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quinta-feira, 7 de julho de 2016

AUTORITARISMO – STF quer processar quem fez bonecos críticos de Lewandowski e Janot - E Lula agora oferece o próprio corpinho para tentar salvar Dilma


Secretário de Segurança do Supremo não entende o que é liberdade de expressão. Sua concepção de crítica serviria a uma ditadura, mas não serve à democracia
Vai mal um Poder, ou franjas dele, que não consegue distinguir da difamação o direito de crítica e a liberdade de expressão. E olhem que quem está escrevendo é um sujeito que não acredita em direitos absolutos, como sabe, por exemplo, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Por que digo isso?
O grupo NasRuas levou para a Avenida Paulista dois bonecos infláveis, ao estilo Pixuleco: um de Ricardo Lewandowski e outro de Rodrigo Janot. Ambos aparecem caracterizados como petistas. A caricatura do presidente do STF é chamada de “Petralowski” que funde o nome do ministro com a palavra “petralha” (que eu inventei, diga-se), e a de Janot, de “Enganô”. O grupo, como se vê, é crítico da atuação das duas autoridades e considera que elas, vamos dizer, amaciam as coisas para os petistas.
O NasRuas tem o direito de pensar isso? Tem, sim. Não estão acusando as digníssimas autoridades de crime nenhum. Desde que as charges passaram a ser publicadas pela imprensa, a abordagem é mesmo crítica. E, como diz uma das representantes do grupo, bonecos como Pixuleco, Petralowski e Enganô são charges em três dimensões.
Mas, para isso, é preciso que se respeitem os valores constitucionais, não é? Parece que, em certos nichos do Supremo, as coisas não caminham por aí. Eis que o senhor Murilo Herz, secretário de Segurança do Supremo, viu nas representações uma “grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade” do Judiciário, que ultrapassariam os limites da liberdade de expressão.
E, como consequência, o STF enviou à Polícia Federal, calculem, um pedido de investigação. Carla Zambelli, do movimento NasRuas, é apontada como uma das responsáveis pelo boneco. Diz o ofício: “Tais condutas, no entender desta secretaria, que atua no estrito exercício de suas atribuições funcionais, representaram grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade de uma das principais instituições que dão suporte ao Estado Democrático de Direito, qual seja, o Poder Judiciário, com o potencial de colocar em risco – sobretudo se foram reiteradas – o seu regular funcionamento”.
Eu desafio o sr. Herz, e publicarei a sua resposta se houver, a me dizer como um boneco ameaça o “regular funcionamento do Judiciário”. Trata-se de uma piada de mau gosto. Ele foi mais longe:
“Configuram, ademais, intolerável atentado à honra do Chefe desse Poder e, em consequência, à própria dignidade da Justiça Brasileira, extrapolando, em muito, a liberdade de expressão que o texto constitucional garante a todos os cidadãos, quando mais não seja, por consubstanciarem em tese, incitação à prática de crimes e à insubordinação em face de duas das mais altas autoridades do país.”
Mais um desafio: onde está a incitação ao crime? Qual crime, doutor? A “subordinação” a “duas das mais altas autoridades do país” supõe concordar com suas opiniões? Alguém precisa dizer a este zeloso funcionário que decisão da Justiça, a gente tem de acatar, sim. Mas só a ditaduras proíbem que sejam discutidas. Ou estaremos criando duas castas de autoridades que estão acima da crítica: juízes e membros do Ministério Público.
Alguém precisa dizer a este senhor que, desde que as pessoas não pratiquem ou incitem a prática de crimes, têm o direito de pensar o que lhes der na telha. Quem ameaça a democracia é a opinião do senhor Herz. Na prática, o que ele está defendendo é a censura.
E, para escrever o que escrevo, não preciso concordar com quem se manifesta. Carla, por exemplo, foi ouvida e afirmou o seguinte:
“Grande ameaça são as decisões do Supremo e desembargadores amigos de preso, que vêm tentando desconstruir a Lava Jato, como a soltura do ex-ministro Paulo Bernardo [que foi preso na Operação Custo Brasil], e a contrariedade ao entendimento da segunda instância fixado pelo próprio Supremo”.
Acho que Carla está errada nos dois casos. Penso que Toffoli agiu de acordo com o Artigo 312 do Código de Processo Penal quando mandou soltar Paulo Bernardo e que a decisão de Celso de Mello, que deu liminar contra a prisão de alguém condenado em segunda instância, encontra abrigo na Constituição, embora eu possa não gostar disso. Também não acho que a Lava Jato esteja correndo qualquer risco.
Vale dizer: nessas questões, discordo de Carla e de seu movimento. E daí? Para que as pessoas tenham o direito de se manifestar, não preciso concordar com elas. O troço é um despropósito absoluto. Vai mal um país quando juízes decidem recorrer à Justiça para impedir que blogs publiquem textos que consideram errados, como aconteceu no Paraná, ou quando, por intermédio de um funcionário graduado, o próprio Supremo tenta instaurar a censura. E estamos falando daquele tribunal que pôs fim à Lei de Imprensa.
Pegue de volta essa porcaria desse ofício, ministro Lewandowski. Evite que a Justiça brasileira se torne motivo de chacota entre os que conhecem os valores da democracia.
E Lula agora oferece o próprio corpinho para tentar salvar Dilma. E lá vem a conversa mole de plebiscito - O chefão petista também diz a senadores que, caso a Afastada volte ao poder, o comando será dele; anuncia ainda uma guinada na economia!

