Dilma sabe que, a exemplo de Lula, perdeu as ruas. E isso ficará bem claro no próximo dia 13.
Os milicianos que saem em defesa do PT, do Poderoso Chefão e, secundariamente, da presidente são militantes ligados ao partido e a seus aparelhos. [que dependem do PT no poder para manter seus empregos - são analfabetos, estúpidos e só estão 'empregados' para servir ao projeto de poder do PT - projeto em processo incontrolável de extinção.
São a periferia da nova “classe social” que o PT representa no Brasil, para usar a expressão cravada por Milovan Djilas em 1957
Acesse este endereço: https://www.youtube.com/watch?v=vbxcPorIF54&feature=youtu.be
e veja o vídeo em que Lula manda Dilma
"enfiar a Lava-Jato no cu"
A deputada comunista Jandira Feghali queria gravar um vídeo para exibir
ao Povo Brasileiro sua proximidade com o "puder" do PT. Acabou
registrando para a posteridade o lado mais "republicano" do
ex-presidente Luiz Inácio da Silva, vulgo "Lula". Ao fundo, logo no
início do vídeo e falando ao telefone com a presidente Dilma
A política
se exercita segundo duas lógicas principais: a da publicidade e a do
bunker. A primeira é própria dos regimes democráticos, que, segundo seus
críticos, produz o milagre às avessas de equiparar os melhores aos
piores. Em parte, a objeção é mesmo procedente. É por isso
que as democracias mais avançadas preservam alguns domínios do
escrutínio da maioria. É o caso da ciência, por exemplo. Ainda que a sua
dimensão ética possa e deva ser submetida ao debate público, não convém
pedir que as maiorias decidam qual deve ser a estrutura do DNA. Sobre o
dito-cujo, só uma postura é correta: a procura do “em si” da coisa. Nem
o regime democrático é capaz de fabricar um para cada gosto.
Se a
democracia não é o regime perfeito porque tanto os Schopenhauers como os
idiotas valem um voto, ainda assim, já inferiu aquele, é o melhor de
todos os regimes ruins. Seu oposto é a opacidade do “bunker”, que é
típica das ditaduras, sim, mas que pode se manifestar mesmo num regime
democrático.
Um vídeo
espetacular circula na Internet. Jandira Feghali (RJ), deputada do
PCdoB, conhecida por “Jandirão” em razão de seu estilo, da fineza da
retórica e da delicadeza do pensamento, resolveu se comportar como
cineasta de interiores. Depois do depoimento de Lula, ela flagra o
ex-presidente da intimidade, numa conversa, segundo ela própria, com
Dilma Rousseff.
O homem
que, segundo o Instituto Lula, não tem nem usa celular se mostrava muito
à vontade falando com a chefe da nação. Aos berros, expressou a
importância que confere à Justiça: “Eles que enfiem o processo no c…”. E
usou aquele monossílabo tônico de duas letras, que começa com “c” e
termina com “u” — com assento e sem acento, na melhor fisiologia
gramatical —, revelando, uma vez mais, as cavernas do pensamento onde se
produz o autêntico petismo.
Como se
nota, Lula gritava, como fazem os chefes mal-educados em seus ataques de
assédio moral contra subordinados incompetentes ou, ainda que
competentes, submissos. Submissa, Dilma é. Competente, sabe-se que não.
Logo, suponho que, do outro lado da linha, ouvia-se apenas um muxoxo,
uma fala presa na garganta, que não se voltava para o mundo; antes,
ficava retornava ao diafragma, esmagada. Também a fala, na lógica do
bunker, se exercita para dentro, não para fora.
No dia em
que esse espetáculo grotesco veio a público, a presidente se desloca de
Brasília para São Bernardo — com o nosso dinheiro, como tudo o mais — e
vai visitar Lula em seu apartamento. Emprestava, assim, a solidariedade
da presidente da República, não da amiga — já que tal dimensão deixa de
existir quando se ocupa tal cargo —, àquele que é alvo de investigação,
numa clara afronta à Justiça.
É a lógica
do bunker se manifestando em plena democracia. Dilma sabe que, a
exemplo de Lula, perdeu as ruas. E isso ficará bem claro no próximo dia
13. Os milicianos que saem em defesa do PT, do Poderoso Chefão e,
secundariamente, da presidente são militantes ligados ao partido e a
seus aparelhos. São a periferia da nova “classe social” que o PT
representa no Brasil, para usar a expressão cravada por Milovan Djilas
em 1957, título de seu livro, ao se referir ao sistema comunista (não só
o iugoslavo), ao qual havia servido como presidente da Assembleia e
vice-presidente. Mas sempre lutando por democracia, diga-se.
Djilas
percebeu a impossibilidade de conciliar um regime de liberdades com o
socialismo. Não estou atrás de medalhas, claro!, mas fui o primeiro no
Brasil — tenho as provas, rsss — a associar as teses de Djilas ao PT. E
era ainda o PT que disputava o poder. O livro é encontrável em inglês.
Já teve tradução no Brasil. Acha-se em algum bom sebo, talvez.
A
desnecessária condução coercitiva de Lula inflamou a nova classe, e
quase nada de útil pode advir disso. Traz, no entanto, um efeito
associado que pode ser positivo: levou Dilma para o bunker de Lula. Já
não é possível distinguir, e é bom que não, o governo dela das
artimanhas dele. É evidente que não existe “dilmismo”. Ela é mera
funcionária da máquina de assalto ao estado em que se transformou o PT.
Mas existe
o lulismo, ao qual intelectuais pés-rapados conferiram o estatuto de
uma teoria do poder, que o Babalorixá de Banânia expôs ligeiramente na
sua entrevista-pronunciamento. Ela consiste, como ele mesmo deixou
claro, em garantir lucros formidáveis aos muito ricos e distribuir
caraminguás aos pobres, silenciando-os com benesses mesquinhas,
roubando-lhes cidadania em troca de alguns reais.
O vídeo
feito por Jandirão e a visita de Dilma ao apartamento de Lula restarão
para a história como aberrações que antecederam a queda da presidente e
do lulismo. Lula não
estava mandando a Justiça enfiar o processo no monossílabo tônico sem
acento terminado em “u”. Lá do bunker, ele mandava a democracia tomar no
c…
Respeitado
o devido processo legal, sem atropelo, sem afronta a nenhuma das
garantias, há elementos que indicam que o lugar da dupla é a cadeia. Não
os mandaremos tomar no c… Vamos asfixiá-los com o oxigênio da
democracia.
PS: Desde que se lançou na política, Jandirão prestou seu primeiro serviço à democracia.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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