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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A paixão tórrida de Barroso pelos microfones - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

O comando da discussão política não está no Congresso, eleito pelo povo, nem entre os governantes que os eleitores puseram nos cargos executivos, mas no STF

Ministro do Supremo Luís Roberto Barroso no Congresso de UNE, em Brasília, em julho de 2023

 Luís Roberto Barroso. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que parece viver uma paixão tórrida com os microfones, o som da sua própria voz e a celebração das virtudes que imagina ter, virou o mais ativo orador político do Brasil. 
Não poderia ser assim. Como juiz, ele tem a obrigação de ser juiz – e um juiz não pode passar o tempo todo falando como um animador de auditório na defesa das suas ideias, convicções e interesses. 
Como o público que lhe paga o salário pode esperar que seja imparcial nas suas sentenças, se está todo dia dizendo que é contra isso e a favor daquilo? 
Mas aí é que está: no Brasil de hoje o comando da discussão política não está no Congresso Nacional, que foi eleito pelo povo brasileiro, nem entre os governantes que os eleitores puseram nos cargos executivos, mas no STF – que não tem o voto de ninguém. É uma degeneração.
 
A última homilia do ministro Luís Roberto Barroso mostra, mais uma vez, o quanto o STF afundou na sua própria anomalia
Eles não percebem mais que o respeito pela instituição só pode ser conquistado como consequência dos seus atos, da sua seriedade e da sua isenção.
Acham outra coisa: o Supremo só será um grande tribunal se as suas “lideranças” ficarem fazendo elogios a si mesmas. 
Barroso, em seu discurso mais recente, disse que “o STF fez muito bem ao Brasil” e enumerou as dádivas que nos foram fornecidas por Suas Excelências.  
Quem teria de falar disso não é ele, e sim os supostos beneficiários das bondades do STF - mas pelos padrões de conduta vigentes hoje neste país a auto louvação é não apenas aceita como aplaudida. 
Ficamos sabendo, assim, que o STF nos salvou de uma ditadura, venceu o “golpe de estado” do 8 de janeiro, impediu que a Covid destruísse o Brasil etc. etc. Tudo bem: quem quiser acreditar nisso tem o direito de acreditar.  
O que não está certo é dizer que quem critica o STF são os “bolsonaristas”, e que os “ataques” ao tribunal só acontecem porque suas decisões causam desagrado a certas pessoas.
 
É falso. Os que criticam as ações do STF incluem muito mais gente que os “bolsonaristas” basta verificar, com um mínimo de serenidade, quem são os autores das críticas. 
Mais que isso, o que se condena no STF não é o teor jurídico das decisões; ninguém ignora o fato de que uma sentença judicial sempre agrada o vencedor e desagrada o perdedor. 
O problema, e aí o presidente do STF não dá um pio, é que as mulheres de ministros advogam em causas julgadas pelos maridos.  
Cidadãos estão sendo condenados a até 17 anos de cadeia por terem participado de um quebra-quebra em Brasília – e por terem supostamente praticado, ao mesmo tempo, os crimes de “golpe de estado” e de “abolição violenta do estado de direito”.  
Um cidadão tem um bate-boca com um dos ministros no Aeroporto de Roma e se vê levado a julgamento no supremo tribunal de justiça do país, no arrastão judicial dos “atos antidemocráticos”. 
A empresa J&F é dispensada de pagar os 10 bilhões de reais que devia ao Tesouro Nacional, em cumprimento ao acordo que fez para escapar de cinco ações penais por corrupção ativa.
 As provas materiais de corrupção contra a Odebrecht são declaradas como “imprestáveis” e destruídas.
 
Nada disso ter alguma coisa a ver com “defesa da democracia”, ou com máscara para Covid, ou com “extrema direita” e outras assombrações
Está errado porque é contra a lei. 
E é por isso, na verdade, que o presidente do STF age todos os dias como chefe de facção política. 
Não está interessado em Constituição, processo legal e seu dever como juiz. Como ele mesmo diz, quer “fazer História”.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

sábado, 1 de janeiro de 2022

Papa pede paz e condena violência contra a mulher em mensagem de ano novo

 O líder de 1,3 bilhão de católicos encorajou o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro para manter a paz em seus pensamentos

O papa Francisco exortou, neste sábado (1º/12), o mundo a "arregaçar as mangas" pela paz em sua mensagem de Ano Novo, na qual pediu aos fiéis que sejam positivos e trabalhem para construir uma sociedade melhor.