E Luiz Inácio Lula da Silva, o investigado, está em Brasília de novo. Continua, informa-se, tentando ganhar o voto de senadores que estariam indecisos sobre o impeachment de Dilma, embora tenham votado pela admissibilidade do processo. Estão na lista Cristovam Buarque (PPS-DF), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Também Romário (PSB-RJ) e Marcelo Crivella (PRB-RJ) seriam conversáveis.
Nota: exceção feita ao PDT, os outros três partidos compõem a base do governo Temer e contam com ministério: Raul Jungmann, do PPS, está na Defesa; Fernando Bezerra Filho, do PSB, está em Minas e Energia, e Marcos Pereira, do PRB, no Desenvolvimento Indústria e Comércio. Sigamos. Lula agora está oferecendo o próprio corpinho para ter o voto de senadores. Caso estes queiram se candidatar a prefeito ou tenham aliados que vão fazê-lo, o chefão petista se compromete a comparecer pessoalmente na campanha. O investigado ainda acha que bate um bolão.
Mas não só. Ele faz outras promessas. Se Dilma voltar, ele próprio, Lula, seria o homem forte do governo, vejam que graça! Mais: a presidente renascida também se comprometeria com um plebiscito para saber se a população quer ou não a convocação de novas eleições.  Segundo informa a Folha, ele teria ficado irritado com a demora de seu partido em cuidar desse assunto.
Eu realmente fico muito espantado que esse tipo de conversa ainda prospere na imprensa como uma possibilidade. O papo impressiona porque o plebiscito seria ilegal e impossível de várias maneiras. Em primeiro lugar, mudar a data da eleição é inconstitucional, com ou seu plebiscito. Em segundo lugar, para que tal consulta prosperasse, seria preciso passar pelo Congresso. E não passa. Em terceiro lugar, seria necessário combinar com Michel Temer. “Ué, Reinaldo, com Temer por quê? Não é para a hipótese de Dilma voltar?” Exatamente. Ela pode, se quiser, renunciar. Mas e ele? Alguém já combinou? Digamos que a dita “presidenta” voltasse (não vai acontecer); digamos que a antecipação de eleições fosse constitucional (não é); digamos que o Congresso aprovasse um plebiscito (não aprovaria), o que se faria com o mandato do vice? Ele seria cassado?
De todas as conversas absurdas sobre o futuro, essa certamente é a número um. O petismo não sabe mais o que fazer para tentar se manter no noticiário. Já percebeu que a população considera Dilma letra morta. E ela também se vê assim. Ou não teria, na defesa que encaminhou à comissão do Senado nesta quarta, classificado de farsa o processo no qual será julgada.
Ah, sim: Lula promete ainda uma guinada na economia caso Dilma volte à Presidência. Já imaginaram? Na entrevista concedida ao SBT há dias, a Afastada manifestou outra intenção espetacular: governar se entendendo diretamente com o povo, sem a intermediação do Congresso.
Vocês não acham que isso tem tudo para dar certo? O que falta a essa gente é noção do ridículo.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo – Veja

