleitor que merecem seu voto.
Mas o voto continua dependendo do eleitor, sua soberania não pode ser cassada por imposição ou qualquer outra forma.]
Pela primeira vez, o número de pedidos de registro de candidatos negros
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) superou o de postulantes brancos
desde que teve início a autodeclaração de raça, em 2014. Neste ano,
houve 14.698 candidaturas de autodeclarados pretos ou pardos,
representando um total de 50% dos registros. O dado chama a atenção, uma
vez que a população negra é maioria entre os brasileiros. De acordo com
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2019, 56,2% dos
cidadãos se declararam pretos ou pardos.
O avanço é reconhecido por especialistas, mas
considerado insuficiente para promover a paridade entre negros e brancos
na política. Um dos motivos é que as candidaturas não se traduzem na
mesma proporção em representantes públicos. Em 2018, por exemplo, 55,17%
dos postulantes à Câmara se declararam negros. Entre os eleitos, porém,
eles correspondem a apenas 24,3% do total.
Em segundo lugar, há resistências dentro dos próprios
partidos. Nas eleições de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF)
determinou que fosse feita uma distribuição proporcional pelos partidos,
entre candidatos brancos e negros, do Fundo Eleitoral e do tempo de
rádio e tevê. A medida, no entanto, foi desrespeitada por 22 siglas.
Sujeitas a punições que iam de multas à suspensão do
fundo partidário, as legendas articularam uma anistia no Congresso e não
sofreram consequências. O mesmo ocorreu com quem desrespeitou as cotas
voltadas às mulheres.
Por outro lado, o pleito de 2022 é o primeiro no qual
terá efeito a Emenda Constitucional 111, de setembro de 2021, que
determina que votos em negros e mulheres contarão em dobro para a
divisão do fundo partidário da eleição seguinte. Pelo menos em teoria, a
medida incentiva as siglas a elegerem candidatos negros.[as siglas elegerem? quem continua elegendo os candidatos são os votos dos eleitores; as siglas. no máximo, podem 'vender' vagas - já que o número de votos dados a negros e mulheres conta em dobro para distribuição do 'fundo partidário'.]
Outro fator de atenção é a distribuição das
candidaturas negras entre os cargos disputados: elas estão mais
presentes para as funções de menor poder político, como a de deputado
estadual, e se tornam minoria em altas posições. Apenas dois negros
concorrem à Presidência da República neste ano: Vera Lúcia (PSTU) e Léo
Péricles (UP), dos 12 nomes registrados no TSE.
Vera Lúcia pontua que o aumento das candidaturas negras
é resultado de luta travada pelos próprios movimentos em defesa da
raça. "A questão é que, mesmo assim, isso não está refletido nos
principais debates do país", destaca, referindo-se à ausência dela e de
Léo Péricles nos debates. Em consequência, exclui-se, também, a
discussão sobre o racismo. "Os problemas que mais assolam a sociedade
brasileira, que são os negros e os indígenas, ficaram ausentes do
debate. Os programas desses candidatos não respondem às necessidades dos
negros e negras, e nem das mulheres da classe trabalhadora", diz.
Péricles faz a mesma análise. "Esse ponto passa muito
en passant pelas candidaturas, de forma extremamente secundária, até
porque mexer nesse problema significa enfrentar setores que mandam e
desmandam no Brasil, que impuseram um modo de operar, que são as
chacinas, as polícias extremamente militarizadas, que inclui uma grande
violência contra o povo pobre, sobretudo nas periferias", aponta o
candidato.
Ministro de Corte constitucional foi à pesca com a Polícia Federal. Será difícil lhe cassar a vara depois.
Alexandre de Moraes é ministro de Corte constitucional. Não o Batman.
Peço vênia pela franqueza. Nada é pessoal. Sou, sobretudo, óbvio.
Moraes, ou qualquer outro de seus pares, não tem mandato de pacificador;
muito menos de justiceiro.
Ainda que diante do pior dos Coringas: não
tem. E deveria mesmo zelar pelo esvaziamento de sua presença
monocrática. Nada contra a vaidade. Tudo pelo foco. Não temos Batman.
Mas há o prestígio de estar no lugar mais alto do Judiciário. Deveria
bastar. Um entre os 11. Não um porque entre os 11.
O Supremo não pode ser plataforma para a impulsão moderadora de um juiz
onipresente; de repente tranquilo para decidir — para mandar entrar na
casa das pessoas e lhes bloquear as contas — com base em reportagem
jornalística.
