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domingo, 1 de janeiro de 2023

Papa Francisco lamenta morte de Bento XVI: ‘nobre e gentil’

O pontífice vai conduzir o funeral do papa emérito no dia 5 de janeiro, na Praça de São Pedro 

Junho de 2018 - Francisco, um dos mais assíduos na casa do papa emérito: vida reclusa e limitada ao Vaticano

Junho de 2018 - Francisco, um dos mais assíduos na casa do papa emérito: vida reclusa e limitada ao Vaticano Vatican Media/AFP

O papa Francisco prestou uma homenagem ao papa emérito Bento XVI, que morreu neste sábado, 31, aos 95 anos. O pronunciamento foi feito na homilia de Ano-Novo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, segundo o jornal The Guardian. “É de forma emotiva que me lembro dessa pessoa, tão nobre, tão gentil. E sentimos em nossos corações a gratidão. Gratidão a Deus por ter dado ele de presente à igreja e ao mundo”, disse o pontífice sobre o alemão Joseph Ratzinger. 

Francisco assumiu o lugar de Bento XVI após a renúncia do alemão em 2013. Opostos em ideias e posturas, os dois papas se tornaram amigos e Francisco o visitava com frequência no mosteiro Mater Ecclesiae, que fica nos jardins do Vaticano. O funeral de Ratzinger acontecerá na Praça de São Pedro na próxima quinta-feira, 5 de janeiro, a partir das 5h30 (horário de Brasília) e será conduzido pelo papa. 

Religião - Revista VEJA


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Francisco beatifica João Paulo I, o efêmero 'papa do sorriso'

Milhares de fiéis, incluindo o presidente italiano Sergio Mattarella, assistiram à missa de beatificação na Praça de São Pedro sob chuva

O papa Francisco beatificou neste domingo (4) em Roma João Paulo I, conhecido como "o papa do sorriso", que em 1978 ocupou o trono de Pedro por 33 dias, em um dos pontificados mais curtos da história.

Milhares de fiéis, incluindo o presidente italiano Sergio Mattarella, assistiram à missa de beatificação na Praça de São Pedro sob chuva. A missa é a etapa anterior à canonização, que eleva um fiel católico falecido à dignidade de santo.

Durante a cerimônia, uma grande tapeçaria representando João Paulo I foi pendurada em uma das paredes da Basílica de São Pedro. "Com seu sorriso, o papa Luciani conseguiu transmitir a bondade do Senhor. Uma igreja de rosto alegre, sereno e sorridente é bela, que nunca fecha suas portas, que não endurece os corações, que não se queixa nem guarda ressentimentos, que não está zangado ou impaciente, que não se apresenta com dureza nem sofre de nostalgia do passado", disse o papa Francisco durante a homilia.

Albino Luciani, que assumiu o nome de João Paulo quando foi eleito papa em agosto de 1978, aos 65 anos, era uma figura popular e próxima dos paroquianos. Sucedeu Paulo VI e foi o último papa italiano até hoje. Ele morreu de ataque cardíaco apenas 33 dias e 6 horas depois.

Na madrugada de 29 de setembro de 1978, uma freira descobriu seu corpo sem vida, sentado na cama, com os óculos e algumas folhas nas mãos. Não houve autópsia para confirmar a causa da morte.

O anúncio de sua morte foi cercado de inconsistências e informações falsas e até alimentou a teoria de um assassinato por envenenamento para impedi-lo de colocar ordem nos negócios da Igreja e, em particular, no banco do Vaticano, onde havia sido detectado desvio de dinheiro. Mas esta "hipótese da conspiração" deveu-se sobretudo à "comunicação calamitosa" do Vaticano, segundo Christophe Henning, jornalista e autor do livro "Petite vie de Jean Paul Ier" (Vida curta de João Paulo I).

Assim como Henning, muitos especialistas rejeitam essa hipótese, considerando que ela se baseia mais em um conjunto de coincidências do que em elementos tangíveis.

A jornalista italiana Stefania Falasca - que apoia ativamente a canonização de João Paulo I - também negou esses rumores em um livro publicado em 2017 e prefaciado pelo arcebispo Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé (número dois do Vaticano).

