Gazeta do Povo - Alexandre Garcia
Bolsonaro fez discurso de estadista na ONU
Ele mostrou uma versão, que segundo disse, o mundo não recebe pela mídia, do Brasil real, do Brasil que tem mais florestas que os maiores países do mundo, que tem uma agricultura sustentável, uma indústria que está protegendo o meio ambiente, uma produção de energia que é mais de 80% limpa, com capacidade de alimentar o mundo e com crescimento desse ano ao redor de 5%.
Além da volta do emprego, o auxílio emergencial para mais de 60 milhões de pessoas, o acolhimento de 400 mil refugiados da ditadura venezuelana, a nossa política de democracia, o nosso pedido de assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas — cadeira vamos ocupar de novo a partir do ano que vem. Enfim, foi um discurso curto, de 12 minutos, mas muito denso, objetivo e claro.
E pelas reações ao discurso, a gente vê que ele foi muito eficiente. Porque se fosse um discurso ruim, simplesmente se mostraria o discurso para expô-lo como ruim. Mas estão tentando encontrar alguma coisa para tentar desconstruir o discurso, até mesmo estão discutindo o público da Avenida Paulista no dia 7 de setembro. Fica risível esse desespero. Enfim, podemos nos orgulhar de um discurso de estadista de grande país na ONU.
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Bagunça na CPI
Agora, devemos nos envergonhar da bagunça que foi a CPI da Covid nesta terça. Parecia jogo de várzea, com o público invadindo o gramado, todo mundo se xingando... um horror. Começou com a famosa arrogância dos inquisidores, que o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, não aceitou, sempre revidou.
Lá pelas tantas, ele pediu para a senadora Simone Tebet (MDB-MS) lesse de novo o documento em que baseou uma pergunta e ela se irritou. Ele disse que ela estava "descontrolada", os senadores gritaram o chamando de "moleque", aí todo mundo se levantou e foi aquela coisa.
O presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), mandando que o advogado da Controladoria-Geral da República "se afastasse". Foi um negócio horroroso. Terminou que dois investigados, Renan Calheiros e Omar Aziz, tornaram o ministro Wagner Rosário investigado na CPI. Bem irônico esse final.
Agora antes, atendendo a uma pergunta de Eduardo Girão (Podemos-CE), foi o único senador que não era de oposição que conseguiu perguntar, o ministro da CGU disse que há 71 operações investigando dinheiro federal que foi para governadores e prefeitos. Já constatando R$ 56 milhões de prejuízos, com potencial de prejuízo de R$ 250 milhões. Foi lamentável que tenha terminado em bagunça a sessão desta terça.
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