TCU reage às críticas de Barbosa e diz que ato de ex-ministro revela ‘desequilíbrio’ e ‘destempero’
No fim de semana, ex-presidente do STF disse que órgão era um ‘playground de políticos fracassados’
Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiram reagir à
dura crítica feita pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Joaquim Barbosa, que chamou o órgão de “um playground de políticos fracassados”. Na
sessão sigilosa desta quarta-feira, os nove ministros titulares, os
quatro substitutos e o procurador-geral do Ministério Público junto ao
TCU aprovaram uma nota pública em que chamam o ato de Barbosa de
“destempero” e “desequilíbrio”. A nota será divulgada ainda na noite
desta quarta.
Na nota, Barbosa não é chamado de ministro aposentado ou de
ex-ministro, mas de advogado. “O advogado Joaquim Barbosa mostra-se
completamente desinformado ao atacar, gratuitamente, o Tribunal de
Contas da União, instituição republicana tão relevante para o controle
das contas públicas. Lamenta-se o destempero, o desequilíbrio e a falta
de conhecimento das funções constitucionais do TCU e da relevância de
suas decisões”, cita a nota que será divulgada. Os 13 ministros e o
procurador-geral, Paulo Bugarin, assinarão o documento.
O
tribunal vai julgar nas próximas semanas as contas de 2014 de Dilma
Rousseff. A presidente ganhou mais prazo para dar explicações sobre
indícios de irregularidades nas contas – o prazo se encerra no próximo
dia 11. A fala do ex-ministro do STF, num congresso da BM&F Bovespa
em Campos do Jordão (SP), ocorreu numa referência ao julgamento. Barbosa
disse que o tribunal seria incapaz de conduzir o julgamento a respeito
das "pedaladas" fiscais, de forma que isso levasse a um eventual pedido
de impeachment da presidente. Dilma precisou explicar a manobra ao
tribunal, entre outros indícios de irregularidades. — Não acredito em um Tribunal de Contas da União como um órgão sério
de um processo desencadeador de tal processo. É um órgão com as virtudes
extirpadas. Afinal, é um playground de políticos fracassados que, sem
perspectiva de se eleger, querem uma boquinha. O TCU não tem estatura
institucional para conduzir algo de tamanha gravidade.
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O ex-ministro, que também criticou o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), disse ainda que um processo de impeachment só deve ocorrer com
prova clara que envolva Dilma: — Impeachment é uma coisa muito séria, que, se levada a cabo, a gente sabe como começa, mas não sabe como termina. [Barbosa na ânsia de aparecer começa a decepcionar os incautos que acreditaram nele;
ele agora começa a supervalorizar o processo democrático e constitucional de 'impeachment' e forma ao lado dos que em 2005 e também em 2015 se acovardaram e defenderam, com êxito, o não impedimento do Lula e agora da Dilma.
IMPEACHMENT JÁ!!!
É possível até que não se tenha certeza absoluta de como termina um processo de impeachment, mas, se tratando do impeachment da doutora Dilma uma certeza é absoluta: o Brasil ficará melhor sem ela.]
ele agora começa a supervalorizar o processo democrático e constitucional de 'impeachment' e forma ao lado dos que em 2005 e também em 2015 se acovardaram e defenderam, com êxito, o não impedimento do Lula e agora da Dilma.
IMPEACHMENT JÁ!!!
É possível até que não se tenha certeza absoluta de como termina um processo de impeachment, mas, se tratando do impeachment da doutora Dilma uma certeza é absoluta: o Brasil ficará melhor sem ela.]
Fonte: O Globo
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