Há 10 dias, um pedido de vista do ministro Luiz Fux suspendeu o processo movido pelo PSDB para cassar a chapa da presidente e do vice-presidente Michel Temer pela suspeita de uso de recursos do Petrolão na campanha eleitoral. Os tucanos, ao lado das demais legendas de oposição ao governo, afirmaram que parte das doações para a campanha de Dilma vieram do dinheiro desviado pelo esquema de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. As suspeitas foram reforçadas a partir do depoimento do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que disse ter sido pressionado a doar R$ 7,5 milhões para o então tesoureiro de Dilma, o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação).
Dois pesos e duas medidas
“Nós próprios já tínhamos pedido que
Janot investigasse o caso. O governo comemora a
denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, amparado em uma
delação premiada (feita
pelo executivo Júlio Camargo). Por que
ele se recusa a investigar uma denúncia feita em uma delação premiada contra a
presidente Dilma”?, questionou Freire.
“O
argumento do procurador-geral é frágil, ao afirmar que um presidente só pode
ser investigado por crime de responsabilidade no exercício do cargo. Mas as
investigações podem começar agora e, quando a presidente deixar o mandato, quem
sabe elas já estarão adiantadas”,
ironizou Freire.O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), lembra que, quando o próprio Mendes relatou as contas de campanha, no fim do ano passado, ele demonstrou preocupação com as suspeitas que pairavam sobre a prestação apresentada pelo PT ao TSE. “O processo foi votado e aprovado com ressalvas por unanimidade. O que ele (Mendes) está fazendo agora é em função das suspeitas que tinha no início da análise, e está pedindo o aprofundamento das investigações”, completou Agripino.
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