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domingo, 27 de março de 2022

Bolsonaro fala como candidato e diz que disputa será do ‘bem contra o mal’

Presidente discursou em evento do PL neste domingo e deu o tom do que deve ser sua campanha 

O presidente Jair Bolsonaro discursou neste domingo, 27, em evento do Partido Liberal (PL). O encontro, que inicialmente seria para o lançamento da pré-candidatura do político à reeleição, foi rebatizado de “ato de filiação” para evitar problemas com o TSE. Apesar disso, Bolsonaro falou como candidato em um discurso em que atacou o PT e afirmou que a disputa em 2022 será do “bem contra o mal”.

O evento teve locução de rodeio, dezenas de aliados no palco e apresentação oficial do slogan “O capitão do povo”. No início, o apresentador conclamou os presentes para rezar o Pai Nosso.

O presidente subiu ao palco depois de apertar a mão de apoiadores. Se posicionou ao lado do ex-presidente Fernando Collor de Mello e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, rodeado por dezenas de ministros, deputados e senadores da base aliada. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou a filiação do ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), João Roma (Cidadania) e do senador Eduardo Braga (TO). A expectativa era de que o ministro da defesa, Walter Braga Netto, cotado para vice na chapa presidencial, se filiasse hoje ao PL, mas ele não compareceu ao evento.

Bolsonaro discursou durante vinte minutos e deu o tom do que deve ser a linha de discurso da sua campanha: o bem versus o mal, sendo ele o bem e a esquerda o mal.

“O inimigo não é externo, é interno. Não é uma luta da esquerda contra a direita. É uma luta do bem contra o mal”, afirmou ele. Em outro momento, Bolsonaro declarou que só espera deixar a Presidência “bem lá na frente”, “por um critério democrático e transparente”, completou ele, que mesmo sem provas critica a segurança do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas.

Atrás de Lula nos levantamentos eleitorais, o governante, também sem provas, questionou a lisura das sondagens que colocam o petista à frente. “Uma pesquisa mentirosa publicada mil vezes não fará o presidente da República."

Durante seu discurso em tom messiânico, o presidente afirmou que em novembro de 2014 algo lhe tocou e ele passou a percorrer o país, decidido a disputar a Presidência da República, sozinho. “Nessas andanças pessoas algumas pessoas foram aparecendo ao nosso lado”, afirmou, acrescentando que chegava a locais “com pequena comitiva” e se apresentava como candidato.

Disse que a reeleição de Dilma Rousseff, “uma pessoa que não tinha qualquer carisma” lhe “moveu a buscar” o Palácio do Planalto. E mencionou o seu voto no impeachment da ex-presidente, quando citou o torturador [sic]  Carlos Alberto Brilhante Ustra como “o pavor de Dilma Rousseff”. “Eu não podia deixar que um velho amigo que lutou por democracia, teve reputação quase destruída, sem deixar (sic) de ser citado naquele momento.”

No discurso, Bolsonaro voltou a falar do atentado que sofreu à faca em 2018, a responsabilizar governadores pela crise econômica e a se apresentar como defensor da democracia. O presidente também voltou a incentivar o garimpo em terras indígenas e a fazer ameaças veladas ao Judiciário. Ao final, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) subiu ao palco “para discursar como filho”, disse que o pai é “homem de família temente a Deus” e se referiu ao ex-presidente Lula como “mentiroso de nove dedos”.

Pré-campanha
Inicialmente o evento foi formulado para marcar o lançamento oficial da pré-candidatura de Bolsonaro à reeleição. No entanto, a equipe jurídica do partido alertou que poderia haver contestação na Justiça eleitoral porque a campanha começa oficialmente em agosto. Ontem, no entanto, Bolsonaro disse a apoiadores e jornalistas que o ato seria sim para marcar o início de sua pré-campanha.

Política - VEJA - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Presidente chamou presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 'imbecil' e 'idiota'

Em uma nova escalada retórica contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, Jair Bolsonaro voltou a defender o voto “impresso” nas eleições de 2022. Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira, 9, o presidente se referiu a Barroso como “imbecil” e “idiota”.

“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa a quem ganhar. No voto auditável. Nessa forma, corremos o risco de não termos eleição no ano que vem. Porque é o futuro de vocês que está em jogo”, afirmou Bolsonaro.

Indagado sobre a posição de Barroso contrária ao voto “impresso”, o presidente disse: “É uma resposta de um imbecil. Eu lamento falar isso de uma autoridade do Supremo Tribunal Federal [STF]. Só um idiota para fazer isso aí”.

