Ainda sem resposta para o apagão, Alexandre Silveira não descarta qualquer possibilidade, inclusive sabotagem e falha do ONS. Ele diz que o 'vai haver reforço na transmissão, se não teríamos que limitar eólica e solar’
Três dias depois do maior apagão no país desde 2009, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirma que a possibilidade de sabotagem como causa do problema continua sendo investigada. Critica a interlocução do governo com a Eletrobras e diz que o novo presidente da empresa, Ivan Monteiro, começou com o pé esquerdo — mas descarta uma reestatização. E afirma que a Petrobras pode concorrer com importadores de combustíveis no Brasil.
Alexandre Silveira: ‘Vai haver reforço na transmissão, se não teríamos que limitar eólica e solar’
[a frase acima mostra o DESinteresse do atual governo - PERDA TOTAL = pt = governando - com a energia eólica e solar = para um país cujo presidente tem declarado que vai privilegiar o MEIO AMBIENTE, as palavras do seu ministro mostram as reais intenções do governo petista.]
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O que se sabe até agora sobre as causas do apagão?
O evento zero aconteceu na linha de Quixadá a Fortaleza, que é uma linha da Chesf (subsidiária da Eletrobras). Ocorreu em consequência de um erro de programação. A linha teve uma sobrecarga e a proteção sistêmica não foi suficiente para segurar a sobrecarga e passou para outros sistemas nacionais. Só que esse evento em si não seria suficiente para ter causado todo esse desligamento nacional.
O governo acredita em erro do Operador Nacional do Sistema (ONS) como causa do apagão?
Não posso descartar nenhuma possibilidade, inclusive do ONS (ter falhado).
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, quando diz que é falha técnica, ele está se apoiando em quê?
Que é técnico, não tenha dúvida. Uma coisa era se tivessem caído dois raios em linhas de transmissão simultaneamente. Agora, como o ONS não aponta uma causa exclusivamente técnica, não diz textualmente como se deu, nos cabe ampliar o leque de possibilidades. O próprio ONS disse que não pode descartar nada, inclusive sabotagem.
Quais são os indícios que poderiam apontar sabotagem?
Tivemos atos de vandalismo concomitantes com o 8 de janeiro, no setor elétrico, que acenderam a luz amarela. [sobrou para os atos 'antidemocráticos' do 8 de janeiro.] Diversas torres, algumas extremamente imprescindíveis ao setor, foram cerradas. O país está nitidamente tensionado. Outro fato é que tínhamos um braço operacional do setor, que é a Eletrobras, responsável por mais de 40% da transmissão e mais de 35% da geração.
(...)
O sistema vai ser preparado para a entrada de mais energia eólica e solar?
Com certeza, e é o que estamos fazendo. Vai haver reforço nas linhas de transmissão. Se não houvesse, teríamos que limitar a produção de eólica e solar. Mas nós vamos contratar R$ 60 bilhões em linhas de transmissão para garantir a segurança e os investimentos.
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