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sábado, 10 de outubro de 2020

Dono de loja reage e mata três ladrões em Sorocaba

Uma câmera de segurança gravou o momento em que o dono de uma loja de roupas reagiu a um assalto e matou três criminosos a tiros. Nas imagens, é possível ver que os três homens fingem escolher produtos na loja, até o momento em que um deles saca uma arma e anuncia o assalto. Após uma breve discussão, o dono da loja saca uma arma que tinha por baixo da blusa e atira nos três ladrões.

Matou três criminosos a tiros, no Jardim São Guilherme, zona norte de Sorocaba SP

De acordo com informações do jornal local Cruzeiro do Sul, o assalto ocorreu na tarde da última quarta-feira (6) no bairro Jardim São Guilherme, zona norte de Sorocaba. O jornal informa que dois dos assaltantes morreram ainda dentro da loja. O terceiro, mesmo ferido, tentou fugir, mas caiu na calçada em frente ao local e faleceu.

O dono de uma loja de roupas e acessórios reagiu a um assalto e matou três criminosos a tiros, no Jardim São Guilherme, zona norte de Sorocaba (SP), nesta quarta-feira (7). De acordo com a Polícia Militar, o caso ocorreu por volta das 11h. Os três homens entraram no estabelecimento e tentaram roubar objetos. Porém, o proprietário reagiu e disparou contra o trio com uma arma de fogo. A Polícia Civil informou que não há detalhes sobre a identidade dos suspeitos e se o dono da loja tem porte de arma de fogo. O delegado responsável pela investigação, Acácio Leite, contou que houve briga entre bandidos e o comerciante assim que tentaram assaltar o comércio, mas os suspeitos foram alvejados a tiros. A quantidade de disparos não foi identificada. "Eles acabaram sendo alvejados, dois vieram a óbito no interior da loja e um ainda conseguiu se arrastar por alguns metros na parte externa da loja, mas apesar da presença do Samu, veio a falecer também", explica o delegado. 

 Ainda segundo a polícia, o proprietário não foi encontrado quando a equipe policial foi ao local. Ele deve ser intimado para prestar depoimento no 8° Distrito Policial de Sorocaba. De acordo com a polícia, o proprietário fugiu com as armas, mas o sistema de monitoramento de câmeras foi apreendido. O caso foi registrado como tentativa de roubo seguido de homicídio. Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal de Sorocaba SP.

Jornal Cruzeiro do Sul - Youtube


sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Correios - Fundo de Pensão - O aparelhamento destruiu o Postalis

Fundo de pensão dos Correios está sob intervenção, resultado de escolhas de investimentos que não podem ser descritos como mera sucessão de más escolhas

As denúncias sobre o mau uso dos fundos de pensão de empresas estatais eram tantas que alguém poderia se perguntar por que levou tanto tempo para que a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretasse intervenção no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Dos quatro grandes fundos de estatais (grupo que também inclui o Petros, da Petrobras; o Funcef, da Caixa; e o Previ, do Banco do Brasil), o Postalis é o que tem o maior número de participantes ativos, ou seja, que ainda estão contribuindo para reforçar sua aposentadoria no futuro – são 106,5 mil pessoas, enquanto 29,4 mil já recebem os benefícios.

Foram afastados o presidente em exercício, o diretor em exercício da área de Benefícios, e membros titulares e suplentes dos conselhos Deliberativo e Fiscal do fundo de pensão. A Previc informou que “os motivos da intervenção são o descumprimento de normas relacionadas à contabilização de reservas técnicas e aplicação de recursos”. O comunicado não deu maiores detalhes, mas em abril deste ano o Tribunal de Contas da União já tinha identificado prejuízo de R$ 1 bilhão no Postalis (para um patrimônio de pouco menos de R$ 9 bilhões), decretando, na ocasião, indisponibilidade de bens de ex-diretores e ex-membros do Comitê de Investimentos do fundo.

