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quarta-feira, 28 de junho de 2023

O que está acontecendo com a direita?- Percival Puggina

         Não tenho algo mais fácil para indagar a mim mesmo e aos leitores? Pois é. Essa pergunta tem surgido em minha mente com uma insistência que já beira à impertinência, fazendo-me lembrar de certo professor de Matemática que confeccionava provas tão difíceis que nem ele, depois, sabia resolver.

Então, eis-me nesta condição, buscando uma resposta que não aumente minha indignação diante do que vejo acontecer com aquela consistente “maioria conservadora” (já vai assim, entre aspas) que teria saído das urnas na eleição de 2022.

Pergunto: como foi que essa “maioria” concedeu, com ampla margem, as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente ao omisso (para dizer o mínimo) senador Rodrigo Pacheco e ao Chief Executive Officer do Centrão, deputado Arthur Lira?  
Foi na condição de CEO desse velho e encardido bloco que Lira transmitiu a Lula o recado de que os deputados vinham impondo derrotas ao governo porque estavam “insatisfeitos”. Insaciáveis, não seria a palavra mais correta? 
 Com os parlamentares satisfeitos, a composição da CPMI das armações fez a própria armação: 60% de seus membros são governistas que não queriam a CPMI.

A aprovação do nome de Cristiano Zanin, advogado de Lula e do PT, para integrar a confraria governista no STF é a mais recente evidência das duas afirmações que faço, ou seja, a confraria existe e se reforça, e ampla parcela da “direita” mudou-se para o aconchego de Arthur Lira e para o mundo dos negócios.

Essa sequência de desastres cívicos tem seus motivos para acontecer. Primeiro, porque fundos partidários, fundão eleitoral e emendas parlamentares viabilizam reeleições mesmo para quem manda seu eleitor catar no asfalto seus princípios e coquinhos ideológicos ou filosóficos; segundo, porque as exceções a tão triste padrão moral – e elas existem e são valiosas, embora poucas – reúnem virtudes cada vez mais incomuns: consistência intelectual e coragem moral.

Sem a primeira, o sujeito cai na conversa de qualquer líder picareta, até tornar-se igual a ele; sem a segunda, o congressista se acovarda quando o outro lado da rua rosna e mostra os dentes.

Personagem da autora inglesa Jane Austen, em Orgulho e Preconceito (1813), afirma que sua coragem sempre se ergue quando sob intimidação. Para Napoleão Bonaparte, coragem não era ter a força de ir em frente, mas ir em frente não tendo a força.

Mesmo num ambiente político de desconforto e indignação, alegra-me ver intimidados mostrar coragem numa coalisão de covardes e arrostar a força bruta com o vigor de seu caráter.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quinta-feira, 10 de março de 2022

O bônus milionário que o presidente da Petrobras vai ganhar este ano - O Globo

Rennan Setti
 
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, deve ganhar uma bolada milionária a título de bônus este ano. Os acionistas da estatal votarão em abril proposta que prevê a distribuição de R$ 13,1 milhões à diretoria da companhia dentro do Programa Prêmio por Performance (PPP). A empresa não informa exatamente quanto será embolsado por Silva e Luna, mas, como são nove os membros da diretoria, o presidente não ficará com menos de R$ 1,45 milhão.
Joaquim Luna e Silva

Considerando-se também salário e outros benefícios, os noves diretores da petrolífera terão uma remuneração global de R$ 37 milhões entre abril deste ano e maio do ano que vem — uma média mensal de R$ 342,6 mil para cada um. [Presidente Bolsonaro! vai bancar esse exagero?  
para o povão a performance da Petrobras foi apenas os aumentos seguidos nos derivados de petróleo = especialmente gás de cozinha e gasolina.]

Parcelado
O bônus da Petrobras aos diretores não é pago de uma só vez: eles recebem 60% em uma parcela à vista, e o restante é pago ao longo dos quatro anos seguintes. Para o adicional ser pago, a companhia precisa ter batido certas metas, como a evolução da dívida e do lucro e até o controle da emissão de gases do efeito estufa e de vazamentos de petróleo.

Com a escalada do preço dos combustíveis, a Petrobras teve no ano passado o maior lucro de sua história, de R$ 106,7 bilhões. O valor do bônus deste ano, no entanto, será quase o mesmo que o distribuído em 2021.

Silva e Luna chegou à Petrobras em abril do ano passado, após dirigir a Itaipu Binacional — onde, aliás, o general recebeu um bônus “relâmpago” de R$ 221 mil a título de indenização, como mostrou reportagem da Folha de S. Paulo.

A proposta de remuneração aos diretores da Petrobras será votada pelos acionistas em assembleia em 13 de abril. Na mesma ocasião, eles vão decidir sobre a nova composição do conselho. O governo indicou para a presidência do colegiado Rodolfo Lanhttps://blogs.oglobo.globo.com/capital/dim, que comanda o clube do Flamengo.

