Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Petista, a esquerda e os extremistas que estão no governo querem impor ao Brasil coisas que a maioria das pessoas não quer
Opresidente Lulaacha que aCâmara de Deputados está atrapalhando o seu governo; ele tem a solução para todos os
problemas do Brasil, mas não pode “fazer nada”, porque a Câmara “não
deixa”.
A culpa por tudo, logo no começo, era da “herança maldita” que
Lula teria recebido do governo anterior – uma negação flagrante de todos
os números e fatos disponíveis quando ele assumiu a Presidência,da
inflação ao desemprego, da balança comercial ao lucro das estatais.
Depois veio o Banco Central:
os juros altos, segundo Lula, impedem que o governo faça qualquer coisa
capaz de melhorar o País. O problema, agora, é a Câmara.Os deputados
não aprovam os projetos que ele apresenta. Aprovam, por outro lado, tudo
o que ele não quer. Lula fez as contas: a esquerda, como ele disse, tem
136 deputados, no máximo, num total de 513,e com os deputados que tem o
seu governo não consegue ir a lugar nenhum nas votações em plenário.
As supremas narrativas de Lula
Não
passa pela cabeça do presidente da República que seu partido, mais os
satélites, só têm um quarto da Câmara porque três quartos do eleitorado,
nas últimas eleições, votaram contra ele na escolha dos deputados.
Votaram contra as propostas da esquerda.
Não gostam das suas ideias. Não
querem as mesmas coisas.
Seu Brasil não é o Brasil de Lula, do PT
e da esquerda.
É disso que se trata, e apenas disso: a grande maioria
do povo brasileiro é contra o projeto que ele tem para o País, e sua
vontade está expressa na composição da Câmara dos Deputados.
Eles não
estão ali porque foram nomeados.Estão ali porque o povo quis que
estivessem.
Podem não ser os seus melhores representantes, mas são os
únicos que existem; não há outra maneira de se dar voz e algum poder de
decisão às pessoas a não ser com a eleição de um parlamento.
Se a Câmara
é assim, é porque o eleitorado quis assim.
Lula,
a esquerda e os extremistas que estão no seu governo querem impor ao
Brasil coisas que a maioria do eleitorado não quer, simplesmente – é
esse o começo, o meio e o fim do problema.
O presidente pode comprar
apoio, é claro – já gastou, nestes cinco meses, R$ 5 bilhões em
“liberação de recursos” para os deputados.
Mas essas coisas nunca
fornecem resultado garantido; há a venda de votos, mas nem sempre há a
entrega do combinado. Fazer o que?
A única saída, para acabar mesmo com o
problema, é cassar os mandatos dos deputados da oposição – quem sabe
Lula não chega lá, em parceria com o TSE? Enquanto houver TSE, eleição no Brasil não vale nada; mandato de deputado, então, vale menos ainda.
Se cassarem mais uns 150, por aí, Lula vai ter, enfim, uma
Câmara do jeito que quer. [será que os não eleitos, os sem votos que cassam o mandato dos eleitos, os com votos = aguentam? dão conta do desgaste de cassar dezenas dos representantes do Povo?]
Os números vão começar a cair no noticiário e na vida
real das pessoas — e não poderão ser suprimidos com discursos sobre a
“herança maldita” e o “genocídio” dos ianomâmis
Michel Temer, Alexandre de Moraes, Lula e Dilma Rousseff | Foto: Montagem
Revista Oeste/Wikimedia Commons/SCO/STF
A maior parte da esquerda brasileira, que
se comporta cada vez mais como se as últimas eleições para presidente da
República tivessem sido a conquista de Havana pelas tropas de Fidel
Castro, continua convencida, pelos atos que pratica, de que a “ditadura
do proletariado” já começou no Brasil. O presidente Lula, naturalmente, é
o condutor dessa marcha da insensatez.
É duvidoso que controle de fato o
que estão fazendo em seu governo, ou que saiba direito o que está sendo
feito, ou até quem foi nomeado para isso ou aquilo, mas está se achando
o grande comandante mundial das lutas pela vitória do “socialismo”
sobre a face da Terra. Imagina que é o Che Guevara do século 21, ou pelo
menos o Nicolás Maduro do Brasil — ou, quem sabe, um novo Perón, com
Evita e tudo.
Na sua esteira, com as mesmas agressões ao Brasil do
trabalho, da produção e das liberdades, vêm os ministros e a multidão de
sócios-proprietários que invadiu o seu governo e começa a construir ali
um caos digno de Dilma Rousseff. Ignoram que praticamente metade dos
eleitores que foram votar no segundo turno, pelos números do próprio
TSE, preferiu o seu adversário — e, por seu simples peso aritmético,
teriam de ser levados em conta em qualquer projeto minimamente
responsável de governo. Estão certos de que ganharam uma daquelas
eleições cubanas em que o governo leva 99% dos votos e que, por isso,
podem fazer o que bem entendem com o país, com 215 milhões de
brasileiros e, sobretudo, com o dinheiro do Tesouro Nacional.
Será que vai ser assim mesmo, e tão fácil? Quer dizer: Lula faz uns
discursos para criar a “moeda sul-americana”, o ministro da Justiça
amontoa projetos, medidas provisórias e decretos-lei destinados à
repressão política, o Senado reelege um presidente disposto a executar
as instruções do Palácio do Planalto, as autoridades falam em todes e todes,
e o Brasil vira socialista?
A conferir, em futuro próximo — mas com
apenas um mês de governo a revolução de Lula, do PT e da esquerda
nacional começa a descobrir que a vida tem problemas. O primeiro deles
foi uma espécie de bomba de hidrogênio nas ambições mais agressivas de
se suprimir a oposição do Congresso Nacional.
O ministro Alexandre
Moraes, numa decisão que oferece o primeiro grande sinal de paz para a
política brasileira nos últimos quatro anos, negou o destrutivo pedido
de suspender a posse de 11 deputados da oposição — exigência de um grupo
de advogados que está no coração da candidatura de Lula e ocupa
postos-chave dentro do seu governo.
Foi, possivelmente, a decisão mais
acertada de um ministro do Supremo Tribunal Federal desde que a vida
pública nacional entrou em parafuso com a eleição de Jair Bolsonaro para
presidente do Brasil.
O ministro Moraes deu um aviso claro, vigoroso e
essencial para a segurança dos parlamentares da oposição: seus mandatos,
conferidos pelo eleitor brasileiro, estão garantidos pelo STF — e não
dependem, como pretendem os radicais de esquerda, de aprovação do
governo para serem exercidos.
