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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Após 3 horas, homem que sequestrou ônibus na ponte Rio-Niterói é morto

Por volta das 9h, o sequestrador foi baleado por atiradores de elite após descer do ônibus. Os reféns foram libertados ilesos

Um homem armado fez passageiros de um ônibus reféns na Ponte Rio-Niterói na manhã desta terça-feira (20/8). O veículo da Viação Galo Branco foi parado pelo sequestrador por volta das 6h da manhã. O trânsito no sentido Rio de Janeiro foi totalmente bloqueado e o congestionamento chegou a 81 km.  Pouco depois das 9h, o sequestrador foi baleado por atiradores de elite. O porta-voz da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, coronel Mauro Fliess, confirmou que o sequestrador foi morto por atiradores de elite. "A PMERJ informa que foi encerrada a ocorrência com reféns, na Ponte Rio-Niterói. O tomador de refém foi neutralizado por um atirador de precisão do BOPE e todos os reféns foram libertados ilesos", informou no Twitter a corporação.

Veja o momento em que sequestrador é baleado por atirador de elite | Primeiro Impacto 

Um homem armado fez passageiros de um ônibus da viação Galo Branco reféns no começo da manhã desta terça-feira (20). O coletivo cumpria a rota Jardim Alcântara-Estácio, sentido Rio de Janeiro, quando foi parado por um homem que se passou por um policial e rendeu o motorista durante a travessia na ponte Rio-Niterói. Agentes da Polícia Rodoviária Federal, Policia Militar do 12° Batalhão de Niterói, Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), RECOM ( Rondas Especiais e Controle das Multidões) foram à travessia - que teve de ser bloqueada nos dois sentidos - negociar com o sequestrador. Depois de quase 4 horas de tensão, um atirador de elite do BOPE aproveitou o momento em que o sequestrador desceu do ônibus e atirou de forma certeira. 
 

Por volta das 8h30, havia 31 pessoas reféns. Mais cedo, seis passageiros chegaram a ser liberados. As vítimas foram socorridas sem ferimentos, mas em estado de choque. Uma das mulheres saiu do local desacordada. Em um momento de tensão, a polícia pediu para que a imprensa e fotógrafos se afastassem do local. A polícia disse que a arma usada por ele era um simulacro, ou seja, de brinquedo. A ponte permanece interditada.

Em entrevista no local do sequestro após o desfecho do caso, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, parabenizou a ação da polícia, classificada por ele como "exitosa". "(Matar o sequestrador) não era a melhor opção, a melhor era salvar todo mundo. Mas a prioridade era salvar os reféns", afirmou o governador. Witzel ressaltou que o mérito é da polícia, que é "quem sabe como deve agir".

"Agradeço à Polícia Militar, à Polícia Civil, à Polícia Rodoviária Federal e a todos os integrantes do Bope. Algumas vezes a popularização não entende o trabalho da polícia, que tem que ser dessa forma. Se a polícia puder fazer o trabalho dela de abater quem está armado com fuzil nas comunidades, a população vai agradecer", continuou o governador cuja política de segurança pública vem sendo alvo de críticas.

O governador ainda contou aos jornalistas que as prioridades agora são a perícia para possibilitar um estudo de caso e a atenção aos reféns e à família do sequestrador.

O sequestro
O homem teria se identificado como policial militar e ordenado que o motorista parasse o veículo e o atravessasse na pista. Ele está com um galão de combustível, um revólver e uma pistola de choque, e ameaça atear fogo no interior do ônibus. Ainda não se sabe qual é a motivação do sequestrador, mas as autoridades acreditam que a ação tenha sido premeditada. As vítimas estavam com celular dentro do transporte e imagens do interior do ônibus circulam nas redes socais. A televisão transmitia o sequestro ao vivo quando os tiros que o atingiram foram ouvidos, provocando em seguida aplausos da multidão de curiosos presentes no local. 
A polícia negociava desde cedo com o sequestrador que, segundo alguns reféns, não feriu nenhuma pessoa, mas ameaçou atear fogo ao ônibus. "Parou o motorista, anunciou que o ônibus seria sequestrado, não pediu as nossas coisas, amarrou nossas mãos e pediu para que fechássemos as cortinas", declarou ao canal Globo News Hans Moreno, um dos reféns. "Ele estava muito calmo, muito tranquilo".

"Pensei que ia morrer", disse Walter Freire, outro refém que concedeu uma entrevista à televisão, visivelmente nervoso. "Graças a Deus a polícia agiu bem", afirmou. Durante quase quatro horas, dezenas de carros ficaram bloqueados na ponte. Pouco depois das 10H00 o tráfego foi liberado, enquanto as ambulâncias permaneciam ao redor do ônibus. Antes da ação policial que pôs fim ao sequestro, o presidente Jair Bolsonaro, em sua residência oficial em Brasília, disse a repórteres que concordava com o uso de franco-atiradores. "Não tem que ter pena", disse ele, lembrando casos anteriores semelhantes. 

Correio Braziliense


quarta-feira, 15 de maio de 2019

Militar mantém mulher e dois filhos reféns há mais de dez horas

Militar se rende e liberta família em Cascadura, na Zona Norte do Rio

O tenente-coronel André Luiz mantinha a mulher e dois filhos como reféns desde às 20h de terça-feira após mulher denunciar agressão para porteiros

O tenente-coronel do Exército André Luiz se entregou a policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) às 9h50 desta quarta-feira, 15. O militar mantinha sua mulher e filhos como reféns no bairro de Cascadura, Zona Norte do Rio de Janeiro, desde às 20h da noite de terça-feira, 14. Foram cerca de 14 horas de negociações.
Segundo informações da Polícia Militar, “todos os protocolos para este tipo de ocorrência foram adotados visando um desfecho favorável à preservação da vida de todos”. Não houve feridos.

Testemunhas disseram que o caso teve início após a mulher pedir ajuda a um dos porteiros declarando que foi agredida. Luiz manteve sua família como refém no apartamento que fica no segundo andar de um prédio na rua Cerqueira Daltro. Um isolamento foi montado na região durante a madrugada para o desdobramento das negociações.
Médicos e psicólogos acompanharam a negociação. O militar foi levado ao 29ª DP em Madureira e a família está recebendo assistência médica.

Veja


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Morte de major da PM no Rio provoca operação na Ilha do Governador

O Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar (Bope) continua em operação no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro.

A ação foi deflagrada no fim da tarde de ontem (27) , e, até o momento, um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi ferido em confronto com os policiais.  Segundo a PM, o suspeito foi encontrado baleado após o tiroteio e foi levado para o Hospital Evandro Freire, mas ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde dele. Ainda segundo a corporação, com o suspeito foi apreendido um fuzil.

A operação no Dendê começou poucas horas depois do assassinato do major da PM Alan de Luna Freire. Ele foi executado no bairro Jardim Esplanada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.  Na versão da Polícia Militar, o major trafegava em seu carro particular, quando outro veículo com homens encapuzados e armados com fuzis se aproximou. Nesse momento, os criminosos desceram do carro e fizeram mais de 20 disparos contra o policial, que foi atingido e morreu na hora. Os bandidos fugiram.

O oficial comandava o serviço reservado do Batalhão da Ilha do Governador e, recentemente, teve participação direta em operações que resultaram em prisões e mortes de integrantes da facção que comanda o tráfico de drogas no Morro do Dendê. Por isso, ele estaria recebendo ameaças feitas pelos criminosos da comunidade. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada.  O major Alan de Luna Freire tinha 40 anos, estava na Polícia Militar há 17 e deixa esposa e um filho de três anos.

IstoÉ