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domingo, 17 de março de 2019

Nas terras do Tio Sam

O Jair Bolsonaro dos EUA precisa superar em muito o Jair Bolsonaro de Davos

O Brasil de Bolsonaro e os EUA de Trump fazem juras de amor e assinam atos importantes a partir de hoje, quando Bolsonaro desembarca em Washington com tratamento vip, direito a hospedagem na exclusiva Blair House e entrevista ao lado de Trump no Rose Garden, que são deferências especiais, concedidas a muito poucos.

Em compensação, Bolsonaro deverá fazer um anúncio que diplomatas tremem só de ouvir: a dispensa unilateral de vistos para americanos (além de canadenses, australianos e japoneses), sem exigência de reciprocidade. Significa que eles poderão vir livremente ao Brasil, mas os brasileiros não poderão ir ao país deles.A ideia já tinha sido apresentada pelo ministro do Turismo de Michel Temer, Henrique Eduardo Alves (que acabou preso [não pela ideia, que convenhamos era e continua sendo inconveniente e desrespeitosa para os brasileiros e nossa autoestima]), mas só valeu para a Olimpíada do Rio, como forma de incentivar a vinda desses estrangeiros – que têm baixo índice de risco e carteiras recheadas. Mas foi temporário, agora será permanente. Diplomatas acham que é coisa de país sem autoestima e Bolsonaro pretende negociar a dispensa de visto para brasileiros irem aos EUA. Duvido que o Tio Sam tope.

O principal anúncio deverá ser o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas para uso da Base de Alcântara (MA) para fins comerciais, negociado há uma década. Os EUA ganham, porque Alcântara é um ponto estratégico que permite economia de até 30% nos lançamentos de satélites. E o Brasil também lucra, porque entra no mercado de cooperação espacial.

Na comitiva, Augusto Heleno, Paulo Guedes, Sérgio Moro, Ernesto Araújo (chanceler), Tereza Cristina (Agricultura), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), com agendas diferentes. Guedes está interessado em medidas, lá e cá, para destravar investimentos e negócios. Moro vai ao FBI para acordos de inteligência, segurança pública e combate ao crime organizado.

Depois de desperdiçar Davos e ocupar seis dos 45 minutos a que tinha direito para atrair o interesse do mundo para o Brasil, Bolsonaro terá novamente todos os holofotes e não pode amarelar, fugir de entrevista e posar de “simplesinho”, mas, sobretudo, é preciso afastar a ideia de um alinhamento automático com os EUA.
Bolsonaro gosta da ideia, assim como seu filho Eduardo, o chanceler Araújo e o guru Olavo de Carvalho, que já trocou o Brasil pelos EUA. Já os diplomatas de várias gerações se opõem e o que conta mesmo no governo é um outro foco de resistência ao tal alinhamento automático: os militares, que prezam muito a noção de soberania. Aliás, nem aos próprios EUA encanta a ideia de se jogar de cabeça num governo que está mal começando. Pode ser um sucesso, pode não ser. Logo, aproximação é ótimo; alinhamento automático é excessivo.

Além das relações bilaterais, que avançam muito, Bolsonaro e Trump vão discutir questões regionais (Venezuela, por pressuposto) e internacionais, as mais cabeludas. China, Oriente Médio, Coreia do Norte e Irã estão na agenda, mas Bolsonaro deve ter algumas coisas em mente. A China é o maior parceiro comercial brasileiro, o Brasil desde sempre independente na disputa Israel-Palestina e... nem tudo o que é bom para os EUA é bom para o Brasil. [se espera que Bolsonaro esqueça de vez a ideia sem noção de  priorizar o relacionamento com Israel em detrimento dos países árabes - o interesse comercial é o que deve ser considerado pelo Brasil, o que deixa os árabes em vantagem;
ocorrendo esse bendito e oportuno esquecimento o assunto mudança da embaixada continua para depois...]

Depois dos EUA, ele vai ao Chile e no final do mês a Israel, onde Benjamin Netanyahu é um aliado e fez a gentileza de vir ao Brasil para prestigiar a vitória de Bolsonaro, mas agora está às voltas com a Justiça. Tudo bem ir a Israel, a questão é de oportunidade. O avião está decolando e lança Bolsonaro no seu primeiro teste realmente diplomático. Vai precisar de inteligência, sorte, jeito, discursos escritos e muitos conselhos para se superar. O Bolsonaro de Washington tem de ser muito melhor do que o Bolsonaro de Davos.
 
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 
 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Ministro da Justiça reconhece que existe risco de ato terrorista no Rio durante Olimpíada

Apesar disso, Alexandre Moraes afirmou que vê os preparativos de segurança com tranquilidade

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre Moraes, reconheceu nesta terça-feira que existe a possibilidade de ocorrer um ato terrorista durante a Olimpíada do Rio. Moraes, no entanto, afirmou que o país está preparado, e disse que mesmo que seja possível que ocorra um ataque, a probabilidade é pequena. - Hoje conversei com o prefeito do Rio e com o governador (em exercício). Tenho absoluta tranquilidade para dizer que estamos preparados. Não é provável que aconteça nos Jogos do Rio um ato terrorista, mas é possível - disee o ministro, que acrescentou:
- Não há probabilidade, mas há possibilidade.

Alexandre Moraes, que participou da cerimônia de apronto da Força Nacional, que assumiu nesta terça a segurança das arenas dos Jogos, disse ainda que vê os preparativos da segurança com absoluta tranquilidade. Sem falar em número total de efetivo, o ministro garantiu que a Força Nacional vai atuar com todos os homens necessários.
-Teremos no Rio todo efetivo necessário para atuar na segurança interna dos locais de eventos, na segurança patrimonial e no perímetro das arenas esportivas - explicou.
Além do ministro, participaram da cerimônia Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico brasileiro; o diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello; e o secretário extraordinário de Grandes Eventos, Andrei Rodrigues.


Mais cedo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que as Forças Armadas vão atuar na segurança da Olimpíada do Rio com cerca de 22 mil homens. Esse efetivo, anteriormente previsto, era de 18 mil. Para compensar esse aumento do efetivo, o ministério da Justiça anunciou que o número de agentes da Força Nacional de Segurança, que assume nesta terça-feira, a segurança dos Jogos, cairá de 9.600 para 5 mil. Nesta terça-feira, só há 1.500 agentes.

Do total dos 22 mil, cerca de 500 vão compor uma força reserva. O ministro disse que os militares vão atuar na segurança do Aeroporto Tom Jobim e nas vias principais das cidades, como a Linha Amarela, Avenida Brasil e toda faixa costeira, além da Transolímpica e ferrovias. [infelizmente, a impressão que se tem dos preparativos é que estão montando um esquema de segurança para conter manifestações dando preferência ao policiamento ostensivo) - o que era aplicável na Copa 2014.
Esquecem que o policiamento ostensivo não pode ser a única opção para o combate ao terrorismo, que pode usar desde o perigoso 'lobo solitário', grupos de homens bomba e outras formas sutis de ação.
São necessárias ações ostensivas de prevenção e repressão, de inteligência e restritiva. Precisa separar as ações realizadas pelos ditos bandidos comuns (os donos do Rio, especialmente das favelas e áreas próximas as linhas expressas) de eventuais ações de terroristas.]

Fonte: O Globo