A decisão desmonta, simplesmente, o pior
ataque já feito pelo lulopetismo contra a liberdade parlamentar no
Brasil — as últimas cassações de mandato por motivo político foram no
Ato 5, durante a “ditadura militar” que Lula e o PT, pelo que têm feito,
tanto gostariam de ressuscitar no Brasil. Foi um choque elétrico.
“Daqui vocês não podem passar”, informou Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes, que já havia desapontado a esquerda
com a decisão de devolver o acesso às redes sociais do deputado Nikolas
Ferreira, do PL— o mais votado nas últimas eleições, com quase 1,5
milhão de votos —, é um problema em aberto.
Com 54 anos de idade e a
vida pela frente, Moraes é um homem-chave no presente e no futuro da
política brasileira. Vale, sozinho, pelos dez outros ministros do STF
somados — com a exceção, talvez, de Gilmar Mendes, que também exerce
influência decisiva no compasso do tribunal.
(...)
É claro que ele continua tendo a seu cargo o inquérito criminal que
funciona, hoje, como a principal lei do Brasil, além, naturalmente, de
todos os inquéritos derivados dali — e sem o arquivamento do processo
todo a paz política e a segurança jurídica não voltam ao país. Mas não
haverá, na linha de tiro de Moraes, a figura que tem sido o inimigo
número 1, 2, 3, 4 e 5 de Lula e das forças que o apoiam. Não é a mesma
coisa. Daqui para a frente, sem Bolsonaro, o ministro Moraes muda de
natureza para Lula. A pergunta-chave é: seus planos vão ou não vão
continuar andando juntos? Não está claro se os dois querem as mesmas
coisas, e nem se o ministro está interessado em dividir o governo com o
presidente.
Não se sabe se ele pretende entrar em parceria com os
extremistas que controlam hoje as decisões de Lula; no caso da agressão
aos deputados, Moraes ficou contra eles e do lado da liberdade. Há
outras coisas que não se sabe. O que se sabe é que as âncoras políticas
do ministro, até o momento, têm sido o ex-presidente Michel Temer e o
vice-presidente Geraldo Alckmin; isso não é o PT.
Outro problema, para Lula, é a descoberta de que também ele, Sua
Santidade, pode meter o pé na jaca.
O pior momento, num mês com momentos
ruins quase diários, foi esse súbito caminhão de ira que resolveu
despejar em cima do impeachment de Dilma Rousseff. Foi um
desastre. Ninguém ficou a favor; ao contrário, o presidente levou até
dois editoriais indignados no lombo, um de O Estado de S. Paulo e outro de O Globo —já tinha levado um terceiro, da Folha de S.Paulo,
contra a neurastenia repressiva do governo.
Para que isso? Lula fez uma
acusação alucinada: sem que ninguém tivesse lhe perguntado nada, disse
que Dilma foi expulsa do governo por “um golpe de Estado”. Repetiu o
disparate e, para coroar, se referiu ao “golpista Michel Temer” — tudo
isso em viagem ao exterior e para plateias estrangeiras. É uma mentira
primitiva, insultuosa e mal-intencionada. Dilma foi destituída por um
procedimento absolutamente legal de impeachment, pelos votos de
61 senadores e 367 deputados, num processo que durou nove meses
inteiros, foi supervisionado passo a passo pelo STF e no qual teve o
mais amplo direito de defesa. Onde está o golpe? Estaria Lula anunciando
que, se houver um processo de impeachment contra ele, também será “golpe”? E se estiver — o que adianta isso?
Foi uma ofensa grosseira ao Congresso, ao STF e à verdade mais
elementar dos fatos; se ele não fosse Lula, seria punido histericamente
pelas duas polícias de combate à “desinformação” que já foram criadas em
seu governo. Foi, também, uma agressão sem pé nem cabeça contra o
ex-presidente Michel Temer.
A questão, aí, parece ser um velho e
aparentemente incurável defeito de fabricação de Lula — sua incapacidade
de controlar o próprio despeito. Temer fez, possivelmente, o melhor
governo que o Brasil já teve no período da pós-democratização, se for
considerado o país em ruínas que recebeu da era Lula-Dilma e o país que
entregou ao seu sucessor — mesmo levando-se em conta o extraordinário
sucesso de Fernando Henrique na eliminação da inflação e os evidentes
êxitos econômicos de Jair Bolsonaro. O governo Temer só teve um
problema: durou pouco, porque seu mandato constitucional foi curto. Tudo
isso, muito simplesmente, é insuportável para Lula, o presidente das
“heranças malditas” e imaginárias — um caso exemplar de problema que não
contém a semente de uma solução, mas apenas a semente de um outro
problema, e problema para ele mesmo.
O fato é que, depois de um mês no governo, Lula e o seu sistema não
conseguiram gerar uma única boa notícia — nem para eles próprios. O
único projeto de obra pública que Lula anunciou é na Argentina — e para a
duvidosa construção de um gasoduto conhecido pelo nome de “Vaca
Muerta”, para se ter uma ideia de onde estão querendo amarrar o burro do
BNDES.
A principal notícia no mundo dos negócios é a monumental fraude
contábil das Lojas Americanas,em cujo comando figura o empresário Jorge
Paulo Lemann, estrela entre os bilionários de esquerda do Brasil e
grande destaque na ala dos apoiadores capitalistas do presidente.Os
juros continuam em 13,75% ao ano, como resultado das expectativas ruins
em relação à inflação.
O mercado, a cada dia, mostra que não confia nem
na competência e nem nas intenções da equipe econômica — e Lula, em vez
de olhar para os problemas reais que provocam essa desconfiança, fica
bravo com o mercado. O Ministério da Agricultura, peça-chave para a área
mais produtiva da economia brasileira, está sendo substituído por um
“Ministério do Desenvolvimento Agrário”.
Os números do seu governo,
inevitavelmente, vão começar a cair no noticiário e na vida real das
pessoas — e não poderão ser suprimidos com discursos sobre a “herança
maldita” de Bolsonaro, a guerra na Ucrânia e o “genocídio” dos
ianomâmis.
O presidente, queira ou não queira, vai ter de conviver com a
realidade.
Uma das grandes especialidades do ex-presidente Lula, que se prepara
para voltar à Presidência do Brasil no próximo dia 1º de janeiro, é a
administração de “heranças malditas”.
É como ele resolve todos os
problemas que aparecem no seu governo —a culpa de tudo é de quem veio
antes, mesmo que não exista culpa nenhuma. Muito pelo contrário: recebe a
casa em ordem, mas um minuto depois já está reclamando que largaram um
desastre em cima dele, e que não tem nada a ver com qualquer coisa de
ruim que venha a acontecer até o último dia do seu mandato.
Foi assim
com Fernando Henrique. Lula recebeu um Brasil sem o pior problema da sua
história econômica —a inflação, eliminada por seu antecessor com o
Plano Real.
