Carlos Andreazza
O
TSE já deveria ter aprendido com os militares bolsonaristas. Chama
insistentemente à mesa aqueles que vêm para deitar na cama, de coturno. [COMENTÁRIO: Em estado de PRONTIDÃO a rapidez para ação é essencial.]
Atenção para o nosso drama. Como gesto de conciliação, veja-se em que buraco caímos, o Ministério da Defesa teria optado por não divulgar nota a respeito... Devemos agradecer?
Lendo e apurando sobre o tal acordo, sinceramente, não me ficou claro
que Moraes teria mesmo se comprometido em implementar a mudança – o
teste biométrico de segurança – para este outubro. [o texto do colunista diz 'ainda em 2022', fazer o teste em outubro nos parece viável e a checagem será válida para eventual segundo turno.] Pareceu-me mesmo uma
promessa de futuro, o que fica reforçado pela necessidade de submissão
ao plenário do TSE.[o presidente do TSE dispõe da alternativa de emitir o ato estabelecendo o acordo 'ad referendum' do plenário da Corte Eleitoral.]
Ficou claríssimo, porém, com ou sem nota, que a expectativa dos militares – saíram satisfeitos da conversa, assim se veiculou – é de que a cousa ocorra já no pleito deste ano. Olha o ruído... E que o advento seria o gesto pacificador de Moraes para baixar a pressão de Jair Bolsonaro – contra o sistema eleitoral – no 7 de Setembro vindouro.
Ai, ai... Eu não acredito. Não confio. Vou autorizado pela história deste governo. Daí por que tenho como erro até mesmo a realização legitimadora dessas reuniões do tribunal eleitoral com o Ministério da Defesa. Bolsonaro vai atacar. Continuará a desacreditar, com ou sem nova camada de testagem, as urnas eletrônicas. Ele precisa desse conflito para subsidiar a base sectária. Disso deriva a sua existência de populista autocrática.
Atacará. Não necessariamente no 7 de Setembro, mas daqui até as eleições – e depois.
O TSE já deveria ter aprendido. Chama insistentemente à mesa aqueles que vêm para deitar na cama, de coturno.
Carlos Andreazza, colunista - O Globo
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