O país ainda não se deu conta do tamanho do estrago causado pelo aparelhamento petista 

Entre os investimentos realizados pelo Postalis nos últimos anos estão a compra de títulos da dívida de Argentina e Venezuela; de ações de empresas do Grupo X, de Eike Batista; de debêntures de um grupo educacional que faliu em 2016; e de títulos de bancos liquidados, como o Cruzeiro do Sul e o BVA. Nem mesmo os melhores gestores estão imunes a más escolhas, é verdade; mas esse portfólio do Postalis, acumulado especialmente durante os anos em que o PT esteve no poder e foi responsável por aparelhar o comando dos fundos de pensão de estatais, parecia especialmente desenhado para privilegiar os companheiros ideológicos e de negócios.


A opção pela camaradagem, agora, custa caro aos próprios funcionários e aposentados dos Correios, que tiveram de aumentar sua contribuição ao Postalis para cobrir os sucessivos rombos, já que o fundo vem de quatro anos seguidos de prejuízo. Até o fim deste ano, o corte nos benefícios deve chegar a 20%, e isso para compensar o buraco de 2015, ou seja, um sacrifício ainda maior será exigido para garantir as aposentadorias atuais e futuras.

O estrago do aparelhamento petista nos fundos de pensão não se resume ao Postalis, obviamente. Funcef, Previ e Petros, por exemplo, investiram pesado na Sete Brasil, empresa de construção de sondas para exploração do pré-sal que era parte do esquema desvendado pela Operação Lava Jato e, afundada em dívidas, entrou em processo de recuperação judicial. Só o Petros perdeu R$ 1,7 bilhão com a Sete Brasil.

Em abril, quando analisaram o caso do Postalis, ministros do TCU recomendaram que auditorias semelhantes fossem feitas também nos outros três grandes fundos de pensão de estatais. “O modus operandi parece ser similar”, afirmou, na ocasião, o ministro Vital do Rêgo. Apesar do trabalho da CPI dos Fundos de Pensão, em 2015 e 2016, que terminou pedindo centenas de indiciamentos, parece que o país ainda não se deu conta do tamanho do estrago, mais uma herança maldita da passagem do PT pelo Palácio do Planalto.


Fonte:  Gazeta do Povo - Editorial 



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

19 de novembro - DIA DA BANDEIRA

Uma data dedicada a um dos SÍMBOLOS da PÁTRIA hoje é simplesmente esquecida.

Mas, não podemos deixar que esse esquecimento - que é desejado e mesmo estimulado pelo atual desgoverno - prospere facilmente.

 

Abaixo transcrevemos alguns comentários sobre a BANDEIRA NACIONAL, o Hino a Bandeira e uma nota triste, que é a desvalorização da BANDEIRA NACIONAL por uma das nossas Forças Auxiliares. [NOTA TRISTE: no Distrito Federal, Brasília, unidades militares das Forças Auxiliares não mais hasteiam a Bandeira Nacional das 8h até as 18h.
Já constatamos este desrespeito em unidades das Forças Auxiliares - PMDF e CBMDF.
Para ficar no exemplo mais recente, ontem,  18 de novembro, passamos em frente a 8ª Companhia Regional de Incêndio, localizada em Ceilândia, denominação oficial de um quartel do Corpo de Bombeiro Militar do DF sediado na entrada daquele cidade, por volta das 10h, e a BANDEIRA NACIONAL NÃO ESTAVA HASTEADA. 

Passar em frente àquela unidade militar, ver militares fardados e ao mesmo tempo constatar vazio, tal qual estivesse situado em território não soberano, o mastro onde deveria tremular o SÍMBOLO MAIOR da PÁTRIA entristece qualquer brasileiro - especialmente os que com orgulho são da geração em que até mesmo nos GRUPOS ESCOLARES, no mínimo uma vez por semana a Bandeira Nacional era hasteada, recebendo as HONRAS e o RESPEITO que merece.

Não foi um fato isolado, uma ocorrência fortuita - caso fosse, não isentaria os responsáveis por aquela OM do desrespeito que praticam. É algo que ocorre diariamente, vez ou outra passamos em frente àquele quartel e a Banderia Nacional não está hasteada. 

