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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O presentão de Maduro para 2019: inflação de (DEZ MILHÕES) 10 000 000%

[a desorientada Gleisi Hoffmann foi à posse do tirano Maduro  - esperamos que fique por lá.]

Com novo e totalmente ilegítimo mandato presidencial, o precipício sem fim em que o chavismo jogou a Venezuela fica mais assustador ainda


No país em que 80% da população passa necessidade para comer, o mandato presidencial novinho em folha que Nicolás Maduro providenciou para si mesmo promete que as coisas vão piorar mais ainda em 2019. Os sinais de que sempre existe espaço para aumentar o tamanho do buraco vão desde os grandes números – uma inimaginável projeção inflacionária de 10 000 000% até prognósticos de áreas específicas como a pecuária.  A produção de carne bovina, por exemplo, pode acabar de vez. Frangos e ovos já se foram.

Não existem fertilizantes para produzir ração animal nem dinheiro para importá-la. Também não existe dinheiro para pagar empregados, fora o petro, a moeda surreal inventada pelo governo. Sem contar que animais no pasto são sistematicamente subtraídos para venda aos famintos.  Em novembro, causou comoção passageira – a fome não deixa espaço para outros sentimentos – o caso da égua morta e esfolada na maior faculdade de veterinária do país. Alguns estudantes choraram, mas não foi exatamente uma novidade: outros dois cavalos e sete cabeças de gado, incluindo um touro usado no programa de reprodução da faculdade, acabaram no prato.

Comer cavalo, carne em processo de apodrecimento por falta de refrigeração e até animais de zoológicos, recursos desesperados normalmente só vistos em países devastados por guerras, viraram parte da paisagem.  Perversamente, o governo usa a fome generalizada que ele mesmo produziu. Portadores do Carnê da Pátria, o cartão obrigatório para a compra de alimentos e combustível subsidiados, foram pressionados a votar em Maduro.  Menos de 50% dos eleitores se deram ao trabalho de ir votar. O resultado – Maduro reeleito com 68% – seria de dar risada se a tragédia venezuelana não fosse tão dolorosamente presente.

A eleição, em maio passado, foi “convocada” pela Assembleia Nacional Constituinte, inventada para dar um verniz de pseudolegalidade à eliminação de qualquer resquício de oposição.  A Constituinte pode tudo e seu presidente, o inefável Diosdado Cabello, pode muito mais. Reforçado com o novo mandato de Maduro e a dívida que deixa com ela, Cabello avisou em seu programa na televisão estatal que “ninguém deve estranhar” se nesse ano houver medidas para “sanear” o Congresso, já neutralizado.
Cabello usa um porrete em cima da mesa para justificar o nome do programa, Com el Maso Dando.

Um relatório de maio do ano passado do Departamento do Tesouro americano, explicado o bloqueio de três empresas e 14 propriedades operadas por um testa de ferro do venezuelano, descreve as atividades de Cabello no ramo da extorsão, lavagem de dinheiro e desvio de fundos públicos. Entre outros crimes, ele e associados usaram a estatal Venezuelana de Alumínio para tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e transporte ilegal de minérios e dinheiro vivo para a Costa Rica, o Panamá e a Rússia.
Em associação com o vice-presidente Tareck El Aissami, ele comandou o transporte de drogas para a Europa via República Dominicana. Chegou a confiscar um carregamento de traficantes “comuns” para benefício próprio.

É isso mesmo: o segundo homem mais importante da Venezuela rouba de grandes traficantes, o que o coloca num nível de criminalidade comparável ao de Pablo Escobar. Com a diferença de que o colombiano nunca chegou nem perto de ter um cargo como o de Cabello.  Nisso os bolivarianos ocupam uma posição única. Nunca um país do porte da Venezuela foi inteiramente transformado em plataforma do tráfico.

E nunca um país com tanta riqueza natural como o petróleo venezuelano foi transformado numa armadilha infernal para seus próprios habitantes. Isolado pelos vizinhos que integram o Grupo de Lima – ou cartel, diz Maduro, usando sem ironia a palavra que designa os grandes bandos de traficantes –, o venezuelano agora somou o Brasil ao inimigo habitual, a Colômbia.

