Há
na Constituição dois artigos que se aplicam à situação que o presidente
Michel Temer começou a viver desde o início da noite de ontem: se ele
renunciar, o Congresso elegerá em 30 dias um novo presidente (artigo 81,
inciso 1). Do contrário, ele poderá responder a processo de
impeachment, se assim quiser o Congresso (artigo 85, incisos 2 e 5).
[se tudo ficasse dentro da Constituição, nada fora da Carta Magna, seria maravilhoso, democrático, dentro do estado de direito;
o risco é que Zavascki ao criar artigo virtual na Constituição Federal estabelecendo fórmula nova para afastar um parlamentar, fez escola, visto que Fachin está usando o mesmo recurso ao afastar Aécio.
Assim, o mais greve é se for adotado o protocolo: 'FORA DA CONSTITUIÇÃO, NADA, EXCETO O QUE FOR DECIDIDO POR UM MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.]
Nos
dois casos, o sucessor de Temer deverá ser brasileiro nato, com 35 anos
ou mais de idade. Uma vez eleito, o novo presidente completará o
mandato que já foi de Dilma e que caiu no colo de Temer. Pelo voto
direto, em outubro do próximo ano, os brasileiros elegeriam o próximo
presidente para um mandato de quatro anos. É o que diz a
Constituição. Mas não há nada nela que impeça o Congresso de emendá-la e
convocar eleições diretas para a escolha do substituto de Temer.
Deputados começaram ontem mesmo a se debruçar sobre a Proposta de Emenda
à Constituição apresentada por Miro Teixeira (Rede-RJ). Ela prevê
eleições diretas.
Ninguém se arriscava no Congresso, Palácio do
Planalto e sede dos tribunais superiores a prever o que deverá
acontecer. Como reagirá hoje o mercado financeiro? Como reagirão as
redes sociais? E o que mais se teme: o ronco das ruas se fará ouvir?
Somente uma coisa parecia certa: Temer perdeu as mínimas condições para
continuar no cargo. Como um presidente de rala popularidade como a
dele conseguirá se arrastar pelos próximos 17 meses depois de ser
acusado de crime de responsabilidade? Porque é disso que se trata. Se
pedaladas fiscais derrubaram Dilma, por que Temer não cairá se pedalou a
moral, os bons costumes e a probidade administrativa?
Comprometido
com uma agenda de reformas impopulares que enfrentam forte resistência
no Congresso e fora dele, como Temer conseguirá que elas sejam
aprovadas? No próximo dia 6 de junho, a impugnação da chapa Dilma-Temer
que disputou e ganhou as eleições de 2014 começará a ser julgada pelo
Tribunal Superior Eleitoral. Até o início desta semana, tudo
indicava que a impugnação seria recusada por cinco votos contra dois. A
gravação da conversa de Temer com o dono do grupo JBS poderá influir no
resultado do julgamento. Talvez se encontre aí a saída menos traumática
para a crise política que se agrava. Uma vez impugnada a chapa, Temer
renunciaria em sinal de respeito à Justiça.
Terá grandeza para isso? Ou será forçado a renunciar antes?
Fonte: Blog do Noblat - O Globo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador Zavascki. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Zavascki. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Fora da Constituição, nada!