Estava pronta, também, a privatização das telecomunicações,sem a qual o país iria para o naufrágio, do setor de
mineração-siderurgia e dos bancos estaduais, que funcionavam como Casa
da Moeda particular dos governadores — e eram possivelmente os únicos no
mundo a dar prejuízo.
Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo
Lula se deu bem: aplicou esse conto do vigário, e Fernando Henrique, em vez de expor a mentira, acabou achando que ele, Lula, é hoje o homem que vai salvar o Brasil. A história pode se repetir agora — com a diferença de que Jair Bolsonaro dificilmente fará algum dia o beija-mão que Fernando Henrique fez.
O novo presidente já acusa o atual governo dos piores crimes econômicos dos últimos 500 anos, e de todos os outros tipos — e a realidade é exatamente o contrário.
Bolsonaro vai deixar para Lula a melhor situação que o país já teve na passagem de um governo para outro, em qualquer época recente.
Isso é o que mostram os fatos e os números, como se pode constatar por 12 indicadores-chave da situação da economia brasileira neste momento.
1. Inflação Dilma Rousseff, sucessora de Lula na Presidência da República,foi retirada do governo deixando como legado uma inflação que era uma verdadeira herança maldita. Em agosto de 2016, quando o impeachment foi concluído, o Índice de Preços ao Consumidor — que mensura o custo de vida — para 12 meses estava próximo de 9%. Nos Estados Unidos, era de pouco mais de 1% para o mesmo período.
Em setembro deste ano, os dois países trocaram de posição. De lá para cá, a inflação brasileira se mantém menor que a norte-americana. No mês de outubro, por exemplo, a variação dos preços ficou em 6,5% no Brasil e próxima de 8% nos EUA.
2. Crescimento A economia também mostra mais desenvoltura em comparação ao fim da última gestão petista. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu cerca de 4% em 2016. Ao mesmo tempo, o mundo cresceu em torno de 3%, e a China registrou a expansão de 7%.
Para 2022, o FMI estima quase 3% de crescimento para o PIB brasileiro. A projeção para os desempenhos da economia global e do PIB chinês neste ano está praticamente no mesmo valor de 2016.
A recuperação da produção nacional se estabeleceu mesmo num ambiente de incertezas internacionais. Além da invasão russa à Ucrânia, iniciada em fevereiro, o governo do presidente Jair Bolsonaro teve de enfrentar um desafio sem precedentes: a pandemia por coronavírus — uma crise sanitária mundial, que limitou o comércio entre países, quebrou empresas e desorganizou as cadeias produtivas ao redor do globo.
3. Desemprego Atualmente, a taxa de desempregados no país é de cerca de 8%. Número que só esteve menor em meados de 2015, segundo os levantamentos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Durante a pandemia, a taxa de desocupação calculada pelo IBGE bateu o recorde de quase 15% em dois momentos: julho a setembro de 2020 e janeiro a março de 2021. A destruição em massa dos empregos ocorreu na esteira das medidas restritivas adotadas durante a crise sanitária. Contrariando a posição do presidente, as restrições impostas por governadores e prefeitos seguiam a máxima: “A economia a gente vê depois”.
4. Balança comercial Em 2016, o valor corrente da balança comercial brasileira — soma de exportações e importações —- fechou em 20% do PIB do país. Em 2021, a proporção cresceu para 30%. O dado demonstra aumento na abertura da economia do Brasil.
5. Superávit primário Além disso, o superávit primário — formado pela quantia faturada com exportações menos a despesa com importações — ficou 50% maior. A soma saltou de US$ 40 bilhões, em 2016, para US$ 60 bilhões, em 2021.
6. Arrecadação federal A arrecadação federal está quase 30% maior que na saída de Dilma do Planalto. No acumulado de 12 meses registrado em agosto de 2016, o valor ficou pouco abaixo de R$ 1,5 trilhão, conforme os dados do Tesouro Nacional. Em setembro de 2022, a soma se aproximou de R$ 2 trilhões.
7. Gastos públicos A partir de junho de 2022, o governo federal voltou a ter superávit primário nas contas públicas acumuladas em 12 meses, ou seja, os gastos passaram a ser menores que as despesas. O saldo positivo para igual intervalo não ocorria desde novembro de 2014 (momento em que a economia global ainda estava extremamente favorável). No dado mais atual, de setembro, o valor extra fechou em praticamente R$ 85 bilhões.
8. Lucro das estatais As empresas estatais se tornaram lucrativas. No ano passado, o resultado líquido dessas companhias fechou próximo de R$ 190 bilhões, 40 vezes que os pouco menos de R$ 5 bilhões de 2016 — e cerca de R$ 230 bilhões a mais que oprejuízo de R$ 32 bilhões registrado em 2015.
9. Reservas internacionais Para mitigar os efeitos das instabilidades monetárias, o país possui por volta de US$ 330 bilhões em reservas internacionais. O valor aparece no relatório mais atual do Banco Central, e representa o montante de setembro deste ano.
10. Agronegócio No começo de 2022, as cadeias produtivas do agronegócio brasileiro se viram ameaçadas com a possibilidade de uma crise de abastecimento de fertilizantes. As preocupações ocorreram em razão das sanções impostas à Rússia, por causa da invasão à Ucrânia. Os russos figuram entre os principais fornecedores mundiais desse insumo vital para a agricultura.
Por meio de diplomacia, o governo federal conseguiu garantir a oferta de fertilizantes. Como resultado,o agronegócio brasileiro colhe o recorde de 270 milhões de toneladas de grãos em 2022 — marca que deve ser superada em 2023, com os 310 milhões de toneladas estimadas para a safra seguinte.
Nesse contexto, a produção de carne — somando bovinos, suínos e frangos — segue aumentando. Os crescimentos previstos para 2022 e 2023 são de 1% e 3%, respectivamente.
A disponibilidade anual de carne por habitante deve subir para cerca de 3% no ano que vem. Desse modo, a oferta por brasileiro, descontado o volume exportado, ficará acima de 95 quilos.
11. Parcerias com o setor privado O governo também deixa como legado um programa de parceria para investimentos com a iniciativa privada que garante a injeção de R$ 1 trilhão, entre investimentos e outorgas. A extensa lista envolve por volta de 150 projetos, distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Pará, e arrendamentos de terminais aeroportuários no Paraná e em Pernambuco.
Considerando também as propostas em estudo, a carteira do programa contém 224 projetos. Um deles, ainda em análise, é a desestatização do Porto de Santos.
Quando Bolsonaro assumiu a Presidência,o porto santista, o maior da América Latina, registrava prejuízos recorrentes. O saldo das operações de 2018 ficou negativo em aproximadamente R$ 500 milhões. Agora, a instalação gera dividendos. O lucro líquido acumulado de janeiro a outubro, por exemplo, já está positivo em R$ 430 bilhões.