*** 

Pouco antes de indicar Silva e Luna para o comando da Petrobras, Bolsonaro fez do salário do CEO da estatal um dos principais alvos de suas críticas. À época, o presidente estava desgostoso com o então CEO da petrolífera, Roberto Castello Branco. A razão para sua ira era a política de preços da estatal. Um ano e um general depois, tanto a política de preços da Petrobras como o contra-cheque do seu CEO continuam os mesmos.

Em defesa de Silva e Luna, a verdade é que o salário do CEO da Petrobras é pequeno quando comparado ao de suas rivais internacionais...

Capital - O Globo


sábado, 2 de setembro de 2017

O homem que rasga dinheiro

Floyd Mayweather, o homem que rasga dinheiro

Invicto após 50 lutas e capaz de embolsar o equivalente a R$ 1 bilhão em apenas uma noite, o boxeador mais bem pago do mundo ostenta um estilo de vida em que só gastar não basta

Ele tem 40 anos, 1,73 de altura, 68 quilos e um cartel de 50 vitórias em 50 combates, 27 deles por nocaute. Com 12 títulos mundiais de boxe em cinco categorias, de superpena a médio-ligeiro, Floyd Mayweather Jr. é o melhor pugilista de sua geração. Ainda mais impressionante que as vitórias no ringue, contudo, é o estilo de vida que mantém quando tira as luvas. O dinheiro o persegue com uma abundância de fazer inveja aos maiores craques do futebol mundial, do basquete e do automobilismo. No sábado 26, após vencer em Las Vegas (EUA) o irlandês Conor McGregor, atual campeão peso-leve do UFC (Ultimate Fighting Championship), Mayweather viu seu já polpudo saldo bancário aumentar em cerca de R$ 1 bilhão.


 LUTA E FARRA Mayweather acerta um golpe em McGregor, que resistiu por dez rounds

O valor foi calculado a partir da parte que cabe ao vencedor dos lucros com a bolsa de apostas (US$ 100 milhões) somada à renda obtida com patrocínios e direitos de imagem pela transmissão da luta, vencida por Mayweather no décimo round. A comemoração foi no melhor estilo dos cantores de rap, em uma suíte de hotel abarrotada de rebolativas garotas seminuas e o campeão da noite fazendo chover dinheiro até que o chão ficasse forrado de cédulas.


 FARRA Depois da vitória, a comemoração: mulheres, hip hop e chuva de dinheiro

As imagens da farra aparecem em um vídeo que circulou nas redes sociais junto a outro, em que Maywether sai pela porta dos fundos do cassino em Las Vegas arrastando um carrinho com maços de dólares embalados em plástico antes de encher o porta-malas de uma van com o dinheiro. Fazer questão de mostrar quanto ganha — e, principalmente, como gasta — é uma parte indissociável do marketing de Mayweather, que não esconde a predileção pelo apelido Pretty Boy Floyd Money (algo como “o cara bonito da grana”, em tradução livre). Até a holding que cuida de seus negócios foi apropriadamente batizada The Money Team. Costuma posar para fotos exibindo suas coleções de relógios e carrões (até o carrinho de golfe que deu para um dos filhos imita um Bentley) ou cercado de pilhas de dólares em mansões, iates e jatos privativos



Ele viaja em um Gulfstream G 550 de cerca de US$ 50 milhões, enquanto sua equipe se acomoda em outro, avaliado em US 36 milhões. Apesar de parecer excessivamente perdulário, o lutador é um homem de negócios que sabe se cercar de bons conselheiros de finanças. Um deles, Al Haymon, estudou economia na Universidade Harvard. O outro, Leonard Ellerbe, é o CEO da Mayweather Promotions, empresa que agencia outros atletas e promove todo tipo de entretenimento ao vivo, incluindo eventos esportivos, musicais, produção de filmes e programas de televisão.
Floyd Mayweather carrega pilhas e dinheiro e joga notas para mulheres


Estratégia
Os lucros que obtém com participações nas vendas de ingressos, transmissões de lutas por canais pay-per-view e as porcentagens nas vendas de alimentos e bebidas durante os eventos são reinvestidos no mercado imobiliário e em outras empresas, caso da grife de moda The Money Team. Para Ellerbe, mesmo esbanjando como gosta, Mayweather terá uma aposentadoria bilionária.. O lutador diz merecer: “Conversei com Deus noite passada e perguntei: ‘Há algum problema em esse seu REI pródigo viver dessa maneira?’ e Deus disse: ‘Não, você foi predestinado’”, escreveu Mayweather anos atrás.



Filho de boxeador e sobrinho do ex-campeão Roger “Black Mamba” Mayweather, Floyd foi paciente para manter a supremacia diante de McGregor nos dez rounds da luta “Luta do Dinheiro”, como foi chamado o combate em Las Vegas. “Acho que o juiz interrompeu muito cedo. Aquilo era fadiga. Eu não tinha me entregado”, disse McGregor. “Essa foi a nossa estratégia, deixá-lo dar golpes mais fortes no começo e cansá-lo”, afirmou o vencedor.

Fonte: Revista Isto É