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sábado, 21 de maio de 2016

Empresário ligado a Lula, sobrinho, recebeu US$ 7,5 milhões da Odebrecht

PF investiga pagamentos a sobrinho da primeira mulher do ex-presidente

Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Lula, foi conduzido pela Polícia Federal para prestar depoimento na sexta-feira numa investigação sobre tráfico de influência internacional. Ele é suspeito de ter recebido ilegalmente recursos de obra da Odebrecht, em Angola, financiada pelo BNDES. Segundo a PF, mesmo sem ter capacidade de prestar serviços, a empresa de Taiguara, a Exergia Brasil, recebeu R$ 3,5 milhões da gigante da construção brasileira. Documentos obtidos pelo GLOBO vão além: mostram que entraram nos cofres da empresa de Taiguara outros US$ 7,5 milhões. 
 A Exergia foi subcontratada pela Odebrecht, mas, segundo as investigações, só existiria no papel e não teria condições de executar os contratos firmados com a empreiteira. Lula não foi alvo da operação de sexta-feira, batizada de Janus (menção ao deus romano Janus, de duas faces, que olha ao mesmo tempo para o passado e o futuro), mas o inquérito que resultou na condução coercitiva de Taiguara investiga se o ex-presidente fez lobby no exterior para obras da Odebrecht. Nos últimos cinco anos, a construtora brasileira obteve US$ 2 bilhões em financiamentos do BNDES para obras no país africano.

Os documentos obtidos pelo GLOBO revelam que a Odebrecht fez diversos pagamentos à Exergia desde 2011. Os repasses estão vinculados a oito projetos da empreiteira em Angola. Taiguara e seu sócio, José Emmanuel de Deus Carmano Ramos, foram interrogados no Rio sobre a prestação de serviços em obras do complexo hidrelétrico de Cambambe, em Angola. Ao todo, o projeto contou com financiamento de US$ 464 milhões do BNDES. Segundo a PF, o fato de a Exergia ter recebido pelo menos R$ 3,5 milhões mesmo sem experiência anterior ou demonstrar capacidade técnica, indica suspeita de “irregularidades e dissimulação de valores de origem ilícita”.

Troca de e-mails apreendida pela PF em junho do ano passado na sala do então diretor da Odebrecht Engenharia e Construção, Eduardo Oliveira Gedeon, lista serviços prestados pela Exergia em Angola. A gama de atuação é variada e vai desde perfuração hidráulica de maciço rochoso, sondagem de solo e topografia a implementação de sistema de gestão de qualidade e projeto de realojamento de populações.

Produzidas pela área técnica da companhia, as mensagens citam pagamento de US$ 1,47 milhão para a Exergia vinculados à hidrelétrica de Cambambe, já mencionado na sexta-feira pela PF, e outros U$ 865,5 mil associados à obra da hidrelétrica de Laúca. Em 2014, essa obra obteve financiamento de US$ 147 milhões do BNDES.

Pela “gestão de qualidade de projeto de construção de ruas em Luanda e análise de projetos e fiscalização da construção da Praça da Paz”, na mesma cidade, a Exergia recebeu US$ 1,92 milhão. Terraplanagem e perfuração de rocha na refinaria de Lobito renderam US$ 1,43 milhão; gestão de qualidade no realojamento de populações, outros US$ 586,8 milhões; projetos e topografia da construção de duas estradas, US$ 1 milhão; e sondagem de solo e rocha no projeto Caculo-Cabaça, mais US$ 83 mil.

Nas mensagens, a Odebrecht defendeu a contratação da Exergia, citando “disponibilidade de pessoal capacitado e equipamentos específicos já mobilizados em Angola”, e preços “em linha com os cobrados por outras empresas para execução de serviços similares”. Mas documentos divulgados na noite de sexta-feira pelo “Jornal Nacional” apontaram indícios de que os serviços não teriam sido prestados como exigido em contrato.

Na sexta-feira, os dois sócios da Exergia foram localizados pela PF no hotel onde estavam hospedados no Rio. Além de tráfico de influência, a PF apura se houve lavagem de dinheiro. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Santos (SP), sede da Exergia. Houve quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de nove envolvidos, autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF.

INVESTIGAÇÃO TEM QUATRO FRENTES
A investigação começou no MPF em maio do ano passado e tem quatro frentes para apurar possíveis irregularidades em obras no exterior com recursos do BNDES. São elas: tráfico de influência de Lula, em especial na República Dominicana, Cuba e Angola; metrô de Caracas, na Venezuela; obras no Panamá; e o porto de Mariel, em Cuba. Em 23 de dezembro, foi aberto um inquérito policial, e, desde então, a PF vem fazendo cruzamento das viagens de Lula à Africa e de reuniões que ele teria tido no BNDES.


Estamos tentando materializar a possibilidade de tráfico de influência e tráfico de influência envolvendo ex-agentes públicos, Odebrecht e BNDES. Envolve grandes contratos, essa fase em particular a construção de uma hidrelétrica em Angola — disse a delegada federal Fernanda Costa de Oliveira.