Mundo - Correio Braziliense


sábado, 1 de janeiro de 2022

Papa pede paz e condena violência contra a mulher em mensagem de ano novo

 O líder de 1,3 bilhão de católicos encorajou o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro para manter a paz em seus pensamentos

O papa Francisco exortou, neste sábado (1º/12), o mundo a "arregaçar as mangas" pela paz em sua mensagem de Ano Novo, na qual pediu aos fiéis que sejam positivos e trabalhem para construir uma sociedade melhor.

Na ocasião do 55º Dia Mundial da Paz, o líder dos 1,3 bilhão de católicos do mundo dedicou seu discurso do Angelus a encorajar o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro para manter a paz em seus pensamentos. "Vamos voltar para casa pensando em paz, paz, paz. Precisamos de paz", disse o papa após a oração do Angelus.

Sob um céu ensolarado, Francisco, que completou 85 anos no dia 17 de dezembro, lembrou aos fiéis que a paz exige "gestos concretos", como perdoar os outros e promover a justiça. "E também precisa de um olhar positivo: que olhemos sempre, na Igreja como na sociedade, não o mal que nos divide, mas o bem que pode nos unir!", disse da janela do Palácio Apostólico."Não adianta se abater e reclamar, mas arregaçar as mangas para construir a paz", declarou.

Mais cedo, durante a missa na Basílica de São Pedro em homenagem à Virgem Maria, Francisco fez uma homilia na qual chamou a violência contra as mulheres de um insulto a Deus. "A Igreja é mãe, a Igreja é mulher", estimou. "Enquanto as mães dão vida e as mulheres salvam o mundo, devemos todos trabalhar para promover as mães e proteger as mulheres", declarou. "Quanta violência existe contra a mulher! Chega! Machucar uma mulher é ultrajar a Deus, que tirou a humanidade de uma mulher", assegurou.

Em mensagem divulgada em 21 de dezembro pelo Vaticano por ocasião do Dia Mundial da Paz, o papa recomendou "três caminhos para construir uma paz duradoura", o diálogo entre as gerações, a educação e o trabalho, "essenciais para a elaboração de um pacto social, sem o qual qualquer projeto de paz é inconsistente". O texto sublinhava que o orçamento destinado à educação foi reduzido "sensivelmente" nestes últimos anos no mundo ao contrário dos gastos militares que ultrapassaram "o nível do fim da guerra fria".

O papa retomou estes temas neste sábado após o Angelus, referindo-se aos "tempos incertos e difíceis devido à pandemia". "São muitos os que têm medo do futuro e estão sobrecarregados com as situações sociais, os problemas pessoais, os perigos da crise ecológica, as injustiças e os desequilíbrios da economia planetária", afirmou.

"Ao olhar para Maria com seu filho nos braços, penso em jovens mães e seus filhos que estão fugindo das guerras e da fome ou que estão esperando em campos de refugiados".

Na véspera do Ano Novo, Francisco não presidiu as Vésperas na Basílica de São Pedro, conforme programado, e, em vez disso, cedeu o serviço ao decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re.

 Correio Braziliense
 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Número de mortos em terremoto é revisado para 217 e papa pede orações ao México

Policiais, bombeiros e voluntários continuaram a trabalhar durante a noite após o terremoto da terça-feira, o mais mortífero no México em três décadas. O número de mortes confirmadas foi revisado pela Agência de Defesa Civil para 217 na madrugada desta quarta-feira, após o tremor de magnitude 7,1.

O terremoto da terça-feira ocorreu justamente no 32º aniversário de um sismo de 1985 que deixou milhares de mortos na capital e pouco depois de uma simulação em nível nacional para recordar o fato.  Um dos esforços de resgate mais desesperados ocorrida em uma escola primária e secundária no sul da Cidade do México, onde uma ala do edifício de três andares ruiu. O Departamento de Educação federal informou na noite de terça-feira que foram recuperados 25 corpos no lugar, 21 deles de crianças. O presidente Enrique Peña Nieto visitou a área da escola.