12. Obras continuadas e terminadas O atual governo ainda deu continuidade a obras atrasadas, iniciadas em gestões anteriores.
Um caso emblemático é a transposição do Rio São Francisco, que passou por paralisações em diversos trechos.Depois de 15 anos de embaraços e quatro presidentes da República, a transposição que pretende garantir água no sertão nordestino foi concluída.
Outro exemplo é a Ferrovia Norte-Sul. As obras tiveram início em 1985, durante o governo Sarney. A construção do traçado original, que envolve 1,5 mil quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), deve ser concluída até o fim de 2022. Sua estrutura foi planejada para ser a espinha dorsal do transporte ferroviário do Brasil.
Na listagem, também está incluída a Ponte do Abunã, sobre o Rio Madeira, em Rondônia. Inaugurada em maio de 2021, foram sete anos de construção.
No painel sobre obras públicas do Ministério da Economia, são citados cerca de 130 mil projetos iniciados em governos anteriores e concluídos durante o mandato de Bolsonaro. Empreitadas de todos os tamanhos estão na relação: construções e reformas de creches, hospitais, escolas, centros comerciais e outros prédios públicos, além de estruturas como pontes, estradas e ferrovias.
Esse é o legado de um país mais aberto economicamente, com equilíbrio nas contas públicas e em linha com o crescimento mundial, mas que depende da austeridade adotada no governo Bolsonaro para se manter. Depois de eleito, Lula questionou, por exemplo, a necessidade de manter superávits, cortar gastos, garantir a estabilidade fiscal e respeitar o teto de gastos. As falas de Lula dão a entender que sua gestão seguirá o caminho inverso,em direção ao já conhecido precipício petista.
Eleição decidida. Próximos quatro anos com um presidente petista. Como
serão? Será preciso perguntar à bola de cristal? Ou apenas projetar
nesses próximos quatro os 14 já passados e conhecidos? Para 60 milhões
de eleitores, os 14 anos já não contam — ou sequer lembram ou não querem
lembrar. Na época, eram crianças ou adolescentes, 21 milhões de
eleitores de hoje. Muitos outros ainda só recebem notícia de uma única
fonte — a fonte que lhes mostra a sua versão dos fatos.
Assim decidimos os próximos quatro anos. Aparentemente,
não serão fáceis para o presidente eleito. A Câmara dos Deputados está
com 73% de centro-direita e o Senado, com 67%. Além disso, a maior parte
dos governadores foi eleita pelo grupo que apoia o presidente que sai.
O presidente que entra vai receber um raro legado,longe da "herança maldita" de outros tempos. Inflação e desemprego em
queda, PIB, arrecadação federal e investimentos em alta, balança
comercial superavitária, endividamento público em baixa, otimismo entre
empreendedores, credibilidade do governo, impostos em baixa, obras de
infraestrutura por toda a parte, inclusive água para o Nordeste e
ministérios e estatais imunizados de partidos políticos — uma grande
oportunidade para o novo chefe do governo, se estiver de bem com a
maioria centro-direita do Congresso. [será que o legado resiste aos primeiros seis meses da nova administração? o eleito tem planos para destruir tudo que hoje existe = tudo que vai receber.]
O Senado ainda precisa empurrar o Supremo Tribunal
Federal (STF) de volta ao segundo artigo da Constituição, para que o
tribunal deixe de ser também legislador e constituinte. Não vai adiantar
simplesmente tirar ministro, a menos que o novo presidente indique
realmente juízes e não advogados com causa.
A judicialização da política, lamentada no discurso de
posse de Luiz Fux, mostra que o tribunal ficou entre dois fogos, por não
se manter acima da fogueira das vaidades. Primeiro, é acusado de
contribuir para tirar o PT do poder; hoje, é acusado de contribuir para
tirar Bolsonaro do poder. Ativismo não é próprio de juízes. Juízes são
isentos por natureza, já a natureza de advogados é defender causas.
Fazer o STF abandonar o ativismo é um desafio para os poderes com
mandato popular. [será? um único exemplo: o 'piso nacional de enfermagem' aprovado pelo voto de senadores e deputados, que somados representam mais de 100.000.000 de eleitores e sancionado pelo presidente da República - quase 60.000.000 de votos - foi suspenso (suspensão que não tem prazo para ser revista e enquanto não for revista, tem validade total) por decisão monocrática do ministro Barroso, STF, que não recebeu um único voto para representar o povo.]
Numa eleição de 124 milhões de votos, decidida por pouco mais de 2
milhões de eleitores, mostra duas metades e destaca o quanto o não votar
pode ser decisivo. 32 milhões de brasileiros deixaram que os outros
decidissem. Não há como não lembrar de Pilatos, que lavou as mãos
enquanto o povo optava por quem seria libertado ou crucificado.
Belo discurso O eleito leu um belo discurso após o resultado. Bonitas palavras, como discursos do século passado — ser um presidente de todos, por exemplo. Nada encontrei sobre a intenção de prevenir a corrupção, nenhuma disposição sobre o teto de gastos, a conquista do equilíbrio fiscal aprovada no período Temer.
Das palavras ditas, resgatei a afirmação de que o crescimento econômico será repartido entre toda a população. Anunciou a volta das "conferências nacionais" da esquerda e avisou que vai refazer tudo:"É preciso reconstruir este país na política, na economia, na gestão pública, nas relações internacionais" — um indicador da volta daqueles 14 anos de PT.[a certeza é que o futuro governo do eleito, vai conseguir trazer de volta, apena os dois últimos anos do governo Dilma.]
Acentuou que ninguém está acima da Constituição —
parece recado ao Supremo. Chegou a falar no "orgulho que sempre tivemos
do verde e amarelo da bandeira"… mas uma parte sincera do discurso foi a
afirmação de que a eleição "colocou frente a frente dois projetos
opostos de país". Agora, um projeto vai se opor ao outro. Se o Congresso permitir.
Segundo dados do IBGE, número de pessoas ocupadas, de 97,5
milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostra alta
de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação
anual
Ataxa de desocupaçãoficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio,
a menor para esse trimestre desde 2015, quando foi de 8,3%. Os dados
são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua), divulgada nesta quinta-feira (30/6) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). [Não podemos olvidar que quando Bolsonaro assumiu a taxa de desemprego era de 13,5% e apesar da pandemia e boicote sistemático feito ao seu Governo pelos inimigos do Brasil = inimigos do presidente Bolsonaro =, o 'capitão' conseguiu reduzir em 3,7% - a taxa de desemprego elevada foi herança maldita que ele recebeu de Temer, que recebeu da petista Dilma Rousseff e não teve tempo para reduzir. Aliás, Valle lembrar que Temer além de fracassar na economia fracassou em algumas indicações que apresentou.
