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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Bolsonaro segue em pé de guerra com Macron e questiona ajuda à Amazônia

O presidente desdenhou a ajuda oferecida pelo mandatário francês, questionando os objetivos em relação ao auxílio ambiental

[o presidente Bolsonaro está certíssimo ao desconsiderar a ajuda ofertada pelo Macron - tal ajuda deve ser rejeitada no que concerne ao presidente francês, que demonstra claramente sua disposição favorável à internacionalização da Amazônia. 

Ajuda financeira de outros países, pode e deve ser aceita sem constrangimentos, mas, ajuda militar só se a juízo das FF AA brasileiras for considerada imprescindível - devendo ser limitada e temporária.]

O presidente Jair Bolsonaro abaixou o tom no discurso radical acerca da ajuda mundial à Amazônia, mas se mantém em pé de guerra com o presidente da França, Emmanuel Macron. Nesta segunda-feira (26/8), mesmo sem responder questionamentos da imprensa, ele desdenhou a ajuda oferecida pelo mandatário francês, questionando os objetivos em relação ao auxílio ambiental. Ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, Macron anunciou nesta segunda o envio de 20 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões) para auxiliar o combate às queimadas, por meio do envio de aviões Canadair. Pouco depois do anúncio, Bolsonaro falava com a imprensa, na saída do Palácio da Alvorada. “Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém, a não ser a pessoa pobre, né, sem retorno (financeiro)? O que está de olho na Amazônia, o que eles querem lá há tanto tempo?”, declarou. 

Em outra ocasião, Bolsonaro afirmou ter trabalhado “24h” durante o fim de semana, conversando com líderes e chefes de Estado de “vários” países. “Pessoas, líderes excepcionais, que querem, realmente, colaborar com o Brasil”, disse. Sem citar Macron, alfinetou o presidente francês, quando informou não ter dialogado com outros que desejam a “tutela” do Brasil. “Não conversei com aqueles outros, que querem continuar nos tutelando”, afirmou. Apesar do embate com Macron, Bolsonaro amenizou no discurso radical. No domingo (25/8), no Twitter, agradeceu a “chefes de Estado” que o ouviram e ajudaram o governo a “superar uma crise que só interessava aos que querem enfraquecer o Brasil”. Os presidente de Israel, Benjamin Netahyahu, dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Chile, Piñera, são alguns chefes de Estado com quem o capitão reformado conversou entre sexta-feira e ontem.
 
Depois do contato com a imprensa, Bolsonaro comunicou no Twitter ter conversado com o presidente da Colômbia, Iván Duque. “Falamos da necessidade de termos um plano conjunto, entre a maioria dos países que integram a Amazônia, na garantia de nossa soberania e riquezas naturais”, afirmou. Na mesma rede social, contudo, voltou a criticar Macron. “Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia, nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma ‘aliança’ dos países do G-7 para ‘salvar’ a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém”, declarou. 
 
''Solidariedade''
Ainda no Twitter, Bolsonaro ponderou que “outros chefes de estado se solidarizaram com o Brasil”. “Afinal, respeito à soberania de qualquer país é o mínimo que se pode esperar num mundo civilizado”, disse. Não é a primeira vez que Bolsonaro questiona o interesse de ajuda ambiental à região Amazônica. Há cerca de duas semanas, quando Alemanha e Noruega anunciaram bloqueios de verbas ao Fundo Amazônia, ele engatou uma narrativa que, frisou, defende desde 1991, sobre o interesse de grandes nações européias na região norte do país.Desde então, ele não se mostra preocupado com os impactos que suas declarações possam trazer, sugerindo que negativa era a imagem “péssima” de “subserviência” do Brasil às potências mundiais. A retórica de Bolsonaro é que grandes nações, como a França, desejam a riqueza encontrada na região Amazônica. “Isso eu falo na Câmara (quando era deputado) desde 1991. Nós temos na Amazônia algo que o mundo não tem mais. E o pessoal tá de olho nisso agora”, declarou em 15 de agosto, ao responder a questionamentos sobre a suspensão de verbas de Noruega e Alemanha. 
 Bomba! O grande brasileiro e indigenista, o Orlando Villas Boas, já previa, há décadas, há muito tempo atrás, para o que já foi dado o primeiro passo com a criação da reserva indígena "Raposa Serra do Sol". Vejam o vídeo e repassem em massa: O Bolsonaro está certo, ou não, em "colocar o dedo nesta ferida"?
 
 
Bronca
O presidente se recusou a responder questionamentos da imprensa após os jornais impressos não terem publicado matérias referentes a uma sugestão dele, de que o jornalista Merval Pereira teria recebido R$ 375 mil por palestras no Senac-RJ. “R$ 25 mil cada palestra”, criticou o presidente. Ele citou outros comunicadores que receberam recursos públicos por palestras ministradas que superariam os R$ 200 mil. 