 

Como a Assembleia Nacional declarou-o um usurpador ilegítimo, Maduro tomou posse numa instituição todinha sua, o Supremo Tribunal.  É quase inacreditável que tenha sobrevivido à catástrofe desde 2013. E agora tem mais seis anos para acabar de destruir o que ainda sobra da Venezuela. Mesmo que não dure até 2025, uma eventual reconstrução do país fica cada vez mais distante.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Agentes da Venezuela fizeram brasileiro preso ficar nu em cela

Jonatan Diniz relata terror psicológico que sofreu na cadeia em publicação nas redes sociais

O brasileiro Jonatan Diniz, que foi expulso da Venezuela por dez anos após dez dias preso em uma sede do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariana (Sebin), relatou nesta terça-feira os abusos que sofreu enquanto esteve detido. Em publicação nas redes sociais, o jovem de 31 anos conta que os agentes do governo o fizeram ficar nu em frente aos oitos detentos com quem compartilhou uma cela de 8 metros quadrados. Morador de Los Angeles, onde está desde que saiu da Venezuela, Jonatan conta que sofreu acusações falsas de ter ligação com rebeldes opositores ao governo do presidente Nicolás Maduro, como Óscar Pérez, piloto venezuelano que em junho de 2017 roubou um helicóptero e supostamente atacou prédios públicos em Caracas num ato contra o chefe de Estado. "Me fizeram ficar nu não sei quantas vezes e (nem) com quantos celulares tiraram fotos minhas. Inclusive, me mandaram ficar nu na frente de todos os detentos sem a mínima lógica na noite que cheguei", contou Jonatan. "O chefe-geral do lugar falou para todos os detentos que eu tinha ligação com Óscar Pérez e o grupo da Resistência da Venezuela (mais uma falsa acusação) para incentivar os presidiários a me odiar, já que os mesmos são contra atos de Óscar Pérez". 

Jonatan realizava trabalhos filantrópicos na Venezuela quando foi preso sob acusação de promover atividades contra o governo chavista. O brasileiro nega que os seus trabalhos no país tivessem ambições políticas, embora tenha se indignado com a repressão das forças de segurança durante os vários meses de manifestações do ano passado. Conforme o GLOBO antecipou no domingo, Jonatan confirmou que não sofreu nenhum abuso físico ou sexual enquanto estava preso. O catarinense contou que foi preso em 26 de dezembro enquanto estava em um momento de descontração com amigos na praia de Camino Macuto, no estado venezuelano de Vargas. Um homem armado que se identificou como policial o retirou do local e fez ameaças contra ele:
"Ele fez diversas acusações falsas a meu respeito dizendo que eu era da CIA, que eu estava lá usando fotos de crianças da Venezuela para ganhar dinheiro à custa de outros, que era mentira que eu tinha chegado com a America Airlines na Venezuela", escreveu o jovem na rede social, destacando que o suposto policial à paisana não sabia que a companhia aérea americana faz voos para o aeroporto de Maiquetia, no estado de Vargas.

Jonatan disse que haverá uma apresentação na quarta-feira na sede da OAB de Balneário Camboriú para apresentar a organização de caridade pela qual trabalhou voluntariamente na Venezuela. Ele disse que tenta formalizar a instituição, chamada "Time to Change the Earth", desde novembro passado.

SEM COMIDA DO GOVERNO
Em seu texto, Jonatan descreve as condições precárias da cela em que ficou detido. Ele diz que nos 11 dias em que ficou preso só recebeu alimentos do governo por dois ou três dias. Nos outros dias, ele contou com a gentileza dos outros detentos, que compartilharam a comida com o brasileiro.
"De 11 dias presos, me deram comida somente 2 ou 3 dias, os outros 8 presos que estão lá há quase 3 anos não recebem nenhuma comida, tendo a família deles que viajar todos os dias para levar algo para eles sobreviverem. E foi da comida de meus colegas de cela que me alimentei, porque se fosse depender do Sebin eu tava fu****", escreveu ele nas redes sociais. "Dormíamos em 6 pessoas em colchões no chão e mais 3 em um triliche caindo aos pedaços... O vaso sanitário era na cela, sem privacidade alguma, e não existia chuveiro. Banhávamos em um cantinho com pote e depois secávamos o local. (Para) Fazer as 'necessidades' tinha que ser na frente de todos, e o cheiro nem sempre era dos melhores pela cela ser muito pequena e com tanta gente e quase nenhuma ventilação". 

'AGENTE DA CIA'
O brasileiro também relata as ameaças que sofreu, citando a acusação pública contra ele feita por Diosdado Cabello, membro da Assembleia Nacional Constituinte venezuelana e figura de peso dentro do chavismo. Os agentes de segurança não o deixaram sair da cela, apenas para assinar documentos que o chamavam de "estafador e agente da CIA". Ele não pôde receber visitas em momento algum:  "Tentaram colocar terror psicológico falando que eu poderia ficar lá tanto 1 como 1000 dias, que ninguém havia me procurado e que ninguém nem sequer sabia de minha prisão", escreveu. "Diosdado Cabello, braço direito de Nicolas Maduro, fez pronunciamento em rede nacional a meu respeito acredito que dia 27/12/2017 me acusando de terrorista e ligação com grupos criminosos, de verdade, essas pessoas estão com tanto medo de perder o poder que já estão alucinando".