domingo, 26 de junho de 2016

48 anos do assassinato do soldado Mario Kozel Filho - Dilma era da facção VAR-Palmares que lançou o carro-bomba que matou o soldado Mario Kozel Filho

Link[Memória; hoje ela é apenas Dilma, a Afastada, mas, não podemos esquecer o mal que ela causou ao Brasil nos tempos em que foi terrorista e durante o período em que foi presidente.

Nos tempos de terrorista usava armas e cometia crimes violentos; nos tempos de presidente destruiu a economia brasileira, fraudou a legislação eleitoral, trouxe de volta a inflação, o desemprego.] 

  Marketeiros temem desgaste de imagem de Dilma pintada como organizadora de ações de terror contra militares

 

 

Estrategistas de imagem da Presidenta da República estão preocupados com uma quase certa “transmissão viral”, via internet, de um recente programa da Globo News que pinta a verdadeira imagem de Dilma Vana Rousseff como organizadora direta e indireta de ações terroristas que mataram inocentes nos tempos do governo dos presidentes militares (que a esquerda batizou de “ditadura”- termo que vira uma grande piada diante da democradura que vivemos há muito tempo no Brasil).


Homenagem a MARIO KOZEL FILHO

 2º Batalhão de Polícia do Exército
Pelo seu Cmte Cel Ubirajara, homenageando o Sgt Mario Kozel Filho, morto por terroristas em 26/6/1968 em ataque ao QG do II Exército no Ibirapuera




No programa Espaço Aberto, apresentado pela jornalista Miriam Leitão, o General de Divisão na Reserva Luiz Eduardo da Rocha Paiva praticamente desafiou a chefona-em-comando Dilma Rousseff a comparecer à Comissão da Verdade para falar de sua relação em um dos mais hediondos crimes de terror cometidos por militantes radicais da luta armada, no dia 26 de junho de 1968, no Quartel-General do II Exército, em São Paulo. Dilma era da facção VAR-Palmares que lançou o carro-bomba que matou o soldado Mario Kozel Filho. As ações criminosas de Dilma foram perdoadas pela Lei de Anistia, de 1979, que a petralhada revanchista insiste em revogar.

No programa, o ex-comandante da Escola de Comando do Estado-Maior do Exército e secretário-geral da Força teve a chance de expor algumas duras verdades aos revanchistas hoje no poder. Rocha Paiva cobrou que os crimes cometidos pelos terroristas de esquerda também sejam avaliados pela opinião pública: “A Comissão da Verdade não é imparcial. É maniqueísta. O objetivo é promover o esclarecimento de torturas, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres. Por que não promover também o esclarecimento de atentados terroristas e sequestros de pessoas e aviões, e de execução e justiçamento até de companheiros da luta armada?”.

Luiz Eduardo da Rocha Paiva ressalta que nem todos os assassinos, terroristas, seqüestradores de esquerda são conhecidos: “Os que planejaram ou estiveram no apoio logístico e no financiamento, não são conhecidos. O ministro Ayres Britto, do STF, reconheceu, em parecer, à revelia da Lei da Anistia, o direito dos que se sentiram vítimas do regime militar de mover ações civis indenizatórias contra ex-agentes do Estado. No momento em que se abre esse precedente, quem for ouvido na Comissão da Verdade poderá estar produzindo provas contra si próprio. Os que sofreram com a luta armada também deveriam ter o mesmo direito”.