Para a delegada, tudo indica que o financiamento do banco estatal para a empreiteira seguiu os trâmites burocráticos regulares. As suspeitas recaem sobre as negociações que levaram o banco a abrir os cofres para a Odebrecht que, depois de receber a ajuda, contratou uma empresa aparentemente sem qualificação. Segundo o MPF, as investigações reúnem “indícios de irregularidades e de condutas, em tese delituosas, no sentido de, no mínimo, dissimular e ocultar valores de origem ilícita”.

O BNDES informou na sexta-feira que todos os empréstimos foram regulares. Os advogados da Exergia não foram localizados. Em nota, o Instituto Lula escreveu que o ex-presidente não foi parte da operação policial. Disse que procuradores tentam “sem resultado, apontar ilegalidades na conduta do ex-presidente” e lembrou investigação da Lava-Jato sobre Lula, segundo o Instituto “aberta a partir de ilações fantasiosas”. Para o Instituto, “Lula sempre atuou dentro da lei e em defesa do Brasil, como fazem ex-presidentes em todo o mundo”. A Odebrecht informou que não se manifestaria sobre a operação.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Operação da PF que mira Odebrecht leva pessoa ligada a Lula para depor - sobrinho de Lula é levado coercitivamente pela PF para depor

Investigação tem como alvo construções da empreiteira em Angola e apura envolvimento do ex- presidente

 A Polícia Federal levou para depor coercitivamente Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da ex-mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , para dar esclarecimentos numa investigação sobre possível tráfico de influência internacional, que envolve Lula, em contratos que teria beneficiado a Odebrecht, com dinheiro do BNDES. Seriam obras na África e América do Sul. Também foram cumpridos mais um mandado de condução coercitiva e quatro mandados de busca e apreensão, e 5 intimações.
 
O objetivo, segundo informações da PF, é investigar se contratos da Odebrecht com uma empresa do ramo de construção civil "em nome de parentes de um ex-agente público foram utilizados para o pagamento de vantagens indevidas". Investigadores suspeitam de contratos entre a Odebrecht e uma empresa criada por Taiguara em Angola.

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Em depoimento prestado à CPI do BNDES, em outubro de 2015, Taiguara negou qualquer vínculo. Ele é sobrinho da ex-mulher do petista, Miriam Cordeiro, já falecida. Sua empresa, a Exergia Brasil, mantinha contrato com a Odebrecht e realizou trabalhos na construção de uma hidrelétrica em Angola. Na CPI, ele negou influência do ex-presidente na contratação de sua empresa pela empreiteira. Taiguara afirmou não saber que os recursos eram financiados pelo BNDES.

As medidas cumpridas hoje têm como meta esclarecer quais razões para a Odebrecht ter celebrado contratos, entre 2012 e 2015, com uma empresa de construção civil de pequeno porte com sede em Santos/SP para a realização de obras complexas em Angola. De acordo com a investigação, apenas por seus serviços nas obras de reforma do complexo hidrelétrico de Cambambe, a empresa recebeu R$ 3,5 milhões. A obra recebeu do BNDES financiamento que totalizava US$ 464 milhões.

A Polícia Federal investiga agora a prática dos crimes de Tráfico de Influência e Lavagem de Dinheiro, previstos, respectivamente, no art. 332 do Código Penal e no art. 1º da Lei 9613/98.


O nome da operação é uma referência ao Deus romano Janus (ou Jano). A menção à divindade latina de duas faces, que olha ao mesmo tempo para o passado e para o futuro, quer mostrar como deve ser realizado o trabalho policial, sempre atento a todos os lados e aspectos da investigação.

VIAGEM DE AVIÃO
Em julho do ano passado, a Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF) decidiu converter um procedimento preliminar de investigação, em procedimento investigatório criminal (PIC), para investigar suposto envolvimento de Lula em tráfico de influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para induzir a instituição a financiar obras da Odebrecht no exterior. Com a medida, a procuradoria abre uma investigação formal contra o ex-presidente.

Em abril, o GLOBO revelou que o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013. A viagem foi paga pela construtora e, oficialmente, não tinha relação com atividades da empresa nesses países.


Fonte: O Globo



quarta-feira, 2 de março de 2016

Lula está desesperado com as investigações sobre ele = aumenta o número de ações e a proximidade

Lula recorre ao Conselho do MP por acesso a investigação sobre BNDES e Odebrecht

Procuradoria apura se ex-presidente cometeu tráfico de influência em favor da empreiteira

Lula se diz alvo de achincalhamento político. [Lula por enquanto você está dando sorte, já que o certo mesmo é ladrão ser linchado
E isto costuma ocorrer com ladrões do dinheiro público e cujas ações provocam desemprego e levam os mais pobres ao endividamento e mesmo passar fome.
Fique certo que de uma coisa: 'a casa caiu' e a coisa só vai piorar para o teu lado.
E dupla cidadania não socorre mais ladrões do dinheiro público: são extraditados para o Brasil.] 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu nesta terça-feira ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra integrantes do 1º Ofício de Combate à Corrupção da Procuradoria da República do Distrito Federal. O petista apresentou um pedido de providências sob a alegação de que não teve acesso ao procedimento de investigação criminal que apura indícios de que ele cometeu tráfico de influência para que a construtora Odebrecht conseguisse créditos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para atuar em obras no exterior.

