Simone Tebet: "Não se deve chamar uma mulher de histérica ou descontrolada"
Senadora comentou sobre ter sido chamada de "descontrolada" durante o depoimento do ministro Wagner Rosário na CPI da Covid
“A essas mulheres que são porta-vozes de outras mulheres, jamais digam que quando ela eleva a sua voz ela é histérica ou descontrolada. Ela exerce o seu papel com firmeza, com o dever que tem de defender todas as mulheres, muitas vezes oprimidas no Brasil”, disse a senadora durante a CPI.
Após ser chamada de 'descontrolada', Simone Tebet rebate fala do ministro da CGU. “Quando a mulher começou a buscar espaços de poder ela começou a ser taxada de uma pessoa histérica, louca, descontrolada... e até um pouco antes do século passado nos internavam em manicômio”. pic.twitter.com/WGIbaLg48j
O comentário do ministro da CGU repercutiu nas redes sociais e no meio político. Os parlamentares Eliziane Gama (Cidadania-MA), Otto Alencar (PSD-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Zenaide Maia (Pros-RN), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Leila Barros (Cidadania-DF) saíram em defesa de Simone Tebet. [Leila pela terceira ou quarta vez me arrependo de ter votado em você; cometi o erro de supor que uma excelente atleta poderia ser uma ótima senadora. Paciência... fosse possível, pegava meu voto de volta e anularia - seria um melhor destino do que ter votado na senhora.] “Você saiu maior e essa CPI saiu maior por essa postura de não aceitarmos mais esse tipo de comportamento. Nós não podemos mais aceitar o que anda acontecendo, de certos grupos, com essa Casa”, declarou a senadora Leila Barros nas redes sociais.
Mas houve também quem defendeu Wagner Rosário. O vice-presidente, Hamilton Mourão, comentou o ocorrido na chegada ao Palácio do Planalto. Segundo o general, o ministro é uma pessoa séria, mas "deu uma aloprada" durante o depoimento. Ele alegou que é "perfeitamente normal" alguém reagir diante de "desaforos" dos parlamentares.
Mourão sobre Wagner Rosário: "Aloprada" por conta do deboche de senadores
"Ministro aguentou até um determinado ponto e, em outros pontos, acabou dando uma aloprada. Eu acho perfeitamente normal uma pessoa reagir", disse o general sobre a ofensa do ministro proferida à senadora Simone Tebet na terça-feira (21/9) na CPI da Covid
O vice-presidente, Hamilton Mourão, defendeu nesta quarta-feira (22/9) o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, ouvido ontem na CPI da covid-19 no caso Covaxin, que ofendeu [sic] a senadora Simone Tebet (MDB-MS) chamando-a de “descontrolada". "É aquela história: o cara lá não estava submetido a um interrogatório. Tem uns que têm mais paciência para aguentar, vamos dizer, os desaforos que são ditos ali, e tem outros que não têm. Então, o Wagner aguentou até um determinado ponto e, em outros pontos, acabou dando uma aloprada. Eu acho perfeitamente normal uma pessoa reagir", apontou a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.
"A pessoa tem que ter muito sangue frio para poder
aguentar o deboche que muitas vezes é colocado ali (na CPI da Covid),
né? Ainda mais que eu conheço bem o Wagner. O Wagner é uma pessoa
séria", continuou.
Segundo Mourão, os senadores acabam ofendendo as pessoas ouvidas na comissão. "Lamentavelmente alguns dos senadores procuram, dentro das suas perguntas, em vez de perguntarem objetivamente, acabam ofendendo a pessoa que está lá ou fazendo uma volta ao mundo. É aquela história, todos são políticos, todos estão de olho ali. É uma exposição. Depois (isso) faz com que as pessoas se lembrem na hora de apertar o numerozinho (na urna), lá na votação", acrescentou.
"Perneta"
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