Marcadores:
Constituição,
impeachment,
redes sociais,
ronco das ruas,
Zavascki
sábado, 28 de janeiro de 2017
Visto que a presidente do Supremo considera ser ELA o STF - Je Suis Le STF - certamente avocar o direito de homologar as delações
Sinal verde no Supremo para a delação da Odebrecht
Auxiliares de Teori Zavascki concluem a tomada de depoimento dos 77 delatores e só falta agora a homologação do acordo firmado com o Ministério Público Federal. Validação poderá ser feita pela ministra Cármen Lúcia ou pelo novo relator da Lava-Jato, na semana que vem
Cabe a Cármen decidir se homologará as delações ou passará adiante. A presidente pode validar os depoimentos na condição de plantonista do Judiciário para avaliar questões consideradas urgentes. A intenção de Zavascki, morto em acidente aéreo no último dia 19, em Paraty (RJ), era aceitar os acordos até a segunda quinzena de fevereiro. [percebe-se que o ministro Zavascki pretendia decidir sobre a homologação em fevereiro. Cabe a pergunta: qual a urgência a justificar o estilo Luiz XIV da atual presidente do Supremo?] O ministro trabalhava durante o recesso para cumprir o prazo. Após a morte, os trabalhos foram interrompidos. Na última terça-feira, porém, Cármen determinou a retomada das atividades e o início da realização das audiências para confirmar com os depoentes o teor das propostas de delação e se elas foram feitas de livre e espontânea vontade.Na semana que passou, um pedido de urgência das homologações apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, endossou uma eventual consideração de urgência no processo. [o que motivou Janot só considerar o assunto urgente após a morte do ministro titular da Relatoria?] Até sexta-feira, Cármen não havia se manifestado acerca de uma eventual homologação, que pode fazer a qualquer momento. Há uma tendência, porém, de que a ministra deixe para o próximo relator do processo a validação. Isso porque os juízes auxiliares de Teori devem apresentar um relatório sobre as audiências de custódia, mas o recesso judiciário termina na próxima semana. Na quarta-feira, haverá a primeira sessão do Supremo e os outros ministros estarão reunidos.
Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, condenado a 19 anos de
prisão pelo juiz Sérgio Moro, acusado de pagar propinas para obter obras
na Petrobras. Depois da assinatura do acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Marcelo só deverá ficar preso até o
fim deste ano. Depois, cumprirá a pena em regime domiciliar e
semiaberto. No total, a pena foi reduzida para 10 anos, sendo dois anos e
meio em regime fechado.
A presidente, Cármen Lúcia, esteve ontem com a filha de Teori, Liliana Zavascki, o marido dela e com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Cármen formalizou ontem a entrega dos pertences do ministro. Na ocasião, a filha de Teori buscou bens do pai tanto no imóvel funcional quanto no gabinete do ministro na sede do Supremo. Zavascki morava em um apartamento funcional, por isso, a necessidade de conversa com o STF.
Leandro Daiello saiu do gabinete sem falar com a imprensa. A Polícia Federal também investiga o acidente, com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Na última semana, após a missa de 7º dia do pai, o filho de Teori, Francisco Zavascki, que ficou em Porto Alegre ontem, pediu uma investigação rigorosa sobre o acidente. “Vocês (jornalistas) têm uma missão com o país, que é de acompanhar todos os detalhes desta investigação, para que não restem dúvidas para ninguém, para a família e para o país, para que a verdade, qual ela for, apareça. Eu convoco vocês para fazerem valer a imprensa livre, fazerem valer o trabalho de vocês, que é muito importante”, disse.
A presidente, Cármen Lúcia, esteve ontem com a filha de Teori, Liliana Zavascki, o marido dela e com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Cármen formalizou ontem a entrega dos pertences do ministro. Na ocasião, a filha de Teori buscou bens do pai tanto no imóvel funcional quanto no gabinete do ministro na sede do Supremo. Zavascki morava em um apartamento funcional, por isso, a necessidade de conversa com o STF.
Leandro Daiello saiu do gabinete sem falar com a imprensa. A Polícia Federal também investiga o acidente, com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Na última semana, após a missa de 7º dia do pai, o filho de Teori, Francisco Zavascki, que ficou em Porto Alegre ontem, pediu uma investigação rigorosa sobre o acidente. “Vocês (jornalistas) têm uma missão com o país, que é de acompanhar todos os detalhes desta investigação, para que não restem dúvidas para ninguém, para a família e para o país, para que a verdade, qual ela for, apareça. Eu convoco vocês para fazerem valer a imprensa livre, fazerem valer o trabalho de vocês, que é muito importante”, disse.
Fonte: Correio Braziliense
Marcadores:
delação da Odebrecht,
homologação,
Luiz XIV,
ministra Cármen Lúcia,
Zavascki
terça-feira, 31 de maio de 2016
Acima de qualquer suspeita
Colocado
na berlinda por políticos desavergonhados, o Supremo Tribunal Federal cada vez frustra mais
os que imaginavam a Corte maior como salvaguarda para os seus crimes. Ao contrário. Goste-se ou não
deles, os ministros do STF têm mantido posição acima de
qualquer suspeita. Nas gravações que indicam tentativas de interferir na
Lava-Jato, todos os investigados, sem exceção, exibem laços próprios ou de
fulano e sicrano com ministros do Supremo. A alegada proximidade não tem
alterado nem o escopo nem o curso das investigações.