É essa queda crescente na taxa de desemprego e outras medidas que o presidente Bolsonaro está efetuando - que com as bênçãos de DEUS o levará ao segundo mandato, a iniciar em 1º janeiro 2023, que deixam a oposição e os inimigos do Brasil DESESPERADOS.]
Em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2021 a fevereiro de
2022, a taxa caiu 1,4 ponto percentual (p.p.); na comparação com o mesmo
trimestre do ano passado, a queda foi de 4,9 p.p.
O número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões,é o
maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 2,4% na
comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. Isso
equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4
milhões de ocupados no ano.
Já a população desocupada,
estimada em 10,6 milhões de pessoas, recuou 11,5% frente ao trimestre
anterior, o que representa 1,4 milhão de pessoas a menos.No ano, a
queda foi de 30,2%,menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas.
“Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada.
Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020,
com gradativa recuperação ao longo de 2021”, disse Adriana Beringuy,
coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE. “No início
de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma
agora sua expansão em diversas atividades econômicas”, completou.
A
hipótese de haver uma maioria centrista que rejeita os “extremos” não
se vem comprovando. Desde a estreia, na disputa presidencial de 2018.
Mas continua um sucesso de crítica, apesar do até agora insucesso de
público. Uma pista pode ajudar a explicar a dificuldade na decolagem. O
centrismo é tanto mais capaz de hegemonizar quanto mais inclusivo dá a
impressão de ser. A ideia de construir consensos excluindo leva jeito de
contradição em termos.
Não se deve subestimar, porém, o
potencial de outra espécie de “centrismo”, que mais corretamente
deveria levar o nome de “solucionismo”. Talvez haja um amplo contingente
de eleitores em busca antes de tudo de soluções práticas para problemas
idem, e é bem provável que essa turma venha a decidir a eleição.
Trata-se então de encontrar a necessidade e preenchê-la, seguindo o
conselho de Norman Vincent Peale.
Se bem que de vez em quando vale também criar a necessidade, ainda que artificialmente. O marketing está aí para isso.
Faz
sentido que Luiz Inácio Lula da Silva e mais recentemente Jair
Bolsonaro estejam voltados a lapidar a imagem de resolvedores de
problemas. O primeiro vem ancorado nas percepções positivas sobre seu
governo em temas como a fome. [baseado no preceito MANTER A FOME para manter o eleitorado.] O segundo busca bandeiras sociais. Tem
lógica. A pandemia vem deixando um rastro de dificuldades econômicas, e a
sobrevivência material ocupa o centro das preocupações desde que casos e
mortes despencaram.
O Brasil traz uma peculiaridade no
assunto que modernamente leva o nome de inclusão social. O foco gira
invariavelmente em torno do papel redistributivo do Estado. Agora mesmo,
um bordão de Lula é “incluir o pobre no orçamento e o rico no imposto
de renda”.[e os ladrões a serviço do condenado petista e do perda total na Petrobras e outras estatais.] E a luta toda de Bolsonaro é pelo Auxílio Brasil de 400
reais. Ambos estão deixando um buraco na defesa, para alguém que diga a
real: só crescimento econômico resolve.
Não se está
dizendo aqui que crescimento sozinho resolve, mas que sem crescimento
não tem solução. Os exemplos históricos são abundantes. Qual é o
problema, então?“Desenvolvimento”virou palavra proibida. Um desafio
mais complicado para os países que ficaram para trás, e cuja ascensão
econômica agora é combatida pelos que hoje andam na frente como um risco
à sobrevivência da humanidade.
Bolsonaro está colhendo
os frutos amargos por ter subestimado a necessidade de encaixar a
demanda brasileira de desenvolvimento no mindset da hora em escala
global. [Não podemos esquecer que Bolsonaro não teve tempo para governar = em 2019, além das dificuldades inerentes a um inicio de governo, tendo que administrar a 'herança maldita' que recebeu, Bolsonaro sofreu sistemático boicote e a partir de 2020 teve que enfrentar a maldita pandemia.
Só agora, com a pandemia sob controle, surgem condições para iniciar seu governo e cujo programa inicial será convalidado em 2022, pelo eleitorado ao efetivar sua reeleição.] Lula corre o risco de ficar preso na tentação do discurso fácil,
na lógica do determinante de matriz nula. Ele é sempre zero. A
conhecida interpretação lato sensu do princípio da precaução. Ou seja,
se algo representa risco, não faça, até reduzir esse risco a zero, ou
perto de zero.
E se tanto Bolsonaro quanto Lula tentarem
contornar o desafio, em vez de enfrentar? E se preferirem fixar o
discurso na rejeição ao antípoda? Costuma funcionar em países como os
Estados Unidos, onde só tem espaço para dois candidatos viáveis. Mas no
Brasil isso acabaria deixando o citado buraco na defesa, para alguém que
diga que em vez de ficar brigando vai se concentrar em fazer a economia
crescer e gerar os urgentes milhões de empregos. [em nosso modesto entendimento não existe nenhum candidato com pretensões a enfrentar Bolsonaro(os fatos mostram que o condenado petista inexiste como candidato, portanto 2022 será Bolsonaro contra o resto) que consiga programa melhor de governo do que pregar rejeição ao capitão.]
Quando se cita o mote, os mais jovens – e nem estes tão jovens assim – lembram-se de Paulo Maluf. Mas até isso Maluf pegou, digamos, de maneira indevida. O verdadeiro
dono do “rouba mas faz” é Ademar de Barros, político dos anos 40 a 60,
prefeito e governador de São Paulo, senador, candidato a presidente. Ele mesmo espalhava as piadas a seu respeito. Nos comícios, dizia: neste bolso nunca entrou dinheiro roubado; e a platéia, divertida: calça
nova, governador. Ele ria.
Também lançou o que poderia ser o lema da atual velha política: amigo meu não fica na estrada. Era verdade. Ademar no governo, não tinha um ademarista que ficasse sem cargo público. O folclore ficou para Ademar de Barros, mas o fato é que a coisa se
espalhava por todo o espectro político. O consenso tácito era o
seguinte: todo mundo levava o seu, o importante é que abrisse estradas(ou construísse Brasília), oferecesse bons negócios públicos para os
correligionários e nomeasse a turma. O capitalismo de amigos sempre esteve na raiz da política brasileira.
Até que foram apanhados o mensalão e o petrolão – mas que, visto de
hoje, parecem mesmo dois pontos fora da curva.Todo mundo está sendo
perdoado nas instâncias judiciárias e políticas.O STF vem cancelando condenações e devolvendo ao cenário político
personagens que curtiram cana em anos recentes. Na política, não há
melhor exemplo de anistia plena, geral e irrestrita do que o encontro
entre Fernando Henrique Cardoso e Lula.
