Somados, os alvos da 'lista de Fachin' são mais do que suficientes para paralisar o Congresso
Com tantas e tão variadas “Genis” na “lista de Fachin”, é impossível o PSDB atirar pedras no PT, o PT atirar pedras no PSDB ou qualquer partido atirar qualquer coisa contra os outros. A lista atinge todo o mundo político, até mesmo o PMDB do presidente Michel Temer e o coração do seu governo.Entre mortos e feridos, por enquanto, não se salva ninguém. Se os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino foram pegos desde o mensalão, agora os dois campeões, com cinco inquéritos cada um, são os presidentes do PSDB, Aécio Neves, e do PMDB, Romero Jucá.
Sem nomes inesperados, a surpresa é a proporção de senadores: 24, quase 30% do total de 81, contra 39 deputados, menos de 10% dos 513. Somados, esses alvos são mais do que suficientes para paralisar o Congresso, inclusive a votação da reforma da Previdência. Nem os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, escaparam.
Assim, Michel Temer (que não pode ser citado por fatos anteriores ao mandato) é atingido triplamente: além do impacto sobre as reformas, ele vê o seu partido duramente envolvido e o núcleo duro do Planalto balançando.
Fonte: Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
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