Na ocasião do 55º Dia Mundial da Paz, o líder dos 1,3 bilhão de católicos do mundo dedicou seu discurso do Angelus a encorajar o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro para manter a paz em seus pensamentos. "Vamos voltar para casa pensando em paz, paz, paz. Precisamos de paz", disse o papa após a oração do Angelus.

Sob um céu ensolarado, Francisco, que completou 85 anos no dia 17 de dezembro, lembrou aos fiéis que a paz exige "gestos concretos", como perdoar os outros e promover a justiça. "E também precisa de um olhar positivo: que olhemos sempre, na Igreja como na sociedade, não o mal que nos divide, mas o bem que pode nos unir!", disse da janela do Palácio Apostólico."Não adianta se abater e reclamar, mas arregaçar as mangas para construir a paz", declarou.

Mais cedo, durante a missa na Basílica de São Pedro em homenagem à Virgem Maria, Francisco fez uma homilia na qual chamou a violência contra as mulheres de um insulto a Deus. "A Igreja é mãe, a Igreja é mulher", estimou. "Enquanto as mães dão vida e as mulheres salvam o mundo, devemos todos trabalhar para promover as mães e proteger as mulheres", declarou. "Quanta violência existe contra a mulher! Chega! Machucar uma mulher é ultrajar a Deus, que tirou a humanidade de uma mulher", assegurou.

Em mensagem divulgada em 21 de dezembro pelo Vaticano por ocasião do Dia Mundial da Paz, o papa recomendou "três caminhos para construir uma paz duradoura", o diálogo entre as gerações, a educação e o trabalho, "essenciais para a elaboração de um pacto social, sem o qual qualquer projeto de paz é inconsistente". O texto sublinhava que o orçamento destinado à educação foi reduzido "sensivelmente" nestes últimos anos no mundo ao contrário dos gastos militares que ultrapassaram "o nível do fim da guerra fria".

O papa retomou estes temas neste sábado após o Angelus, referindo-se aos "tempos incertos e difíceis devido à pandemia". "São muitos os que têm medo do futuro e estão sobrecarregados com as situações sociais, os problemas pessoais, os perigos da crise ecológica, as injustiças e os desequilíbrios da economia planetária", afirmou.

"Ao olhar para Maria com seu filho nos braços, penso em jovens mães e seus filhos que estão fugindo das guerras e da fome ou que estão esperando em campos de refugiados".

Na véspera do Ano Novo, Francisco não presidiu as Vésperas na Basílica de São Pedro, conforme programado, e, em vez disso, cedeu o serviço ao decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re.

 Correio Braziliense
 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

O destino da democracia é o que estará em jogo ano que vem - Blog do Noblat

Metrópoles

O vírus do bolsonarismo despertou os instintos mais primitivos dos brasileiros e não há sinais de que haverá vacina contra ele

[a democracia brasileira, aos olhos dos inimigos do Brasil, é de uma fragilidade espantosa, seu destino está sempre em jogo; para eles, no momento em que serve aos interesses do Brasil e dos brasileiros, a nossa democracia passa a correr o  risco de ser extinta.]

País onde padre chama homossexuais de veadinhos, rapaz vai às compras com uma suástica no antebraço, senador defende governo fascista desde que tenha “as mãos limpas” e casal branco suspeita denegro inocente no comando de uma bicicleta elétrica, por que um país como esse daria as costas ao presidente que tem? 

Não será fácil derrotá-lo na eleição do ano que vem, é o que começam a admitir aos sussurros ou abertamente seus mais ferrenhos adversários. Não é para dissipar o clima do já ganhou que toma conta da parte desavisada da oposição que eles dizem isso, é porque de fato reconhecem que não será fácil mesmo.  O bolsonarismo era um vírus adormecido nas entranhas de uma parcela expressiva dos brasileiros de todas as classes sociais e de todos os pontos do país. O vírus despertou ao ouvir o discurso do ex-capitão indisciplinado que antes só falava às paredes do Congresso e a áreas do Estado que o alimentava com votos.

 [a Homilia foi proferida dentro de uma Igreja Católica Apostólica Romana, durante uma missa, por um sacerdote,  portanto, se trata de assunto religioso, catequese, não constituindo crime - além do que a posição da Igreja Católica Apostólica Romana contra o homossexualismo e outras perversões é milenar, tendo em vista que São Paulo na Epístola aos Romanos, em Rm 1, 26-27-32

" 26. Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mu­lheres mudaram as relações natu­rais em relações contra a natureza.

 27. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario. 

32. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem."

Romanos, 1 - Bíblia Católica Online

São Paulo também se manifesta em  1 Cor 6, 9-11: "9 -  

"9. Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos," 

I Coríntios, 6 - Bíblia Católica Online

Quanto ao jovem que foi acusado de usar símbolo nazista, vejam e respondam?

COMUNISMO = FLAGELO DA HUMANIDADE

A FOICE E O MARTELO SÍMBOLOS DO PIOR FLAGELO DA HUMANIDADE.

A FOICE E O MARTELO SIMBOLO DO PIOR FLAGELO DA HUMANIDADEREPRESENTAM A OPRESSÃO A TORTURA E MORTE DE BILHÕES DE SERES HUMANOS AINDA HOJE E NO BRASIL EXISTEM HORDAS DE COMUNISTAS TRAMANDO PELA QUEDA DA NOSSA DEMOCRACIA EM PROL DESTA TIRANIA ASSASSINA E MENTIROSA.

Proibição injusta

Proibição injusta
O NAZISMO MATOU 6 MILHÕES DE PESSOAS, O COMUNISMO MATOU 100 MILHÕES E CONTINUA MATANDO... PORQUE A SUÁSTICA ESTA PROÍBIDA E A FOICE E O MARTELO CONTINUAM LIVRES???

A rendição à pandemia que veio de fora pode ter enfraquecido o dono do discurso que perdeu apoio com a morte de quase 500 mil pessoas em pouco mais de um ano, sem falar dos mais de 17 milhões de infectados. Mas o discurso em si continua forte, sem que tenha diminuído o número dos que se sentem atraídos por ele. [o fracasso da CPI Covidão - o relator Calheiros em surto histérico abandonou a sessão da Covidão no qual médicos favoráveis ao tratamento com cloroquina, ivermectina, fundamentarias suas razões; 
o relator alagoano  além de enrolado com a Justiça, se junta ao presidente da CPI, ao senador  drácula e ao senador Barbalho (senador pioneiro no uso de algemas) - na condição de indignos de participarem de uma CPI. - mostrará o quanto é estúpida e infundada a tentativa criminosa de associar o presidente Bolsonaro às mortes e contaminações pela covid-19 - culpados, que certamente existem, devem ser procurados entre as 'autoridades locais'. ]

À medida que a eleição se aproxima, embora ainda falte um ano e quatro meses para a abertura das urnas, revela-se o tamanho do estrago provocado pelo vírus do bolsonarismo. Nenhum partido está imune aos seus efeitos malignos, nenhuma instituição, nenhum credo, nenhum segmento social ou econômico.

Vírus não morre. A maioria aparece e volta às matas de onde saiu, como o Ebola, por exemplo. Contra alguns, descobrem-se vacinas capazes de erradicá-los para sempre. Mas, devido à falta de cuidados, nada impede seu retorno. A história é feita de ciclos, e está provado que eles demoram a se esgotar. O futuro da democracia brasileira estará em jogo em 2022. E ele nunca pareceu tão incerto.

 Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - Metrópoles

 

sábado, 2 de janeiro de 2021

Papa Francisco diz que mundo precisa de vacina para o coração em 2021

Será um bom ano se cuidarmos dos outros, disse o pontífice, enfatizando a importância de "educar o coração para cuidar, para valorizar as pessoas"

O papa Francisco disse nesta sexta-feira, 1, que 2021 será “um bom ano” se as pessoas cuidarem umas das outras e salientou que, além de uma vacina contra o coronavírus, o mundo precisa de uma “vacina para o coração”.

“Não é bom conhecer muitas pessoas e muitas coisas se não tomarmos conta delas. Este ano, enquanto esperamos pela recuperação e novos tratamentos, não negligenciemos os cuidados. Porque, além da vacina para o corpo, precisamos da vacina para o coração, que é o cuidado. Será um bom ano se cuidarmos dos outros”, disse em uma homília lida pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, durante a Missa de Ano Novo, dedicada à “solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus”, celebrada no Vaticano, nesta sexta-feira, 1°.


O Papa Francisco não pôde presidir esta missa nem a realizada às vésperas de 31 de dezembro de 2020, por causa de uma dor ciática, segundo o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni. Filippo Monteforte/AFP

 O papa Francisco não pôde presidir esta missa nem a realizada às vésperas de 31 de dezembro de 2020, por causa de uma dor ciática, segundo o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni. No entanto, deixou a homilia escrita para que o Cardeal Parolin pudesse ler as suas palavras aos poucos participantes e meios de comunicação que presentes na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Devido às medidas preventivas para evitar a propagação do coronavírus, a missa foi celebrada sem os fiéis e numa basílica vazia

O Papa enfatizou três palavras – bênção, nascimento e encontro – , e salientou o papel da Virgem Maria, neste dia em que a Igreja Católica também celebra o 54.º Dia Mundial da Paz, este ano sob o lema “A cultura do cuidado como caminho para a paz”. “Não estamos no mundo para morrer, mas para gerar vida”, disse o Papa, acrescentando: “O primeiro passo para dar vida ao que nos rodeia é amá-la dentro de nós próprios.

Sublinhou a importância de “educar o coração para cuidar, para valorizar as pessoas e as coisas”, para que as sociedades cuidem dos outros e do mundo. Considerou que “o mundo está seriamente contaminado por dizer coisas más e por pensar mal dos outros, da sociedade, de si próprios”, e assegurou que “a maldição corrompe, faz tudo degenerar” e que “a bênção regenera, dá força para recomeçar”.

No final da homilia, Francisco perguntou-se a si próprio o que as pessoas deveriam encontrar no início de 2021 e respondeu: “Seria bonito encontrar tempo para alguém. O tempo é uma riqueza que todos temos, mas da qual temos inveja, pois queremos usá-lo apenas para nós próprios”. Assim, encorajou as pessoas a dedicarem momentos aos outros, especialmente aos “que estão sós, aos que sofrem, aos que precisam de ser ouvidos e cuidados”.

Papa aparece em público
O Papa Francisco fez sua primeira aparição pública do ano nesta sexta-feira, 1. Atrás de um púlpito na biblioteca do Palácio Apostólico, decorado com uma árvore de Natal e uma manjedoura, o papa fez a tradicional oração do Angelus. “Envio meus melhores votos de paz e serenidade para o novo ano. […] Os dolorosos acontecimentos que marcaram a vida da humanidade no ano passado, em particular a pandemia, nos ensinaram como é necessário nos interessar pelos problemas dos outros e compartilhar suas preocupações”, disse.

VEJA - Com Agência Brasil e AFP


segunda-feira, 1 de abril de 2019

Missa pela ditadura tem generais, viúva de Ustra e críticas a Caetano

Canção "É proibido proibir" é alvo da homilia do bispo; Joseita Ustra foi assediada por admiradores de seu marido


Uma missa realizada na noite deste 31 de março, ontem, em celebração ao golpe militar contou com as presença de três generais, de Joseita Brilhante Ustra viúva do coronel Brilhante Ustra e sobrou para Caetano Veloso na homilia do bispo dom José Francisco Falcão, da Arquidiocese Militar.

Joseita foi assediada pelos presentes no início e no final da missa. Fez elogios ao governo Bolsonaro em uma dessas conversas.
“Ele está indo muito bem”.

Estavam presentes os generais Paulo Chagas (que disputou o governo do Distrito Federal), Rocha Paiva (que foi amigo de Ustra e integra a Comissão de Anistia) e o deputado federal do PSL general Eliéser Girão (RN). Algumas pessoas foram de verde e amarelo.

Ao tratar de disciplina e hierarquia o bispo disse que até mesmo as liberdades têm suas restrições. E citou uma canção de Caetano Veloso, “É proibido proibir”.
E tem um imbecil que nos anos 70  cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar  veneno de rato para ele.
No final, o bispo chamou ao altar os oficiais que obtiveram promoção ontem. A missa foi na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo, em Brasília.

Revista VEJA