Em argumento que preocupou os marketeiros do Palácio do Planalto, o General chegou a indagar, na entrevista, se a então guerrilheira Dilma Rousseff não teve uma participação decisiva no atentado a bomba que matou, covardemente, o soldado Kozel: Vamos chamar a presidente Dilma? Ela era da VAR-Palmares. E a VAR-Palmares foi a que lançou o carro-bomba que matou o soldado Mario Kozel Filho. Ela era da parte de apoio. Será que ela participou do apoio a essa operação? A Comissão da Verdade não vai chamá-la, por quê? Entende? Minha posição é essa”.

A entrevista de Rocha Paiva é mais um ingrediente a alimentar a mais grave crise militar criada, inutilmente, pela petralhada. Agindo de forma discricionária e anti-constitucional, o governo Dilma ameaça punir centenas de militares na reserva que escreveram e aderiram ao “Manifesto à Nação” (também veiculado em vídeo no YouTube (clique aqui) e que ganha cada vez mais adesões).


Dilma passa por cima e rasga a Constituição Federal: Art. 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.

O governo da anti-democrata Rousseff também passa por cima da Lei 7.524, de 17 de Julho de 1986, que dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos. Logo em seu artigo 1º deixa claro que: "Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público. Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e independe de filiação político-partidária”.


Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão


domingo, 19 de junho de 2016

As novas reinações de Dilma, a Afastada

Dilma Rousseff se transformou numa caricatura dela mesma. Em seus recentes arroubos de gabolice passou a repetir a pregação de um plebiscito para escolha de novos governantes que, ela sabetem convicção! –, não irá fazê-lo. Dilma diz qualquer coisa para retornar ao poder. E vale na cantilena oportunista a tentativa de iludir, inclusive, senadores que irão sacramentar o seu impeachment. Dilma não responde por que quer voltar. Nem sabe provavelmente a razão, salva a hipótese mal velada de estar temendo cair nas garras da justiça – algo cada dia mais palpável. Num volteio digno de chanchada Dilma promete, na verdade, reassumir para sair. Entendeu? Decerto é difícil levar a sério tamanha asneira. Dilma alega, em alto e bom som, que sem o seu retorno não há democracia. 

Que é preciso restabelecer o seu mandato e que depois se pode, quem sabe, consultar a sociedade para ver o que fazer. Alguém acredita? E de qual democracia estaria ela a falar? Com o Congresso funcionando plenamente, as instituições seguindo na mais absoluta normalidade, o Executivo despachando ajustes para consertar as lambanças deixadas na sua gestão e nenhuma cena de confronto militar nas ruas, o tão alegado “golpe” virou motivo de galhofa. Dilma não reúne hoje as mínimas condições necessárias para governar. Foi fragorosamente derrotada e afastada por 71,5% dos deputados e 67,9% dos senadores. É odiada nas ruas, com índices de rejeição recorde (acima de 80%) na história da República. 

Não tem a menor ideia do que fazer para rearrumar um país destroçado por seus desmandos e barbeiragens e, acima de tudo, falta com a verdade a cada uma das promessas e declarações que costuma lançar – como se imaginasse infinita a capacidade dos brasileiros de acreditarem em suas lorotas. Ninguém em sã consciência, com a mais elementar noção da realidade, pode apostar um centavo furado nessa tresloucada ideia de eleição antecipada que ela apanhou como tábua de salvação para o seu mandato. O escrutínio presidencial prematuro viraria de ponta-cabeça o calendário das urnas e só vingaria, obedecendo aos preceitos constitucionais, na vacância de ambos os cargos de presidente e vice. Assim, os dois teriam que renunciar, alternativa remota dado que Temer não mostra a menor disposição (nem tem motivos) para tanto. 

Ele está ali por direito, dentro do que prevê a Carta Magna. Ainda que em teoria crível a tal hipótese, Dilma também não poderia, por iniciativa direta, realizar um plebiscito. É prerrogativa exclusiva do Congresso chamar tais consultas populares. E para tanto, ela precisaria da façanha de convencer os parlamentares a seguirem ao seu lado em busca desse objetivo. Sejamos francos: quem ali atualmente dá ouvidos ao que Dilma fala ou pede? 