Em uma mensagem de vídeo divulgada na noite da terça-feira, Peña Nieto fez um pedido de calma e disse que as autoridades trabalham para levar ajuda. Ele disse que 40% da Cidade do México e 60% do Estado vizinho de Morelos ficaram sem eletricidade. “A prioridade neste momento é continuar o resgate de quem está preso e dar atenção médica aos feridos”, afirmou.

Em todo o centro do país, pessoas foram ajudar seus vizinhos quando dezenas de edifícios ruíram. O prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, disse que havia deslizamentos em 44 lugares somente na capital.  Ao menos 86 pessoas morreram na Cidade do México, 71 no Estado de Morelos, 43 em Puebla, 12 no Estado de México, que circunda a capital, 4 em Guerrero e 1 em Oaxaca. Ao longo do dia, equipes de resgate e voluntários retiraram pessoas cobertas de pó, algumas semiconscientes e outras feridas gravemente.

Houve edifícios que ruíram na capital e também em Morelos, onde foi abaixo uma igreja local em Jojutla, próxima do epicentro. Doze pessoas morreram em Jojutla.  O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) afirmou que o sismo teve magnitude 7,1 e que seu epicentro fica cinco quilômetros a nordeste de Raboso, no Estado de Puebla, a 51 quilômetros de profundidade, registrado pouco depois das 13h (hora local).  Boa parte da Cidade do México fica sobre o leito de uma antiga laguna e o terreno pode amplificar os efeitos dos tremores centrados a centenas de quilômetros. O terremoto da terça-feira, porém, não parecia relacionado ao temor de 8,1 graus registrado em 7 de setembro no sul do país, também sentido na capital mexicana e que deixou 90 mortos no país.

VATICANOO papa Francisco lamentou nesta quarta-feira na Praça de São Pedro o terremoto e pediu uma oração às vítimas do tremor. Em espanhol, Francisco disse que havia muitos peregrinos mexicanos presentes para sua audiência geral. “Nesse momento de dor, quero manifestar minha proximidade e oração a toda a querida população mexicana”, disse ele, além de pedir orações às vítimas, aos seus familiares e às equipes de resgate.

 Fonte: Associated Press


domingo, 1 de janeiro de 2017

O fim do desemprego: O pedido do papa Francisco para 2017

Pontífice argentino afirmou que líderes mundiais precisam auxiliar os jovens a encontrar melhores oportunidades

O Papa Francisco discursou na noite deste sábado na Praça de São Pedro, no Vaticano, e se despediu do ano com um pedido especial para 2017: o fim do desemprego de jovens ao redor do mundo. Durante as orações, o pontífice argentino pediu que os líderes mundiais ajudem os jovens a encontrar o seu “propósito no mundo”, destacando o paradoxo de “uma cultura que idolatra a juventude”, mas não abriu lugar para os jovens.  “Nós condenamos nossos jovens a não ter lugar na sociedade, porque os empurramos lentamente para as margens da vida pública, obrigando-os a migrar ou a implorar por empregos que já não existem ou que não lhes prometem um futuro”, disse Francisco.
 Papa Francisco celebra a última missa do ano em ação de graças ao ano que termina na Basílica de São Pedro no Vaticano (Alessandro Bianchi/Reuters)

O papa afirmou ainda que o mundo tem uma “dívida” com os jovens, pois eles foram privados de “trabalho digno e genuíno” que lhes permita participar da sociedade, sendo obrigados “a bater em portas que na maior parte permanecem fechadas”.

O desemprego juvenil está na casa dos 36% na Itália, e chega a 18% entre os 28 estados da União Europeia. No norte da África, o continente com a população mais jovem do mundo, o desemprego juvenil  é de 30%, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho.

A pobreza e a falta de oportunidades na África impulsionam a imigração, especialmente para a Europa. Quase 5.000 homens, mulheres e crianças morreram tentando chegar à Europa via norte da África em 2016.

Ao final da homilia, Francisco atravessou a Praça de São Pedro, parando para apertar as mãos e posar para fotos, enquanto fazia uma breve visita ao presépio em tamanho natural que há no Vaticano. 

No dia 1º de janeiro, o papa vai realizar uma missa para marcar o Dia Mundial da Paz.

Fonte: O Estado de S. Paulo e Reuters