Entidade escreveu ‘todes’ em anúncio sobre retomada de atividades
O secretário especial da Cultura, Mario Frias,
criticou o uso do pronome neutro “todes” pelas mídias sociais do Museu
de Língua Portuguesa. “O governo federal investiu R$ 56 milhões nas
obras do Museu da Língua Portuguesa, para preservarmos o nosso
patrimônio cultural, que depende da preservação da nossa língua”, disse o
secretário. “Não aceitarei que esse investimento sirva para agentes
públicos brincarem de revolução.” [PARABÉNS ao ilustre Secretário Especial da Cultura, por mais uma ação em defesa dos valores nacionais. Falta punir os que insistem em contrariar a legislação - a Língua Portuguesa é o idioma oficial do Brasil, o que torna seu uso obrigatório. A pretexto de discutir aberrações, tentam impor uma. O Decreto 6.583,de 29 de setembro de 2008 e o Decreto Legislativo Nª 54, de 16 de abril de 1995,estabelecem o uso de uma ortografia unificada para a língua portuguesa. Os gestores que usarem dinheiro público para divulgação de aberrações e implantações de práticas ilegais devem ser punidos, no mínimo, com a demissão sumaria, e o ressarcimento aos cofres públicos dos recursos gastos com divulgação de atos de pouca vergonha.]
Frias garante que vai tomar as medidas necessárias para impedir que
verbas públicas federais sejam utilizadas em propagandas ideológicas.
“Se o governo paulista se comporta como militante, vandalizando nossa
cultura, não o fará com verba federal”, asseverou.
A confusão O Museu da Língua Portuguesa adotou a escrita de pronome neutro em seus perfis nas mídias sociais.
Em 12 de julho, a instituição publicou um
post em que aparece escrito o termo
“todes”, apesar de ele ser inexistente nas normas oficiais do idioma.
Depois da repercussão negativa, a entidade se pronunciou em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo.
“Desde sua fundação, em 2006, o Museu da Língua Portuguesa se
propôs a ser um espaço para a discussão do idioma, suas variações e
mudanças incorporadas ao longo do tempo. Sempre na perspectiva de
valorizar os falares do cotidiano e observar como eles se relacionam com
aspectos socioculturais, sem a pretensão de atuar como instância
normatizadora. Nesse sentido, o Museu está aberto a debater todas as
questões relacionadas à língua portuguesa, incluindo a linguagem neutra,
cuja discussão toca aspectos importantes sobre cidadania, inclusão e
diversidade.”
Leia também: “A estupidez da linguagem neutra”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 62 da Revista Oeste