Sem base de sustentação política, nem para aprovar propostas corriqueiras, é difícil imaginá-la virando o jogo a seu favor no ambiente onde cada um dos interlocutores mostra-se mais interessado em salvar a própria pele. Dilma, isolada como esta, mimetiza seus erros, perambula pelo Brasil às custas do erário alardeando invencionices. A população cansada, vergada por um cenário de desemprego que aflige cerca de 11,5 milhões de trabalhadores, consumida por uma inflação lancinante, por juros imorais, não aguenta mergulhar numa desgastante, arrastada e constitucionalmente ilegal querela de plebiscito que só consumiria tempo e sofrimento ainda mais agudo pela espera das reformas necessárias. Ninguém merece!
 
Dilma Rousseff – não há como tirar da lembrança – esculhambou as contas públicas com suas pedaladas imorais. Mandou às favas a responsabilidade fiscal. Abriu as portas à corrupção endêmica. Fez mesmo o diabo. E seus crimes de responsabilidade deitaram raízes por todos os lados. Na omissão ou na eventual participação, que as seguidas delações vão tornando cada dia mais evidente, ela vai ficando gradativamente longe da figura de vestal da política que tanto buscou incutir a sua imagem. A desonestidade em atos e propostas, iniciada ainda durante a campanha, já seria uma faceta por demais passível da cassação em curso. 

Mas certamente as práticas criminosas que ocorreram em seu entorno, sobre as quais ela alega não ter o menor conhecimento (muito embora cresçam os indícios até de favorecimento em caixa dois), deverão comprometê-la ainda mais nesse redemoinho das investigações, já em estágio avançado. Como não enxergar a desfaçatez latente de alguém que reclama aos quatro cantos contra injustiças enquanto esconde deliberadamente em seus discursos, nos palanques e eventos da claque organizada, a malversação de dinheiro público que lesou o Estado para atender a interesses eleitoreiros. Só mesmo os que creem em contos da carochinha poderão ignorar tamanha ignomínia.

Fonte: Editorial -  CARLOS JOSÉ MARQUES - Isto É

 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Dilma, a Afastada, e o PT querem usar uma conversa sobre o nada para justificar e omitir seus próprios crimes

A tese originalíssima do PT é que MPF, PF, PMDB, PSDB e o capeta se juntaram contra a santidade dos companheiros

Pergunte a um petista qualquer de que modo a ascensão de Michel Temer à Presidência contribuiria para brecar a Operação Lava Jato e, obviamente, não haverá resposta. A razão é simples: a suposta causa não tem relação lógica com a suposta consequência.

Para que tal desígnio se realizasse, seria necessário que Michel Temer e as lideranças que o apoiam tivessem meios de encabrestar os procuradores da Lava Jato, a Polícia Federal, o juiz Sergio Moro e Rodrigo Janot. Se a Lava Jato era, assim, tão facilmente subordinável, por que o próprio governo do PT não se encarregou de tal tarefa?

Golpistas dos 50 tons de vermelho tentam obter rendimento máximo das conversas destrambelhadas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Sérgio Machado, o ex-presidente enrolado da Transpetro. O segundo ameaça o primeiro, induzindo-o a lhe oferecer garantias.  O senador não se faz de rogado e promete, em cinco linhas de transcrição, juntar num mesmo eixo de interesses o Supremo, as Forças Armadas, o PSDB, o PMDB, o futuro presidente… Só faltaram as autoridades eclesiásticas.

De fato, como afirmou o advogado de Jucá, não há crime nenhum na fala. A não ser o de excesso de imaginação. Visivelmente, o senador tenta acalmar seu aliado, não se dando conta de que caía numa cilada. É evidente que Jucá estava acenando para o interlocutor com algo que não poderia entregar. Aliás, Machado tinha plena consciência de que não seria beneficiário daquela oferta. Tanto é que, tudo indica, já havia feito delação premiada e estava apenas tentando levar o interlocutor para o buraco, o que acabou conseguindo.