Lula saiu de lá com o voto de FHC e o passado limpo. Não precisou
pedir desculpas pelos eternos ataques ao tucano (herança maldita,
entreguista, neoliberal), pelos seguidos pedidos de impeachment que o PT
entrava contra o governo FHC, muito menos pelo mensalão e pelo
petrolão. Em resumo, Lula levou tudo e não entregou nada. Digamos que FHC tenha feito algumas ressalvas em privado. Mas isso
não conta em política. Na sua única manifestação pública, Lula disse que
se fosse FHC contra Bolsonaro, ele votaria no tucano.
Estão de gozação. FHC disse que ainda continua preferindo uma terceira via, mas
tornou-a ainda mais difícil – se não a enterrou – ao anistiar Lula sem
levar nada em troca. Reparem no cenário político – ex-presidiários voltando ao comando, o
Centrão nomeando e gastando, Bolsonaro ameaçando golpes e vendendo
pedaços do orçamento, os correligionários ocupando os cargos, a Lava
Jato destruída, os negócios de amigos só não voltam com tudo porque a
economia ainda patina. Mas já se nota a ocupação de estatais e fundos de
pensão pela turma do governo.
Eis o quadro: amigo meu não fica na estrada; ganhar 200 mil por mês
do governo não tem nada demais; para os amigos, tudo, para os
adversários, o rigor da lei. (Dizem que esta última era do Getúlio!) E
Bolsonaro quer colocar os militares na roda. Boa parte do mundo desenvolvido está saindo da pandemia e voltando a
crescer. Há riscos pela frente, como a temida volta da inflação elevada,
provocada pelo excesso de dinheiro que os governos gastaram e continuam
gastando. Sim, era preciso apoiar pessoas e empresas na pandemia, mas
como já dizem alguns economistas, talvez tenham colocado água de mais na
bacia.
De todo modo, por aqui, estamos longe de superar a pandemia [sic] O nível
de investimento público e privado está em torno de 15% do PIB,
insuficiente para sustentar crescimento. A reforma tributária foi
cortada em fatias tão finas que nem se as vê. É possível que o sistema
piore com vários impostos e contribuições sobre as mesmas mercadorias e
serviços.
Neste momento, a recuperação dos desenvolvidos está nos ajudando, via commodities e juros zerados pelo mundo afora. Mas se lá subirem inflação
e juros, teremos outra conta a pagar – em um mau momento.
Após seguidas ameaças, há quem tema uma ruptura
democrática. Há também, por outro lado, quem julgue cada vez mais improvável a
permanência do presidente até o fim do mandato. Caso nenhuma dessas hipóteses
vingue, tudo indica que Jair Bolsonaro poderá contar com um aliado ainda mais
importante do que seus fiéis seguidores em 2022: a oposição.
Para constatá-lo, basta observar as últimas manifestações
de figuras políticas que não parecem dispostas a transcender o discurso do
inimigo comum. “No Brasil sempre tivemos uma boa relação com os tucanos,
era uma relação civilizada e respeitosa. Agora o Bolsonaro com seus milicianos
só sabe estimular o ódio. Esse clima está sendo cultivado desde junho de 2013”,
escreveu Lula quarta-feira (27) passada no Twitter.
Entre 1995 e 2003, Fernando Henrique Cardoso enfrentou 17
pedidos de impeachment. Desses, 4 foram apresentados pelo PT. Não há nada de civilizado em aterrorizar governos e tachar
alguém que lutou contra a ditadura de fascista. Tampouco é benéfico falar em
herança maldita após a passagem de bastão civilizada de um governo que
estabilizou a economia, sancionou a Lei de Responsabilidade Fiscal e iniciou os
projetos de transferência direta de renda embrionários do Bolsa Família.
À época a expressão não existia, mas herança maldita deve
ter sido o pecado original das fake news. Ignora-se nele a origem de um sentimento tão genuíno quanto
compreensível de milhões de pessoas. Faz parecer que, lá pelas tantas, sem
qualquer razão, brasileiros em massa simplesmente decidiram passar a detestar
um político e um partido nos quais durante anos depositaram esperança. Arrogância típica de quem sempre torceu o braço dos que
estiveram ao seu lado no espectro ideológico para impor o seu projeto de poder.
Seria cômico se não fosse trágico que Ciro Gomes, Marina Silva e Fernando
Henrique Cardoso sejam responsabilizados pelo advento do bolsonarismo. O mesmo
vale para aqueles que se abstiveram de votar em 2018.
Lula representa o grande entrave na composição de um grupo
difuso de democratas contra Jair Bolsonaro, mas ele não está só. O próprio Ciro
e demais próceres da esquerda precisam aceitar que 2022 ainda não será o
momento em que o pêndulo fará o movimento de volta. Muitos dos que votaram em Bolsonaro por ojeriza ao PT podem
até estar arrependidos, mas supor que dariam um cavalo de pau tão
cedo é ingenuidade. Esses eleitores precisam de uma rota de fuga. E ela não
estará à esquerda. Em artigo recente publicado no Estadão, Fernando
Gabeira defendeu a necessidade de “uma frente democrática ampla, madura, sem
conflitos de egos, sem estúpidas lutas pela hegemonia, tão comuns na esquerda”. [existe o necessário para formar essa frente? esquerda e democracia se autoexcluem.] Como de costume, foi na mosca. A ver se entenderam o recado.
É normal crescer 1%? Não. Não é normal, mas não é surpresa e faz todo o sentido
O ministro Paulo Guedes manifestou “surpresa com a surpresa” diante do
pibinho de 1,1% de 2019, que conseguiu a proeza de ser menor que o 1,3%
de 2017 e 2018, apesar de pesos e condições políticas bem diferentes: o
presidente Michel Temer assumiu após um impeachment, Jair Bolsonaro
chegou com a força do voto. [o presidente Bolsonaro assumiu com a força de quase 60.000.000 de votos que, infelizmente, não são commodities, não são investimentos válidos para gerar empregos, não blindam contra boicotes do Congresso Nacional, referendados pelo STF.
Os votos deram ao presidente Bolsonaro a força política para adotar medidas que possibilitarão a recuperada da economia, o crescimento do PIB - mas, na fase baixa que está, tal crescimento será gradativo,crescimentos em saltos, só para os países que estão com um processo de crescimento consolidado.
E, mesmo assim, quando encontram um CORONAVÍRUS, o crescimento sofre redução acentuada, chegando mesmo a cair - risco que a China, Coreia do Sul e outros países com PIB elevado, estão correndo.]