A Procuradoria da República do Distrito Federal já havia cobrado de Lula esclarecimentos sobre a relação dele com a construtora Odebrecht e determinado que o petista explique viagens que fez, pagas pela empreiteira, para países da América Latina e da África. As suspeitas da procuradora da República Mirella de Carvalho Aguiar são de que o petista, entre 2011 e 2014, tenha praticado tráfico de influência em favor da empresa. Para o MP, é preciso apurar ainda a atuação de Lula na concessão de empréstimos pelo BNDES e o contexto em que o petista viajou, às custas de empresas, para negociar contratos.

Reportagem de VEJA revelou que Taiguara Rodrigues dos Santos [sobrinho do Lula] ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. Em 2012, por exemplo, a Exergia Brasil, de Taiguara, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África. Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como "o sobrinho do Lula".

No levantamento que fez sobre as suspeitas, o MP cita diversas menções de que o petista viajou com recursos da Odebrecht em busca de contratos no exterior. Em um dos casos, a empreiteira teria desembolsado 435.000 reais, por meio da DAG Construtora, para pagar um voo fretado para que Lula fizesse suas transações em Cuba e na República Dominicana. "Considerando que as obras [da Odebrecht] são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos praticados pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do art. 332 do Código Penal [tráfico de influência]", analisa a procuradora.

Fonte: Revista VEJA


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sobrinho de Lula admite contrato de US$ 2 mi com a Odebrecht



Taiguara Rodrigues afirmou à CPI do BNDES que recebeu o montante ao longo de quatro anos por meio de contratos firmados com a empreiteira

Considerado uma peça-chave para explicar o envolvimento do ex-presidente Lula com a empresa Odebrecht, alvo de investigação no esquema de corrupção na Petrobras, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do petista, afirmou à CPI do BNDES nesta quinta-feira que, ao longo de quatro anos, recebeu de 1,8 milhão a 2 milhões de dólares em contratos firmados com a empreiteira em Angola. Taiguara negou a influência do petista nas obras, mas não convenceu os deputados ao tentar esclarecer como conseguiu firmar parceria com a gigante nacional.

Conforme reportagem de VEJA revelou, Taiguara ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. O empresário é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente, já falecida. Foi na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, que o sobrinho de Lula, como é conhecido no meio empresarial, firmou contrato milionário com a Odebrecht.  

O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para realizar esse projeto na África. O episódio levou o Ministério Público a abrir inquérito para investigar a suspeita de tráfico de influência de Lula em benefício da empreiteira. O petista prestou depoimento ao MP nesta quinta-feira para dar explicações sobre o caso.

Aos deputados, Taiguara admitiu outros contratos com a Odebrecht, um de 280.000 dólares - não deu detalhes do serviço prestado -, e outro de 750.000 dólares, para a reforma de uma casa de alto padrão em Angola.

Questionado pelos membros da CPI, Taiguara negou as evidências e disse que o ex-presidente teve "influência zero" nos negócios. Para ele, a relação que mantém com o ex-presidente e o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, "não interfere em nada, nem positivamente nem negativamente". O empresário, por outro lado, não conseguiu comprovar as credenciais que lhe aproximariam dos contratos milionários com a Odebrecht, a maior empreiteira da América Latina. Ao detalhar o currículo, Taiguara afirmou ser vendedor desde os 14 anos e negou ter formação acadêmica. "Com o passar dos anos, foram aparecendo oportunidades, como a que me fez chegar aqui, a de trabalhar em Angola".

"O senhor tinha uma relação de parentesco com o Lula. Esse era o seu capital. É isso que lhe abriu portas", rebateu o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). "Que razões o senhor acha que levaria uma gigante como a Odebrecht a contratar a sua empresa, que ocupava uma parte de um prédio de Santos com cinco funcionários, jamais teria realizado uma obra em São Paulo para trabalhar numa obra de ampliação de hidrelétrica em Angola? Me dê essa receita para que todos nós possamos saber como se consegue um negócio desses", continuou o parlamentar. Não houve resposta convincente.

O empresário também confirmou uma mudança nos seus padrões de vida: de um morador de um apartamento de um quarto, ele passou a viver em um duplex de 255 metros quadrados em Santos e a andar de Land Rover. Taiguara, no entanto, tentou novamente desvincular a influência de Lula na sua ascensão social. Agora, ele narra estar passando por momentos difíceis: "Nesse período em que eu estava em um quarto e sala eu estava bem melhor. De meados de 2014 para cá, com essa queda brusca do petróleo, Angola não tem trabalho. Nossa empresa está há muito tempo sem contrato".

O empresário tentou escapar do depoimento à CPI alegando dificuldades para pagar passagem e hospedagem. Segundo ele, sua defesa viajou a Brasília arcando os próprios gastos por uma "gentileza".

Fonte: Revista VEJA