Os petistas e seus esbirros já tinham inventado a tese do golpe, mas faltava o enredo. Os diálogos fornecem o entrecho narrativo que confere verossimilhança a uma farsa. Se, antes, até os petistas ficavam um pouco constrangidos porque não conseguiam apontar onde diabos estava o golpe, agora eles se sentem confortáveis: “Ouçam o que disse Jucá…”.

Foi o que fez Dilma Rousseff, a Afastada, nesta segunda à noite, durante um evento sobre agricultura familiar. Discursando para 700 pessoas, como se estivesse à frente da Presidência, mandou ver: “A gravação mostra o ministro do Planejamento interino, Romero Jucá, defendendo o meu afastamento como parte integrante e fundamental de um pacto que tinha como objetivo interromper as investigações”.

É do balacobaco! Dilma, por acaso, queria fortalecer as investigações? Não foi ela a nomear Lula ministro, aquele que dizia ser ele próprio a única pessoa capaz de botar os procuradores no seu devido lugar? Segundo Delcídio do Amaral, ela, sim, tentou interferir nos tribunais superiores para beneficiar presos e investigados.

E a doidona foi adiante: “Se alguém ainda não tinha certeza de que há um golpe em curso, baseado no desvio de poder e na fraude, as declarações fortemente incriminatórias de Jucá sobre os reais objetivos do impeachment e sobre quem está por trás dele eliminam qualquer dúvida. A gravação escancara o desvio de poder e a fraude do processo de impeachment praticados contra uma pessoa inocente. Revelam o modus operandi do consórcio golpista”.

Dilma, como de hábito, não sabe o que diz. Em primeiro lugar, ela precisaria dizer onde está a parte dita “incriminatória” da fala de Jucá. Em segundo lugar, seria preciso evidenciar onde está revelado o “desvio de poder”.

Dilma e o PT querem usar uma conversa sobre o nada para esconder ou justificar os seus próprios crimes. Mas não vão prosperar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


 

sábado, 21 de maio de 2016

Dilma, a Afastada, quase uma cidadã comum

Quase uma cidadã comum

Uma das maneiras mais seguras de perder tempo, daqui para a frente, será prestar atenção no que Dilma vai dizer enquanto sua situação legal não ficar tecnicamente definida

Deixa de fazer parte do linguajar político do momento, por desaparecimento de propósito prático, a expressão “não vai ter golpe”, uma das mais utilizadas pelo sistema de comunicação e propaganda do governo desde o início do processo de impeachment da presidente da República. O que passou a vigorar no mundo das realidades, desde a manhã do dia 12 de maio, é que não vai ter Dilma. Os 5 quilômetros que separam o Palácio do Planalto, onde governava oficialmente o Brasil, e o Palácio da Alvorada, onde não está claro o que poderá fazer de útil até seu julgamento final pelo Senado, formam um trajeto que não oferece a opção de volta. Decorridos no máximo 180 dias, a presidente ora afastada estará apta a retomar sua existência como cidadã comum. Sua ­influência na vida pública brasileira, a partir de então, estará limitada ao título de eleitor e ao direito de acrescentar um voto à soma final da apuração a ser computada nas próximas eleições municipais, como é o caso para a grande maioria de todos nós.

Uma das maneiras mais seguras de perder tempo, daqui para a frente, será prestar atenção no que Dilma, a Afastada,  vai dizer enquanto sua situação legal não ficar tecnicamente definida. A observação se justifica porque Dilma permanecerá na mídia escrita, falada, televisada e digitalizada na tela dos celulares, computadores e onde mais for possível que seu nome apareça. Qualquer pessoa menos atenta, dessa forma, pode ficar com a impressão de que a presidente afastada continua desempenhando um papel importante nos rumos da nação se está presente todo santo dia nos meios de comunicação, seus movimentos devem ter alguma relevância, não é mesmo? Não, não é — o que torna perfeitamente dispensável o trabalho de ouvi-la. Dilma, para todos os efeitos práticos, não é mais presidente; é apenas afastada. Já há um bom tempo, na verdade, ela só tem existido na mídia — se a imprensa não falasse dela, nada de notável iria mudar. No momento de sua saída, não tinha um ministério, não tomava nenhuma decisão, não assinava nenhum documento relevante; chegou perto da perfeição, nessa inércia surrealista, ao nomear­ e exonerar o ex-presidente Lula do cargo de ministro da Casa Civil sem que ele tivesse conseguido dar nem mesmo 1 hora corrida de expediente. Assim continuará até o fim de seu estágio no Alvorada.