Na verdade, porém, não houve “surpresa” com o pibinho, mas, sim,
desânimo, decepção e preocupação com o futuro. Se no primeiro ano de um
governo cheio de gás foi assim, como será o segundo?
Em 2019, houve
Brumadinho, os embates EUA-China, se quiserem dá para incluir a crise
suína na China.
Em 2020, há coronavírus, Bolsas derretendo, dólar
disparando e previsão de desaquecimento global, que já antecedia tudo
isso. E não é só. Há muito mais para atrapalhar.
Na barafunda, uma constatação incomoda: a agenda do governo parece ter
se esgotado em 2019, com a reforma da Previdência e o programa de
privatizações e concessões deixado praticamente de bandeja por Temer.
Logo, não dá para pular de otimismo para este ano. Nem para os próximos. Como o que está ruim sempre pode piorar, há um mesmo fator político em
2019 e 2020 segurando investimentos, confiança e a própria recuperação
do Brasil: o presidente Jair Bolsonaro, que insiste em viver em guerra e
ultrapassa limites mínimos de civilidade e de respeito ao cargo.
Como investir num país onde o presidente, para fugir de falar do PIB,
traz em carro oficial um comediante para jogar bananas em repórteres?
Eles estão ali para ouvi-lo (ao presidente, não ao comediante) e
informar a população. E, não satisfeito com cenas grotescas, o
presidente também age colocando em risco o aquecimento da economia,
logo, a retomada dos tão desesperadamente necessários empregos.
Além da “surpresa com a surpresa”, Guedes declarou que a economia está
“claramente acelerando” e acenou com crescimento de 2% neste ano... “se
as reformas forem aprovadas”. É aí que mora o perigo, porque não
adianta botar a culpa nos deputados e senadores, no coronavírus, em
Marte ou na “herança maldita”, como fazia Lula em relação a Fernando
Henrique. A responsabilidade maior pelas reformas é do Executivo e não
dá para fugir disso. Ele tem de apresentar suas propostas e tem de
negociá-las com o Congresso, como em toda democracia.
Há dois consensos, dentro e fora do governo. Um é que a reforma da
Previdência foi um ótimo passo, mas só um primeiro passo. Outro é que o
Congresso tem uma disposição muito positiva para aprovar as reformas
seguintes, mas há uma questão de timing: o ano é eleitoral e, portanto,
deputados e senadores têm interesses diretos nas campanhas, aliás,
legitimamente.
Se Guedes condiciona crescimento a reformas e o Congresso está disposto a
aprová-las, o que está atravancando o processo?
A área econômica, o
Planalto, ou o próprio presidente? A reforma tributária do governo,
ninguém sabe, ninguém viu. A reforma administrativa foi fechada pela
equipe de Guedes há meses e o Planalto diz que Bolsonaro já assinou, mas
é um fantasma. Foi adiada uma, duas, três, sei lá quantas vezes,
atravessou o carnaval, a Quarta-Feira de Cinzas, a semana seguinte e...
ainda não se materializou!
Para piorar, as reformas só saem com acordo entre Executivo e
Legislativo (ou “entendimento”, para não contrariar o presidente e os
bolsonaristas), mas Bolsonaro, os filhos e seu entorno não param de
atacar os “chantagistas” do Congresso e torcem pelos protestos que
terão Rodrigo Maia na mira das pedradas. Para o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, “não é normal um país
como o Brasil crescer 1% ao ano”. De fato. Nada é surpresa, nada é
normal, mas tudo faz sentido.
Impetuosidade,
eu concordo com você.Aliás, nele vejo um pouco dos meus próprios
defeitos.Mas, falta de cultura? Desculpe, não vi isso. Vejo,
sim, conhecimento sem glacê. Vejo sinceridade que, é verdade, beira à franqueza. Mas
prefiro assim. Os
problemas do Brasil o Bolsonaro conhece.Purgou por trinta anos,
testemunhando os conchavos, os malfeitos, as bandalheiras se amontoando. Mais:
como não era parte da quadrilha, jogaram nele tudo que se pode imaginar em
intrigas, apelidos, falsidades, distorções e mentiras. Aliás,
inconformados com a derrota e, com o saldo do produto do roubo, continuam
jogando.
Acho
que, para alguém, como ele, que viu tudo isso, que sofreu toda sorte de
indignidades (até o atentado não dizem que foi mentira, enquanto se desprezava
as evidências escancaradas e o marginal é emudecido como louco?), que não se
corrompeu e manteve princípios, consertar o Brasil é missão, sim. Pare e
avalie o que ele teve contra ele: o establishment, a burocranalhada (só
no BNDES, 406 advogados acabaram de ganhar um pé no rabo), a
"intelectualidade" que desfruta de privilégios e sinecuras às custas
de quem trabalha, os tentáculos da mídia aparelhada, a rede de sites robôs
financiada e tudo que se pode imaginar como agentes de agressão, inclusive urnas
fraudadas!
Agora,
some a isso o poderosíssimo o aparato doutrinário da esquerdalha, afiada pelo
treinamento do Kominterm soviético desde a década de 1920. Hoje,
ainda mais sofisticados, com o veneno escatológico do Gramsci, os
comensais da propina e do Foro de São Paulo) dispunham de dinheiro a rodo para
arrebanhar idiotas pelos 50 "real" e mortadela. Em
oposição a tudo, Bolsonaro foi a personificação do Quixote,
um Davi contra gigantes, essa é a verdade. E foi isso o que
transpareceu, lentamente, aos olhos de quem sofreu por anos sem ter como mudar
as coisas. Por isso, exatamente por isso ele venceu. E
quem elegeu o cara? Quem é que foi para a rua, gritando – "Eu
vim de graça!", enquanto ele sofria três cirurgias, você lembra?
O
resto é o resto. Até o momento, não vi nada que pudesse diminuir minha
admiração pelo que Bolsonaro está fazendo, palavras impetuosas ou
não. Continua o Quixote, sim, lutando contra moinhos de trinta anos
de mentiras, azeitada por propinas e interesses escusos e indefensáveis. lsonaro
fala demais? É claro! Até porque tem muito o que falar, tem muito o
que botar para fora. E se eu, que durante anos e anos me revoltei com essa
inversão de valores, com essas agressões ao país e ao povo, tenho vontade de
berrar, de externar a revolta que sinto, imagine o que está dentro dele, o
parlamentar brasileiro, o peixe fora d'água, que sofreu por todo aquele tempo,
apesar de certo em meio à coisa totalmente errada (há alguma dúvida quanto a
isso?).
