Anvisa
Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, havia dado 30 dias para a Anvisa se pronunciar sobra a vacina russa, mas a agência precisava de mais tempo.
Se a CPI conseguisse revelar esse óbvio, seria uma maravilha. E, claro, encaminhar para a Justiça para apurar as responsabilidades no Código Penal.
STF apressa o que não pode ser apressado
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, havia dado 30 dias para a Anvisa se pronunciar sobre a vacina russa Sputnik V e liberar a importação aos estados que se prontificaram a comprar. A ação havia sido interposta pelo governo do Maranhão. Se a agência não desse um parecer dentro desse prazo, Lewandowski liberava os estados para importar a vacina. A Anvisa mandou técnicos para a Rússia e Bolsonaro tentou ajudar ligando para o presidente russo Vladimir Putin para apressar as coisas. Mas não resolveu muito.
O Instituto Gamaleya, que fabrica a Sputnik V, não deu acesso a nada, segundo a Anvisa. Faltou transparência. Está lá no relatório da agência dizendo que o adenovírus, que é o vetor que leva o coronavírus enfraquecido, pode se replicar no corpo da pessoa vacinada, podendo causar uma virose, o que é grave. E que na produção havia a presença de impurezas e contaminações, ou seja, são coisas graves.
Mas a Anvisa queria mais tempo para ir mais a fundo, poder ouvir e estudar mais a questão. Mas como o prazo de 30 dias acabava na noite de segunda-feira (26), eles tiveram que dizer “não aprovamos” a Sputnik V por unanimidade — foi cinco a zero. Bom lembrar que a Anvisa é um órgão independente do governo, tanto que Bolsonaro apoiou a compra da Sputnik V, mas a agência teve que dizer não.
Só que agora Lewandowski lava as mãos como Pilatos quando entregou Jesus para subir o calvário. Disse para o governo do Maranhão o seguinte: olha, pode comprar, mas sobre sua “exclusiva responsabilidade”. E mais: desde que “observadas cautelas e recomendações do fabricante, e das autoridades médicas”.[o ministro Lewandowski, MD do STF, e demais ministros daquela Suprema Corte,o STF, devem ter em conta que na medicina os prazos não são contados como na Justiça e assim, carimbar no processo exigindo uma resposta em cinco dias, dois dias, não funciona.
Para evitar enganos, equívocos, devem ser lembrados que toda e qualquer pessoa, que de alguma forma se envolver no uso em território brasileiro de medicamentos não aprovados no Brasil, pelas autoridades competentes, está cometendo crime CONTRA a Saúde Pública e sujeito as sanções penais.
Neste caso, vale o correto entendimento que quanto mais poderosa a autoridade infratora for, maior sua punição.]
Acreditando nos fatos e não nos factoides
Conversei com um grupo grande de especialistas de grandes entidades estatais e privadas, financeiras e de produção, que andam atrás da reforma tributária e administrativa que a Câmara dos Deputados está tocando.
Eles me disseram o seguinte: primeiro lugar, a gente não confia mais no noticiário tradicional. Já perceberam que as notícias são deturpadas e que não dá para confiar mais nas grandes organizações de mídia.
Em segundo lugar, hoje o grande herói deles é o presidente Arthur Lira (PP-AL), que está tocando as reformas na Câmara. E o sujeito que está transformando o país, dando uma aceleração ao país, segundo eles, é o ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura.
A propósito, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a indústria brasileira está reagindo. A capacidade ociosa já está menos da metade. Houve uma demanda de 50% de crescimento do consumo de aço no mês de março. A indústria da construção também.
Então está aí o milagre brasileiro. Nós somos resilientes. E quando querem nos enrolar, a gente deixa que eles se enrolem, porque nós acreditamos nos fatos e não nos factoides.
Alexandre Garcia, VOZES - Gazeta do Povo
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