Foi a sua mais hilária, surreal e trágica coletiva de imprensa, como
o verdadeiro Macunaíma, chorando às pitangas, expressando raiva em seus olhos
esbugalhados, e mesmo assim, contando vantagens, e tentando persuadir com a
retórica, chantagem e emocionalismo, o irrealismo de suas bazófias.
A decisão do juiz Sérgio Moro, de obrigar o ex-presidente Lula a depor por meio de uma ação coercitiva, na manhã da sexta-feira, no dia 4 de março de 2016, foi certamente um dos fatos mais relevantes da história recente do Brasil, com implicações, consequências e desdobramentos que poderão ser um divisor de águas. Moro acertou o alvo ao deflagar a “Operação Aletheia”, e poderá estar fazendo a verdadeira reforma política, que é o grande anseio do povo brasileiro, exausto das espertezas de Lula, que há décadas encarnou Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.
Acertou o alvo porque, à
frente da Operação Lava Jato, o juiz
Sérgio Moro atinge o cerne de toda a problemática, que é a questão moral,
pois a crise que vivemos atualmente é mais do que política ou econômica, mas
profundamente moral. Com isso ele presta um grande serviço à nação brasileira,
na medida em que trabalha para fazer cumprir a lei, pois a democracia é não só
a garantia das liberdades individuais, mas sobretudo [justamente para fazer valer a liberdade com responsabilidade], o
cumprimento da lei.
É evidente que Lula e seus apaniguados estão
surpreendidos e chocados com tudo o que está acontecendo, com tantos
desmoronamentos, pois especialmente Lula se
sentia há mais de uma década, acima de tudo e de todos, acima de toda lei, o
homem mais blindado de todo o País, com uma blindagem que o fazia se sentir super mimado, como
sempre foi paparicado, desde quando Cláudio Hummes criou a Pastoral Operária,
assessorado por Frei Betto, para lançá-lo à grande aventura do menino pobre que passou fome e chegou à
Presidência da República, mas que sempre
desprezou estudar. Quase toda a sua carreira política foi fazendo a “glamourização da
ignorância”, como
destacou Joice Hasselman, e essa ignorância de “homem-massa” (tão bem
descrito por Ortega Y Gasset) que o faz apelar para o emocionalismo,
choramingando, como fez, por exemplo, quando foi diplomado Presidente, chegando
às lágrimas, comovendo a todos com o seu pieguismo cênico.
Surpreendido às seis da manhã (como no samba do japonês da Federal), daquela sexta-feira, foi ainda poupado pelo próprio Sérgio Moro de ser algemado ou transportado no carro com o emblema da Polícia Federal. E ele fez birra, cara feia, xingou tudo e todos, e disse que ficou muito ofendido, e esperneou. Assim que saiu do Aeroporto de Congonhas, recolheu-se ao diretório do PT, onde proferiu a sua mais hilária e trágica coletiva de imprensa, como o verdadeiro Macunaíma, chorando às pitangas, expressando raiva em seus olhos esbugalhados, e, mesmo assim, contando vantagens, e tentando persuadir com a retórica, chantagem e emocionalismo, o irrealismo de suas bazófias. Sim, porque ele perdeu totalmente o chão da realidade. A casa caiu.
Mesmo assim, ele se gabou em
sua fala, de considerar-se o maior presidente de todos os tempos, e
transtornado com os acontecimentos daquele dia, foi flagrado conversando com a
presidente Dilma Roussef, como se estivesse num
boteco, com fala chula, mandando a Polícia Federal enfiar no c... o seu
processo. Apesar de seus rompantes, se
comparando a uma jararaca que atingiram o rabo, mas que está viva, Lula
perdeu totalmente, naquele dia, a noção dos fatos. E não percebeu que aquela
ação coercitiva foi o começo de um périplo, de um acerto de contas, daquele
duro acerto de contas que acaba chegando para todos os embusteiros,
principalmente àqueles a quem a vida deu tanta oportunidade. “Ao que muito teve, muito será cobrado”,
e Sérgio Moro chega agora com a cobrança da fatura, alta demais, por tudo o que
fizeram. A Lava
Jato alcançou “o chefe” do maior
esquema de corrupção como nunca antes se viu em toda a história do País. E não adianta agora ele esbravejar. Fica valendo, com a
evidência dos fatos, a máxima de Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por
todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.”
Quanto mais Lula tenta se justificar, mais se enrola, porque não consegue perceber o emaranhado em que se envolveu, desde quando cobiçou um poder pantagruélico, satisfazendo a lógica das forças que o levaram a se tornar o monstro político que é, uma jararaca ferida, e que certamente será pisoteada pela ação firme e corajosa da equipe da Lava Jato, comandada por Sérgio Moro. Por que não poderá haver impunidade a todos os desmandos feitos, à tanta gula e abuso de poder. Os próprios comentaristas da imprensa que tanto o afagaram esses anos todos, reconheceram que havia acabado naquele dia, o mito Lula, até mesmo para os militantes pagos, cada vez mais reduzidos, que o defendem apenas por vil interesse.
Quanto mais Lula tenta se justificar, mais se enrola, porque não consegue perceber o emaranhado em que se envolveu, desde quando cobiçou um poder pantagruélico, satisfazendo a lógica das forças que o levaram a se tornar o monstro político que é, uma jararaca ferida, e que certamente será pisoteada pela ação firme e corajosa da equipe da Lava Jato, comandada por Sérgio Moro. Por que não poderá haver impunidade a todos os desmandos feitos, à tanta gula e abuso de poder. Os próprios comentaristas da imprensa que tanto o afagaram esses anos todos, reconheceram que havia acabado naquele dia, o mito Lula, até mesmo para os militantes pagos, cada vez mais reduzidos, que o defendem apenas por vil interesse.
Joelmir Betting acertou em dizer que “o PT é, de
fato, um partido interessante. Começou com presos políticos e vai terminar com
políticos presos”. Ainda
quando eclodiu o escândalo do mensalão, em 2005, o jornalista Ivo Patarra escreveu “O Chefe”, enquanto a imprensa torcia o
nariz e boicotava a sua obra, hoje muitos terão de reconhecer a coragem de Patarra em por a nu o que se sentia
rei, o morubixaba que fez do projeto de poder do Foro de São Paulo, a miragem
de Pasárgada, aonde todos os “amigos do rei”, e ele
próprio, serão pois arrastado para atrás das grades, por quererem demais e
de modo totalmente escuso, privilégios não pautados pela virtude, mas apenas na
malandragem.
Chegou a hora e a vez de Sérgio Moro, para deter Ali Babá e todos os demais ladrões, comprovando assim,
mais uma vez, na História, que o crime não compensa.
Por: Hermes Rodrigues Nery é coordenador do Movimento Legislação e Vida.
Email: hrneryprovida@uol.com.br
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