Por duas vezes, procuramos passar por volta das 8h - horário em que a tropa deveria estar formada e a BANDEIRA NACIONAL sendo hasteada - e nada está ocorrendo.

Já em  órgãos federais - inclusive civis - a bandeira está hasteada só que LAMENTAVELMENTE ao lado da do Mercosul - resultado de um Decreto estúpido assinado pelo apedeuta do Lula.
Hoje, iriamos passar naquela Cia e conferir se o desrespeito estava ocorrente no dia dedicado à Bandeira - infelizmente, outros compromissos impediram a conferência.
Caso tenha ocorrido o já recorrente desrespeito - tanto ao Decreto quando a propria Bandeira - a vergonha seria maior, tanto por ser hoje o DIA DA BANDEIRA,  quanto ser também o dia em que pessoas, empresas e órgãos que possuam exemplares da Bandeira Nacional que não esteja em bom estado de conservação, devem levá-los a uma Unidade Militar para que sejam, devida e respeitosamente, incinerados.
Que os valorosos soldados do fogo do CBMDF  dediquem à BANDEIRA NACIONAL pelo menos uma parte do respeito que recebem da população.]



O dia da bandeira

Hoje, dia 19 de novembro comemora-se o dia da bandeira. Pouca gente se lembra que existe um dia da bandeira, mas essa data marca a criação da bandeira republicana através de um decreto no dia 19 de novembro de 1889. Todo ano, nesse dia, as bandeiras em mau estado devem ser incineradas, num procedimento feito pelas forças armadas.

Bom, a bandeira nacional tem, como você já deve ter notado, uma ligação muito estreita com a astronomia e eu queria aproveitar a data para contar algumas curiosidades sobre o "lábaro que ostenta estrelado".

Muitas bandeiras pelo mundo usam elementos de astronomia em seus desenhos, principalmente estrelas. Na grande maioria das vezes são estrelas que guardam algum significado, todavia estão fora de um contexto astronômico maior. Por exemplo a bandeira dos EUA. Cada estrela representa um estado americano, mas elas estão empilhadas, não formam constelações. Nesse quesito de constelações temos a bandeira da Austrália e da Nova Zelândia que ostentam o Cruzeiro do Sul estampados. No caso da Austrália a estrela Rigel Kentaurus, a alfa do Centauro, também dá as caras e o Cruzeiro em si tem 5 estrelas. 

Já a bandeira neozelandesa tem só o Cruzeiro em versão econômica, com 4 estrelas.

A bandeira do Nepal possui o Sol e a Lua, bandeiras de países islâmicos estampam uma estrela e uma Lua Crescente, como a bandeira da Argélia por exemplo. Na bandeira do Japão, o círculo vermelho representa o Sol.

Mas de todas as bandeiras nacionais, a nossa tem uma característica especial, as estrelas que estão estampadas nela não só estão organizadas em constelações, como também representam o céu no dia da proclamação da República! Nesse aspecto a bandeira brasileira deve ser única no mundo por carregar uma verdadeira carta celeste.

É assim.
As estrelas que figuram na bandeira nacional formam parte das constelações do céu na data de 15 de novembro de 1889. Mais precisamente, a bandeira exprime o céu do Rio de Janeiro às 08:30 da manhã, como se o observador estivesse fora da abóbada celeste, ou seja, o céu com aspecto invertido ao que vemos. Esse é o panorama do céu na data e hora acima.


Cada estrela da nossa bandeira representa uma unidade da federação, conforme a figura abaixo indica. Por exemplo, alfa do Cruzeiro (a Estrela de Magalhães) representa o estado de São Paulo, aliás todo o Cruzeiro do Sul representa os estados da região sudeste do país, exceto pela estrela gama do Cruzeiro (conhecida como Rubídea pela cor avermelhada) que representa a Bahia.


                                                    Crédito: Cássio Barbosa/Stellarium
O Distrito Federal é representado pela estrela Sigma do Oitante, uma estrela muito fraca, no limite da visão humana de quarta magnitude. Essa estrela tem pouco destaque no céu austral, no que diz respeito ao seu brilho.