No caso de Merval, o jornalista negou o valor informado e explicou que as palestras eram abertas a representantes do “comércio, da indústria, da educação, políticos locais, estudantes” e que “cada palestra teve a respectiva nota fiscal, incluindo os impostos devidos”, e foi declarada no Imposto de Renda dele.
 
Política - Correio Braziliense

 

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Depois da Previdência, jogo político recomeça e deve ficar mais tenso

Mesmo sem coalizão no Congresso, Bolsonaro deve enfrentar parlamentarismo branco

A tramitação da reforma da Previdência colocou alguma ordem na política e conteve desordem maior no governo. Depois da mudança nas aposentadorias, porém, não se sabe o que será do breve parlamentarismo branco nem se Jair Bolsonaro vai tolerar essa camisa de força. É melhor nem pensar o que vai ser se a reforma cair, resultado ora improvável. Depois de aprovada a reforma, as peças do quebra-cabeça político devem ser embaralhadas, talvez algumas se percam e outras novas apareçam. O presidente continua sem coalizão política, os conflitos serão diferentes, a impaciência popular pode aumentar e as próximos reformas são bem menos consensuais na elite político-econômica, caso dos impostos.

Por ora, o miolão da Câmara, liderado por Rodrigo Maia, pretende seguir com seu plano de aprovar um programa próprio e cortar as asinhas de Bolsonaro. Vai ser mais difícil.   Para começar, haverá também um projeto de reforma tributária no Senado; um terceiro, ambicioso, do próprio governo; talvez um quarto, a ser apresentado pelos empresários amigos do governo. Essas propostas não se complementam, quando não se chocam de frente.  Além do mais, mesmo a reforma da Câmara, a de tramitação mais avançada e a mais respeitada, cria conflitos. Pretende manter inalterada a carga tributária, mas haverá quem passe a pagar mais e menos impostos; a reforma poda a autonomia tributária de estados e cidades. Isso dá rolo.

Governo e empresários amigos querem criar uma espécie de CPMF.
Não se conhecem os detalhes dessa ideia, mas se sabe que isso cai muito mal entre os cidadãos comuns e na indústria.  O ministério da Economia diz agora que vai liderar o jogo, apresentando uma penca de reformas e medidas econômicas. Uma delas é o fim do gasto obrigatório em saúde e educação, plano politicamente explosivo, que ameaça as chances de uma reforma tributária ampla, mudança que não acontece no Brasil desde o início da ditadura militar.

O debate da Previdência provocou mais “fadiga de reformas” (tensão política, interesses contrariados e perda de benefícios sem que apareçam imediatamente resultados). Esse cansaço deve aumentar. O cidadão médio não vai sentir melhoras da economia até o ano que vem, se sentir. Quanto dura a paciência?  Sem o risco de sentença de morte de seu governo, que seria a derrota na Previdência, o presidente pode se sentir mais livre para enfrentar os demais Poderes. Mesmo com o risco que corria na tramitação da reforma, tomou decisões ou disse disparates que até ontem ameaçavam sua aprovação.

Em resumo, não se sabe se a coalizão do “parlamentarismo branco” liderada por Maia vai se manter, e com qual força. Há conflitos socioeconômicos à vista, como na reforma dos impostos, da CPMF, do IR e dos gastos com saúde e educação. Mas, para ter sucesso em reformas, o governo depende outra vez de Maia, que tem outro programa. Por fim, vai ficar mais aparente a contradição do “parlamentarismo branco”: aprova reformas politicamente custosas que tendem a beneficiar o país e, pois, o governo, mas sem bônus para si. Bolsonaro ficaria com méritos sem ter feito o esforço desgastante da articulação política e de talhar benefícios sociais.

Este esquema de fazer sacrifícios políticos com vantagens incertas não faz sentido, os parlamentares sabem muito bem disso. Vão aderir a Bolsonaro? Improvável. Vão fazer as mudanças e emparedar o presidente?


Vinicius Torres Freire - Folha de S. Paulo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Com emoção, sem brilho

Governo estreou sem brilho e entra na fase de ‘tourear’ o Congresso de Renan Calheiros

 

[sugerimos aos que criticam Bolsonaro em tudo, jornalistas ou leitores, que leiam:  Melhor assim. É um pouco didático, mas, verdadeiro e mordaz.]