Pense-se no efeito cascata disso. Aqui o magistrado se
move — mal — a partir de bom jornalismo. Imagine-se, porém, o precedente
aberto para canetadas judiciais, Brasil profundo adentro, assentadas em
publicações fraudulentas.
A obviedade: a força de uma Corte constitucional está na voz do
colegiado. Não no exercício da musculatura individual ao alcance de seus
integrantes; o que deveria ser exceção — não abuso.
Abusa-se. Estou à vontade.Denunciei os perigos do inquérito das fake
news no dia em que instaurado.
Tudo caberia no escopo daquela defesa
institucional sem objeto definido, em que a vítima também seria o
julgador, antes ainda promotor.
Aquela largueza sugeria desdobramentos
temerários. Era março de 2019; e não tardaria até que produzisse censura
contra uma revista,a Crusoé, que publicara reportagem incômoda para o
então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
Ali se subiu um degrau nas liberdades para que o relator, Moraes,
agisse, porque em defesa da democracia, a seu bel-prazer. Já temos a
volta do PowerPoint.
O que é defender a democracia?
Qual a possível defesa da democracia
pelo Supremo? Como um ministro do STF pode defender a democracia?
Até
onde pode avançar, o monocrático, para defendê-la?
O que a urgência em
defendê-la permite?
Permitimos que se defenda a democracia à margem das
balizas republicanas? Vale a pescaria?
Moraes autorizou buscas contra empresários que, em conversas privadas
asquerosas, manifestaram predileções golpistas. Sua decisão informa que
não há outros elementos fundamentando as medidas — também bloqueio de
redes sociais — que não simplesmente aquela troca de mensagens estúpidas
entre idiotas ricos.
É grotesco. Porque as mensagens, per se, não indicam organização para
financiamento de atividade antidemocrática — o que seria, aí sim, crime.
Não indicam; nem forçando a barra.
E não será aceitável que um guarda
da Constituição, com base somente naquilo, respalde antecipação
coercitiva ao que intui ser a fumaça da pretensão golpista.Moraes não
tem esse poder.
Não tem o poder de agir com base na previsãode que a estupidez
manifestada no zap por endinheirados desaguaria em financiamento à
instabilidade no dia da Independência.
Não tem o poder de ordenar atos
para dissuasão escorados em bravatas desprovidas da mais mínima
articulação.
Não tem mandado para agir preventivamente pela garantia de
um 7 de Setembro pacífico.
Não lhe é papel mover-se estrategicamente
para, antecipando ação policial, desencorajar possíveis intenções de
bancar ataques à ordem republicana.
O que significará um ministro do Supremo afirmar, sustentado apenas
naquelas conversas cretinas, não ter dúvidas “de que as condutas dos
investigados indicam a possibilidade de atentados contra a democracia e o
Estado de Direito”?
Que loteria é essa, em que a indicação de possibilidade lastreia certeza materializada em intervenção policial?
Juiz nenhum pode ter tal poder. Advirta-se que, sendo agora esses
excessos bacanas, exceções virtuosas, excentricidades que permitimos
porque contra o mal, será muito difícil retirar adiante essa autorização
caçadora de quem a esbanja. Advirta-se também que a licença que se dá a
Moraes vira precedente a um Mendonça.
Não precisamos de mais um herói togado. Herói togado é oximoro que
expõe a doença de uma sociedade à procura de mitos. Já os temos muitos.
Está aí nossa tragédia. Herói togado é convite à briga de rua; terreno
em que o bolsonarismo será imbatível. E aqui não duvido de que Moraes
almeje o bem. Bem faria o Supremo, ajudando na pacificação do país, se,
em sua máxima expressão, a plenária, impessoal e derradeira, defendesse a
matéria constitucional agredida pelo orçamento secreto — corda e
caçamba bilionária para a permanência do populismo autocrático que erode
a República no Brasil.
Cadê? Isso seria defender a democracia. Moraes não deveria ambicionar o posto de homem que evitou o golpe de
Estado. O golpe que está em curso prospera com a omissão do STF. Nem
sugerir, aqui e acolá, que a imprensa só reage agora contra suas gestões
arbitrárias porque tocaram em empresários potenciais anunciantes. [matéria excelente; só que nessa frase, o ilustre articulista, deixou transparecer a verdadeira motivação da imprensa militante - sempre silenciosa diante de outros supremos abusos - se manifestar criticando a suprema monocracia do ministro Moraes.] Isso,
essa fraqueza conspiracionista, é linguagem bolsonarista. A briga de
rua contamina mesmo.
Após o ministro Nunes Marques, do STF, suspender a cassação de
deputados bolsonaristas, vice-presidente do TSE, Alexandre de Moraes,
reforça que a Corte Eleitoral punirá abuso de poder econômico e fake
news: "Não podemos fazer a política judiciária do avestruz"
A decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo
Tribunal Federal (STF), de devolver o mandato a dois deputados
bolsonaristas, cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), provocou
mal-estar entre magistrados das Cortes.
Ministro do STF e vice-presidente do TSE, Alexandre de
Moraes comentou o caso. Sem citar nomes, ele disse que não se pode fazer
“política judiciária do avestruz”. “Independentemente de um obstáculo que logo será
superado, logo mesmo, é isso que este ano nas eleições será aplicado no
Tribunal Superior Eleitoral. Para fins eleitorais, as plataformas, todos
os meios das redes serão considerados meios de comunicação para fins de
abuso de poder econômico e abuso de poder político”, disse, durante o
VIII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, promovido pelo Instituto
Paranaense de Direito Eleitoral (Iprade).
Moraes vai assumir o comando da Justiça Eleitoral em
agosto, no auge da campanha eleitoral. “Não podemos fazer a política
judiciária do avestruz, fingir que nada acontece”, enfatizou.
De acordo com o magistrado, “aqueles que se utilizarem
de fake news nas eleições terão seus registros indeferidos e seus
mandatos cassados, porque a democracia não admite que milícias digitais
tentem capturar a vontade popular”. “Quem se utilizar de fake news, quem
falar de fraude nas urnas, quem propagar discurso mentiroso,
fraudulento e de ódio terá seu registro cassado independentemente de
candidato a qualquer dos cargos”, frisou.
O vice-presidente do TSE também destacou o desafio que a
Corte enfrentará. “De uma coisa, temos certeza: este ano e os últimos
acontecimentos mostram que, de tédio, ninguém vai morrer este ano. Cada
dia, uma aventura para que a gente possa lidar.”
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo no
Supremo, Nunes Marques contrariou o TSE ao conceder liminar derrubando
as cassações do deputado estadual Fernando Francischini (União
Brasil-PR), condenado por disseminação de notícias falsas; e do deputado
federal Valdevan Noventa (PL-SE), punido por abuso de poder econômico e
compra de votos nas eleições de 2018. [as decisões do TSE, da mesma forma que as de qualquer outro tribunal do Brasil, estão sujeitas ao exame pelo STF e podem ser revistas, anuladas, seja pelo Plenário da Suprema Corte ou por decisão monocrática de um dos seus ministros. Oportuno lembrar que o candidato petista e ex-presidente, condenado em três instâncias e por nove magistrados, foi descondenado, não inocentado, em decisão monocrática de um ministro do STF.
Em nosso entendimento de leigo, causa surpresa que o ministro Alexandre de Moraes, ministro do TSE e também do STF, que está sempre pugnando em prol da Constituição Federal, da Democracia e do Estado Democrático de Direito, se manifeste, na condição de integrante do TSE - instância inferior ao STF - criticando decisão de um ministro da Corte Suprema, revogando decisão do TSE. Nomes não foram citados, mas resta claro quem foi o criticado e os motivos da crítica.]
Análise A 2ª Turma do STF deve analisar as decisões de Nunes Marques. A Corte aguarda ser provocada para levar os casos à apreciação. Entre os magistrados, a tendência é de que as decisões sejam derrubadas.
Cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras —
escolhido para o cargo por Bolsonaro — a decisão de contestar ou não, no
STF, as determinações de Nunes Marques. Outro caminho é a provocação do
vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet. Quando Francischini foi condenado, o Ministério Público
Eleitoral (MPE), comandado por Aras, argumentou que o deputado
“extrapolou o uso normal de ferramenta virtual”.
A 2ª turma do Supremo é composta por Edson Fachin,
Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, André Mendonça e Nunes Marques.
Caberia a este último decidir quando levar o tema a debate. Mesmo
sendo julgados no colegiado, os casos ainda podem ir à análise do
plenário do STF, formado por 11 ministros. Essa medida será possível se
houver pedido de algum magistrado da Corte ou se o PGR apresentar
recurso.
PT recorre ao STF contra decisão O PT recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, contra a decisão do ministro da Corte Nunes Marques, que devolveu o mandato do deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE). O político havia sido cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico. Quem assumiu a vaga dele na Câmara foi Márcio Macêdo (PT-SE).
Segundo a petição do PT, o entendimento de Nunes
Marques contraria a Constituição. “Essa decisão, com as devidas vênias,
atenta contra os preceitos processuais e gerará grave lesão à ordem
pública, razão pela qual se utiliza da presente via de Suspensão de
Liminar para requer desse egrégio Supremo Tribunal Federal a restauração
da decisão da Justiça Eleitoral, nos termos que se seguem”, escreveu o
partido.
O documento foi endereçado ao presidente da Corte,
ministro Luiz Fux. O PT citou que a ordem de Nunes Marques representa
uma “afronta” à Justiça e pode provocar insegurança jurídica.[os petistas esquecem que a maior afronta as leis e à Justiça é o candidato petista ao cargo de presidente da República, ter sido condenado por nove magistrados, em três instâncias e ter sido descondenado por um problema de CEP.] “Restam apenas 6 meses para o fim da legislatura, de
tal sorte que a decisão em questionamento representa evidente risco ao
resultado útil do processo e provocará insegurança jurídica quanto à
estabilidade das decisões proferidas pelo egrégio Tribunal Superior
Eleitoral, especialmente quando as vias processuais, naquela Corte,
ainda não foram totalmente esgotadas”, frisou.
Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou que Noventa retome o cargo na Casa e afastou Macêdo.
Bolsonaristas elogiam ministro Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) comemoraram a decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reverteu decisões da Justiça Eleitoral e devolveu o mandato a parlamentares apoiadores do chefe do Executivo que haviam sido cassados: os deputados federal Valdevan Noventa (PL-SE) e estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR).
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse que a decisão
do ministro é um “sopro de justiça e respeito à Constituição”.Tanto a
parlamentar quanto outros aliados do presidente são críticos ao Supremo,
sobretudo ao ministro Alexandre de Moraes, que já expediu decisões
contrárias a deputados bolsonaristas.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-SP) parabenizou o
ministro e classificou as decisões anteriores da Corte eleitoral como
injustiça. Ele escreveu: “Parabéns ao ministro Nunes Marques do STF,
cuja decisão corrige uma grave injustiça do TSE”.
O pré-candidato a deputado pelo Rio de Janeiro
Alexandre Ramagem, que foi coordenador da segurança de Bolsonaro na
eleição de 2018, listou atitudes do ministro que, segundo ele, estão de
acordo com o “ordenamento jurídico”. “O ministro Nunes Marques vem
cumprindo a defesa do ordenamento jurídico, contra atropelos dos demais
ministros. Votou por manter as condenações de Lula; pela absolvição do
deputado Daniel Silveira; e, agora, pela liberdade de um parlamentar
questionar o sistema das urnas eletrônicas”, publicou.
Francischini foi o deputado estadual mais votado em 2018.- Foto: Albari Rosa/Arquivo Gazeta do Povo
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, na tarde desta quinta-feira (2) liminar para que Fernando Francischini (União) retome seu mandato na Assembleia Legislativa do Paraná.
Junto com Francischini devem voltar ao parlamento os deputados Emerson Bacil, Do Carmo e Cassiano Caron, eleitos pelo PSL na eleição de 2018, mas que perderam o mandato com a recontagem de votos do partido depois que os votos de Francischini foram declarados nulos pela Justiça Eleitoral.
Francischini foi cassado em outubro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por espalhar notícia falsa sobre as urnas eletrônicas no dia das eleições de 2018. Ele gravou vídeo, e publicou em suas redes sociais, afirmando que urnas eletrônicas de Curitiba não estavam registrando votos ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro.
Fora da Assembleia desde a decisão do TSE, Francischini recorreu ao Supremo e conseguiu a decisão monocrática favorável do ministro Nunes Marques, um dos dois ministros indicados por Bolsonaro ao STF e o único que votou contra a prisão do deputado federal Daniel Silveira. “Defiro, em parte, o pedido formulado, para suspender, com eficácia ex nunc, os efeitos do acórdão mediante o qual o Tribunal Superior Eleitoral com a consequente restauração da validade dos mandatos dos requerentes e das prerrogativas de sua bancada no contexto da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná preservando-se as situações jurídicas consolidadas e a validade de todos os atos praticados pelos parlamentares diplomados ante a retotalização dos votos realizados”, despachou o ministro.
A decisão de Nunes Marques em favor de Francischini não é na Reclamação movida pelo deputado no STF contra a decisão do TSE, que será julgado pelo pleno do Supremo – ainda sem data prevista em pauta. A liminar foi concedida em outro processo, Tutela Provisória Antecedente (TPA), em que a parte faz um “apelo extremo” alegando urgência para a antecipação dos efeitos de uma decisão judicial.