É perfeitamente previsível, na presente situação, que apareçam notícias, análises e comentários sobre o “ministério paralelo” que, segundo anunciam alguns assessores, vai acompanhá-la em seu novo local de atividades. Mas o que se pode esperar de uma coisa dessas? Se Dilma não produzia o mínimo resultado com os ministros constantes do Diário Oficial, que diabo vai fazer de concreto com esses ministros paralelos, cuja capacidade de decidir é 100% nula? Há também a promessa de viagens internacionais em que Dilma faria denúncias contra o “golpe” — e, com isso, deixaria o governo Michel Temer numa situação delicadíssima perante a comunidade das nações.  

O que não se sabe é quais são os chefes de Estado, de partidos e de organismos mundiais, em carne e osso, que vão recebê-la em tais viagens. Que decisões podem tomar em relação ao Brasil? Vão retirar os embaixadores ou promover um boicote econômico? Vão juntar-se a Dilma para entrar com um processo contra Temer no Tribunal Internacional de Haia? Tudo isso só vai existir, é claro, nas páginas e nos programas dos meios de comunicação; no plenário do Senado Federal, onde estão os votos para o único julgamento que interessa, o efeito será zero. (Não conta ponto, nessa ofensiva estratégica, ser recebida pelos presidentes de Venezuela, Bolívia e outros do mesmo gênero.)

Estão abertos os cálculos para determinar por quanto tempo, ainda, Dilma, a Afastada,  terá algum interesse real para Lula, o PT e quem está hoje indignado com sua partida. A vida segue.

Por: J. R. Guzzo - Publicado na Revista Exame 

 

Temer decepciona, amarela e cede a pressões despreziveis e recria o ministério da Cultura - outras decepções virão? Logo ele chamará o Mantega, Augustin,Lula e outros do mesmo naipe

Ministério da Educação e Cultura, até a sonoridade é melhor do que minC

Temer decide recriar Ministério da Cultura após críticas

[o pior é que Temer se ajoelhou a primeira vez e outras pressões virão e ele repetirá o gesto; para começar os indivíduos que estão ocupando prédios públicos em protesto contra a extinção do minC, agora alegam que não vão encerrar as ocupações ilegais, já que não reconhecem o governo Temer.
Não demora e para atender  aos baderneiros Temer aceite trazer Dilma, a Afastada, de volta.]

Depois de críticas, o presidente em exercício Michel Temer decidiu voltar atrás e manter o Ministério da Cultura. O ministro da pasta será Marcelo Calero que, na última quarta-feira, 18, foi anunciado como secretário nacional da Cultura.

O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Desta forma, a Cultura deixa de ser uma secretaria subordinada ao Ministério da Educação. “Conversei com o presidente Temer sobre a decisão de recriar o Ministério da Cultura. O compromisso do presidente com a Cultura é pleno. A decisão de recriar o Minc é um gesto do presidente Temer no sentido de serenar os ânimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira”, escreveu Mendonça no microblog Twitter. 

A decisão de fundir as pastas de Educação e Cultura foi tomada com base no princípio adotado por Temer de reduzir o número de ministérios quando assumiu interinamente o governo. A decisão sofreu diversas críticas da opinião pública e artistas. Diante dos protestos de parte dos artistas e de servidores do Ministério da Cultura, Temer já havia anunciado que, mesmo como secretaria, a estrutura da pasta seria mantida. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também sugeriu que o Ministério fosse recriado e se comprometeu ele mesmo com a tarefa, por meio de uma emenda no Congresso Nacional.

Fonte: Isto É