Governo Bolsonaro completa o primeiro mês com muita emoção e nenhum brilho e começa hoje uma nova etapa em que terá de se relacionar com o Congresso invertendo o jogo: com menos emoção e mais brilho. Bolsonaro ainda não se afirmou, mas isso pode ficar em segundo plano se Paulo Guedes se articular bem com a equipe política, o programa econômico deslanchar e a “nova era” mantiver as expectativas. Se não, complica.
Em janeiro, Bolsonaro desperdiçou a chance de estrear em grande estilo no cenário internacional. Sem Trump, Macron e os principais líderes, o foco estava no novo presidente do Brasil, mas ele não soube aproveitar as condições favoráveis. Com tanto a dizer, a explicar, a oferecer, Bolsonaro limitou-se a um discurso de seis minutos, chocho, óbvio. E, do total de 45 minutos a que teria direito, só usou 15 para vender o Brasil, seu governo e ele próprio. Para piorar, fugiu da entrevista à imprensa internacional.[quanto mais um presidente fala, mais a imprensa malha - vejam o Trump, estão sempre prontos a criticá-lo, até quando silencia; a 'liturgia' do cargo de presidente da República não o obriga a ficar horas e horas discursando (estilo os discursos do falecido coma andante Castro), a agir como garoto propagando dos interesses de seu país.
Em respeito à dignidade do cargo os pronunciamentos em eventos internacionais devem ser sucintos, formais; entrevistas coletivas devem ser a exceção da exceção - o porta-voz cuidará dos contatos com o jornalista;
e, em solo pátrio, o presidente quanto entender que o assunto recomenda uma manifestação presidencial, convoca uma cadeira de Rádio e TV e presta as informações necessárias.
Presidente dando entrevista  não é bom - sempre será malhado, criticado.]
No front interno, Bolsonaro consumiu a maior parte do tempo confraternizando com militares em posses e almoços. Aliás, só discursou em uma: a do novo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. Isso é catequizar os já catequizados. O importante seria ampliar o leque político para atrair o centro, onde há ainda setores refratários, ou desconfiados. A história do agora senador Flávio Bolsonaro e do motorista e amigo da família Fabrício Queiroz pairou como um fantasma inconveniente, insistente, lembrando a cada momento movimentações financeiras atípicas, depósitos picados mal explicados, súbito aumento de patrimônio, funcionários que recebiam dinheiro público enquanto trabalhavam para particulares. [os adversários do presidente, considerá-los   inimigos talvez seja mais adequado, contando com o apoio dos 'vazadores' do Coaf e assemelhados, reúnam as provas e que então o assunto seja investigado e os culpados, caso tenha ocorrido algum crime, seja punidos com os rigores da lei.
Tergiversar sobre o assunto lembra fofoca, boato, conversa de comadre e a não leva a nada.]
Já não bastasse o senador, o motorista, a mulher e a filha deste darem de ombros para o MP, Flávio entrou no STF para suspender a investigação e vai perder hoje, quando o ministro Marco Aurélio derrubar a liminar da suspensão. Nem pode reclamar. Quem não deve não teme, certo? Não foram “esquerdopatas” que exigiram explicações, foram os próprios generais do entorno do gabinete presidencial, inclusive, talvez principalmente, o vice-presidente Hamilton Mourão. Aliás, um capítulo à parte na campanha, na transição e no primeiro mês.
Se Bolsonaro foi obrigado vez ou outra a recuar de decisões na fase de transição, ao assumir, ele precisou ser desmentido pela própria equipe, ora por um ministro, ora por um alto assessor, ao falar de IOF, IR, reforma da Previdência. Isso mexe com o mercado, os humores e a percepção sobre a competência do presidente. [qualquer ser humano normal, inexperiente no convívio com a imprensa - Bolsonaro é um ser humano normal - está sujeito a cometer imprecisões;
infelizmente, grande parte da imprensa  não aceita que PERDEU - quem GANHOU as ELEIÇÕES foi BOLSONARO, que É o PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
É só aceitar isso e dói menos.]
Até o general Augusto Heleno, do GSI, teve de recorrer ao seu jogo de cintura para desmentir a intenção de ter uma base militar americana em solo brasileiro. Segundo Heleno, fizeram um “auê” por nada. Mas ele certamente sabe que quem fez o “auê” foi o próprio Bolsonaro. Possivelmente, por ter confundido a “base” de Alcântara com base militar. Erro elementar. [o próprio general Heleno já foi alvo da sanha da imprensa quando emitiu sua opinião certíssima - sobre DIREITOS HUMANOS para HUMANOS DIREITOS;
foi só Bolsonaro se enrolar na euforia dos três primeiros dias no cargo e o general agir com serenidade e esclarecer, para  virar o herói.]
Brumadinho foi um ponto positivo para Bolsonaro, rápido ao ir já no primeiro momento à área e mobilizar a equipe. A tragédia alavancou o ministro Ricardo Salles e serviu de alerta contra o certo desdém do próprio presidente e de parte dos ministros diante do meio ambiente. A partir de hoje, Bolsonaro e seu governo entram numa segunda fase: a de tourear um Congresso que parece dividido entre os neófitos, que não sabem muito bem a que vieram, e os muito experientes, que são craques em pressionar governos. Em especial governos que precisam aprovar reformas difíceis e compensar, na economia, o que falta no desempenho do próprio presidente.
Rodrigo Maia será uma mão na roda na presidência da Câmara, mas o Senado tem tudo para virar problema, com o super experiente Renan Calheiros. [que mudança|! Calheiros de multiprocessado, de corrupto mor, agora é o 'super experiente' e logo será também o 'super competente', lógico que isto ele é em outras atividades, mas, vão classificá-lo sempre no bom sentido.]
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo