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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Omissão de Janot em relação a Dilma - Janot está sendo omisso em relação a Dilma, diz Roberto Freire



A decisão do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, de cobrar do Ministério Público Federal uma investigação sobre as contas da campanha de Dilma Rousseff à reeleição reacende um julgamento que estava em banho-maria na Corte. “O pedido de Gilmar Mendes reforça o argumento da oposição de que, em relação à presidente Dilma, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está sendo omisso”, declarou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP). 

Há 10 dias, um pedido de vista do ministro Luiz Fux suspendeu o processo movido pelo PSDB para cassar a chapa da presidente e do vice-presidente Michel Temer pela suspeita de uso de recursos do Petrolão na campanha eleitoral. Os tucanos, ao lado das demais legendas de oposição ao governo, afirmaram que parte das doações para a campanha de Dilma vieram do dinheiro desviado pelo esquema de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. As suspeitas foram reforçadas a partir do depoimento do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que disse ter sido pressionado a doar R$ 7,5 milhões para o então tesoureiro de Dilma, o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação). 

Dois pesos e duas medidas
“Nós próprios já tínhamos pedido que Janot investigasse o caso. O governo comemora a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, amparado em uma delação premiada (feita pelo executivo Júlio Camargo). Por que ele se recusa a investigar uma denúncia feita em uma delação premiada contra a presidente Dilma”?, questionou Freire.
“O argumento do procurador-geral é frágil, ao afirmar que um presidente só pode ser investigado por crime de responsabilidade no exercício do cargo. Mas as investigações podem começar agora e, quando a presidente deixar o mandato, quem sabe elas já estarão adiantadas”, ironizou Freire.

O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), lembra que, quando o próprio Mendes relatou as contas de campanha, no fim do ano passado, ele demonstrou preocupação com as suspeitas que pairavam sobre a prestação apresentada pelo PT ao TSE. “O processo foi votado e aprovado com ressalvas por unanimidade. O que ele (Mendes) está fazendo agora é em função das suspeitas que tinha no início da análise, e está pedindo o aprofundamento das investigações”, completou Agripino.


domingo, 11 de janeiro de 2015

Lavar a jato

Seja inconsistente, produto de fogo inimigo ou não, a citação do deputado Eduardo Cunha no âmbito das investigações da Operação Lava Jato não pode ficar restrita ao terreno da dúvida. Simplesmente porque não é possível que paire dúvida dessa natureza sobre um candidato à presidência da Câmara, hoje tido como provável vencedor. [pode até não ser lógico, mas é possível, afinal de contas Dilma foi eleita pairando sobre ela sérias dúvidas sobre sua participação - ainda por conivência decorrente de omissão - no PETROLÃO - PT. Um Brasil que elege e reelege um Lula e uma Dilma, tudo é possível.]
 
Se, como ele diz, é falsa a declaração do policial Jayme Alves de Oliveira de que foi o destinatário de recursos provenientes do esquema de corrupção montado na Petrobrás, Eduardo Cunha e seu partido, o PMDB, devem ser os primeiros interessados em passar a história a limpo. Uma coisa é o desmentido e o contra-ataque com base na hipótese de que a divulgação de trecho do depoimento do policial seja parte de uma trama para inviabilizar sua candidatura à presidência da Câmara. Outra coisa é a dimensão que a notícia, verdadeira ou não, assume diante da opinião pública.

A recente campanha eleitoral mostrou muito bem o poder das versões ante aos fatos, fracos ou fortes. Portanto, urge um esclarecimento da Polícia Federal ou do Ministério Público sobre a existência, ou não, no depoimento do policial de base para a abertura de inquérito contra o deputado. Daqui a pouco mais de 20 dias Eduardo Cunha estará disputando o segundo cargo na linha de sucessão presidencial e o mínimo que se precisa saber é se ele é partícipe de um esquema ilícito ou se é vítima de uma tramoia de cunho político urdida no aparelho do Estado.

O mesmo policial que o citou disse em depoimento à Polícia Federal que quatro anos atrás entregou R$ 1 milhão ao então governador de Minas Gerais e hoje senador eleito Antonio Anastasia, do PSDB, por ordem do doleiro Alberto Youssef. Além da autoria, as declarações têm em comum o efeito de arrastar para o noticiário policial dois adversários do governo. Cunha, líder de um partido aliado, mas desafeto devido a suas posições pessoais. Anastasia por ser tucano, mineiro e ligado ao senador Aécio Neves.

A reação automática dos atingidos é atribuir a divulgação de trechos do depoimento a ações palacianas. Do mesmo modo como faz o governo quando um dos seus é alcançado por denúncias desse tipo. Nesse caso, porém, pelo que se sabe até agora há uma diferença. Quem aponta é o deputado Roberto Freire, do PPS. As afirmações de Jayme Alves de Oliveira não são fruto de acordo de delação premiada. Estas, quando feitas, trazem em si um elemento de prova porque é da verdade sobre o que declara o delator que depende a concessão dos benefícios pretendidos. "A prioridade é saber se há evidências suficientes para o prosseguimento de investigações ou se isso tudo é produto do fogo amigo planaltino, parte do ataque insidioso que o governo iniciou com o objetivo de esvaziar o PMDB", diz Freire.

A ligação entre a Operação Lava Jato e a disputa pela presidência da Câmara foi motivo de troca de impressões e avaliações de bastidor durante os últimos dois dias no PMDB e até mesmo entre Eduardo Cunha e líderes de oposição, PSDB inclusive. Entre os peemedebistas, a disposição é a de não entrar em embate público com o governo nem com o PT, a fim de esvaziar o tema e, ao mesmo tempo, reforçar a campanha de Cunha. "Ganhar a eleição" é a palavra de ordem.

Os tucanos avaliam que, se ficar evidente que há movimentação do Planalto por trás das denúncias, o efeito pode ser o contrário do pretendido, em reação ao governo e contra o candidato do PT, Arlindo Chinaglia.

Fonte: Dora Kramer é colunista do Estadão