Na
delação bomba de Delcídio do Amaral, o presidente do
STF, Ricardo Lewandowski, aparece como quem se negou a um acordão para
salvar a presidente Dilma Rousseff e seus aliados, antes de ela
ser afastada. A proposta, segundo o ex-líder petista, teria sido feita durante a reunião sigilosa e ainda
inexplicável, em Portugal. Convidado para o encontro luso, Teori
Zavascki se recusou a comparecer.
Responsável
pela Lava-Jato no Supremo, Zavascki é o mais frequente nas citações. E em
todas elas fica muito bem na fita. Mostra-se
blindado contra as pressões. É considerado inacessível -- “um
cara fechado” -- pelo ex-ministro Romero Jucá,
flagrado em gravações pré-programadas na delação do ex-presidente da
Transpetro, Sérgio Machado. Está também na boca do presidente do Senado,
Renan Calheiros, e do ex-presidente da República José Sarney, que também caíram
como peixinhos nas redes de Machado. Reagindo à afirmativa – “com Teori
ninguém consegue conversar” --, Sarney e Renan sugerem nomes que teriam
influência sobre Zavascki.
De
nada adiantaria.
Difícil
crer que políticos – especialmente
raposas do porte de Sarney e Renan – apostem no “convencimento” de
ministros do Supremo para se safar. O histórico recente desautoriza
hipóteses nesse sentido. Das condenações do Mensalão ao andamento célere da
Lava-Jato na Corte. A única vantagem real do STF ainda
é o foro. Mesmo assim, se por hora isso é visto como privilégio, por
permitir escapar do jugo de Sérgio Moro, as condenações no Supremo acabam sendo
mais rápidas e definitivas, sem instâncias recursais.
Ao fim e
ao cabo, o foro especial inibe a possibilidade de cadeia-já para os políticos –
motivo da atrapalhada armação para que o ex Lula fosse nomeado ministro da Casa
Civil de Dilma --, mas pode significar prisão inapelável mais velozmente.
No caso do Mensalão, o escândalo estourou em 2005, a denúncia chegou ao
Supremo em 2007. Cinco anos depois, em 2012, o julgamento estava praticamente
encerrado e os condenados presos, restando apenas oito embargos infringentes,
analisados até o ano seguinte. Menos tempo que vários dos processos que estão
na mesa de Moro.
Mais
complexa, a Lava-Jato começou em 2009, quando se puxou o primeiro das
centenas de fios da gigantesca meada. Em outubro de 2014 foram feitas as
primeiras condenações. Hoje já são seis dezenas, mas todas sujeitas a
recursos em instâncias superiores. Podem ser
reformadas e até anuladas, algo impossível quando um processo é julgado
diretamente pelo Supremo. Inescrupulosos e cheios de soberba,
políticos poderosos que se acham mais poderosos do que de fato são agem como se
todos os entes da República fossem seus vassalos. Ministros do STF têm
estabilidade, nada devem a quem os indicou e os aprovou. Muito menos querem
ser flagrados em conluio com gente afogada na lama. Gozam de credibilidade
popular, quesito de dificílima obtenção. E, ao que parece, não pretendem
perdê-la.
Fonte: Blog do Noblat – Mary Zaidan
Marcadores:
bem na fita,
crimes,
ex-líder petista,
suspeita,
Zavascki
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Renúncia de Cunha é a melhor alternativa
STF
justifica de forma competente a punição de dirigente de outro poder, e agora é
preciso reduzir a tensão no Legislativo à espera de um possível governo Temer
[Cunha não pode, nem deve, renunciar; renunciando estará validando o
delírio legislativo do ministro SUPREMO Teori Zavascki e dando margem a que
novos delírios se repitam.
Permanecendo firme na condição esdrúxula de PARLAMENTAR COM MANDATO
SUSPENSO – sem que nem a Constituição ou nenhuma lei estabeleça essa condição –
Cunha forçará os SUPREMOS ministros a assumirem reconhecerem o estupro
perpetrado por Zavascki ao texto constitucional (estupro acolhido pelas
excelências SUPREMAS do STF) e a
praticarem outro estupro contra a Constituição para cassar o mandato de Cunha.
