O Globo
Num texto curto, mal escrito e de viés golpista, Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar, atacou Omar Aziz e Renan Calheiros, comparando o presidente e o relator da CPI da Pandemia aos chefes das duas mais poderosas facções criminosas do Brasil, Fernandinho Beira Mar (Comando Vermelho) e Marcola (PCC).
Depois de criticar a CPI comandada por Aziz ("um senador cuja família foi presa recentemente por acusações de esquema de corrupção no Amazonas") e Renan ("um dos campeões em denúncias de corrupção, cujos processos acumulam mofo e traças nas gavetas dos “foros privilegiados”), Barbosa atirou: — Utilizando uma expressão usada nas mídias sociais, temos os “Marcolas e Fernandinhos beira mar” investigando a atuação da polícia no combate ao tráfico de drogas.
[admitimos uma certa dificuldade em entender o que motiva um jornalista conceituado, conhecido nacional e internacionalmente, assumir uma postura de defesa de criminosos, chegando ao absurdo de se valer (talvez por falta de argumentos) de usar o recurso 'críticas à qualidade do texto, não ao conteúdo' no seu intento defensor de criminosos do colarinho branco.
Perguntem a qualquer cidadão do BEM, qual das opções, se inevitável, ele prefere: ser assaltado por Marcola ou Beira Mar ou por um político corrupto, especialmente os que executam suas atividades criminosas em conjunto com a família.
A maior parte, optará por Fernandinho Beira Mar ou Marcola. São criminosos perigosos, com longas sentenças a cumprir, não se destacam pela bondade, humanidade, mas, possuem princípios,alguns limites, que respeitam - já os de 'colarinho branco' desconhecem limites, moral, humanidade, ética.
O bandido de colarinho branco, havendo oportunidade, ele assalta bancos de sangue, rouba remédios essenciais no combate ao câncer, falsifica oxigênio, compra sucata de respeitadores em distribuidoras de bebidas e por aí seguem.
Dos bandidos do baixo escalão sabemos o que esperar, já dos de colarinho branco... .]
No texto, intitulado "O poder das trevas no Brasil" e publicado no site do Clube Militar, o general da reserva invoca o uso do "Art 142 da Constituição Federal (vigente) para restabelecer a Lei e a Ordem.". O artigo 142 é comumente usado por golpistas que o interpretam como uma autorização para a intervenção militar sob o pretexto de "restaurar a ordem".
Ao final, brada o radical de pijama: — Que as algemas voltem a ser utilizadas, mas não nos trabalhadores que querem ganhar o sustento dos seus lares, e sim nos verdadeiros criminosos que estão a serviço do “Poder das Trevas.”
Lauro Jardim - O Globo
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