Em mensagem na internet no domingo, Jonatan havia dito que chegou a odiar muito o presidente Maduro devido ao sofrimento que vivenciou junto aos venezuelanos enquanto esteve no país durante os protestos que mataram mais de 120 pessoas no ano passado. Nesta terça-feira, se explicou:  "EU JÁ ODIEI MADURO, verbo no passado! Isso não quer dizer que continue o odiando ou que estou ajudando qualquer um dos lados a ganhar o poder, porque sinceramente em meu ponto de vista pessoal, nem direita e nem esquerda são capazes de tirar Venezuela do buraco, para mim a verdadeira revolução bolivariana e a solução deve nascer da força do povo fazer a mudança com as próprias mãos e não esperar que os governos façam", defendeu. 

No domingo, o ativista usou suas redes sociais para fazer um longo desabafo sobre toda a sua experiência na Venezuela. Segundo o relato, ele visitou a região pela primeira vez em 2016 como mochileiro e acabou se encantando pelo lugar. Apaixonou-se também por uma venezuelana e viveu no país por três meses, entre maio e agosto de 2017, desenvolvendo trabalho filantrópico voltado para a população empobrecida. A ideia do seu projeto era doar roupas, comida, brinquedos e “o que fosse necessário para quem estava precisando”.

O Globo



terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Oposição venezuelana diz que militares garantirão posse do novo Parlamento



O novo presidente do Parlamento disse que a oposição recebeu informações "positivas" dos militares sobre impedir a ação de "grupos violentos" ligados ao partido do governo
Políticos opositores venezuelanos acreditam que as Forças Armadas garantirão a instalação da nova Assembleia Nacional, que passará, nesta terça-feira, ao controle da oposição, impedindo que "grupos violentos" intimidem os deputados - disse Henry Ramos Allup, que presidirá o novo Parlamento. "Estamos convencidos de que a Força Armada Nacional garantirá o cumprimento de um ato previsto na Constituição", disse em entrevista coletiva Ramos Allup, eleito pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) para substituir na chefia do Legislativo o número dois do chavismo, Diosdado Cabello.

O veterano dirigente disse que uma comissão opositora recebeu informações "positivas" das autoridades militares sobre impedir a ação de "grupos violentos" ligados ao partido do governo. Ramos Allup garantiu que a força militar velará pela segurança nos arredores e na entrada da Assembleia. A instalação do novo Parlamento, dominado pela oposição após quase 17 anos de domínio chavista, se dará em um clima de forte tensão. A MUD convocou a população para "acompanhar" seus deputados em uma marcha ao Congresso nesta terça-feira, mas os chavistas também decidiram se manifestar com um ato de "combate permanente nas ruas" para "vencer" a oposição de "direita fascista".

Ramos Allup denunciou que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, usa "palavras destemperadas" que têm "instigado" a mobilização de grupos criminosos. "Se isso degenerar em atos de violência, saberemos quem são os responsáveis", sentenciou. Ramos Allup disse ainda que "nenhuma sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pode suspender uma totalização que já se produziu", ratificando a decisão da MUD de desafiar o TSJ e dar posse aos 112 deputados opositores. O TSJ suspendeu temporariamente a diplomação de três deputados da MUD eleitos pelo estado do Amazonas (sul), o que poderá impedir sua posse nesta terça-feira, ameaçando a maioria qualificada de dois terços (112 de 167 cadeiras) da oposição.

Preocupação - Os Estados Unidos expressaram nesta segunda sua preocupação por considerar que o governo da Venezuela "interfere" no Parlamento eleito no pleito do último dia 6 de dezembro. "Continuamos pedindo respeito à vontade do povo e à separação de poderes no processo democrático. Acreditamos que o diálogo político é o melhor caminho para abordar os sérios desafios que enfrenta o povo da Venezuela", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby. O porta-voz evitou "especular sobre futuras decisões que podem ser tomadas ou não" a respeito da situação na Venezuela.

Mas Kirby aproveitou para pedir aos demais países da região que se pronunciem defesa dos valores democráticos na Venezuela. O senador Robert Menéndez, de origem cubana, pediu em carta a Obama uma série de medidas para garantir que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, respeite o resultado eleitoral das eleições parlamentares de 6 de dezembro. Menéndez, senador por Nova Jersey e membro do Comitê de Relações Exteriores, afirmou na carta que "o regime de Maduro está dando passos para minar qualquer transição política significativa".

Fonte: Veja - Da redação