Remeter um inexistente processo de cassação do mandato de Cunha pela
Câmara dos Deputados – um deputado só pode ser cassado por seus pares – é
impossível. Como formar um processo de cassação do mandato de um deputado que
está com seu MANDATO SUSPENSO?
Querem cassar o Cunha? Cassem. Mas, antes aterrissem seu mandato, de
posso do mandato que seja devolvida a
Cunha a presidência da Câmara e se inicie o processo de cassação do seu
mandato, seguindo o rito estabelecido pela Constituição e pelo
Regimento Interno daquela Casa Legislativa.
Temer não renunciando, resta ao Supremo cassar seu mandato da forma constitucional e regimental ou então
haverá o primeiro golpe contra um mandato legislativo.]
Um
julgamento em que, por diversas vezes, ministros
ressaltaram a excepcionalidade da decisão do apoio unânime ao voto do relator
Teori Zavascki, Eduardo Cunha teve ontem suspenso, de forma preventiva,
o mandato de deputado federal e, por decorrência, perdeu a presidência da Casa.
O cuidado do Pleno do Supremo
Tribunal Federal se justificou pelo fato de a Corte, ao punir Cunha, como desejava a Procuradoria-Geral da República, na
defesa do Estado Democrático de Direito, ter sido
obrigada a transitar sobre a camada fina de gelo que delimita os espaços
próprios de cada instituição. E agiu como era imprescindível. Agora, só
resta a Eduardo Cunha a renúncia ao mandato.
Não se poderá arguir qualquer
interferência indevida do Judiciário no Legislativo, neste caso, pelos argumentos
reunidos por Zavascki e referendados pelos demais dez ministros. Em um voto de
73 páginas, com algumas citações de veredictos anteriores proferidos no
Supremo, o ministro se baseou na ideia básica de que a independência entre os poderes não pode servir de escudo para atitudes
que atropelem a Constituição.
Assim como a
presidente da República sofre processo de impeachment no Legislativo,
por crimes de responsabilidade, o
presidente da Câmara pode ser punido pelo Supremo por transformar preceitos
constitucionais em trapos.
Como
defende Zavascki: “Poderes são
politicamente livres para se administrarem, para se policiarem e governarem,
mas não para se abandonarem ao descaso para a Constituição. (...) Os poderes da
República são independentes entre si, mas jamais poderão ser independentes da
Constituição.” [sábias
palavras, pena que seu autor não as siga; se as seguisse, Zavascki jamais teria criado a figura da SUSPENSÃO DO
MANDATO PARLAMENTAR.]
O
ministro também levou em conta, no voto, a coincidência de um deputado réu em
ação penal (na Lava-Jato, também no STF)
presidir a Câmara no momento em que a presidente da República pode ser afastada
do cargo. Neste caso, Cunha seria o segundo na linha de
substituição do presidente num possível governo Michel Temer.
Seria uma
ilegalidade, porque a Carta impede réu pelo
Código Penal de assumir a Presidência. O partido Rede impetrara uma
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADF) contra Cunha, com este
argumento. Pautado também para ontem, o julgamento foi adiado por motivos
óbvios.
O
voto de Zavascki reproduz delinquências de Cunha alinhadas pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no pedido de afastamento do deputado. São ocorrências em que fica evidente o uso
que Eduardo Cunha fez do mandato e dos poderes de presidente da Casa, inclusive
usando outros parlamentares, para achacar empresários, cobrar propinas e ainda
sabotar os trabalhos do Conselho de Ética em que tramita pedido de sua
cassação.
Não é do
estilo belicoso de Cunha, mas ele precisa renunciar. O momento político do país
assim exige. O provável governo Michel Temer, a assumir semana que vem,
necessita de um Congresso distendido, minimamente apaziguado, para analisar e
aprovar propostas estratégicas de reformas de que o país precisa. É crucial baixar a tensão. Basta o impeachment.
Fonte: O Globo
Marcadores:
alternativa,
camada fina de gelo,
julgamento,
renúncia de Cunha,
Zavascki
Assinar:
Postagens (Atom)