Leia mais: “Bolsonaro: ‘Barroso não quer mais transparência nas eleições’”

Bolsonaro também criticou os institutos de pesquisa. “Daí vêm os institutos de pesquisas, fraudados também, botando ali o ‘nove dedos’ [Lula] lá em cima. Para quê? Para ser confirmado o voto fraudado no TSE”, afirmou. “Já está certo quem vai ser presidente no ano que vem. A gente vai deixar entregar isso?”, questionou.

Fabio Matos - Revista Oeste


terça-feira, 9 de abril de 2019

Weintraub chama Lula de ‘9 dedos’ e ‘sicofanta’



Uma das características que Jair Bolsonaro mais admira em Abraham Weintraub, o novo ministro da Educação, é o seu "viés ideológico" e a forma rude como ele trata o petismo. Ele se refere a Lula como "Nove Dedos". Xinga o ex-presidente petista de "sicofanta" (patife, impostor). Em setembro de 2018, numa transmissão ao vivo pela internet, o agora ministro da Educação insinuou que o programa de governo de Bolsonaro romperia paradigmas. Para enfatizar seu ponto de vista, evocou Lula: "Como diria o Nove Dedos, nunca antes na história republicana se discutiu esse tipo de coisa."

Nessa exposição, conforme já noticiado aqui, Weintraub sustentou a tese segundo a qual universidades do Nordeste não deveriam oferecer cursos de disciplinas como sociologia e filosofia. Acha que a prioridade deveria ser o ensino de agronomia, em parceria com Israel. "Em Israel, o Jair Bolsonaro tem um monte de parcerias para trazer tecnologia aqui para o Brasil", declarou. "Em vez de as universidades do Nordeste ficarem aí fazendo sociologia, fazendo filosofia no agreste, [devem] fazer agronomia, em parceria com Israel. Acabar com esse ódio de Israel. Israel, nas faculdades federais, é loucura o que você escuta, né?"

Em dezembro de 2018, quando Bolsonaro já havia prevalecido nas urnas sobre o rival petista Fernando Haddad, Weintraub participou de uma "Cúpula Conservadora" idealizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Dividiu o palco com seu irmão, o advogado Arthur Weintraub, hoje assessor de Bolsonaro. Numa palestra em que defendeu o expurgo do "marxismo cultural" nas universidades por meio de uma adaptação das teses do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, o agora ministro perguntou ao irmão a certa altura: "Não posso xingar o Lula, né Arthur?". E emendou: "O sicofanta do Lula… Ele nunca vai saber o que é sicofanta…"

No mesmo evento, Abraham Weintraub revelou-se obcecado pelo comunismo. Ao responder sobre reforma da Previdência, tema do qual se ocupava na equipe de transição de governo, ele declarou: "A reforma está sendo propositalmente escondida, para evitar tiroteio desnecessário antes. Mas ela está bem avançada…" Nesse ponto, o orador emendou, do nada, uma teoria que acomoda "comunistas" nos locais mais insuspeitados: "A gente não chegou nessa situação porque os comunistas são pobres. Os comunistas estão no topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios…"

Abraham Weintraub prosseguiu: "Os monopolistas apoiaram Lula, estavam dando dinheiro para o Haddad. A gente não conseguiu ter um apoio de qualquer grande instituição durante a campanha. E qual foi a sacada? Desintermediar. Houve uma comunicação do Jair Bolsonaro e toda a campanha diretamente com o povo através das mídias sociais." O novo titular da Educação talvez enfrente dificuldades se precisar submeter alguma proposta à apreciação do Congresso. Na palestra à plateia conservadora, Weintraub falou em voz alta sobre o desprezo que o governo Bolsonaro dedica à oligarquia que controla os principais partidos políticos no Legislativo.

 

O economista e professor Abraham Weintraub futuro secretário-executivo da Casa Civil do governo Bolsonaro, explicou durante a primeira Cúpula Conservadora das Américas a estratégia adotada pela equipe do governo Bolsonaro para aprovar a reforma da previdência em 2019.


"Acho que agora, capitaneado pelo Onyx Lorenzoni [chefe da Casa Civil], está se tentando fazer a mesma coisa [a desintermediação] no Congresso. Os antigos parlamentares, que eram donos de grupos, grupelhos, estão sendo atravessados, para chegar diretamente à base de apoio, para conversar republicanamente com a base de congressistas. A Estimativa é que a gente vai ter 350 [deputados] na base [de apoio ao governo]. Mais do que suficiente para passar tudo o que for necessário." Depois dessa palestra, Weintraub tornou-se o número dois da Casa Civil. Deve ter percebido nos primeiros 100 dias de governo que a pretensão de Bolsonaro e Lorenzoni de "atravessar" os caciques do Legislativo para "conversar republicanamente com a base de congressistas" resultou em fiasco. No momento, Bolsonaro dedica-se justamente a receber os velhos tecelões dos partidos.
[comentário: o grande risco do novo nomeado é usar para  se livrar do Vélez um outro Araújo.]