Por representar a capital do país, seria esperado que a estrela escolhida fosse de primeira grandeza, mais brilhante, mas a escolha recaiu sobre ela por que ela é a estrela mais próxima do polo sul celeste. Dessa maneira todas as outras estrelas (ou estados no caso) vão girar em torno dela em seus movimentos aparentes.

Leia mais, clicando aqui 

HINO A BANDEIRA NACIONAL

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
 


 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pensionistas do Postalis podem ter de arcar com rombo de R$ 5,6 bi em 2016; ou pagam o rombo ou 70.000 participantes ficam sem aposentadoria. Funcef - fundo da CEF - e Petros - fundo da Petrobras - tem problemas semelhantes



O fundo de pensão tem até o fim deste ano para apresentar uma nova solução para resolver o rombo; decisão da Previc adia para 2016 possível contribuição extra de beneficiários para solucionar o déficit

Os beneficiários do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não terão de pagar em 2015 contribuições extras para o equacionamento do déficit de 5,6 bilhões de reais do plano de benefício. A entidade e a estatal assinaram um acordo com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador do segmento, que deixa para 2016 o pagamento do rombo pelos funcionários, aposentados e pensionistas, além dos Correios. O Postalis tem até o fim deste ano para apresentar uma nova solução para resolver o déficit.

As contribuições extras foram determinadas aos quase 76 mil funcionários, aposentados e pensionistas - além dos Correios - para resolver o rombo do plano de benefício definido (BD). Foi decidido que o desconto mensal no contracheque seria de 25,98% do valor da aposentadoria, da pensão ou do valor previsto para o benefício - no caso dos mil funcionários da ativa.

Do rombo de 5,6 bilhões de reais desse plano, que é o mais antigo da entidade, 1,7 bilhão de reais é consequência de mudanças na expectativa de mortalidade e na taxa de juros, 2,7 bilhões de reais são derivados da má performance dos investimentos e 1 bilhão de reais é resultado de uma dívida que os Correios tem com o plano.

Em março, associações de funcionários, aposentados e pensionistas dos Correios buscaram na Justiça respaldo para não terem que pagar a conta do déficit bilionário em 15 anos e meio. Os participantes do fundo ficaram indignados com a decisão do conselho deliberativo. 

Argumentaram que o déficit bilionário é resultado da má administração dos investimentos dos últimos anos. Também acusaram os Correios de não terem pago a dívida que têm com o Postalis.


Postalis investiu R$ 40 mi em empresa oferecida — anos depois — por R$ 1
Em 2007, fundo de pensão dos Correios colocou recursos de beneficiários no Grupo Voges, que mais tarde pediu recuperação judicial com dívidas de R$ 360 milhões
Enquanto a Polícia Federal apura o uso do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, no esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, o que se sabe até o momento é que o rombo de 5,6 bilhões de reais registrado em 2014 pelo fundo foi resultado de má gestão por parte de seus diretores. Caso exemplar dos malfeitos com o dinheiro dos beneficiários é o investimento do Postalis no grupo Voges, uma holding metalúrgica do Rio Grande do Sul que pediu recuperação judicial em 2013, com uma dívida de 360 milhões de reais.

Em 2007, o fundo concretizou o aporte de 39 milhões de reais no grupo gaúcho. Em 2011, o Postalis já antevia que não conseguiria recuperar o dinheiro investido e provisionou perdas de 78 milhões de reais em seu balanço. Em 2012, ao constatar que a situação era irreversível, o Postalis manteve o mesmo provisionamento - que corresponde ao valor do investimento inicial corrigido até aquele ano, acrescido de multas. Procurado pelo site de VEJA, o fundo afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a provisão pode ser revertida se o Postalis ganhar na Justiça o direito de reaver os recursos. O processo pode ser longo e custoso.

Em 2012, o grupo Voges não era o único investimento que dava errado para o Postalis. O valor provisionado em perdas somava 231,39 milhões de reais. O pedido de recuperação judicial da empresa, feito em 2013, foi atribuído à crise financeira e à queda nas vendas de motores de caminhões. Trata-se de uma empresa familiar de Caxias do Sul, cujo proprietário é o empresário Osvaldo Voges, e que empregava, à época, mais de mil funcionários.

Uma das possibilidades aventada por credores, e que chegou a compor o plano de recuperação, foi oferecer a Voges Motores por 1 real - desde que o comprador assumisse a dívida de 360 milhões de reais do grupo.

O advogado da empresa, Thomas Müller, conta que a alternativa foi descartada no ano passado. Agora, a ideia é leiloar a unidade de motores da companhia até setembro deste ano, segundo acordo firmado com credores. O plano de recuperação prevê que, caso o leilão não ocorra, seja marcada nova assembleia para redefinir os rumos do processo.

Histórico - Outros investimentos que levaram o Postalis a apresentar um déficit bilionário estão aplicações em títulos de bancos liquidados, como Cruzeiro do Sul e BVA, e investimentos atrelados à dívida de países com problemas, como Argentina e Venezuela.
Após seis meses de investigação, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) chegou à conclusão de que os diretores e conselheiros do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios, foram responsáveis por parte do rombo de 5,6 bilhões de reais no plano de benefício. A constatação foi feita em dois relatórios confidenciais produzidos pelos investigadores, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com os documentos da Previc (autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social) , os gestores "não agiram com zelo e ética". São acusados de má gestão e de não observar, sobretudo, a rentabilidade dos fundos onde depositaram o dinheiro dos participantes.

Diretores são responsabilizados por rombo no fundo Postalis
Investigação concluiu que diretoria deve responder pelas perdas de 5,6 bilhões de reais do fundo de pensão dos Correios
Após seis meses de investigação, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) chegou à conclusão de que os diretores e conselheiros do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios, foram responsáveis por parte do rombo de 5,6 bilhões de reais no plano de benefício. A constatação foi feita em dois relatórios confidenciais produzidos pelos investigadores.

De acordo com os documentos da Previc - uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social -, os gestores "não agiram com zelo e ética". São acusados de má gestão e de não observar, sobretudo, a rentabilidade dos fundos onde depositaram o dinheiro dos participantes. Entre os investimentos que levaram o fundo a apresentar esse déficit bilionário estão aplicações em títulos de bancos liquidados, como Cruzeiro do Sul e BVA, e investimentos atrelados à dívida de países com problemas, como Argentina e Venezuela.

Numa reunião tensa no dia 28 de abril, com representantes do Postalis e entidades sindicais, o chefe da Previc, Carlos de Paula, afirmou que as irregularidades cometidas pelos gestores da fundação ultrapassam a fronteira administrativa e configuram crime. "O sistema da Previc está preparado para pegar inaptidão, erros, e não para lidar com atitudes criminosas", disse, segundo relatos de participantes do encontro.

Por essa razão, o relatório da Previc, que abrange o período de 2012 a março de 2014, foi enviado ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. As sindicâncias foram encerradas pela Previc em dezembro, mas somente agora o Postalis foi instado a se manifestar. Os documentos da superintendência resultaram em 23 autos de infração aos gestores, o primeiro passo antes da punição. Diante do cenário apurado, na maioria dos casos, a Previc diz que "não cabe nem defesa" do Postalis; em outros, há determinações a serem cumpridas ou pedidos de posicionamento acerca de 36 títulos. O rombo é o maior entre os fundos de pensão do país, uma vez que supera o próprio patrimônio do Postalis. E, se não for equacionado, pode deixar 70.000 participantes sem aposentadoria.

Justiça - Na reunião da semana passada, o chefe da Previc ainda teria cobrado da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) que desistisse da ação na Justiça para que os funcionários não tenham de arcar com parte do rombo. Carlos de Paula teria ponderado que a medida poderia levar à quebra do fundo. "É preferível quebrar do que o trabalhador ter de se sacrificar perdendo parte do salário", afirmou Luiz Alberto Menezes, presidente da Adcap.

(Com Estadão Conteúdo)