Enfim,
para mim ele tem crédito e apoio suficientes para continuar a dizer o que
pensa. Se eu
discordar, como com qualquer cidadão, direi a ele com todas as letras, porque sei
–e ele demonstrou com seu comportamento rigorosamente correto até agora! – que
ele vai ouvir e reconsiderar, como tem feito tantas vezes. Nunca
o Brasil teve uma equipe tão competente, com tal sentido de missão. Nem
com tanto apoio do povo, agora consciente e decidido, em todas as camadas. Esse
povo, vacinado pelo que sofreu, endossa o que estão eles fazendo. E veja,
conhece todos os ministros! Quando isso aconteceu antes? Vão
errar? E daí? Quem não erra? Mas não veremos erro por
dolo. Nem nada enfiado abaixo do tapete.
Sou
brasileiro, sim, e tenho um profundo orgulho disso. Não sou xenófobo,
porque não me considero, como brasileiro, superior nem interior a qualquer
povo. Nem atribuo a ninguém a culpa que me cabe. Sou responsável
pelos meus erros. Mudo de opinião se encontrar o erro. Mas não
pertenço a tribo alguma.
Continuo
com minhas três frases prediletas: "Não acredito na sapiência
coletiva das ignorâncias individuais." (Thomas Carlyle);." "Uma
besteira dita por cinquenta milhões de pessoas continua uma besteira(Bertrand
Russell); e "Em questões de consciência, não existe maioria." (Mahatma
Gandhi).
E
apoio o Bolsonaro e sua equipe, sim. Apoio de coração, eu, um
cidadão brasileiro que não via como sair desse cipoal de leis inúteis e contraditórias,
dos grilhões que trancam quem quer produzir, do peso imenso de três poderes
caríssimos, mas inúteis até então. Sinto o cheiro dos esgotos que
destampamos dessa herança maldita que a escória populista nos deixou. Mas
também vejo gente a limpar e corrigir. Agradeço
e sinto-me remoçar pelo ar fresco desse Admirável Brasil Novo!
Bolsonaro monta um governo baseado em reivindicações da sociedade como combate à corrupção e ao crime organizado
A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando houve uma troca
de guarda na política brasileira, saindo o PSDB que governara o país por
8 anos, chegando o PT. Os que saiam cometeram o mesmo erro que os
perdedores de agora, jogavam no fracasso dos entrantes.Era voz corrente
entre tucanos que Lula e seus sindicalistas, por falta de experiencia,
não conseguiriam governar sozinhos e procurariam os primos da
social-democracia para uma ampla aliança política. O mesmo Aloisio
Mercadante que levou o PT a não apoiar o Plano Real, chamando-o de
estelionato eleitoral,agora comanda a estratégia de acusar Moro por ter
aceitado ser ministro de Bolsonaro.
Deu no que deu. O PT ficou 13 anos no poder, e enraizou-se de tal
maneira na máquina administrativa brasileira que, das tarefas principais
do novo governo, está a de desaparelhar o Estado. E ainda esnobou os
companheiros de esquerda política, empurrando-os para a direita do campo
partidário, acusando-os de terem legado uma “herança maldita”. Roubou ideias originais dos governos tucanos e melhorou-as, acabando
por ter o Bolsa-Família como carro chefe de seu programa de governo, que
o salvou da derrota política quando a classe média e o eleitorado das
cidades grandes começaram a abandoná-lo devido às denúncias de
corrupção.
O PT foi para o Nordeste e lá fincou raízes que o permitiram manter
um naco ponderável do eleitorado, o que levou Fernando Haddad para o
segundo turno em 2018. Um mérito inegável do governo de Lula foi trazer
para o centro do debate político a desigualdade social, graças ao faro
político desse que ainda é, mesmo da cadeia, o maior líder popular do
país. A desordem econômica instaurada no governo Dilma, poste que Lula
pensava comandar, e a corrupção que financiava o projeto de poder
permanente do PT desde os primeiros momentos do primeiro governo Lula,
provocaram a maior crise econômica que o país já viveu, e levaram pelo
ralo os avanços sociais conseguidos. Paradoxalmente, foi a classe média baixa e os emergentes sociais que
deram o sinal de alarme contra os governos petistas. Tendo perdido
muito, e com medo de perder mais ainda, retrocedendo na escala social,
sentiram-se ameaçados pelos desmandos petistas.
Ao lado da agenda social
que ele mesmo conseguiu desmontar, o PT ampliou agendas de costumes
conectadas com as das mais avançadas democracias do ocidente, o que foi
um ganho civilizatório, mas ofendeu essa mesma classe média, que viu
crescentemente afetados seus valores. É esse eleitor que, desde 2005 quando estourou o mensalão, vem
fazendo lento retorno à direita, que explodiu em 2013 nas manifestações
contra os péssimos serviços públicos oferecidos, em contraposição à
roubalheira generalizada. O movimento foi concluído agora em 2018 com a
eleição de Bolsonaro, que se beneficiou da falência do esquema
partidário montado de comum acordo entre PT, PSDB e MDB.
Se não houvesse contemporizado com seus corruptos, e se se negasse a
participar do governo Temer quando a gravação com o empresário Joesley
Batista explicitou o que todos sabiam, mas estava acobertado por um
governo que ia na direção correta na recuperação da economia devastada
pelo petismo, o PSDB poderia ter sido o grande beneficiário da crise
política, e Bolsonaro talvez estivesse disputando votos com o Cabo
Daciolo. Mas os tucanos se lambuzaram, e não entenderam o que se passava na
alma do brasileiro médio. Quem entendeu foi Bolsonaro, que agora monta
um governo baseado na dupla reivindicação da sociedade:combate à
corrupção e ao crime organizado, que colocam em pânico as famílias, e
desmonte do sistema de poder que dominou a cena politica nos últimos 25
anos.
O economista Paulo Guedes passou anos escrevendo contra o que chamava
de conluio social-democrata que atrasava o país, colocando PT e PSDB no
mesmo saco. O juiz Sérgio Moro foi o líder do combate à corrupção no
país, e levou para a cadeia grande parte do antigo regime,
apartidariamente. A maioria dos que estavam soltos foi defenestrado pelo
eleitorado. O PT, assim como fez com o Plano Real e quebrou a cara, permitindo
que os tucanos ficassem oito anos no poder, agora joga no fracasso do
novo governo. Se não fizer muita besteira, Bolsonaro pode se transformar
em uma espécie de Lula da direita, e será o primeiro presidente sem ser
do PT a gerir o Bolsa-Família. [com uma importante diferença: Bolsonaro não é ladrão, enquanto Lula é.] Terá chance de provar para os mais
pobres que não é apenas Lula quem é capaz de cuidar bem deles. Já
penetrou no Nordeste mais que qualquer outro nesta eleição, e poderá
tirar do PT esse eleitorado cativo.